terça-feira, 29 de outubro de 2013

Wines of Chile

Participei, neste ano, da apresentação de vinhos do 3º Tasting Wines of Chile , no hotel Unique.


A intenção deste evento foi a de apresentar a diversidade de rótulos “premium” chilenos. Isto ocorre por causa da geografia e do clima único do país.


Atualmente o Chile é o oitavo maior produtor de vinhos do mundo e o quinto maior exportador. Ele é, hoje em dia, também o maior exportador de vinhos para o Brasil.

O Chile tem o objetivo de se tornar, até 2020, o maior produtor de vinhos elaborados com técnicas sustentáveis.

As suas regiões vinícolas estão divididas em três áreas:

A área da Costa, que recebe influência do Pacífico, e resulta em temperaturas mais baixas, com um período de amadurecimento mais lento das uvas. Estas uvas apresentam expressão aromática intensa, além de frescor e boa acidez.

A região Entre Cordilheiras é uma das mais antigas do Chile, recebendo influências do mar e das próprias cordilheiras, resultando em vinhos elegantes e com capacidade de guarda.

A parte dos Andes impede o deslocamento de nuvens e provoca maior intensidade das mesmas. Isto permite o controle de temperatura, dando um bom desenvolvimento de vinhos tintos e brancos de latitudes.

O Chile possui 14 regiões vitivinícolas distintas, numa faixa de 1.200 km., de norte a sul. Estas regiões possuem uma combinação de influências costeiras e andinas, bem como condições climáticas perfeitas para a produção de uvas.

As regiões chilenas são os vales: Elqui, Limarí, Choapa, Aconcagua, Casabranca, San Atonio / Leyda, Maipo, Cachapoal, Colchagua Curicó, Itata, Bío Bío e Malleco.

Estiveram presentes neste evento 34 produtores, apresentando uma média de 5 vinhos cada um , dando um total de quase 200 vinhos a
 Serem degustados.

Procurei provar, vinhos que ainda não conhecia e outros de nível superior.


Para mim, o melhor vinho do evento foi o Casa Real 2009, da Viña Santa Rita, da cepa Cabernet Sauvignon. Ele é importado pela Grand Cru (3062-6388), por R$375,00. Esta vinícola trouxe outros bons exemplares como o Pehuén 2007, Carmenere, que custa R$261,00. O Triple C 2008, das cepas: Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Carmenere. È um vinho que também vale a pena, sendo o seu preço R$193,00.


O Viña Santa Helena, do qual só conhecia os vinhos mais básicos mostrou o seu Parras Viejas 2011, que estava bom, por R$120,00, na Interfood (2602-7255).


A Bisquertt trouxe bons vinhos, entre eles o Qclay 2009, que custa R$140,00, na World Wine (3383-9300).

A Viña Casa Silva apresentou bons vinhos, entre eles o Carmenere Microterroir de Los Lingues 2007, da cepa Carmenére, que custa R$268,00, na Vinhos do Mundo (51 3012-8090).


A Viña Cousiño Macul trouxe o excelente Lota 2008, das cepas Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot. É importado pela Santar (3044-5092).

Interessante foi o vinho Pedro Ximenez 2009, da Viña Falernia. Nunca havia provado esta cepa, fora da Espanha. Ele é importado pela Premium Wines (3282-1588), por R$52,00.


A Viña Misiones de Reguengo trouxe o vinho Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2010, uma boa relação custo / benefício: R$62,90. A importadora é a Interfood.


A Viña San Pedro trouxe o bom Cabo Hornos 2008, por R$242,00, na Interfood.

Apesar de estar muito cheio o evento, dificultando até a tirada de fotos, foi bom participar dele para conhecer bons vinhos e a sua diversidade Chilena.


A excelente organização ficou por conta da CH2 Comunicação (3253-7052 www.ch2a.com.br).

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

World Wine Experience

Em Setembro de 2013 a World Wine promoveu o “World Wine Experience”, que apresentava nesta degustação, os vinhos da Península Ibérica.


