domingo, 29 de dezembro de 2013

Château Noireux, Vale do Loire


Sempre que viajo procuro ficar, em pelo menos, um hotel de nível.
Da última vez em que estive na Europa, decidi me hospedar em um château no vale dos châteaus, o Vale do Loire.


Por indicação da minha companhia de viagem, a Checkout, reservei o Châtaeu Noireux, que fica próximo à cidade de Angers, na região de Anjou.


As diárias para um quarto vão de 175 a 395 e 285 a 430, este último valor para o quarto Au Manoir . Como fomos na baixa estação, pagamos 175.


A terra de Noireux já era conhecida em 1212, mas a primeira construção no local foi uma pequena capela Saint-Joseph (patrono dos carpinteiros), em 1470.


Esta capela foi restaurada em 1653. Já o Château Noireux, no seu estilo de uma construção rural, foi restaurado em 1989.


O château, de muito charme e conforto, conta com 19 quartos de dois tipos e 3 restaurantes que oferecem refinada cozinha do chef Gérard Côme. 

Os 10 quartos grandes, no estilo country, ficam no primeiro  e segundo piso, contam com lareira e com tetos formados por grandes toras de madeira. Os quartos dos andares superiores, por sua vez, podem ser acessados por uma escada  elegante e "art deco ".


Os banheiros nos presenteiam com uma seleção de produtos de beleza, de leite e aromas de limão de Marseille. Os robs du chambre são bordados com motivos do château e acompanham luxuosas toalhas.

A propriedade tem 16 acres na região oeste do vale do Loire e foi aberta ao público em 1991.

Inspirado no amor pelas casas de campo da Inglaterra, os proprietários misturaram o melhor do estilo de decoração Inglesa, com a "art de vivre" francesa e assim criaram um ambiente que mescla elegância e intimidade.

Os ecos do passado aparecem nos seus detalhes: lareiras de pedra e muita madeira, complementados por fino mobiliário, antiguidades, rica tapeçaria e tapetes.

Os três restaurantes são especiais, com os nomes: Orangerie, Country e Varanda.


O Orangerie é inspirado no tema arquitetônico de orangerie, com largas janelas que Luiz XIV trouxe à moda, no século XVII. Este restaurante tem vista para um jardim com castanheiras e ao fundo pode-se avistar o vale do Loire. Este restaurante tem também um terraço que é utilizado no verão como um  charmoso restaurante ao ar livre.

O Country é precedido de uma pequena sala de espera, com cadeiras cobertas com tecido bordado. O restaurante,com 40 mesas, oferece um convívio com uma atmosfera primaveril, com vista para o rio Loire. Ele contorna uma salinha com lareira e sofás, deliciosa atmosfera no inverno.

A Varanda, onde decidimos ter os nossos jantares, conta com uma bela restauração do século XIX e também nos presenteia com sua divina vista para o rio Loire. Neste mesmo local é servido o café da manhã, hora em que podemos apreciar o presunto feito no Chateau.

A cozinha do Noireux é refinada e gastronômica, sob a batuta do chef. Gérard Côme e sua equipe, de onde saem aromas de cozinha do campo, baseada na natureza, com sabores de produtos da região.

O chef Gérard trabalhou em alguns dos melhores relais & Château da Europa e é uma referência entre os mais conhecidos nomes da cozinha francesa.

Depois de iniciar, no sul da França, como cozinheiro, Gérard estudou em escola de culinária em Londres. Seguiu para um Relais and Château na Holanda, como sub-chef e chef por 7 anos.

Gérard conseguiu sua primeira estrela Michelin, quando trabalhou em um château em Chinon. Mais tarde partiu para o Château Noireux, já em 1992.

Jantamos duas noites no Château, jantares fenomenais que apresentavam três tipos de menus:

Le Menu Degustation Gourmande à la Decouverte de Saveurs et de Spécialités à 130. Ele é composto de 6 pratos e uma sobremesa, acompanhados de vinho.

