quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Viagem para: Emilia, Cinque terre e Ligúria - Itália

Prosseguindo a viagem, passamos pela a próspera cidade de Parma, que fica na Emília Romagna. A cidade possui uma das melhores casas de ópera da Itália, lojas elegantes e requintados bares e restaurantes.
 Foto: Centro de Parma
O seu famoso “prosciutto crudo” deve sua excelência à técnicas aperfeiçoadas durante muitos anos  e às condições especiais que é curado. Feito de carne de porco engordado com o soro restante da produção do queijo, ele é envelhecido por até 10 meses.Vejam só!
 Foto: Loja de Parma

Aproveitamos para conhecer também uma fábrica Bertozzi de produção o queijo “parmigiano regiano”. Na região também se produz o “Grana”, que é um queijo de uma qualidade inferior.
Foto: Fábrica de queijo em Parma

Em Parma fomos a um café, outra das minhas paixões, que servia espécies de todo o mundo, inclusive dois cafés do Brasil, denominados “Santos”. Provei um delicioso café da Etiópia, provável origem desta infusão. O nome café, não vem do nome da região de Kaffa, local de origem da planta, e sim da palavra árabe “quahwa”, que significa vinho. Por este motivo o café, quando chegou à Europa no século XIV, era conhecido como o vinho da arábia.

Foto: Parma Centro
Ainda em Parma fomos à rua Vícolo Politi, onde existem vários restaurantes nas calçadas. Jantamos na “Tratoria Del Tribunale”, um restaurante com as mesas nas ruas de Parma. Lá comemos uma crostatina de cebola com mousse de parmigiano e um linguini al pesto  e coteletta! Uma verdadeira experiência gastronômica! O vinho de acompanhamento foi o Terroldengo Rotaliano 2004, produzido com métodos biodinâmicos pela cantina Foradori, no vale do Adige. A  uva utilizada para este vinho é a Teroldego, que é uma parente da uva syrah. Este vinho que  fica de 15 a 18 meses em barrica, tem um corpo de médio a amplo, trazendo aromas de frutas vermelhas e especiarias, como pimenta escura e ervas.
 Foto: Manarola
Nos dirigimos  em seguida à Ligúria, pois queríamos conhecer a região de Cinqueterre, indo primeiro para a vila de Manarola, para nos hospedar.

No caminho tortuoso vimos os carros estacionados ao largo da estrada, o que deveria ser proibido, conforme as placas de trânsito. Aí pensei que os brasileiros herdaram dos italianos, esta tendência à transgressão.
Almoçamos um “Ravióli ao Plin”, nome oriundo da forma de fechar esta massa, acompanhado do vinho branco, que é o vinho mais produzido na região de “Cinque Terre”.



Este vinho, Manarola 2006, utiliza as uvas “Bosco” 75%, “Vermentino” 15% e “Albarola” 10%, tem uma cor de palha intenso, com delicados reflexos verdes. Os aromas são intenso de frutas cítricas, e  pálato seco, com media persistência e equilíbrio.
Devido à dificuldade de acesso às vilas de Cinqueterre, resolvemos ficar em La Spezzia, que é uma cidade portuária da Ligúria.
Foto: Portovenere

De lá, no dia seguinte, partimos de barco até a última vila, Monterosso al Mare, voltando de trem e parando de cidade em cidade. Esta opção nos fez voltar ao passado, quando estes trens eram os únicos meios de transporte para esta região.
Monterosso
As vilas mais pareciam presépios de casas coloridas, amontoadas no morro escarpado. Os varais tremeluziam com roupas penduradas, os pescadores carregavam suas redes e os turistas tomavam banho nos nichos de mar entre as tantas pedras. Eu mesmo não resisti ao chamado do mar e mergulhei ali, constatando a transparência e o frio das águas mediterrâneas.


