segunda-feira, 31 de maio de 2010

Viagem à Grécia

Antes da implantação do Euro e da crise na Grécia, fiz uma viagem por aquele belo país.

Viemos de um passeio pelo sul da Itália.

Saímos do porto da cidade litorânea de Bari, que fica na Puglia, uma das cidades mais perigosas daquele país.

O porto de Bari não tinha nenhuma infra-estrutura, e como o navio para Patras, na Grécia, demoraria a sair, tivemos que achar onde deixar as malas.

Lá encontramos um italiano, com poucos dentes na boca e com um típico sotaque sulino, que agenciava alguns boxes do banheiro feminino, para guardar malas.

Ele me falou, de uma forma bem sacana, que gostava das brasileiras.

Ele comentou: “Fachevo um bello capuccino”.

Quando minha esposa apareceu, ele me disse : “Que bella Donna, devevo fare un bello capuccino” (me desculpem pelo Italiano).

Passamos a noite no navio, onde saboreamos um funghi porcini em conserva, que havíamos comprado numa feira na Calábria. Eles eram enormes e deliciosos, na sua conserva em “olio”.

No dia seguinte chegamos ao caótico porto de Patras, onde pegamos um ônibus para Atenas.
Foto: Canal de Corinto

Pelo caminho passamos pelo canal de Corinto, que é um canal artificial, construído para ligar o golfo de Corinto ao mar Egeu.

Este canal, de 6,3km, concebido no século VII A.C., foi inaugurado em 1893, e une, por via marítima, as regiões da Grécia, do Peloponeso ao Mar Egeu, evitando fazer uma volta de 400Km.
Foto: Akropolis

Passeando pela cidade, fomos ao alegre e boêmio bairro de Plaka, que fica no pé da “Akropolis” .
Foto: Teatro de Dionísios

Visitamos a “Akropolis” e seu museu, o “Partenon” e o “Erecton”, que era o templo mais sagrado da antiguidade. Visitamos também o magnífico “Teatro de Dionísios”.
Foto: Jantar em Plaka

De noite fomos jantar em Plaka, debaixo de parreiras, onde assistimos a um show turístico com música grega e bebi pela primeira vez a Retsina.
Cartão do restaurante

Este vinho, predominante da região de Atenas, é de sabor e aroma estranho, devido a participação de resina na sua fermentação.

Antes de existirem as rolhas de cortiça, as garrafas eram tampadas com resina e isto conferia aquele estranho sabor ao vinho. Daí o nome dado a ele.
Foto: Akropole

Partimos então para uma viagem de balsa, por aquele mar azul anil, para as ilhas de Mikonos e Santorini. A balsa era repleta de videogames e os gregos fumavam muito dentro do navio, o que tornava para mim, a viagem interminável.
Foto: Porto de Mikonos

Hordas de “hipongas” e mochileiros de toda Europa, ora dormiam no convés do navio para economizarem na hospedagem, ora se bronzeavam no tórrido sol do deck.
Foto: Entrada de Mikonos

Sugiro que façam esta viagem de avião para aproveitarem melhor o tempo.
Foto: Moinhos de vento em Mikonos

Chegamos a Mikono com suas casas brancas, seus moinhos de vento, e os polvos secando no varal.
Foto: Mikonos e os polvos

A cidade tem as ruas em forma de labirinto, com o objetivo de desorientar Possíveis invasores.
Foto: Restaurantes na cidade

Jantamos num restaurante na beirada da praia da cidade, onde pudemos ver o por do sol.
Foto: As casas e igrejas brancas de Mikonos

Suas praias tinham uma areia branca e o uso de topless era generalizado.
Foto: Praia de Mikonos

Lá alugamos uma motinha para passearmos por toda ilha e pelas diversas praias.
Foto: Pelicano pelo labirinto de Mikonos

Conhecemos o centro comercial da ilha, onde caminhava um simpático pelicano com seu longo bico, o que não nos encorajava uma aproximação.
Foto: Vista de Santorini

Partimos depois para a ilha vulcânica de Santorini, ilha esta de areia cinza e cheia de praias com rochas escorregadias.

Com o calor tórrido do verão, não consegui resistir a um sorvete a beira mar.
Foto: Praia de Santorini

Esta ilha tem uma beleza inigualável, com suas casas bastante coloridas, penduradas num penhasco, que outrora fora a parede de um vulcão.
Foto: Mulas escalando o penhasco

As paredes do vulcão são tão íngremes que o povo, ainda hoje, usa burricos para sua escalada.
Foto: Ilha no meio do vulcão

Visitamos uma ilha no meio do antigo vulcão que ainda soltava vapores com cheiro forte de enxofre.

