segunda-feira, 30 de maio de 2016

Grand Tasting da Grand Cru 2016

A importadora Grand Cru promove anualmente um Grand Tasting em boa parte do Brasil, para mostrar seus vinhos ao público.

Neste ano de 2016, a importadora trouxe desde vinhos que ofereciam uma boa relação custo / benefício, até outros de primeira linha, de vários países.

São eles:
Cobos, Pulenta Estate, Escorihuela Gascón e Zorzal (Argentina); Leyda, Koyle e Altaïr (Chile); San Marzano, Brancaia, Canalicchio di Sopra, Mazzei e Tedeschi (Itália); IXSIR (Líbano), Heartland (Austrália); Pizzorno (Uruguai).

Para participar deste evento, não sendo convidado, o preço a desembolsar é de R$270,00, razoável pela qualidade e quantidade dos vinhos oferecidos. Este valor, no entanto, pode ser abatido em compras feitas na importadora acima de R$1.000,00, na semana seguinte ao evento.

Como sempre faço, neste evento mais uma vez pude conhecer algumas novidades, tais como o vinho do Barão de Montalto, da Sicília, que usa a técnica de passimento (como o ripasso do Vêneto), da cepa Nero D ávola. Este vinho, embora seco tem um fundo de boca adocicado.

O Líbano trouxe os vinhos IXSIR, com uvas de cortes tipicamente franceses. Trouxe vinhos brancos muito aromáticos também.


Os Franciacorta espumantes DOCG vieram de uma região da província de Bréscia, da Villa Crespia, produzido pelo método tradicional. O Reserva 2005 não ficou devendo nada aos champagnes.

Algumas mesas temáticas neste evento, como a de Bordeaux, trouxe o Arpége que muito me agradou.

Os Pinot Noir de vários países estavam juntos para comparação. Gostei muito do Pinot da Kouyne, do Chile.

Portugal trouxe bons tintos, cujo Churchill 2011 estava uma preciosidade.

Duas mesas de Rosès estavam montadas, sendo que os da França eram bem mais claros e suaves, devido ao pouco contato  do vinho com a casca da uva.

Entre os ícones do velho mundo estava o Chateau La Nerthe com sua elegância peculiar.

A Borgonha também esteve presente neste evento, com vários produtores, apresentando vinhos brancos e tintos.

O produtor Casa Branquia sempre costuma agradar, principalmente com seu Ilatraia, que apesar de italiano, tem um corte francês: Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Cabernet Franc.

Não faltaram também os Brunellos e um Amarone, ainda novo. O Ripasso estava mais no ponto de beber do que o Amarone.

Na saída brilharam os vinhos doces, como o Porto Churchill’s LBV 2008, que estava delicioso.

O buffet de massas e frios desta noite estava muito bem organizado e oferecia uma comida saborosa.

Em São Paulo aconteceram duas degustações paralelas a este evento, de tirar o fôlego de qualquer enófilo. Uma delas, intitulada de “Bordeaux 2010, fez um tour pela melhor safra do século”, dividida em duas sub-degustações: Margem Direita e Margem Esquerda.

A Margem Direita custava R$ 1700 e a Margem Esquerda R$ 1850. Esses valores puderam ser revertidos nas compras acima de R$ 12.500. Os clientes que participaram dessas degustações também puderam adquirir exemplares de Bordeaux Grand Cru Classe, com 30% OFF, no evento.

Seleção de vinhos Bordeaux 2010, um tour pela melhor safra do século:

MARGEM DIREITA:

Saint-Émilion – Cheval Blanc 2010 RP 100

Saint-Émilion – Angélus 2010 RP 99+

Saint-Émilion – Figeac 2010

Pomerol – La Conseillante 2010 RP 96

Pomerol -Le Bon Pasteur 2010 RP 95


MARGEM ESQUERDA:

Pessac-Léognan – La Mission Haut Brion 2010 RP 98+

Pauillac – Pichon Comtesse Lalande 2010 RP 95+

Saint-Julien – Léoville Las Cases 2010 RP 96+

Saint-Estèphe – Cos d’EstourneL 2010 RP 97+

Margaux – Margaux 2010 RP 99


Agradeço à Grand Cru por mais este maravilhoso evento!
Sempre aprendo mais e mais nestas ocasoões e assim minha formação, no mundo dos vinhos, vai se ampliando.

domingo, 22 de maio de 2016

Restaurante peruano La Mar

O restaurante La Mar abriu em São Paulo há 6 anos e ajudou a introduzir nesta cidade e no Brasil, o gosto pelo cebiche.