Foto: Riomaggiore
Passamos por Vernazza, Corniglia, Manarolla e Rio Maggiore, onde almoçamos lulas fresquinhas com vinho branco “Cheo” 2006 gelado, além de provar também um prato típico da Ligúria, o fettuccine ao pesto genovese.
O vinho feito com as uvas: “Bosco” 50%, “Vermentino" 40% e “Piccabun” 10%, também apresentava cor de palha com reflexos verdes. No nariz este vinho era intenso, persistente, fino e amplo, com aroma de flor do campo e iodo. Na boca é um vinho seco, mineral, pleno e fresco. Este vinho se demonstrou bem superior que o “Manarola”.
Na mesa, ao lado da nossa, estava uma proprietária da vinícola “Cheo”. Conversamos sobre a qualidade dos vinhos e das dificuldades na manipulação das parreiras, por serem plantadas em escarpas inclinadas.
Foto: Cerâmica - Riomaggiore
A invasão de turistas, principalmente das hordas de norte-americanos, transformou vários pescadores em donos de hotéis e restaurantes, descaracterizando um pouco a região.
Conhecemos a cerâmica regional que é deslumbrante, pelo bom gosto de suas múltiplas cores. Minha esposa não resistiu à tentação e contribuiu para o sobrepeso de nossa bagagem.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Viagem para: Lombardia, Vêneto, Alto Adige e Áustria - Itália

Em 2007 decidi conhecer o norte da Itália. Programei uma viagem com a chegada em Milão e um passeio pela região dos lagos italianos, Vêneto, Lombardia e Piemonte. Adicionei também Parma ao roteiro, as vilas de Cinqueterre, na região da Líguria, e uma parada em Insbruck, que fica perto do Alto Adige.
 
Sou um fã incontestável da Itália, onde adoro tudo, desde o povo dos gestos exagerados, sua culinária sem igual, até cultura e as belezas naturais. Talvez a minha influência neste gostar venha do sangue de meu avô paterno, que era de Ímola, onde anualmente acontecia a corrida de fórmula um. Foi lá que Senna sofreu o acidente fatal.
Foto: no alto de Bérgamo
Quanto aos vinhos deste país, os italianos costumam dizer que são feitos para se tomar juntamente com a comida. Talvez por sua personalidade forte, muita gente não aprecie estes vinhos, quando degustados sem acompanhamento.
Foto: Milão Galeria Vittorio Emanuele
O começo da viagem em Milão foi deslumbrante! Visitamos a igreja do Duomo, a Galeria Vitório Emannuele e a Ópera. Fomos jantar em Milão num restaurante simpático onde tivemos como entrada “funghis” grelhados no azeite, acompanhados do vinho Nipozzano Riserva 2004, um Chianti Ruffina, produzido pelo Marchesi de Frescobaldi. O vinho tem uma cor rubi intensa e apresenta fragrâncias suaves de frutas escuras, como ameixas, enriquecido por especiarias.
Foto: Canais de Milão
Lá também, conhecemos uma região de canais, projetada por Leonardo Da Vinci, como um sistema de transportes. À noite fervilhava com seus inúmeros barzinhos e restaurantes debruçados sobre o espelho d’água. 
 Foto: Canais de Milão
E lá estávamos nós, á beira dos canais, no início da noite, bebendo uma taça de vinho branco da região e provando os antepastos divinos, como queijos e caponatas.
Foto: Bérgamo (salada de gamberi e rúcula)
No dia seguinte, prosseguimos viagem e passamos por  Bérgamo, uma linda cidade, com sua parte antiga no alto da montanha. Almoçamos no restaurante Baretto de San Vigilio. Foi lá que comemos como entrada um crostini com proscciuto e insalata de gamberi e rúcula espetacular! Como prato principal pedimos um Casoncelli a Bergamasca e um risoto de fiori de zucca (flor da abobrinha) bem típica da região. O  vinho escolhido foi o Ronco della Seta 2004, de cor violácia e aroma de frutas vermelhas. Um vinho de qualidade media.
 Foto: Teatro em Vicenza
Estivemos também em Vicenza, uma graciosa cidade, onde existe um teatro datado do ano de 1585, muito peculiar, com um cenário em “papier maché” e em terceira dimensão, montado para encenação do “Édipo Rei”.
O recepcionista do hotel Albergo San Raffaele, (simples, mas muito bem localizado), elogiou uma certa vinícola situada numa cidade próxima, chamada  Breganze e isto muito me interessou. Fui visitar a vinícola e acabei assistindo a uma cena inusitada. Os compradores de vinho enchiam os garrafões com uma mangueira ligada a uma bomba, parecida com uma bomba de posto de gasolina.
Com esta manipulação, a qualidade destes vinhos certamente perdia muito, provavelmente chegando a concorrer com os vinhos de São Roque, no Brasil.
 Foto: Bassano de Grappa
Visitamos em seguida a cidadezinha de Bassano de Grappa, famosa pela produção do aguardente de mesmo nome. Lá, numa padaria, comentamos com um funcionário, sobre o queijo parmegiano regiano, produzido na região de Parma. O rapaz retrucou dizendo que o parmigiano local era o melhor da Itália.
 Foto: Cidade de Andalo - mais parece a Austria
Depois deste passeio em Bassano, subimos pelo Trentino - Alto Adige, chegando ao lado das grandiosas “Dolomitas”. Era um vale com paredes de rochas descomunais que iam até Bolzano. Esta também era uma linda cidade, com belas praças e com placas de sinalização tanto em italiano, como em alemão, o que revelava a evidente proximidade da Áustria.
 Foto: Innsbruck
Aproveitamos para conhecer a cidade Tirolesa de Innsbruck, onde além de provar bons vinhos brancos austríacos, tomamos uma bebida típica da região, produzida com frutas vermelhas da Floresta Negra, chamada “johannisbeeren”, um tipo de groselha muito saborosa!
 Foto: Lago de Garda - Salò
Em seguida rumamos para o famoso Lago di Garda, e lá nos hospedamos no hotel “Villa de Capri”, situado à beira do lago, que nos presenteava com uma magnífica vista!