À noite ouvíamos o som das discotecas que tocavam música internacional, mas que também tocavam música grega. Quando isto acontecia, o povo a acompanhava num coro animado.
Foto: Meio de transporte nas ilhas

Alugamos também uma “vespa”que sofria para escalar as ladeiras de um local chamado “Ia” (os gregos falam oia).
Foto: Vista de "Ia"

O trajeto foi um pouco complicado, pois as placas eram escritas em grego, e as pessoas do caminho também só falavam grego.
Foto: Por do sol em "Ia"

Lá chegando, apreciamos o pôr do sol com a vista mais bonita de toda ilha!

Passeei descalço pela praia próxima ao hotel, quando ouvi uma mulher rindo e falando algo como: “Sans sarau” (que deveria querer dizer: sem sapato). Para ela isto era um absurdo! Até porque o contorno da praia era calçado de paralelepípedos.

Vi também um senhor com uma mula vendendo pequenos tomates e fui comprar um pouquinho.

Sua língua era indecifrável, mas consegui conversar e comprar uma quantidade de tomatinhos muito gostosos, pois sua doçura era inigualável.

O vinho grego, por sua vez, conquistou na última década, nome respeitado, com variedades nativas de uva, e produções também com cepas importadas.

No caso principalmente dos vinhos brancos, algumas das suas variedades vem da Grécia antiga, berço da moderna cultura do vinho.

A nova era dos vinhos começou em 1985, quando um grupo de enólogos e agrônomos retornaram á Grécia, após treinamento na França.

Os vinhos da região norte da Grécia hoje é de potencial menos concretizado, enquanto os da Macedônia são os vinhos mais notáveis do pais.

Os vinhos são produzidos em algumas ilhas, sendo a de Creta, a de maior produção vinícola.

A ilha de Santorini é a mais original e cativante de todas. Seus vinhos potentes e intensos, brancos com aroma de limão e minerais, são muito secos!

Esses vinhos são feitos principalmente com as antigas uvas Assyrtiko, em pequenas regiões, no topo do vulcão dormente.

Tive a oportunidade de participar de uma degustação de vinhos Gregos, de uvas de nomes difíceis de pronunciar, importados pela Mistral (fone:3372-3400):

1) Adoli Gris 2005, produzido, na região de Patras. Sua graduação alcoólica é de 12%. Este vinho é produzido com as uvas Laghórti (45%), Asproudes (mescla de uvas 30%), Roditis Alepoú (15%) e Chadornnay (10%). É um vinho branco seco, cheio de personalidade. Estava bem fresco, com cor amarelo esverdeada. O aroma dele é de melão, manga e kiwi. Na boca é frutado e fresco, com uma boa acidez, sensação de vivacidade , características metálicas. Seu preço é US$43,50

2) Thalassitis Assyrtiko OPAP 2005, produzido na ilha de Santorini. Sua graduação alcoólica é de 13%. Este vinho é produzido com a uva Assyrtiko, que é uma das poucas que floresce dentro de condições tão adversas de solo (pobre) e de clima. É um vinho branco seco, cheio de personalidade. Estava bem fresco, com cor amarelo esverdeada. O aroma é cítrico. Na boca é frutado e fresco lembrando a maçã , um vinho mineral com um final tostado e boa acidez, sensação de vivacidade e características metálicas. Seu preço é US$43,50

3) Gerovassiliou Chardonay TO 2005, produzido, na região de Epanomi. Sua graduação alcoólica é de 13,5%. Este vinho é produzido com a uva Chadornnay. É um vinho com uma cor amarela pálida. O aroma é cítrico. Na boca tem uma textura cítrica e de mel, com nuances de nozes secas e baunilha. Seu preço é US$55,00.

4) Cabernet-Nea Dris EO 2003 produzido, na região de Patras. Sua graduação alcoólica é de 14%. Este vinho é produzido com uvas Cabernet Sauvignon (70%) e Cabernet Franc (30%). É um vinho que tem uma cor vermelha púrpura. O aromas dele são de pimenta verde, amora, chocolate e baunilha. Na boca tem um corpo cheio, com uma boa estrutura tânica e fascinante retrogosto. Seu preço é US$74,00.