O La Mar do Itaim (R. Tabapuã, 1.410 - Itaim Bibi - Oeste. Telefone: 3073-1213) é a filial brasileira da rede de restaurantes do premiado chef peruano Gastón Acurio.


Lá são servidas receitas típicas peruanas, como é o caso do cebiche clássico, que é preparado com o pescado do dia, cebola roxa e leche de tigre (molho cítrico feito com o caldo do peixe).

As instalações do La Mar são amplas e de bom gosto, contando com um pé direito de 7 metros e cadeiras azuis da cor do mar.

O lema do restaurante é inspirado na alegria peruana, o cardápio leva o cliente a um passeio como se em cada prato se desvendasse um novo caminho daquele país.

Lá você pode ter uma experiência peruana, que é compartilhar a mesa peruana que recria, no restaurante, a mesma atmosfera descontraída e acolhedora, numa divertida maneira de jantar. O Chef escolhe os melhores pratos para serem compartilhados entre amigos, como se estivessem na sala de jantar de suas casas!

Aproveitei a hora do almoço para provar o menu executivo da casa, que era composto de uma entrada, um prato principal e uma sobremesa por R$49,00, bem razoável para este tipo de restaurante.

Pedi um Cebiche mistura, de salmão, lula e leite de tigre de pimenta cambuci, que estava delicioso!

O prato era um churrasco antichuchero, de filé mignon, com purê de mandioquinha e cebola caramelizada, muito bom também!

De sobremesa me serviram uma melancia bem doce.

A conta ficou em R$61,05, com serviço e uma água mineral.

Gostei tanto do serviço, como dos pratos e recomendo o restaurante.

sábado, 14 de maio de 2016

Gambero Rosso, guia de Vinhos da Itália 2016 em São Paulo

Gambero Rosso - Top Italian Wines Roadshow 2015/2016

Segundo Lorenzo Ruggeri (editor internacional do gambero Rosso), o evento do Gambero Rosso é um tour do vinho italiano que passa pela Coréia do Sul, Estados Unidos, Brasil, Singapura, Tailândia e Filipinas. Em São Paulo o evento ocorreu em 4/4/2016.
O evento ofereceu a degustação de aproximadamente 300 vinhos e um intenso programa de seminários com a participação dos melhores paladares do Gambero Rosso.

A partir de 2007, o Top Italian Wines Roadshow passou a ser uma plataforma estratégica bem consolidada para penetrar nos mercados emergentes e colher novas oportunidades de negócios.

A oferta enológica italiana é tão rica que frequentemente desorienta os consumidores internacionais, e é por isso que a seleção do Gambero Rosso representa uma garantia para promover um desenvolvimento consciente, curioso e cuidadoso dos territórios italianos.

O ponto de partida é o rigidíssimo critério seletivo de qualidade do Guida Vini d’Italia que chegou à sua 29ª edição e que todos os anos analisa mais de 40.000 vinhos.

São 65 as vinícolas que aderiram ao evento, marcas de valor absoluto como Allegrini, Gaja, Tenuta San Guido e Masi, só para citar alguns nomes.

O tour é marcado por um trabalho constante de comunicação aproveitando ao máximo todas as mídias do Gambero Rosso, do site à televisão, passando pelas revistas digital e impressas, além de conteúdos de comunicação ad hoc traduzidos em todos os idiomas encontrados no percurso.

