domingo, 27 de março de 2016

Karlovy Vary, um retorno à Europa como já foi

Quando fomos à Budapest, em outra viagem que fizemos, havia uma excursão para a cidade de Karlovy Vary, que é uma cidade situada na parte ocidental da República Checa, próxima à Alemanha. Na época ouvi muitos elogios das pessoas que lá estiveram e resolvi então conhecê-la. Não o fiz naquela ocasião, mas fiquei com esta vontade.

Foi então que, ao preparar meu roteiro pela Alemanha, resolvi incluir a visita a Karlovy Vary.

E assim foi.

Partimos de Dresden, em direção à Karlovy Vary, com um carro que eu havia alugado em Berlim.

Recebi um Peugeot bem usadinho, pois há muito roubo de carro nos países que formam o bloco socialista. Aconteceu o mesmo quando fui à Croácia.
E lá fomos nós, depois de Berlim para Dresden e de Dresden para Karlovyvary.

A cidade foi assim chamada depois que o imperador Carlos IV a fundou, na década de 1370.
Karlovyvari quer dizer banhos termais de Carlos.

Ficamos no Heluan Hotel, local simples – (Trziste 387/41. http://www.heluan.eu/), pelo valor de E$ 189,00, com café da manhã incluso, por 2 dias.

Karlovy Vary é uma cidade rica e é destino popular para muitas celebridades.
A cidade tem muitas belezas arquitetônicas.

O cidade fica na confluência dos rios Ohře e Teplá, que dão um charme especial à cidade.

Karlovy Vary foi cenário de vários filmes, tais como: As Férias da Minha Vida (com a atriz Queen Latifah) e 007 - Cassino Royale (estrelado por Daniel Craig). Parte da gravação do Cassino Royale ocorreu no majestoso Grand hotel Pupp, um luxuosíssimo hotel, reconhecido mundialmente pela excelência dos seus serviços em hotelaria.

Escolhemos a noite do nosso aniversário de casamento para jantar no Grand hotel Pupp.
Assim faríamos uma boa comemoração!

O local é imponente e ricamente decorado, com serviço primoroso.
O jantar transcorreu belamente num clima de filme.
Depois de muito lermos o cardápio acabamos por escolher os pratos.

Como início, tivemos um amuse bouche e um aspic de legumes parea abrir o apetite.

Em seguida vieram as entradas de camarões tigre à provençal e ravioles com artichokes. Estavam deliciosas!

Os pratos principais foram: porco ibérico ao molho de olivas noires e peixe grelhado com purê de erva doce.

O vinho que acompanhou nosso jantar foi um gostoso Château Valise, indicado pelo Sommelier, da cepa Ryzlink, produzido na região de Pozdní Sber.

Ainda tomamos cafés acompanhados com trufas.

Gentilmente, ao fim da noite, nos deram uma rosa de presente.

No dia seguinte caminhamos bastante pela cidade!

Passeando pelas ruas, vimos um boneco divertido, que fazia propaganda de um restaurante chamado Svejka.

Fomos então ao restaurante com seu estilo bem asterix. Um tipo de taberna checa bem comum nestas paragens. Resolvemos almoçar ali a fim de conhecer a comida mais típica e popular. Pedimos coxa de pato e um goulash bem gostoso. A comida era bem tosca.  Eu imagino que isto ocorre em outros restaurantes regionais. Fora o Grand hotel Pupp a comida de Karlovyvari é simples. Outro prato típico e que é bom é o apfelstrudell, que é uma deliciosa torta folhada de maçã.


Andando pela cidade me deparei com lojas vendendo vinhos da República Checa. Aproveitei para comprar o vinho Baloi, da cepa Cabernet Sauvignon, para depois apreciar com amigos, na volta para o Brasil.

Descobri também em Karlovyvari que existe um licor regional chamado Becherovka, famoso na região. Ele foi inventado por Jan Becher (daí Becherovka, ou seja, “do Becher”). Sua receita é um segredo guardado a sete chaves, e reza a lenda que somente duas pessoas sabem exatamente quais os trinta ingredientes da fórmula, e sua exata proporção. Um fator dessa exclusividade, dizem os tchecos, é a água de Karlovy Vary, reconhecidamente diferenciada.

Provei o licor, mas não achei nada de especial.


Karlovyvari é a mais importante cidade do famoso triângulo balneário, onde se curaram as personagens mais destacadas da vida artística e social da Europa. Hoje é a segunda cidade mais visitada da República Tcheca. Graças à sua arquitetura única está entre os balneários mais belos da Europa.

Lindas casinhas coloridas bordejam o rio central.

Para nosso azar descobrimos que as termas estavam fechadas há um bom tempo.
Acabamos indo num local especial para banhos, porém sem graça e decadente.