5) Gaia Estate 2003 produzido, na região de Neméa. Sua graduação alcoólica é de 13,5%. Este vinho é produzido com as uva Agiorgitiko. É um vinho que tem uma cor vermelha profunda. O aromas são de amora e cereja preta, bem balancedas com tanino e madeira. Seu preço é US$79,50.

6) Gerovassiliou Syrah 2003 produzido, na região de Patras. Sua graduação alcoólica é de 14%. Este vinho é produzido com as uvas Syrah (80%) e Merlot (15%) e algumas castas gregas. É um vinho que tem uma cor vermelha púrpura. O aromas são de frutas escuras e especiarias e baunilha. Na boca as fruta negras se sobressaem, junto com as notas de madeira. Seu preço é R$97,00.

Pude participar também de uma degustação de vinhos gregos, na casa de meu amigo, também grego, Daniel, que é um grande chefe de cozinha.

Neste dia, comemoramos, entre amigos, mais um noivado deste grego sedutor, como deve ser a maioria deles.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Viagem à região sul do Rhône



Quando participei de uma degustação de vinhos da região do sul do Rhône, adorei o vinho Cuvée dês Cadettes, produzido pelo Chateau La Nerthe.
Mapa da região do Rhône
Decidi então ir a esta região para conhecer alguns produtores do local.
Foto: Ponte de Avignon
Ficamos hospedados na cidade de Avignon, que fica bem próxima à região de Chateau-Neuf-du-Pape.
Foto: Castelo do Papa, em Avignon
Tendo agendado a visita, ainda no Brasil, recebi as coordenadas da propriedade, o que facilitou muito a chegada ali, com ajuda do GPS.
Foto: Entrada da vinícola
O dia estava chuvoso, mas deu para ter uma idéia da imponência e da beleza da propriedade.
Foto: Uvas da vinícola
Na entrada pudemos provar algumas deliciosas uvas maduras ainda no pé.
Foto: Passeio pela adega
Fomos guiados por uma bela recepcionista, pelas adegas afora. Ela foi nos dando uma explicação sobre o método de produção dos vinhos no decorrer do percurso.
Foto: Porta do Chateau
A guia nos explicou que o Chateau nasceu no século XII, e que nesta época as vinhas eram plantadas no solo pedregoso do Chateau-Neuf-du-Pape.

O local foi literalmente o novo castelo do Papa, pois foi o pontífice que o escolheu para ser sua residência de verão, quando a corte foi realocada para Avignon.
Foto: Adega de Alain Ducasse
A parte mais antiga da adega data de 1560 e guarda a coleção privada de vinhos destinados aos grandes restaurantes franceses, como o de Alain Ducasse. Lá também existem tanques de pedras medindo 1,2m de espessura de parede.

Provamos 3 vinhos da safra 2004, sendo eles:

Chateau La Nerthe Blanc 2008

Chateau La Nerthe Rouge 2005

Cuvée dês Cadets 2008 

A experiência foi tão maravilhosa, que decidi levar um exemplar do Cuvée dês Cadets 2005 para minha casa. Meu objetivo é o de deixá-lo descansar mais uns 5 anos na minha adega, até que ele possa atingir seu esplendor.

Depois da visita, fomos à graciosa cidade de Chateau-Neuf-du-Pape, onde pudemos provar outros vinhos e outras tantas iguarias tais como queijos e produtos de charcouteries locais.

O Rhône, pode ser dividido em duas partes, norte e sul.

A região norte, que representa menos de 10% da produção total, é representada por importantes vinhas, como Cote-Rôtie, Condrieu e Hermitage.
Foto: Região Tain Hermitage
A topografia do Rhône norte é mais íngreme do que a da região sul, onde os vales são mais abertos.
Foto: Região de Hermitage
Os vinhedos da região sul são expostos ao sol, em amplos terraços de pedras redondas e aquecidas pelo mesmo sol e varridos pelo vento Mistral.

A uva Grenache é predominante ao sul, vindo em seguida a Grenache e Mouvèdre.

No coração da região podemos encontrar as produções de Chateau-Neuf-du-Pape, cuja maioria dos vinhos é em média boa, e podem ser bebidos depois de apenas 1 ou 2 anos da safra.

Em muitas áreas desta região são, como em Bordeaux, produzidos clássicos vinhos escuros e profundos, cada qual com sua variedade de até 13 cepas, o que lhes permite serem mais ou menos picantes.