Menu Armonic Gourmande Contours de Saison à la Decouverte des Vins à 82. Este menu é composto de 3 pratos e uma sobremesa, cada um acompanhado de uma taça de vinho.

Menu Vallée du Soir à 68E, ou 80 avec Poisson et Viande. Ele compreende 2 pratos, queijos e sobremesa.

La Cuisine-Bistrot à 35, quando composto de Première Assiette, Deuxième Assiette e Fromage ou Douceurs. Se a opção for Première Assiette e Deuxième Assiette, ou Deuxième Assiette e Fromage ou Douceurs, sai por 29.

O Château conta também com menu a la carte.

Falando agora da nossa viagem:

Chegamos de Bordeaux, no vale do Loire, diretamente no Château Noireux, de forma fácil.
Passei um email para o Château e eles me enviaram um mapa com coordenadas locais (http://www.chateaudenoirieux.com/).

Ao chegarmos, conhecemos sua proprietária, que é uma francesa exagerada e exuberante.
Ela é casada como o chef Gérard Côme.


Nosso quarto ficava no último pavimento e era decorado com bom gosto.
Lá fomos recepcionados com uvas e nozes.

À noite passeamos pelas salas ricamente decoradas e com lareiras aconchegantes no inverno.


Decidimos jantar na varanda, pois nos pareceu mais descontraído e ainda por cima havia um evento no restaurante principal, aparentemente de vinhos.


Depois de analisarmos o cardápio, decidimos pelo " Menu do Vale do Loire", que custava 68E por pessoa.

Inicialmente nos oferecia um mis en bouche de soupe de aspérgès, beterraba e salmão.

Para acompanhar este prato, pedimos um delicioso Cremant D`Anjou Langlois.

Como prato principal, escolhemos o l'aile de pigeon du pays du Racan rôti a la cocotte, tranche de magret doie du Perigord confites, jous aux gousses dail confites. Mousseline de petits poids a l`anis. (Pombo com alho e purê de ervilhas ao anis)

O outro prato foi: Carpaccio de jambon de veau engeleés dherbes aux asperges dAnjou. Vinaigrette legere à lorange au vinagre balsamique. (Carpaccio de vitela com aspargos e vinagre de laranja)

Para acompanhar pedi o vinho Anjou-villages Evanescense, que harmonizou muito bem com os pratos.

Em seguida provamos os fromages affinés. (Queijos)

Como sobremesa, escolhemos uma delicosa baba au cointreau, gelleé de fraises verveine e sorbet fromage blanc et citron verte. (Baba ao cointreau, geleia de morangos com verbena e sorvete de iogurte com limão verde)

Ainda vieram com o café, deliciosas nougatines.(Torrones)

A conta ficou em 200, bem acima do valor da diária, mas valeu muito a pena, foi uma viagem de sabores e uma experiência dos sentidos!

No dia seguinte fomos visitar a vinícola de Mm. Eveline, no Château des Vaults e passeamos por Angers.

Retornamos ao château Noireux, onde escolhemos desta vez, o jantar do bistrô, que custou 35.

O jantar estava gostoso, mas normal, porém a sobremesa foi inesquecível: La soufllé chaud au cointreau façon "dame blanche", avec sauce de chocolat noir. (Souflê de cointreau com calda de chocolate amargo).

Além Château Noireux ser lindo, o local era muito agradável com carneiros pastando pelo terreno.

Passeando pelas imediações do Château, conhecemos o Chef, que foi muito simpático e tirou conosco uma foto.

Fiz a mesma coisa com o sommelier e aproveitei para guardar tais fotos como lembrança do local.

Partimos do Château Noireaux, em direção à Normandia e Bretanha.

A parada seguinte foi na bucólica cidade de Ducey.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Espumantes Nacionais SBAV

A SBAV (Associação Brasileira dos Amigos do Vinho) promoveu em São Paulo o 1º Festival do Espumante Nacional.


