sábado, 24 de setembro de 2011

Planejamento de viagem


No próximo mês de outubro, iniciarei uma nova viagem. Sairei de férias e não poderei deixar de trabalhar um pouco.
Iniciarei meu percurso pela Itália, do aeroporto de Malpensa em Milão, sairei em direção do Vêneto, no nordeste da bota.

Os objetivos principais desta viagem, na Itália, serão a Úmbria e a Toscana, onde já estive por breve passagem. Agora no entanto, devo garimpar por suas belezas e tradições com maior cuidado e atenção.
Posteriormente irei para a França, na região dos Alpes Marítimos.
No final voltarei para Itália, para ficar perto do aeroporto e conhecer o Lago de Como, onde já estive mas sem tempo suficiente para apreciá-lo.
Um dos objetivos, além do passeio, é claro, será o de visitar vinícolas pela Itália, para melhorar o meu conhecimento de seus vinhos, que eu tanto aprecio!
Agradeço à importadora ”Decanter”, desde já,que me facilitou a visita em 3 das vinícolas que visitarei.
Iniciarei a visita pelo Vêneto, próximo à cidade de Verona, e mais especificamente na cidade de Fumane, onde fica a vinícola Alegrini.
Além de outros vinhos, a Alegrini produz o vinho Amarone, cuja característica principal, é o de utilizar as uvas colhidas, secas e posteriormente processadas.
Na Úmbria, visitarei as cidades de Assis, Cortona, Orvieto, Arezzo, Spoleto e Norcia. Norcia é famosa pelo filme ”O exército de Brancaleone”, cujo personagem era de lá, e onde são produzidos alguns dos melhores embutidos  da Itália.
A vinícola que escolhi para visitar foi a Arnaldo Caprai, por ser a mais recomendada na Úmbria, na região de Montefalco.
Na Toscana, passarei pelas cidades de Firenze, Montepulciano, Siena, Luca, Spoleto, Cortona, Volterra e Montalcino, entre outras.
Nesta região, vou a 3 vinícolas: Donatella Cineli Colombini, San Paolo e Pogio al tesoro.
As regiões da Úmbria e da Toscana foram habitadas pelo povo etrusco, entre 1200 e 700 AC , povo de origem desconhecida, que deixou lá vários vestígios da sua raça.
Na França irei para Nice, onde já estive, para conhecer alguns museus.
Em seguida fico em Saint Paul de Vence, pequena cidade onde viveram vários artistas como: Picasso, Modigliani e Cocteau,  que pagavam diárias no Hotel Colombe d`or com suas obras.
Visitarei o Moustiers Sainte Marie e as Gorges du Verdon, que apresentam um dos cenários mais impressionantes da Europa.
Irei também à cidade de Annecy, à beira de um maravilhoso lago, de mesmo nome e, em seguida,  visitarei à famosa cidade de esportes de inverno: Chamonix.
Ali atravessaremos o Mont Blac, por túnel, chegando à cidade de Courmayeur, já do lado Italiano dos Alpes.
Finalmente irei para o Lago de Como, e de lá retornarei ao Brasil.
Desta viagem devo voltar, com amplo material para as novas publicações neste Blog.
Esperem as novidades!
Um grande abraço e até a volta.

sábado, 17 de setembro de 2011

Almoço no restaurante Rothko

Depois de assistir o programa do Chefe do Restaurante Vito, André, na terça às 22:30 hs. no canal Glitz, aproveitei sua sugestão para conhecer o restaurante Rothko, que fica na rua Wisard, 88, na vila Madalena, (fone 3032.4295).

Mark Rothko (1903-1970) foi um pintor expressionista abstrato, nascido na Rússia e naturalizado americano.

A decoração do restaurante que leva este nome é bastante interessante, com fotos antigas de pessoas tatuadas. Assim, tatuado, também é o chef Diogo Belda.

Diogo, além de chef, é artista plástico e colocou no seu restaurante o nome de seu pintor preferido.

Antes de abrir seu restaurante, Diogo teve alguns bares, fechando-os para ir à Europa, a fim de estagiar em alguns restaurantes.

O serviço no restaurante é muito atencioso na primeira vez que fui lá a música era, basicamente, jazz,  muito agradável e na segunda foi o Rock pauleira.

