Foto: Centro de Colmar
Cheguei de avião a Zurique, na Suíça e fui de carro direto a Colmar, denominada de pequena Veneza, pelos seus canais. Foto: Canais de Colmar
A cidade me encantou logo de início, muito colorida, tanto pela pintura das casas, como pelas flores. Os prédios tinham um estilo parecido com os da Alemanha e da Suíça e os nomes dos locais, das comidas e dos produtores de vinho também. Parecia que estávamos na Alemanha e não na França. Foto: Colmar
As pessoas eram muito alegres e dançavam e cantavam usando roupas típicas da região. Procuramos um hotel em conta, um Formule1, que estava lotado. Depois, descobrimos que este hotel era o mais barato da França, mais parecendo um conjunto de “containers “empilhados, com quartos sem banheiro.
Aproveitamos para tomar uma deliciosa cerveja escura, num simpático bar de Colmar, à beira de um dos canais, de onde podíamos ver os turistas mais fanáticos passeando de barco.
Foto: Colmar bar a beira do canal
Partimos então para a rota do vinho da Alsácia. Chegamos a Riquewhir, que é uma cidade com construções medievais, rodeada de vinhas por todos os lados. Cada lojinha da cidade era mais sofisticada que a outra e apresentavam seus muitos produtos artesanais.
Foto: Riquewir
Fomos a outros recantos graciosos tais como Keiserberg, Zozon e Riboviller. Foto: Riboviller
Todas as cidades repetiam aquele ar romântico de Riquewhir, sendo que as fachadas dos estabelecimentos eram decorados com placas de metal colorido, com desenhos típicos do local. Foto: Keiserberg
Fomos em seguida a Strasburgo, que fica na margem do Reno, fazendo divisa com a Alemanha. Bastava atravessar uma ponte, para mudar de país. Foto: Strasburgo
Como todo bom turista, fizemos um passeio de barco pelos canais que rodeavam a cidade, tendo a mesma boa impressão de cuidado e de limpeza da região. Foto: Prédio típico de Strasburgo
Esta viagem deu-me a sensação de estar conhecendo a região mais bonita da França. Foto: Indicativa das lojas e hoteis
A única impressão estranha que tive foi com relação à comida, que era mais rústica, como a alemã, e no entanto, combinava bem com os Riesling da região. Foto: Moselheim
Vou aproveitar a lembrança dessa viagem para falar a respeito de uma degustação de Riesling que fiz. Eram degustados rieslings de várias regiões do mundo, inclusive da Alsácia.
A uva Riesling é uma uva notável, pois os vinhos produzidos com ela, são deliciosos na sua juventude. Esta uva é capaz de manter os vinhos em constante evolução por longos períodos.
Os Riesling alemães, produzidos em regiões frias, podem ser acompanhados por uma variedade de comidas, que abafariam outros vinhos. São elas: carne assada fria (especialmente porco e pato), mostarda, alcaparra, azeitonas verdes, comida chinesa, beterraba, peixes defumados e tomates sêcos.
Os vinhos da Alsácia são em geral mais secos e fortes, o que contrasta com o modelo Alemão de vinhos leves.
1) Hattenheimer Schützenhaus Riesling Kabinet 2006, produzido na Alemanha, na região de Rheingau. Sua a graduação alcoólica é de 10%. A sua classificação “Kabinet”, corresponde a um vinho leve e refrescante, ideal para aperitivo. É um vinho meio seco. Estava bem fresco, com cor amarelo esverdeado. O aroma é de ervas e frutas como papaia, melão e pêra. Na boca é bem cítrico, fresco com um final Redondo. É equilibrado e elegante. É importado pela World Wine (fone:3383-7495) e seu preço era de R$79,00. O vinho apresenta um bom custo/benefício
2) Riesling Langeloiser Ried Steinmassel 2005 produzido na Austria, na região de Kampal. Sua a graduação alcoólica é de 12,5%. É um vinho mais seco do que o anterior e estava bem fresco, com cor amarelo esverdeado. O aroma é de ervas e frutas como papaia, melão e pêra, com traços florais. Na boca é bem cítrico, fresco, com um final Redondo. Combinam bem com peixes, mesmo quando são defumados.É importado pela Mistral (fone:3372-3400) e seu preço era de US$59,90
3) Riesling Osterber GrandCru 2005 produzido na França, na região de Riboville- Alsácia. Sua a graduação alcoólica é de 13%. É um vinho branco leve, com cor amarelo esverdeado. Os aromas minerais e cítricos são de boa intensidade. Combina com peixes defumados, peixes com molhos cremosos e patês. Na boca é refrescante, de ótima acidez e boa persistência. É importado pela Grand Cru (fone:3062-6388) e seu preço era de R$198,00.
4) Eroica Riesling 2006 produzido nos Estados Unidos, na região de Columbia Valley - Washington. Este vinho é resultado da união do produtor alemão Dr. Loosen e o Chateu Saint Michele (Washington). Sua a graduação alcoólica é de 12,5%. É com cor amarelo esverdeado. O aroma é cítrico, de laranja e de lima, com mel. Na boca tem uma boa acidez e mineralidade. É importado pela Expand e seu preço era de R$128,00
5) Julius Riesling 2005 produzido na Austrália, na região de Éden Valley, região mais alta da Austrália, mais quente do que outras de outros países. Sua graduação alcoólica é de 13%. Sua cor também era amarelo pálido esverdeado. No nariz apresentou aromas florais, de lima, toranja e limão. Na boca apresenta um rico e intenso sabor cítrico, boa acidez e persistência. Este vinho harmoniza bem com patês de peixe defumado, porco assado frio, molhos de mostarda, tomates secos, pimentões e especiarias asiáticas não muito picantes. É importado pela Expand (fone:3847-4747) e seu preço era de R$148,00
6) Riesling 2006, do produtor Gibbston Valley Wines Ltda da Nova Zelandia, na região de Central Otago. Sua a graduação alcoólica é de 13,5%. Um vinho mais adocicado, como os alemães, e estava bem fresco, com cor amarelo esverdeado. O aroma é de lima e de flores claras. Na boca tem uma boa mineralidade que vai bem com frutas doces e defumados. É importado pela Vinci (fone:2797-0000) e seu preço era de US$83,50
Pude conhecer uma variedade de vinhos feitos com a uva Riesling, vinhos provenientes de diferentes regiões e terroirs do mundo. Os resultados dos vinhos são totalmente diferentes, tanto em aroma como em sabor, o que enriquece esta produção.