Nesta ocasião, um grupo de Especialistas foi convidado para eleger o melhor espumante nacional.


Como resultado houve empate de dois espumantes: Orus Rosé pas Dosé, de Adolfo Lona e o Gerações da vinícola Salton.


Foi feita também nesta mesma época, uma pesquisa de público, que elegeu o vinho Brut Rosé ,de Adolfo Lona para o primeiro lugar.


Estiveram presentes neste evento, 12 vinícolas representativas da produção brasileira de espumantes:


Adolfo Lona, Aurora, Cave Geisse, Dal Pizzol, Dunamis, Hermann, Miolo, Perini, Pizzato, Rio Sol, Salton e Villagio Grando.


Os vinhos que mais me chamaram a atenção neste encontro, foram: Salton Gerações, Villagio Grando Brut, Miolo Milesime Brut 2009 e os Adolfo Lona. Achei no entanto, um pouco amargo, o rosé do Adolfo Lona.


Um dos fatos interessantes é que, cada produtor utilisa cepas bem diferentes para fazer os espumantes: Chardonnay, Pinot Noir, Merlot (Adolfo Lona), Syrah (Rio Sol). Pelo que sei, nenhum produtor no Brasil usa a Pinot Meunier, para espumantes. Uva esta, apenas utilizada para alguns Champagnes.


Grande parte dos produtores do evento faz espumantes, tanto feitos pelo método tradicional Champenoise, (com a segunda fermentação na garrafa), como pelo Charmat, (onde a segunda fermentação é feita em tanques de aço inox).


Vários produtores, como Adolfo Lona, trouxeram espumantes denominados Nature, ou seja, sem adição de açúcares.


A Rio Sol trouxe espumantes do Vale do São Francisco, onde a safra é definida pelo controle da irrigação. Desta forma é possível produzir mais de uma safra por ano.


Na ocasião foram apresentados  alguns espumantes Moscatel, muito doces para o meu gosto.


A empresa Serra das Antas compareceu com seus queijos deliciosos, principalmente o azul, que estava bem intenso.

Já sou consumidor assíduo dos fedidos e saborosos Rebllochon e Taleggio.


O evento foi bom para divulgação dos espumantes nacionais que estão competindo bem com os importados.


Os produtores nacionais deviam promover mais degustações como esta, para o publico especializado,.

O evento foi bem organizado pela CH@A Comunicação (atendimento@ch2a.com.br). 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Restaurante Jacarandá

Ao passar pela rua Alves Guimarães, me deparei com o restaurante Jacarandá, no número 153.

O que me chamou a atenção, foi um empório que fica na entrada do restaurante. Lá encontrei um delicioso queijo da Serra da Canastra.

Vi então que no fundo havia um restaurante. Analisando o cardápio, resolvi voltar outro dia para almoçar.


O restaurante pertence à argentina Ana Maria Massochi, que normalmente se encontra no local. Ela é proprietária do La Frontera, também em São paulo.

Os dois prédios são construído ao redor de um jacarandá e tem um cardápio do chef. uruguaio Gastón Yelichi, que mistura a culinária de vários países da América do Sul.

O restaurante Jacarandá foi eleito, pela revista Veja Comer & Beber 2013, como um dos melhores restaurantes de comida variada da cidade.

O lugar é de bom gosto e o serviço atencioso.


Quando voltei para almoçar com minha esposa, pedimos um polvo grelhado com batatinhas, que estava muito bom, mas a porção era pequena e custou R$65,00.


O outro prato pedido foi um risoto cítrico com lulas, que também era bem gostoso. Custou R$42,00.


Gostei do restaurante, mas achei o preço do prato de polvo muito caro para o tamanho da porção, que mais parecia uma entrada.


Ainda assim é um restaurante que vale conhecer!

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

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