Foto: Lago de Garda - Vista do hotel
Jantamos ao lado do hotel, à beira daquele lago paradisíaco, no “Ristorante Casinò”, onde comemos um divino “raviolli com burro, nociolla e tartufo nero” e um “fazzoletti com mascarpone e funghi porcini".
O vinho, que harmonizou com os pratos, foi desta vez o “Costaripa Pievecroce” 2006, produzido ao sul do Lago di Garda, com a uva “Trebbiano di lugana”.  Este vinho apresentava uma cor amarela, com reflexos verdes, tendendo ao dourado. Seus aromas eram de mel e pêra madura e tinha uma boa complexidade de sabores, um vinho fresco e com persistência media.
 Foto: Sirmione - Lago de Garda
Saindo da bela cidade de Salò, fizemos um passeio de barco na florida cidade de Sirmione, passando pela vila de Bardolino, próxima à produção do vinho de mesmo nome.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Degustação de Espumantes

Participei de uma degustação de espumantes TOP, nestes eventos do fim do ano.
Nesta ocasião, comentamos à respeito da paternidade do espumante, atribuída a Don Pierre Pérignon.
Existem relatos de que na Grécia antiga e em Roma, as pessoas se intrigavam com as bolhas dos vinhos, sem saber qual o mistério que as produzia.
Por muito tempo, as pessoas pensavam que as bolhas se formavam nos vinhos, por conta das influências das fases da lua ou até mesmo por causa dos bons ou maus espíritos.
Dizem que os imperadores romanos adoravam os vinhos frisantes.
Na Idade Média, os vinhos produzidos na região de Champagne, apresentavam, volta e meia, pequenas bolhas. Isto, no entanto, era considerado um defeito.
Dom Pérignon foi designado pelos superiores a encontar uma solução para acabar com isto.
Tais bolhas faziam com que os vinhos vazassem mais facilmente, o que provocava grandes estragos nas adegas.
No início do ano 1700, quando os espumantes já eram produzidos deliberadamente, os encarregados dos cuidados com as adegas, tinham que usar pesadas máscaras de ferro, evitando acidentes.
O estouro de uma garrafa podia criar uma reação em cadeia, dentro da adega, provocando uma perda de 20% a 90% da produção dos vinhos.
Foram os ingleses, os primeiros apreciadores dos espumantes.
Eles iniciaram o estudo técnico que pesquisava as causas das borbulhas nos vinhos.
Os vinhos eram frequentemente transportados para a Inglaterra, em barricas, para lá serem engarrafados.
No século 17, os ingleses começaram a produzir garrafas de vidros, mais resistentes, com o intuito de suportar a pressão. Eles também começaram a utilizar as rolhas para tampar as garrafas, técnica que já existia na Roma antiga, mas esquecida depois da queda do Império.
No inverno de Champagne, a fermentação dos vinhos, era interrompida naturalmente, devido ao frio.
Durante o transporte do vinho para a Inglaterra, a temperatura das bebidas aumentava, permitindo a retomada da fermentação interrompida, e a criação das bolhas.
Em 1662, o cientista inglês Christopher Merret fez o primeiro tratado técnico sobre a presença de bolhas nos espumantes.
Ele concluiu que estas borbulhas aconteciam devido à presença do açúcar nos vinhos. Uma de suas estratégias tratava de adicionar açucar à bebida, antes mesmo dela ser engarrafada.
Isto ocorreu, bem antes dos franceses começarem a produzir intencionalmente os espumantes.