Em Portugal e na Espanha , as mesmas cepas  podem ter nomes diferentes.

Os brancos ofereciam uma boa relação custo /  benefício, além de serem frescos e agradáveis.

Os tintos desde os mais simples, até os mais complexos, eram muito bons!

Estiveram presentes no evento, os produtores de:

Portugal:

Carm (Douro), Quinta do Pessegueiro (Douro), Herdade do Rocim (Alentejo), Quinta da Falorca (Dão), Quinta do Alqueve (Tejo), Wiese & Krohn (Porto) e Quinta Vale Dona Maria (Douro).


Espanha:

Perre Ventura (Penedes / Espumante), Bodegas y Viñedos Valderiz (Ribera del Duero), Marques de Murrieta ( Rioja – Mazuelo, Tempranillo), Dinastia Vivanco (Rioja), Bodegas Borsao (Campo de Borja – Garnacha Negra), Falset Marça (Montsant), Bodegas y Viñedos Luna Beberide (Bierzo, uva Mencia), Bodegas Mas Alta (Priorat) e Bodegas y Viñedos Ponce (Cuenca).

Os vinhos que mais me chamaram a atenção foram:

Brancos de Portugal:


Quinta da Falorca Encruzado 2011, que custava R$93,00.


Herdade do Rocim 2011, que custava R$91,00 e o superior Olho de Mocho Reserva Branco 2011, por R$134,00.

Quinta Vale D. Maria Branco.


Carm Branco Reserva, cujo custo é R$97,00


Brancos da Espanha:

Da Bodegas y Viñedos Luna Beberibe: Godello LB, que custava R$84,00.


Da Bodegas Borsao: Blanco Selección 2011, que saiu por R$87,00.


Da Marqués de Murrieta: Pazo de Barrantes Albariño 2010, que custava R$129,00, além dos: La Comtesse de Pazo de Barramantes 2009, por R$263 e o Capellanía Blanco Reserva 2006, por R$137.

Dinastia Vivanco Blanco 2012, que custava R$62,00.


Tintos Portugueses:


Quinta da Falorca : gostei de todos os vinhos, partindo do Colheita selecionada, que custava R$98,00, até o seu top: Garrafeira 2007, que saia por R$418,00. Lá encontrei o proprietário, Pedro Prado, cuja propriedade, no Dão, já visitei.

Eu Já havia provado os vinhos mais simples da Herdade do Rocim e gostado. Desta vez pude provar: Olho de Mocho Reserva Tinto, que custava R$198,00, até o excelente Rocim Grande reserva DOC 2009, que custava R$675,00.

Quinta Vale D. Maria: os vinhos são excelentes, desde Rufo Vale D. Maria Tinto, até o CV, que é feito de castas diferentes, na região do Douro.


O Quinta do Pessegueiro DOC, também já conhecia, é muito bom e seu preço de R$174,00.

O Carm Grande Reserva 2005, que custava R$190,00 e é muito bom.


Alguns portos da Wiese & Krohn, foram servidos como os Vintage 2007: O Porto Krohn Vintage, que saia por R$213,00 e o Quinta do Retiro que custava R$179,00. Eles são muito distintos, a diferença entre eles está na origem, no terroir, pois vem de diferentes plantações.

Os tintos da Espanha que se destacaram foram:


Do Bodegas y Viñedos Luna Beberide: Gostei do Mencia LB, que custava R$65,00 e do superior: Art..., que custava R$236,00.


Os vinhos do Bodegas Mas Alta foram apresentados num crescente, indo do bom: Artigas 2006, que custava R$148,00, até o excelente La Creu Alta 2008, que custava R$632,00.


A Falset-Marça ofereceu uma boa relação custo / benefício, desde o Ètim Negre 2009, que custava R$63,00, até o Castel de Falset que saia por R$136,00.


O Marqués de Murrieta trouxe excelentes vinhos, desde o Reserva, que custava R$148,00 até o Gran Reserva Limited Edition 2005, que custava R$878,00.

