terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Rovinj, norte da Croacia

De Piran, partimos para Rovinj, que é uma graça de cidade à beira mar, na península da Ístria, no mar Adriático. (https://www.youtube.com/watch?v=DjDKOFPBvUo).

A cidade, que já foi uma ilha, separada do continente por canais, que por sua vez foram aterrados, é hoje um resort popular e um porto de pesca ativo.

Chegando de carro na cidade, já encontramos a dificuldade de chegar no hotel que ficava no centro antigo.

Estacionei no centro e fui andando a pé, até chegar com as malas no hotel. Depois, descobrimos uma entrada perto do hotel, permitida apenas para descarregar malas.

O hotel Adriátic fica na rua: Trg Maršala Tita 5, HR - 52210 p. Budicin b.b (http://www.maistra.com/Adriatic_Rovinj) O valor para 2 dias, com café da manhã e taxas foi de US$ 273,00.

O hotel é muito bem localizado, bem central, com uma vista maravilhosa para a baia! 
A dona quis nos agradar e nos deu um quarto no último andar, de canto, para nos surpreender com a vista magnífica. O problema era que não tinha elevador e tivemos que subir com as malas. 4 andares.

Mais tarde, passeamos pelo centro com suas ruas estreitas, mais parecendo um labirinto, onde encontramos um delicioso café.

Rodeamos a cidadela, que antes era uma ilha, apreciando os seus becos, o mar claro e os artesanatos da região.

Paramos para lanchar no restaurante Puntulina, onde pedimos uma salada com camarões e um prato de lulas. Pedimos também um aperitivo e um gostoso vinho de Malvazija. A conta ficou em 37 Euros.

No dia seguinte, saímos cedo para visitar a cidade de Pula e seu coliseu romano.

Voltamos no mesmo dia para Rovinj, onde, no bar do hotel comi uma baclavá (uma torta doce) com um delicioso vinho doce Muskadet. 

Entre 1283 e 1797 Rovinj foi uma das cidades mais importantes da Istria, regida pela República de Veneza . Durante este período foram construídas três portas da cidade e Rovinj foi fortificada por duas fileiras de muralhas defensivas, restos do que ainda podem ser vistos hoje. Perto do cais de Rovinj pode-se encontrar uma das antigas portas da cidade, o Arco de Balbi , que data de 1680, e um relógio de torre do fim de Renascença.


Após a queda de Veneza em 1797 se seguiu a era napoleônica, Rovinj tornou-se parte do Império Austríaco, que durou até a Primeira Guerra Mundial . De acordo com o último censo da Áustria em 1911, 97,8% da população era de língua italiana. Em seguida, ele pertencia ao Reino da Itália 1.918 a 1.947, quando foi cedida para a Iugoslávia , como parte da Croácia . Durante o período pós-guerra, muitos habitantes italianos deixaram Rovinj, o que levou a alterações significativas na estrutura demográfica de Rovinj.

Após a independência da Croácia , em 1991, a cidade se tornou um dos mais importantes centros de Istria County. Rovinj é hoje a terceira cidade mais populosa da Ístria, atrás de Pula e Porec . 

A principal atividade econômica é o turismo e, durante a alta temporada (maio-setembro), seus bares, restaurantes e galerias de arte trabalham longas horas.

A área mais movimentada é o próprio centro de Rovinj, estendendo-se da principal estação de ônibus para a parte antiga da cidade, onde a maioria dos bares e clubes estão localizados.

A principal rua central da cidade, Carrera Street, é de pedestre e tem muitas lojas e galerias de arte. 

O Mercado está localizado na borda da parte histórica da cidade, próximo a Valdibora Square.

Rovinj é uma cidade encantadora e por vezes nos dá a sensação de estarmos na Grécia. 


De Rovinj, partimos para Zadar.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Postojna, maravilhosas cavernas da Eslovênia

De Liubljana, partimos para outro ponto alto da Eslovênia, a cidade de Postojna, a 52 km da capital, onde fica o maior complexo de cavernas do país. https://www.youtube.com/watch?v=aWWOQCzS7TM

Ficamos no Kras Hotel, que fica na rua Trzaska Cesta 1
(http://www.epiceco-hotels.com/en/hotels/hotel-kras-postojna.html/)
O custo da hospedagem, num o apto duplo, com café da manhã e taxas foi de E$ 87,00.