Outra coisa produzida na região são os cristais da marca Moser, com alta qualidade e pureza, tem  o know-how dos melhores artesãos da Bohêmia. Devido à qualidade, Moser é um dos mais cobiçados cristais de decoração. A rainha da Inglaterra, Elisabeth II, e o Rei Juan Carlos da Espanha são clientes fieis dos cristais produzidos em Karlovy Vary.

Entre as atrações da arquitetuta local, encontramos as Mill Colonade, que é um imponente pavilhão, com colunatas de pedra construído no estilo pseudo-renascentista.

O Mercado Colonade é outra bela atração da cidade, construído em madeira, em estilo suíço.

Uma das construções mais belas da cidade é a Igreja ortodoxa de São Pedro e São Paulo, no estilo bizantino antigo, que fica no topo de um morro.


Por toda cidade, as pessoas andam com canecas em formato de chaleira, a fim de tomar as águas termais que jorram das diversas fontes espalhadas por Karlovyvari.

Um dos pontos principais da cidade é o Hot Springs. Um prédio moderno que concentra diversas fontes, onde os turistas vão buscar suas águas medicinais.  Foi ali que comprei minha caneca e passei a beber, ao longo de meus passeios, aquela água termal recomendada ainda que mal cheirosa.

O Teatro é outro ponto importante da cidade e fica às margens do rio principal. Um prédio muito lindo, pintado internamente por artistas vienenses.

A visita à Karlovyvari foi muito interessante! Era como se eu estivesse numa Europa mais antiga e preservada em sua beleza e encanto!

terça-feira, 22 de março de 2016

Restaurantes de Florianópolis 2

Voltei a Florianopolis para visitar a família, e como aproveito estas viagens pra lá para ir a alguns restaurantes, vou dar a vocês,  minhas impressões  sobre eles.

Restaurantes recomendados:

Voltei ao Samburá, que se localiza próximo à Sto Antônio de Lisboa, na estrada Caminho dos Açores 1152 (fone: 3235-1293). É um restaurante simples, bem típico, daqueles que dá para provar a comida tradicional da ilha. Desta vez, pedimos 2 pratos, que serviram 5 pessoas:
Camarão a milanesa e um congrio rosa ao molho de camarão, ambos deliciosos!

Pizzaria Forneria Catarina (48)3236.0633, na av. Madre Benvenuta em Santa Mônica. Com pizzas bem feitas e criativas e o ambiente agradável, esta pizzaria, além das pizzas, oferece um chope bom e entradas igualmente gostosas.

Conheci também A Villa Maggioni, que também fica na lagoa da Conceição, rua Canto da Amizade 37 (fone: 3232-6859).  Um lugar agradável onde vista da lagoa é bonita. Achei os pratos gostosos, mas os preços um pouco salgados. Pedimos mini polvo com risotinho e ravióli.

Fui duas vezes ao Rosso, que fica num lugar bonito, à beira mar, na Rodovia Gilson da Costa Xavier, nº201 , em Santo Antônio de Lisboa (fone 3206-7665).

Lá cultuam muito o chef Alysson Müller. A revista Forbes do Brasil elegeu seu polvo como o rei do polvo. Particularmente achei o serviço demorado e um pouco caro. Pedi uma lula ao pêsto, muito cheia de ingredientes que não combinavam entre si. Não acredito nestas misturas sem critérios.
O polvo que escolhi foi com mel, limão e gengibre, que custou R$138,00. Um pouco caro. Não justifica!

Por fim fui ao almoço executivo do Artusi, que fica na rua Bocaiuva 2090, centro (fone 3037-2228) e tem o mesmo chef do Rosso.

O ambiente do restaurante é requintado, amplo e arejado e o almoço executivo composto de entrada, prato principal e sobremesa, ao preço de R$44,00.

Como entrada pedimos uma saladinha, que estava correta. Como prato veio um nhoque de batata, com filé e molho de cogumelos, meio sem graça.

O prato alternativo seria um frango. Perguntei se não tinham opção de fruta para sobremesa, mas me disseram que não. Pedimos duas cervejas que encareceram bem a conta. Achei o preço compatível com os produtos usados.


Restaurantes mais simples:

Fui à Casa do Chico, na Lagoa da Conceição, que fica na Av. das Rendeiras 620 (fone: 3204-4495). Apesar da decoração simpática, achei a comida um pouco pesada. Lá provei: Camarão à paulista e congrio rosa à belle meuniere.



Casa de show e restaurante: La Guirlanda, av Madre Benvenuta 1572, Sta. Mônica (fone 3028-8728). Esta é uma creperia com música ao vivo de bom gosto, com um couvert artístico a R$10,00.  Além de crepes eles servem galettes feitas com trigo sarraceno. O interessante que o que eles chamam de crepes são os doces.

As Galettes são bem feitas, mas a que pedi tinha creme de leite no molho, não aprecio.