Nesta apelação, 95% dos vinhos produzidos são tintos e tem uma graduação alcoólica de, no mínimo 12,5%.

A apelação mais comum da região sul do Rhône é a de “Cotes Du Rhône, usada genericamente pelos vinhos produzidos ao redor do rio Reno. Ali a produção pode ser três vezes maior que a da região de Beaujolais e apenas um pouco inferior à de toda região de Bordeaux.

Dentro desta apelação existe uma gama variada de qualidade e de estilo de vinho.

A denominação “Cotes de Rhône-Village tem em geral uma qualidade superior à de “Cotes Du Rhône” e tem uma das melhores relação custo/benefício da França.

A degustação de vinhos tintos do sul do Rhône da qual participei, contava com os vinhos:

1) Les Abeilles 2005, produzido na região de Côtes du Rhône, por Vins Jean-Luc-Colombo. Sua a graduação alcoólica é de 13,5%. É produzido com as uvas: Grenache, Syrah e Mouvèdre. Sua cor é púrpura intensa. O aroma é de frutas vermelhas, couro e especiarias. Na boca tem um sabor complexo, licoroso e de especiarias, com taninos sedosos. É importado pela Decanter (fone: 3074-5454) e seu preço era o de R$74,50.

2) Cuvée Terra Amata 2001, produzido na região de Côtes du Rhône-Villages, por SCA Château Signac. Sua a graduação alcoólica é de 14%. É produzido com as uvas: Grenache (50%), Syrah (40%) e Mouvèdre (10%). Sua cor é intensa de cereja. O aroma é de geléia de cerejas e floral. Na boca apresenta um corpo cheio, tendo um sabor de cerejas bem balanceado com bons taninos e um pouco de excesso de álcool. É importado pela Grand Cru (fone: 3062-6388) e seu preço era de R$87,00.

3) Gigondas 2005, produzido na região de Gigondas, por M. Chapoutier. Sua a graduação alcoólica é de 13,5%. É produzido com as uvas: Grenache (60% a 70%), Cinsault, Syrah e Mouvèdre . Sua cor é rubi. O aroma é de geléia de morangos. Na boca apresenta um ataque floral e de pimenta, com bons taninos. É importado pela Mistral (fone: 3371-3400) e seu preço era de US$59,00.

4) Vacqueyras 2003, produzido na região de Vacqueyras, por Domaine La Brunely. Sua a graduação alcoólica é de 14%. É produzido com as uvas: Grenache, Syrah e Mouvèdre . Sua cor é rubi/ púrpura. O aroma é de cerejas. Na boca sente-se frutas vermelhas, com bons taninos. É importado pela Vinci (fone: 2797-0000) e seu preço era de US$53,50.

5) Clos de L’Oratoire 2003, produzido na região de Chateau-Neuf-du-Pape, por Ogier Caves dês Papes. A safra 2006 recebeu 91 pontos da Wine Spectator. Sua graduação alcoólica é de 14,5%. É produzido com as uvas: Grenache (80%), Cinsault (5%), Syrah (10%) e Mouvèdre (5%). Sua cor é de cerejas. O aroma é de geléia de morangos. Seu sabor é de geléia de ameixas, figos e frutas escuras, apresentando um fundo de boca de boa mineralidade e traços de baunilha e coco, com bons taninos . É importado pela Expand (fone: 3847-4747) e seu preço era de R$185,00.

6) Cuvée dês Cadettes 2001, produzido na região de Chateau-Neuf-du-Pape, por Château La Nerthe. A safra 2004 recebeu 93 pontos da Robert Parker. Sua graduação alcoólica é de 14,5%. É produzido com as uvas: Grenache , Cinsault , Syrah e Mouvèdre . Sua cor é de cereja. O aroma é de geléia de morangos. Seu sabor é de frutas negras, alcaçuz e especiarias . É importado pela Grand Cru (fone: 3062.6388) e seu preço era de R$480,00

sábado, 8 de maio de 2010

Viagem à St. Emillion

Como sempre tive curiosidade de conhecer a região de Bordeaux, onde são produzidos grandes vinhos da França, resolvi fazer uma viagem até lá.
Foto: San Sebastian
Fiz uma turnê pela Espanha e saindo da cidade litorânea basca de San Sebastian, prossegui em direção a Bordeaux.