O complexo de Postojna conta com uma imensa gruta, com 20 km de galerias exploradas e é visitado anualmente por milhares de turistas vindos de todo o mundo.

A caverna é tão grande que, durante a segunda grande guerra, os alemães armazenavam ali cerca de mil barris de combustível para aeronaves. Este depósito foi destruído em 04/1944 pelos partisans eslovenos.

No complexo de Postojna existe um amplo estacionamento, com diversas lanchonetes, lojas de souvenires e uma recepção. Deste local parte um trem elétrico, de bitola muito reduzida, que leva os visitantes às galerias mais recônditas da gruta. A organização é perfeita, sendo tudo sinalizado em esloveno e inglês.

Do ponto final do trem, na caverna Velika Gora, saem grupos de turistas, agrupados por dialeto, conduzidos por guias, num tour de 1,3 Km. No interior da caverna temos uma temperatura que varia entre 8 e 10 º C, com uma umidade de 95%, sendo necessário levar um agasalho, de preferência impermeável.

A visão da caverna é estonteante, salas enormes, com luzes de diversos tons iluminando suas belezas, num caminho ladeado de estalagmites, estalactites e colunas, além de covas inacessíveis e esculturas que a água e o calcário moldaram por milênios.

Nas galerias visitadas não aparecem os rios subterrâneos. Tais galerias são decoradas por uma vasta gama de estalactites brancas, em forma de agulhas, enormes pingentes e espaguetes de rochas frágeis.

As estalagmites tomam formas familiares, como: peras, couve-flor e castelos de areia. Existem também ali, colunas bizarras, colunas e cortinas translúcidas de pedra que mais parecem fatias de bacon.

Os ambientes são amplos e bem iluminados e deslumbram os visitantes.

Dentro da caverna é proibido fotografar, sendo que os teimosos, como eu, podem e são repreendidos constantemente pelo guia. É impossível não levar esta lembrança deste magnífico local!

O passeio pela caverna leva por volta de 1:30 hora, terminando num salão, denominado Concert hall, conhecido por sua acústica excepcional. Um local com espaço para 10 mil pessoas, onde orquestras sinfônicas, octetos e uma variedade de solistas já se apresentaram.

Na escuridão da caverna sobrevive uma espécie de salamandra, que vive em estado larval, denominada Proteus. Ela mantém o metabolismo numa lentidão, que pode passar anos sem comer. No passado, os esloveno acreditavam que o Proteus era o filhote do dragão.

Além das cavernas, a cidade tem como atração o Castelo Predjama, construído dentro de uma rocha, com uma parte equilibrada à beira de um abismo. Abaixo do castelo fica a entrada de um outro conjunto de cavernas, que também podem ser visitadas.
Nesta noite de passeios por Postojna, descobrimos o  Restavracija (restaurante) Proteus, que ficava em frente ao nosso hotel. 

O restaurante nos surpreendeu, tanto pelo seu serviço esmerado como pelos seus pratos e sua decoração. 

Ali tinha uma lousa com o cardápio em esloveno, que era incompreensível e outra com dicas em inglês.

Os pratos que pedimos foram: 

Peixe com aspargos, sopa com massa, molho de presunto e coelho.

Tudo muito gostoso e honesto!


No dia seguinte partimos para o litoral, em direção à linda cidade de Piran.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Os vinhos da Odfjell e sua cultura biodinâmica

Fui convidado, pela  “Suporte Comunicações”, para participar de uma palestra sobre vinhos da chilena Odfjell, além de um almoço de harmonização com seus vinhos. (https://www.youtube.com/watch?v=b1hYHfSKh1g).

A apresentação ficou por conta do simpático diretor de viticultura Arturo Labbé que deu uma aula sobre culturas biodinâmicas.

A história da Odfjell Vineyards começou há mais de 30 anos, quando o norueguês armador de navios Dan Odfjell apaixonou-se por um pequeno terroir no Valle do Maipo. Nesse momento, decidiu criar uma vinha de altíssima qualidade que fosse o reflexo desse solo. Como uma marca familiar que tem cruzado as gerações da família Odfjell em seu país de origem, impôs à vinha um caráter imperecível e sustentável, com um profundo respeito pela agricultura e o meio ambiente. Daqui, a definição “orgânica” que se tomou como meta desde seus inícios, por uma profunda convicção de que um manejo da fruta, de tais características, permitiria uma melhor expressão do terroir em seus vinhos.