De qualquer forma, a versão da descoberta da champagne, por Don Pérignon, é a mais romântica, pois associa aos espumantes borbulhantes, às grandes comemorações.
Nesta ocasião, tive o prazer de degustar 6 espumantes, com preços variando na faixa de R$178,00 a R$530,00, importados pela Decanter (fone:3074-5454), elaborados pelo método Champenoise.
A sequência de vinhos apresentados, aconteceu numa crescente de qualidade.
O minucioso cuidado de cada produtor na elaboração dos seus espumantes resultou numa qualidade surpreendente!
A colheita das uvas, nas produções de todos estes espumantes, é feita manualmente, através da seleção dos melhores cachos.
Cada casta é processada separadamente, para depois fazer a assemblage.
Os vinhos ficam ainda por longos tempos em contato com as leveduras.
- Espumante: Arunda Talento Extra Brut 2001. Produtor: Arunda Vivaldi. De orígem Italiana, da região do Alto adige, tem o preço de R$180,00. As uvas utilizadas foram: Chardonay 60% e Pinot Noir 40%. A graduação alcoólica é de 12,8. Comentário: Depois de provar este espumante, comecei a achar que era o prenúncio de uma grande noite. O vinho apresentava uma sensação muito agradável no nariz, com frutas cítricas, aromas de brioches, amêndoas e chocolate branco. As bolhas eram pequenas e persistentes.
- Espumante Cava: Elisabet Raventós 2003. Produtor: Raventós e Blanc. Região: Cataluña Preço R$160,90. As uvas utilizadas foram: 60% Charel.lo, 30% Chardonay e 10% Monastrel. Comentário: apresentou aromas de brioche, amêndoas, frutas cristalizadas e avelãs. As bolhas eram pequenas e persistentes. Combina com cozinha japonesa e frutos do mar: Centolla e lagostins.
- Champagne: Authentique Rose Brut Grand Cru. Produtor: Earl E. Barnaut. Região: Montagne de Reims. Preço R$191,20. Comentário: os aromas são de: groselhas e framboesas confitadas e pomelo. As bolhas eram pequenas e persistentes. Combina com Salmão defumado, caça de pena (perdiz, faisão…), charcouterie e queijos maturados.

- Champagne: Milésime Grand cru Brut. Produtor: Earl E. Barnaut. Região: Montagne de Reims. Preço R$280,00. Os aromas são: florais, de avelã tostada, feno e cerejas . Sua perlage é muito fina e combina com a alta gastronomia de pescados e crustáceos.
- Espumante: Giulio Ferrari Riserva del Fondatore 1997. Produtor: Frerrari Fratelli Lunelli Spa. Região: Trento, Itália. Preço Cr$538,20. Este espumante foi o top da noite, superando até mesmo os champagnes. O perlage se apresentou finíssimo, numeroso e persistente. Apresentou grande potência, mas com elegância. Revelou aromas de manteiga, avelã mel e croissant. Combina com a alta gastronomia, sobretudo à base de crustáceos.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Curiosidades Ginjinha


Curiosidades:
Ginjinha
Ao falar da minha viagem à Lisboa ao meu amigo Giba, ele sugeriu que eu provasse a “Ginja”, uma bebida típica de Portugal.


Chegando lá, perguntei onde havia a melhor Ginja de Lisboa e me indicaram o Rei da Ginja.
Lá fui eu caminhando pelas ruas da cidade, que já estava com cara de ter entrado para o Comércio comum europeu, pois as ruas desembocavam em praças amplas e modernas.


Lisboa é uma cidade cheia de gente alegre e comunicativas, nos pontos de ônibus, as conversas rolam soltas.


Passo por confeitarias, que exibem nas vitrines os pastéis tenros de Belém e as mil variedades de doces de ovos.