Entrei pela França Basca e passei por Bayonne, cidade esta que guarda uma forte influência espanhola, inclusive ali são realizadas touradas.
Foto: Chácara
O trajeto era longo de San Sebastian a St Emillion, e por ser uma região rural, não encontrei nenhum hotel, decidindo me hospedar numa pequena chácara.
Foto: Com o dono da chácara
As instalações desta chácara eram charmosas, porém não contava com banheiro no quarto, o que é, em geral, uma exigência de brasileiro. Europeu normalmente não liga para isso, se o preço for mais em conta.

Nesta chácara tomei um lanche e um café da manhã junto à família do proprietário. No café foram servidos pães e geléias feitas no próprio sitio, o que era uma delícia.

O sitio produzia e vendia os seus produtos, como diversos confits e foies gras.

Parti no dia seguinte em direção a Bordeaux, o que não foi muito fácil, pois peguei um grande anel viário em volta da cidade e as placas de sinalização eram confusas, dificultando minha chegada ali.
Foto: Casa típica de St Emilion
Mudei de idéia e decidi então ir para St. Emilion,.

Saint Emilion é uma comuna francesa, na região da Aquitânia, no departamento Gironde.
Foto: Vinhas ao redor de St Emilion
Quando cheguei a Saint Emilion, só encontrei vaga num hotel nos arredores da cidade. O fato de ficar ali, dificultou meu acesso a cidade, o que foi compensado pois o hotel dos arredores era também mais confortável do que os da cidade.

St Emillion é uma graça de cidade medieval, com as atividades voltada à produção de vinho. As vinhas são plantadas em toda a região, chegando a aparecer nos limites da cidade.

St. Emilion fica numa montanha toda perfurada pelas adegas, onde são guardadas suas preciosidades.

Visitamos a adega da vinícola Clos dês Menuts onde se pagava para degustar suas bebidas. O valor da degustação poderia ser deduzido da compra de algum vinho.

As adegas ficavam em vários níveis. Cada nível tinha uma temperatura ambiente, sendo que, quando mais se descia, mais baixa a temperatura ficava.
Foto: St. Emilion
As melhores reservas ficavam fechadas por grades e se localizavam no último nível das adegas.

Compramos uma garrafa do Clos dês Menuts Grand Cru 1995, que abri posteriormente num jantar em minha casa.

Fiz passeios pela bela cidade, que naquele dia, especialmente, estava em festa pela comemoração de 700 anos da “Jurade” . A “Jurade” foi instituída pelos ingleses em 1199 e governava a cidade até a época da revolução francesa.
Foto: Chateau, nos arredores de St. Emilion
Era ela que controlava todos os atos cívicos, legais e administrativos da cidade, incluindo a qualidade dos vinhos.
Foto: Festa da Jurade
Eram os membros da “Jurade” que aprovavam os barris com seu grande selo, ou destruíam aqueles outros barris que não atingiam os padrões desejados.

Hoje em dia, as fronteiras da antiga jurisdição de St Emillion, delimita o território de duas apelações: Appellation Saint Emillion Protegée and Appellation Saint-Emillion Grand Cru Protegée.
Foto: Catedral de St. Emilion
À noite fui jantar no esplêndido restaurante “Hostelerie de Plaisance”, que fica no coração da cidade medieval e que só serve dois jantares por noite.

Na volta para San Sebastian, onde tomaria o avião para o Brasil, passei pelos campos coloridos de girassóis.

Fui conhecer também a França basca, com sua língua indecifrável, indo à cidade litorânea de St. Jean de Luz.
Foto: St. Paul
A pequena cidade de St. Jean é um encanto e muito sofisticada.!

Os barquinhos de pescadores coloriam a praia e a água ali era digna de pingüim.

Cheguei a San Sebastian, com sua praia límpida, cercada por calçadas onde os velhinhos aposentados passeavam.
Foto: San Sebastian
Fui também à parte medieval da cidade, onde provei as deliciosas tapas ali oferecidas.

Percebi que os espanhóis jogavam no chão, o papel que embalavam as tapas. Esta sujeira era varrida só no final do expediente.

O nome “tapa” parece que veio do fato das pessoas, que estavam com fome, dizerem que iam dar um tapa. Outra hipótese diz que, estes aperitivos por serem feitos sobre torradas, cobriam os copos de vinho e de cerveja, ou seja, tapando-os.

Descobrimos que existem 3 tipos de aperitivos na Espanha: pinchos (espetados e em geral maior que as tapas, originário do norte da espanha), tapas ( o aperitivo fica em cima do pão) e Bocadillo (sanduíches).

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...