A viagem, que dura nada menos que oito meses e que encontra várias vezes nas mesmas regiões os eventos Tre Bicchieri, é a imagem de um setor saudável da economia italiana, dinâmico e sempre mais consciente do próprio patrimônio de biodiversidade. .

O setor vinícola italiano continua a alargar os seus horizontes e a ampliar os seus resultados comerciais: em 2014 alcançou a cifra recorde de 5,1 milhões de euros em exportações.

Neste ano de 2016, senti diferenças em relação ao encontro de 2014. Em 2014, os produtores de vinho eram, em sua maior parte, da região da Toscana. Neste ano, no entanto, os produtores que ali estavam representados eram mais do norte e do sul da Itália. Isto foi interessante, pois são regiões menos conhecida pelo mercado brasileiro.

Em São Paulo tiveram 2 Masterclass, sendo a primeira correspondente ao norte da Itália e a segunda Da Toscana para o Sul.

O evento foi bem organizado. As mesas dos vinhos estavam espalhadas num grande salão do hotel Unique. Na maioria das vezes, os produtores estavam presentes, bem como os importadores, quando havia. Vários produtores estavam procurando por importadores no Brasil.

Foram disponibilizados vinhos de todos os gamas para a degustação, desde os mais simples até os top.

Na maioria das apresentações, os vinhos eram de safras recentes, sendo que alguns foram abertos antes da hora. Um dos casos foi o Sassicaia 2012, cujo tanino estava muito agressivo. Para a prova isto foi uma pena, pois o mesmo vinho da safra 2011 é vendido na Ravin por R$2.747,00.


Eu sempre evito Lambruscos, mas a Medici Ermete trouxe seus Lambruscos importados pela Decanter.  A maioria dos Lambruscos encontrados aqui no Brasil são muito baratos e ruins, porém estes eram feitos pelo método charmat e estavam bem agradáveis.

A Alegrini trouxe seus 2 melhores vinhos, o Amarone 2011 e o La Poja 2009, que estavam divinos, porém o Amarone se encontrava mais pronto que o outro.  Visitei a vinícola em 2012 e publiquei um artigo sobre eles (blog: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5703537396728336850#editor/target=post;postID=1534439642411465575;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=6;src=postname).

O encontro foi muito interessante, pois tive a oportunidade de conhecer algumas cepas autóctones da Itália. Um dos casos foi o da vinícola Lunae Bolsoni, da região da Ligúria. Em alguns vinhos brancos desta vinícola, eles usavam a cepa Albarola, enquanto que nos outros vinhos tintos, algumas cepas utilizadas foram: Massareta, Albardas, Ciliegiolo e Polera Nera. Gostei destes vinhos!

Bons espumantes da Franciacorta e Prossecos estavam presentes, bem melhores que aqueles mais baratos encontrados no Brasil.


Como neste ano pretendo conhecer melhor o sul da Itália, mantive contato com vários produtores da Puglia, Abruzzo e Molise. Infelizmente não tinha representantes do Lázio, região  que também vou visitar.

Um dos vinhos que me chamou a atenção foi o Clássico Tunina, um excelente vinho do Friuli, das cepas Chardonnay e Sauvignon, importado pela Decanter.


A importadora La Pastina trouxe bons vinhos da Puglia, que oferecem boa relação custo / benefício, como é o caso do seu top Salice Valentino Rosso Selvarossa, 2011.

Entre os vinhos importados pela Decanter, o produtor Felline trouxe o delicioso Primitivo I Molini 2014. Apresentou também um Primitivo di Manduria Zinfandel Sinfarosa 2013, com cepas trazidas dos Estados Unidos.


Provei também o Barolo Antario 2011, que aparentemente segue uma linha mais moderna. Ele apesar de novo, já estava bom mesmo com poucos anos.

Os vinhos italianos modernizaram seu rótulos, como é o caso da Vlenosi e o Offida Rossi Ludi 2011.

O único Brunello Campogiovanni 2011, produzido pela Sanfelice ainda estava muito fechado.