Vou até a Brasileira, onde tomo uma bica, nome dado, em terras de Fernando Pessoa, para o nosso cafézinho.


Vejo os belos azulejos nas fachadas das lojas e penso que um restauro cairia bem em muitos deles.



Finalmente, chego ao lugar indicado para apreciar a Ginja, ou ginjinha, como é chamada tal bebida, carinhosamente pelo povo portugês.


A Ginja é um destilado da fruta Ginja, similar a à cereja, muito popular em Portugal, especialmente em Óbidos, Lisboa e Algarve.
Este destilado tem uma cor rubi e apresenta um sabor ácido de cereja. É uma bebida fácil e simples, bem popular, que agrada muita gente, tanto pela sua doçura quanto pelo teor alcóolico que proporciona uma certa alegria.


Logo veio a pergunta esperada:
 “Com ou sem elas?”
Como eu já conhecia a questão, completei:
“Com elas.”
E lá vieram as ginginhas curtidas (as frutas) junto ao destilado, conferindo à bebida, uma graça especial.
Também em Óbidos voltei a beber a Ginja, desta vez, em pequeninos copos feitos de chocolate, para a felicidade de minha chocólatra esposa.
Isto me fez pensar na complicada harmonização de chocolates com as bebidas. Além do vinho do Porto, também a Ginja se revelou uma perfeita companhia para os chocolates.
Infelizmente a ginja é muito difícil de ser encontrada aqui no Brasil.
Em qualquer viagem, as dicas dos amigos são fundamentais, pois aí conhecemos o lugar pelo prisma destas pessoas queridas.
Obrigada Giba!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Espumante Espanhol "Cava"


Até meados do século XIX, a Catalunha produzia vinhos brancos, em geral, oxidados, com cores escuras, aromas de noz e sabor rançoso. A grande mudança ocorreu em 1872, quando as primeiras cavas foram produzidas nesta região. Mas só entre de 1950 a 1960 que a Catalunha passou a chamar a atenção no mundo do vinho.
Quem já foi à Barcelona, capital da Catalunha, certamente experimentou o sentimento de êxtase, ao contemplar sua arquitetura arrojada - com destaque para as obras do Gaudi, e, mais recentemente, com novas supermodernas construções.

As estreitas e cativantes ruas do Bairro Gótico, Las Ramblas, o Museu Picasso, a Fundação Miró, a Catedral e o Templo da Sagrada Família, entre outras, atrações devem constar de seu roteiro.

Voltemos à cava. Quem a experimento logo percebe seu forte caráter catalão. Trata-se de uma bebida marcante. Cava significa adega em Espanhol. Assim como cave em francês. A cava é um vinho espumante, produzidos pelo método tradicional.

Da mesma forma que os franceses em Champagne, os Espanhois limitaram algumas areas para produção da cav. São regiões geograficamente demarcadas, que delimitam áreas de "denominação de Origem" (DO). Do território onde produze a bebida, 90% fica na Catalunha.
Participei recentemente de uma degustação de 4 cavas, com preços variando na faixa de R$71,00 a R$181,00 e com graduação alcoolica de 12%, produzidos por Gramona S/A e importados pela Casa Flora (fone:2167-1600). Vamos a elas:
- Gramona Gran Reserva III Lustros Brut Nature. Ano: 2002. Castas: Xarel lo (70%) e Macabeo(30%). Preço R$181,00. Achei a melhor de todos, muito equilibrada, com muitas bolhas pequenas e persistentes. Só o seu preço pareceu alto demais. Compete com os preços dos legítimos Champagnes.
- Gramona Brut Imperial Gran Reserva, ano: 2005. Castas: Xarel lo (50%), Macabeo (40%) e Chardonay (10%), Preço R$113,00. Tem um bom visual. Peca um pouco na persistência das bolhas. No quesito olfativo e gustativo, fica abaixo do primeiro.
- Gramona Brut Allegro Reserva. Preço R$71,00. Tem a melhor aparência de todos. É, no entanto, a mais fraca no exame olfativo. Boa para aperitivo.
- Gramona Brut Rose Pinot Noir. Preço R$122,00. Esta cava rosé foi a pior no quesito gustativo. Acredito que melhore bastante quando consumido junto com massas e frutos do mar em molhos leves.

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...