Estas foram as dicas desta minha recente viagem a Floripa! Na próxima trago mais!



terça-feira, 15 de março de 2016

Caravana do Tejo 2016

José Santanita, diretor da Wine Senses (fone 3294-7156) iniciou, em 2013, a Caravana dos Vinhos do Tejo. Esta Caravana foi um evento criado para apresentar os vinhos do Tejo para diversas cidades brasileiras, com o objetivo de divulgar os seus produtos. Um verdadeiro road show de vinhos!. (https://www.youtube.com/watch?v=MVl_L3bV_Ig).

Em São Paulo neste fevereiro de 2016, o evento aconteceu no Consulado de Portugal.
Foram reunidos para o evento, que vem crescendo em qualidade e quantidade de vinhos, 15 produtores que ofereciam cerca de 100 vinhos brancos e tintos. (https://www.youtube.com/watch?v=FtVwubsvqkQ)

Houve também no evento, uma Master Class para imprensa.

A região do Tejo fica no coração de Portugal. Região com uma grande aptidão para a produção de vinhos. O Terroir ali logicamente sofre as influências pela sua proximidade com o maior rio português: o próprio Tejo que divide a região em 3 zonas distintas:

Bairro, que fica na margem direita do vale do Tejo. Esta região tem mais aptidão para as castas tintas.

Campo, que corresponde à região com solos mais férteis e é a mais próxima das margens do rio, onde as frequentes inundações tornam os solos mais férteis e fazem dela a zona ideal para os vinhos brancos.

Charneca, que fica na margem esquerda do Tejo, onde são produzidos tanto vinhos brancos, como tintos.

Os produtores presentes no evento foram: Adega Cooperativa Cartaxo, Agro Batoréo, Quinta da Badula, Quinta do Casal Branco, Casa Cadaval, Casal da Coelheira, Companhia das Lezírias, Encostas do Sobral, Enoport United Wines, Fiúza & Bright Quinta Casal do Conde, Pinhal da Torre, Quinta da Alorna, Quinta da Lapa e Quinta do Casal Monteiro.

Os vinhos brancos, oferecidos aos convidados, estavam bem equilibrados e com bons preços.

Este acontecimento é muito importante, pois ressalta que os bons vinhos portugueses não vem só do Douro, Dão e do Alentejo, mas de outras regiões tais como o Tejo.  O Tejo tem bons vinhos que oferecem uma boa relação custo / benefício.

Os produtores do evento foram muito cordiais, gentis como o povo português costuma ser com os brasileiros.

A maior parte dos vinhos brancos usam as castas: Alvarinho, Arinto e Fernão Pires. Em poucos casos são utilizadas as cepas estrangeiras: Sauvignon Blanc e Chardonnay.

No caso dos vinhos tintos, predominam as cepas Touriga Naciona e Alicante Bouschet. Em alguns outros vinhos são utilizadas as cepas estrangeiras: Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir, com bons resultados.

Em São Paulo, a sala, fornecida pelo consulado para este evento, era um pouco pequena e ficou bastante cheia e quente nesta ocasião.

O evento também ocorreu na parte de fora do prédio. Acredito que se pusessem alguns produtores do lado de fora da sala principal, seria melhor para a circulação de pessoas e certamente menos quente.


Alguns vinhos me chamaram a atenção:

Espumante: Casa Cadaval Tuísca 2013, da cepa Pinot Noir

Branco: Encostas do Sobral Selection (Fernão Pires, Arinto e Malvasia); Fiúza Alvarino 2014; Quinta do Casal Branco 2014 (Fernão Pires); Quinta do Casal Conde, Casal do Conde 2015 (Arinto Sauvignon Blanc); Quinta do Casal Monteiro Terra de Toros 2014 (Arinto),

Tinto: Casa Cadaval Padre Pedro Reserva 2012 (Touriga Nacional, Trincadeira, Alicante Bouchet e Merlot; Casa Cadaval Vinhas Velhas 2012 (rincadeira Preta); Casa Coelheira Mythos 2012 (Touriga Nacional, Touriga Franca, Cabernet Sauvignon); Casa Coelheira 2013 (Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Touriga Franca); Encostas do Sobral Different 2012 (vinhas velhas) e Reserva 2012 (Touriga Nacional, Touriga Franca e Trincadeira); Fiúza & Bright Touriga Nacional 2014; Quinta da Alorna Marquesa de Alorna Tinto 2012 e Reserva Tinto 2012 (Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon); Quinta do Casal Branco Falcoaria 2014 (Fernão Pires); Quinta da Lapa T. Nacional Reserva 2012 (Touriga nacional); Pinhal da Torre Quinta do Alqueive 2008 (Touriga Nacional, Syrah).


Agradeço a Santanita pelo belo evento realizado, sempre e pelo convite feito a mim!

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