Neste Gambero, o serviço do evento estava perfeito e o buffet bem gostoso!

Agradeço à Cristina Neves pelo convite e parabenizo-a pelo belo evento, que sempre nos traz novidades das vinícolas da Itália.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Passeio pelo Reno e Mosel, Alemanha

Saímos de Rudesheim e subimos o rio Reno, para o norte, a fim de visitar a catedral de Colônia e rio Mosel.

Colônia é a quarta maior cidade alemã e a maior cidade do oeste alemão. Uma cidade de colonização romana que possui muita história. O povo de Colônia é muito alegre e multi-cultural!

Colônia é considerada a mais brasileira das cidades alemãs, pela grande quantidade de brasileiros que ali habitam.

A principal atração turística da cidade é a Catedral de Colônia, ou em alemão: der Kölner Dom (http://www.koelner-dom.de). Uma construção gigantesca, que demorou séculos para ser construída no estilo gótico e que “resistiu” aos bombardeios aliados durante a Segunda Guerra Mundial (sete bombas atingiram a Catedral, mas não foram capazes de abalar sua estrutura).

Suas gigantescas torres de 157 metros são as segundas maiores da Europa (perdendo apenas para a de Ulm, também na Alemanha). Nela estão guardados os restos mortais dos 3 Reis Magos (ou pelo menos é o que se  acredita), desde o final do Séc XII. E isso tem atraído peregrinos e turistas desde a Idade Média até hoje para a cidade.

Uma visita ao Römisch-Germanisches Museum também é indicada, onde se pode ver um pouco da história Romana na Alemanha. De lá, podemos fazer um passeio a pé até as margens do rio Reno e encontrar a Hohenzollerbrücke, uma grandiosa ponte que cruza o Reno. Esta ponte está cheia de cadeados.

Quando estivemos em Colônia, a catedral estava em restauro, limitando a nossa visão desta maravilha.

Em seguida voltamos pelo Reno, até a cidade de Koblenz, que fica na confluência entre o rio Reno e o Mosel, chamada de cotovelo da Alemanha.

Fizemos um passeio por Koblenz, que nos pareceu uma cidade agradável, porém sem atrativos maiores e fomos então para Cochem, que fica às margens do rio Mosel.

Pegamos uma estradinha sinuosa, com muito verde, até nos depararmos com a linda cidade de Cochen.

A cidade de Cochem fica na parte mais romântica do Vale do Mosel, nas curvas do rio Mosel, entre as baixas colinas Eifel e Hunsrück.

Em uma rocha elevada ao lado da cidade, fica o magnífico Reichsburg, um grande castelo, com delicadas torres e muralhas, que dá a impressão de um típico castelo de conto de fadas

Tão impressionante quanto o próprio castelo, é a vista do vale do Mosel, com suas belas florestas, prados, campos e vinhas, bem como a parte antiga da cidade.

A visita à cidade de Cochem vale a pena, não só por causa de suas ruas estreitas e vielas sinuosas, de suas casas cuidadosamente restauradas, parcialmente em madeira, com os telhados de ardósia, do mercado local histórico, mas também por causa de seus portões da cidade medieval e igrejas.

Uma bela faceta da cidade é o caminho, ao longo da avenida Mosel, que é decorado com flores e onde muitos bancos de jardins floridos convidam a uma pausa tranquila.

Existe uma atração na cidade, que é um passeio no rio, em um dos barcos Moselles, seja durante o dia ou à noite, com música e dança, quando as luzes do castelo e da cidade são refletidas na água.

A antiga ponte que atravessa o rio é decorada com floreiras e nos dá uma bela vista do rio, da cidade e do castelo.

No outro lado da ponte, existe um tradicional produtor de diferentes tipos de mostarda, onde pudemos prová-las e notar as suas diversidades.

Aproveitamos para provar o vinho local e comer um doce, ao cair da tarde, em um dos cafés charmosos de Cochem!

Encantados com este passeio e com a bela visão do rio Mosel, voltamos para Rudesheim.

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...