Começamos experimentando o porco bebinho, costelinhas suínas que ficam marinando em caipirinha com mel de laranja, por 24 horas, guarnecida de com cubos de banana da terra salteadas, uma maravilha!

Como prato principal, pedimos:

Hamburger Rothko: Feito com queijo da Serra da Canastra, folhas de mostarda e Carne com bacon, estava muito bom!
Porco e lula


Porco e Lula: Deliciosa pancetta fresca cozida em baixa temperatura, com anéis de lula em crosta de fubá, molho de tomate “concasse “e folhas de mostarda.

Bife do João: Rib eye grelhado, manteiga de ervas, batata rústica assada na serragem e salada de agrião.

Como sobremesa escolhi as mini peras, em calda de vinho tinto, maria mole e baba de moça.


Neste restaurante, os preços são bastantes razoáveis para o requinte dos pratos.

Seu cardápio é baseado na culinária brasileira com toques modernos.

O vinho que pedi era servido em taça, um francês vendido em caixa, o que me desanimou de cara, pois.... Acabei optando por tomar uma deliciosa cerveja de Ribeirão Preto. A cerveja Demoiselle Colorado, que estava na temperatura certa, ficando assim muito agradável!


Esta cerveja é feita de cevada, trigo maltada lúpulo e fermento inglês, num processo de fabricação de 28 dias. Tem sabor levemente adocicado, por receber mel de laranjeira em sua composição. Ela não é filtrada, e tem um aspecto opaco.

De qualquer forma, saí satisfeito com o almoço, que como sempre, estava muito bom e com serviço impecável!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Almoço no Italy


Depois de ler o guia da Folha, e outros comentários, resolvi experimentar a comida do novo restaurante Italy.
Do mesmo grupo do dono do Due Cuochi e Prime Burger, este elegante restaurante tem a proposta de ser mais simples ( Trattoria) do que o Due Cuochi.
O ambiente é finamente decorado, bem distante do aspecto de uma Trattoria.
Como faz 3 semanas que ele começou, achei o seu serviço ainda um pouco bagunçado.
O cardápio, no entanto,me pareceu mais criativo do que o do seu irmão mais chique.
Entradas maravilhosas, no carrinho de bufet, pode-se optar por 3 combinados de antepastos, para duas pessoas. O misto de conservas sai por R$29,00, as conservas mais os embutidos saem por R$35,00 e acrescentando queijos vai para R$42,00.
Vi um cliente descontente, pois, ao pedir a opção 2 que continha embutidos, não veio presunto cru. Não consegui ouvir a explicação do garçom.
Como era um simples almoço de sábado, dispensei o couvert e a entrada e parti direto para o prato principal.
Como adoro carne de de javali, escolhi um tortelli (aqui mais conhecido por capelletti) ala salsa, burro, shiitake e grana padano, ao preço de R$46,00.

O prato era muito saboroso e criativo, combinando a comida italiana com o fungo japonês.
Para acompanhar, pedi uma taça do vinho “Colline Terramane” da vinícola ”Vini Farnese”, de Montepulciano d`Abruzzo, que custa R$83,00, na importadora Word Wine (08007218881). A taça custou R$23,00 e achei um pouco caro, pois os restaurantes podem comprar com desconto das importadoras.

Este vinho estava bem gostoso, apesar de ser um vinho simples (nota 85), e harmonizou bem com o prato pedido.
Não arrisquei na sobremesa, pois não achei que seria muito tentadora.
Sai satisfeito com o restaurante e seus pratos, percebendo que oferecia uma boa relação custo/ benefício.
Sua localização, no meio do agito paulistano, é na rua Oscar Freire, 450, Jardins,  fone 3167-7489. Acho bom fazer uma reserva, para o jantar, pois no almoço, às 14 horas já havia espera.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A escolha do vinho


Várias pessoas me perguntam: “Qual é o melhor vinho? que vinho devo comprar?”
A resposta é muito simples: “O melhor vinho é aquele que você gosta!”
Alguns “conhecedores” diriam: “Compre o melhor Bordeaux que seu dinheiro permitir.”