A Dinastia Vivanco apresentou bons vinhos, desde seu Crianza, que custava R$90,00, até o excelente 4 Varietales, que saiapor R$335,00. Serviu também um bom vino doce, o Dulce Invierno2012, que saia por R$278,00.



Provei a Cava Pere Ventura Tresor Brut, feita pelo método clássico. Achei um pouco doce.

O evento foi muito bom por nos mostrar vinhos brancos muito agradáveis e com preço razoáveis. Quanto aos tintos, a península nada deve a outros países europeus.

Países como a Espanha, Portugal e Itália produzem excelentes vinhos tintos, sendo que os seus top, saem caros, mas ainda com preços muito inferiores aos top franceses.


Apesar de muito cheio, o evento contou com um serviço muito bom.

Foi servida ainda uma série de aperitivos para acompanhar as bebidas, além de bons azeites de alguns produtores presentes.

Eu já participei de outros eventos mundiais, mas este foi mais interessante, pois se deteve na região, de forma a aprofundar o estudo dos vinhos nela.

O evento foi excelente e apresentou vinhos da Espanha e de Portugal, que me surpreenderam por suas qualidades .



domingo, 20 de outubro de 2013

Degustação Château Palmer


A World Wine sempre nos surpreende com seus eventos. Desta vez trouxe os vinhos da Château Palmer e a presença de Jean-Louis Carbonnier, representante da vinícola para as Américas.


O Château foi fundado em 1814, consolidando sua fama em 1855, com sua classificação em Bordeaux, como troisième Cru.

A vinícola com 55 ha fica na região de Medoc, ao lado do Château Margaux.


Jean_Louis informou-nos  que a vinícola já utiliza técnicas biodinâmicas em 80% de sua plantação. Acrescentou ele também que as plantas ficaram mais resistentes com esta técnica, o que é contrário ao pensamento de muitas pessoas.


Enfatizou ainda que, hoje em dia são usadas técnicas mais modernas na região. Também  colhem uvas mais maduras e com melhor controle da fermentação malolática.


As plantações ali são constituídas de 6% de Petit Verdot e o restante de Cabernet Sauvignon e Merlot, na mesma proporção.


O primeiro vinho da empresa é o Château Palmer e o segundo o Alter Ego. Jean Louis xplicou-nos que as plantações são as mesmas, mas são selecionadas as barricas com os melhores vinhos para se fazer o Château Palmer, ficando a outra parte disponível para o Alter Ego. Assim mesmo, de 5 a 7 % dos vinhos são recusados, sendo vendidos a outros produtores.


Foram apresentados três vinhos:


Alter ego 2007, com 13% de álcool, das cepas: Merlot (60%) e Cabernet Sauvignon. Seu preço é R$403,00. O vinho tem cor rubi intensa. Os aromas são de cereja negra e especiarias. Na boca ele é encorpado, com boa textura, com taninos suaves e boa persistência.


Château Palmer 2006, com 13,0% de álcool, das cepas: Cabernet Sauvignon (56%) e Merlot. Seu preço é R$1.500,00. Sua cor é vermelha intensa e luminosa. Tem um aroma de baunilha, menta, tabaco e violeta, que apareceu melhor depois de um tempo no copo. Na boca se mostrou ainda jovem, com um potencial  longevo. Deve melhorar muito com o envelhecimento.


Château Palmer 2000, com 13,5% de álcool, das cepas: Cabernet Sauvignon (53%) e Merlot. Seu preço é R$2.590,00. É um vinho rico, concentrado, com uma cor Rubi e aromas de frutas vermelhas, frutas cristalizadas, especiarias, menta e couro. Na boca o vinho já estava aberto, mostrando sua maturidade e suntuosidade, com taninos finos e persistentes.
Em outras palavras é um vinho muito bom.


O interessante foi que a safra 2000 tinha 13,5% de álcool, enquanto a de 2006 apresentou 13%. Jean-Louis explicou que a graduação alcoólica varia de 12,5 a 14%, dependendo da safra.

