sábado, 27 de fevereiro de 2021

Vinhos finos ganham mais prêmios que espumantes em 2020

Brasil fecha 2020 com 321 Medalhas conquistadas em 18 concursos realizados em 12 países



O ano de 2020 realmente foi o ano do vinho brasileiro, dentro e fora do país. O mesmo reconhecimento conquistado com o espumante agora é percebido em relação aos vinhos finos nacionais. O padrão de qualidade é uma realidade degustada e aprovada por especialistas do mundo inteiro. Das 321 medalhas conquistadas em 2020, 166 foram para vinhos, ou seja, 51,71%. Os espumantes ‘brazucas’ arremataram 147 prêmios, 45,79% do total, ficando 2,5% para destilados e licorosos com oito distinções. Agora, o Brasil chega a 4.806 premiações.



Na história do setor vitivinícola brasileiro, o ano passado foi o terceiro melhor desempenho em número de premiações, ficando atrás apenas de 2014 com 388 e 2016 com 338 medalhas. Mas esta é a primeira vez em 26 anos que os vinhos finos ganham tamanha representatividade, superando as premiações dos espumantes. O registro das premiações existe desde 1995, quando a Associação Brasileira de Enologia (ABE) assumiu o papel de enviar as amostras para concursos reconhecidos mundialmente, função que fortaleceu a imagem do vinho brasileiro junto a instituições como a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).



“Estamos vivendo um novo e frutífero momento do vinho brasileiro. Mostramos ao mundo que depois de tanto investimento em tecnologia, estudos e pesquisas, do vinho ao ponto de venda, o Brasil figura entre os grandes produtores de vinhos e espumantes de excelência do mundo. Hoje, esta é uma realidade percebida no Brasil e no mundo”, comemora o presidente da ABE, André de Gasperin. O enólogo complementa, destacando que o Brasil se diferencia ainda mais por ser um continente de solos e climas o que resulta numa produção tão diversificada que contempla os mais diversos estilos.



Toda essa jovialidade e ao mesmo tempo sofisticação foram reconhecidos em 18 concursos realizados no Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Grécia, Hungria, Inglaterra, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça. Para a Associação, uma excelente performance num ano de pandemia, onde muitos concursos precisaram se adaptar, mudando datas e procedimentos. “Em razão do fechamento da fronteira com a Argentina, não conseguimos enviar amostras para o Vinus e o La Mujer Elige, que todos os anos temos o hábito de mandar”, lamenta Gasperin.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Viagem para a região vinícola da serra catarinense

A serra catarinense produz bons vinhos!

Depois de provar alguns deles e entrevistar produtores, para o meu canal do Youtube Vinhos e Prazeres, resolvi conhecer em loco as vinícolas.



Vindo de São Paulo, pela perigosa e sem fiscalização, Br 116 e 101, decidi ir direto para a cidade de Rodeio, perto de Blumenau, a fim de visitar a vinícola San Michele.



De lá, segui para Florianópolis (onde morei por 5 anos) para desta vez, passar um tempo com a família.


No caminho de Rodeio para Florianópolis, parei para almoçar em São Miguel, onde tem um bonito aqueduto e uma cachoeira. Os restaurantes de lá são simples, mas comemos um bom camarão, à um preço acessível.



De Floripa, segui viagem pela SC 110, em direção à Urubici, passando por Santo Amaro da Imperatriz e Rancho Queimado.Este trecho que fiz, da serra do Tabuleiro é bem bonito! Com vistas a muitas hortênsias no período de novembro. O trajeto tem 172 km e leva umas 3 horas para ser feito, pois a serra é bem sinuosa e de difícil ultrapassagem.



Chegando no topo da serra catarinense, visitei a vinícola Thera, com boa pousada e restaurante. Fiquei pouco tempo, pois os vinhos não são feitos ali e sim na Vila Francione (vinícola da mesma família dos proprietários da Thera). Apesar de ser boa a pousada da Thera, ela está situada longe das outras vinícolas e a estrada entre elas é sinuosa e difícil.



Em seguida passei por Urubici, onde comemos deliciosas tortas no Armazém Vale das Montanhas (armazemvaledasmontanhas@gmail.com). A proprietária, Sra Elisa (fone 49 991118971), organiza visitas às vinícolas e passeios pela região.



Pelo caminho, vimos vários locais onde vendiam produtos da região como: mel, geléia, vinhos, queijos e embutidos.



De Urubici , seguimos para  São Joaquim, onde ficam a maioria das vinícolas da região. O trecho também é sinuoso e os 58 km de distância entre as duas cidades, leva 1 hora para ser percorrido.



São Joaquim, parece também uma cidade do interior. Ficamos hospedados no São Joaquim Park Hotel, localizado no centro da cidade e talvez,  o maior prédio de lá. O preço do hotel é em conta, por volta de R$250, com café da manhã incluído. 


Quem tiver mais tempo pode procurar alguma pousada charmosa e provavelmente mais cara.



Visitamos a vinícola Villagio Conti, onde fomos recebidos pelo proprietário, Humberto Conti. Ela fica no caminho entre Urubici e São Joaquim.



No dia seguinte de manhã, fomos conhecer a vinícola Leone di Venezia, que fica próxima à São Joaquim, onde fomos recebidos pelo proprietário, Saul Bianco.



Nós pretendíamos voltar para Florianópolis, pela serra do Rio do Rastro, que é muito bonita e cheia de curvas sinuosas. Descobrimos então que ela estava fechada para decidas, das 7 às 19 horas.



Nos indicaram então a serra do Corvo branco, próxima à Urubici, que é uma pirambeira, sem calçamento, mas muito bonita!



A descida foi uma aventura, principalmente com um carro baixo como o meu. A estrada praticamente tem uma pista só e é toda esburacada e com poucos pontos de ultrapassagem. Quando algum caminhão aparecia, era uma acrobacia fazer o cruzamento, sendo necessário às vezes, dar marcha à ré.



A descida da serra nos ofereceu uma bela paisagem, com passagens estreitas entre as rochas cortadas, muita vegetação e cachoeiras.



No pé da serra o carro começou a apresentar um chiado no freio dianteiro e tivemos que parar numa oficina depois para tirar uma pedra do disco de freio.



Depois de toda esta aventura voltamos à Florianópolis.


Nesta viagem, percebemos  que, diferente da serra Gaucha, na Serra Catarinense, as vinícolas ficam longe umas das outras e nem sempre o acesso é muito bom. 



O turismo também não oferece tantos atrativos assim, mas os vinhos justificam a viagem e a bela paisagem também.


Uma boa alternativa seria a de ir de avião até Florianópolis e lá alugar um carro para ir até a serra. 



Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...