A vinícola Odfjell tem sido pioneira no manejo de seus campos e também na vinificação, sendo a primeira no Chile a construir uma adega gravitacional no ano de 1998 e a primeira em elaborar e exportar um vinho 100% Carignan de categoria Premium.

Além da região do Maipo, a vinícola decidiu buscar novos terroirs para aumentar o portfólio de vinhos memoráveis, somando assim vinhedos em Colchagua, Lontué e Cauquenes, em muitos casos com videiras de mais de um século e manejo 100% orgânico.

Hoje em dia, vende anualmente 70.000 caixas (cifras 2013), majoritariamente exportando para os mercados de Estados Unidos, China, Noruega, Inglaterra e Brasil.

A Odfjell produz hoje, entre outras, as variedades de Carignan, Carmenère, Malbec, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.

A escolha do Chile se baseou nestes fatos:

-O país possui uma barreira natural que protege a agricultura, que é a cordilheira dos Andes.
-O oceano Pacífico e a cordilheira permitem uma maturação lenta e constante das uvas, com alta exposição à luz solar.
-Grande variedade de microclimas ideais para a viticultura de diferentes tipos de cepas.

Com o objetivo de produzir vinhos de qualidade, o maior trabalho é feito no vinhedo, num compromisso com a agricultura sustentável e práticas de respeito ao meio ambiente.
Na Odfjdell a adubagem é feita através de preparados biodinâmicos.
Os vinhedos têm baixo rendimento e as uvas são colhidas à mão e colocadas em pequenos recipientes, de forma a não ferirem a fruta.
O clima do Chile e suas barreiras permitem produzir uvas orgânicas, sem utilização de agroquímicos. Estas práticas, junto com a melhora da biodiversidade nos vinhedos, torna-os mais saudáveis e com uvas de qualidade.
Arturo, no início da palestra, começou a falar sobre a cultura biodinâmica, citando o provérbio chinês, que diz: “A agricultura é a arte de colher o sol”.
O início do estudo sobre a agricultura orgânica começou no início do século XX, quando o homem notou os efeitos da degeneração da agricultura química. Apareceu então Rudolf Steiner, que foi o criador da Antroposofia (o conhecimento do homem).
Em 1924, na Polônia, foram criadas as bases para o desenvolvimento da agricultura biodinâmica. O objetivo deste trabalho foi o de criar alimentos com alto valor biológico e nutricional, livres de agrotóxicos, produzidos em meio ambiente são e com o reconhecimento do agricultor ciente do valor de criar um organismo vivo.
Os objetivos da agricultura biodinâmica são:
-Criar alimentos que asseguram a boa saúde para o corpo e para o espírito.
-Criar um clima energético favorável à expressão da vida no plano físico
-Promover a produção, respeitando as comunidades, os animais e vegetais. 
-Potencializar o meio ambiente onde se desenvolve.
Terminada a apresentação, partimos para um almoço, com pratos oferecidos que harmonizaram com tais vinhos:

Entrada: Bruschetta de queijo de cabra com geléia de damasco e pistache. Como acompanhamento tivemos o vinho Armador Sauvignon Blanc 2012, que estava com bom frescor, acidez e com leve aroma herbáceo.

Primeiro prato: Tortelli de Javali ao seu jus, maravilhoso! Acompanhou o vinho Winemaker’s Travesy 2009, das cepas: Malbec (43%), Carignan (32%) e Syrah. Os aromas do vinho eram de frutas vermelhas, flores e café. Perfeita combinação.

Segundo prato: Paleta de cordeiro cozida em baixa temperatura ao seu jus de alecrim, acompanhado de farofa de castanha do Pará e tubérculos assados. Combinou com o Aliara 2010, das cepas: Carignan (32%), Malbec (26%), Syrah (22%) e Cabernet Sauvignon. O vinho apresentou no nariz, muita fruta seca e chocolate. É um vinho muito bom, com bom corpo, complexo e persistente. Um grand finale para nosso evento!
Sobremesa: Panna cota de frutas vermelhas.
Como uma forma de representar os diversos terroirs, Odfjell conta com seis linhas de vinhos, cada uma com características especiais que os fazem únicos:

A linha Armador representa a própria história de Odfjell Vineyards, contando com safras desde 1999. É um vinho 100% fresco, balanceado e com grande expressão em suas variedades. Armador se apresenta nas variedades Cabernet Sauvignon, Carmenère, Merlot, Syrah e Sauvignon Blanc.
A linha Capítulo se refere a uma série de blends especiais de caráter regional, onde cada safra conta uma particular historia, dependendo do ano, as chuvas, a expressão da fruta e sua mistura, representam um novo ‘capítulo’ na história da vinha. Dentro de suas variedades, sobressaem Carignan, Malbec, Cabernet Sauvignon e Carmenère. 
A linha Orzada representa o espírito pioneiro e inovador de Odfjell por produzir vinhos memoráveis, elegantes, complexos e gastronômicos. Daí, a origem de seu nome: Orzada é um termo náutico que define a navegação contra o vento antes de estabelecer uma direção. Destacam Carignan, Malbec, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Syrah.

Os vinhos da linha Blends são produções limitadas de exemplares modernos e memoráveis, atualmente são dois vinhos: Winemaker's Travesy, uma viagem de pontos diferentes para expressar o melhor do Terroir, um blend de uvas tipicas de três vinhedos: Lontué, Cauquenes e Maipo, e o Family Saga é uma comemoração do centenário da Família Odfjell.

Aliara é a linha Ícone de Odfjell. É um blend com mais de 10 safras históricas com produções limitadas que se destacam por sua elegância e complexidade. Dentro das cepas selecionadas para a última edição de Aliara (2010) podemos mencionam Syrah, Carignan, Malbec e Cabernet Sauvignon.


O evento foi em alto nível, tanto pelos esclarecimentos dados sobre agricultura orgânica, como pelos vinhos apresentados, além dos deliciosos pratos preparados pelo restaurante EAT!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Piran, litoral da Eslovênia

De Postojna, partimos para a Croácia e paramos para conhecer a cidade litorânea eslovena de Piran, que fica no caminho, na região da Ístria. (https://www.youtube.com/watch?v=-Ir5KDMXRb0)


A cidade tem uma arquitetura medieval, com ruas estreitas e casas geminadas pequenas, encravadas na costa do mar Adriático. Ela é cercada por uma muralha.


Até o século XX, o italiano era a língua dominante de Piran, pois foi incorporado ao Império Romano entre os séculos 177 e 178 AC, mas substituído pelo esloveno, depois.
Piran fez parte também do império veneziano entre o século XIII e XVIII.


A arquitetura da cidade é muito influenciada pela república de Veneza, que acabou por deixar sua marca na maioria das cidades da Ístria.


Ao chegar à cidade, tentamos entrar de carro, mas isto só é possível para moradores locais. Existe um estacionamento ainda no morro que circunda a cidade, onde deixamos o carro. Dali, fomos caminhando pela orla até o centro.


A cidade nos surpreendeu, com flores espalhadas, vista do mar de águas claras e sua peculiar beleza! Uma cidade muito agradável!


Nesta época de maio, ainda ventava frio, e eu acabei achando que deve ser mais interessante frequentar a cidade no verão.


Passamos pela praça Tartinijev, onde existe uma estátua do violinista e compositor Giuseppe Tartini. A praça é encantadora e conta com a igreja São Francisco de Assis.


Existe também na praça, um prédio vermelho, um incrível exemplo da arquitetura veneziana gótica. Foi construído por um rico mercador veneziano, para abrigar sua amante. Entre as janelas do prédio está inscrito: lassa pur dir (deixá-los falar).


Existe na cidade ainda, um museu marítimo e no seu topo, a igreja de St. George, cujo interior é bonito e fornece uma bela vista da cidade e do porto.


Não existem praias na cidade, mas é possível fazer um curso de mergulho no local.


Gisela quis tirar uma foto junto à uma estátua de sereia na orla.


A orla é cheia de restaurantes, bares e hotéis, inclusive o hotel Piran, de 1913, que parece mais um barco...


Paramos no restaurante Pavel, onde provei um vinho tinto local, que era bem simples.


Depois do almoço descobrimos um ônibus que passava pela cidade e nos levava até o estacionamento. Ônibus gratuito.



Depois de visitar Piran, passamos ainda na Eslovênia, pela cidade marítima de Portonhoz e partimos em seguida para a cidade de Rovinj, no litoral da Croácia.

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