O vinho Château Palmer utiliza, em geral, a cepa Petit Verdot.
Estas duas safras que provei utiliza apenas as cepas Merlot e Cabernet Sauvignon. O Alter Ego por sua vez não utiliza a Petit Verdot.

O evento foi muito interessante, pois nos fez  conhecer os belos vinhos deste produtor!

Agradeço a World Wine e a Suporte Comunicações pelo convite!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sarlat, Perigord, França


Depois de Rocamadour,  fomos conhecer a cidade de Sarlat-la Canéda, por ser esta uma cidade próximade onde estávamos, situada na região denominada Périgord Noir (http://www.youtube.com/watch?v=mTjlbuckAdE).


Sarlat é uma cidade medieval, que se desenvolveu em torno de uma grande abadia beneditina. A cidade tem em suas cercanias inúmeros castelos e cavernas, como a de Lascaux (http://www.lascaux.culture.fr/#/fr/02_00.xml), um complexo de cavernas, com paredes recobertas de pinturas rupestres de animais de 17.000 anos atrás.


Sarlat foi governada pelos romanos, poupada da destruição, pelos vikings, ponto de apoio francês durante a Guerra dos Cem Anos e, posteriormente, conquistada pelos ingleses. Com a modernização das cidades no século XX, sua herança histórica esteve mais ameaçada.


Com a promulgação de uma lei de preservação do patrimônio histórico e arquitetônico em 1962, Sarlat foi salva. Na realidade, foi a primeira cidade francesa a se beneficiar da lei e, graças a isso, é hoje a cidade europeia que possui o maior número de edifícios tombados por quilômetro quadrado.


Sarlat hoje em dia é uma das cidades mais representativas do século XIV da França. Ela possui a maior concentração de fachadas renascentistas desta época.


A prosperidade da cidade se deve aos privilégios que recebeu da coroa francesa, em troca da sua lealdade na guerra dos 100 anos com a Inglaterra.


Sarlat é o coração do comércio de foie gras e de nozes da França. Outras especialidades locais são: queijos de várias formas, iguarias de porco frescas, defumadas, secas, salgadas, fritas, assadas e fervidas. A trufa negra tirada dos bosques em janeiro e os cogumelos selvagens, são especialidades da região.


Ainda em Rocamadour, colocamos o nome da cidade de Sarlat no GPS, não nos atentando para o fato de que existiam duas cidades de mesmo nome. Depois de algum tempo andando, descobrimos que uma cidade tão próxima não podia demorar tanto a chegar. Estávamos indo para outra Sarlat. Corrigimos o erro e chegamos depois de mais outra viagem à Sarlat La Caneda.


Estacionamos o carro próximo à parte antiga da cidade e iniciamos a visita pela Place de la Liberté, onde ocorrem feiras às quintas feiras.


Passamos pela catedral St-Sacerdos, escura e despojada como os prédios da idade média, mas com um belo órgão do século XVIII.

Demos a volta pela cidade, passando por suas ruelas estreitas e seus cemitério com uma torre denominada Lanterne des Mortes, construída para celebrar os sermões de são Bernardo. Antigamente era colocada uma luz na torre para guiar as almas dos mortos de forma que encontrassem o caminho do céu.


Encontramos por todo o centro, restaurantes com cardápios divinos, aguçando o tempo todo, o nosso paladar.


Como não havia a feira naquele dia, fomos visitar o mercado coberto, que funciona dentro de uma antiga igreja com portas de ferro enormes. Ela abre nas manhãs de terça à domingo. Lá encontramos barracas vendendo produtos frescos e ingredientes típicos da região. Perto dali, entre dezembro e fevereiro, um mercado aberto é organizado para a venda de foie gras e trufas.


O tempo estava muito frio e chuvoso deixando a cidade mais desanimada.


O passeio foi muito interessante pois a cidade é linda!

Lá tivemos a oportunidade de degustar um figo seco recheado de foie gras! Uma experiência gustativa fenomenal!

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...