Já provei diversos Bordeaux medíocres, escolhidos simplesmente por serem vinho francês.
Pela minha experiência, que inclui ter passado pela prova de vários caros “top Bordeaux”, concluí que esses mitos tem qualidades bastante sutis, que só podem ser apreciados por aqueles que tem muita experiência em degustação de vinho, além de dinheiro de sobra é claro!
Para fazer esta matéria me inspirei, no filme “O Julgamento de Paris” uma má tradução de “Bottle Sock” (efeito que o vinho sofre pelo transporte de avião, dentro do bagageiro). 

Este filme romanceia a história de uma famosa degustação ocorrida na França, em 1976, quando os melhores vinhos californianos foram postos à prova, numa  degustação às cegas, frente aos vinhos “top Bordeaux”.
Nesta época foram convidados vários jornalistas como degustadores da maior competência do mercado francês.
Como a maioria dos franceses preconceituosos, apenas um jornalista, especializado em vinho, aceitou o convite para participar do evento.
Neste episódio, vários especialistas em vinho aceitaram fazer uma degustação, às cegas, de vinhos californianos, juntamente com “top” Bordeaux.
Durante o evento, por várias vezes, os jurados faziam caretas ao provar os vinhos e chegaram a jogá-los fora, sem provar, devido ao seu aroma.

Qual não foi a surpresa, quando saiu o resultado da degustação, que elegeu vinhos californianos, tanto do tipo branco “Chateau Montelena”, como tipo tinto, como os melhores vinhos.


Este vinho é vendido aqui pela Smartbuy Wines (http://www.smartbuywines.com.br/#/vinhos/).
Esta prova foi repetida anos depois, com o mesmo resultado.
Outro caso semelhante foi o que ocorreu com a vinícola Errázuris, no Chile, que levou seus melhores vinhos: “Seña”, ”Dom Maximiniano” e “Chadwick” para uma competição em Berlim, em 2004.

Estes vinhos foram confrontados com os “Chateau Margaux”, “Chateau Lafite”, ”Chateau Latour” e os supertoscanos “Sassicaia”, “Tignanello”,  “Solaia” e “Gual del Taso”.

Este evento elevou a fama dos vinhos chilenos, pois dois desses vinhos, “Chadwick” 2000 e  “Seña” 2001, pegaram respectivamente, o primeiro e o segundo lugar na competição.
Este mesmo acontecimento foi repetido no Japão e no Brasil, sendo que os vinhos desse produtor foram classificados em segundo lugar.
Recebi também, outro dia, um vídeo de uma amiga, que dizia respeito a uma prova, que confrontava alguns dos vinhos mais caros de Bordeaux com o Grand Vin de Reignac, da mesma região, mas que custava €18,00.

Nesta ocasião, este vinho ganhou o segundo lugar,nesta prova, enquanto que um Chateaux Lafite, que aqui custa acima de R$6.000,00, ficou em quinto lugar.
É óbvio que todo este preço tem sua justificativa: o cuidado na preparação destes vinhos, o “terroir” privilegiado, o custo da terra, o custo do envelhecimento, o “know how” adquirido com longos anos de experiência e o marketing francês, é claro!
Certa vez, quando estive na região de Champagne, soube que, num ano em que a venda de Champagne foi inferior à sua produção, inúmeras garrafas do espumante foram destruídas, para que não ocorresse a queda de seus preços.
Recentemente estive numa degustação dos vinhos Chateau Gruaud Larose, que é da comuna de Saint Julien, dentro da região de Bordeaux.

O preço dos vinhos variavam entre R$400,00 e R$598,00 (importadora World Wine fone: 3315-7477), variando por conta da safra.
O vinho mais caro era da safra 2005, que foi um ano excepcional na região. Ele se mostrou maravilhoso,ao ser degustado, mesmo não tendo atingido ainda sua plenitude, que deverá ocorrer só com o passar dos anos.
Os bons vinhos europeus tem uma grande qualidade, que é sua longevidade, o que não ocorre com a maioria dos vinhos do novo mundo.
Neste evento, muito bem apresentado pela responsável pelo Marketing do Chateau Gruaud Larose Maisa Mansion, uma brasileira, ficou clara a preocupação deste Chateau, em adquirir técnicas atuais, para melhoria dos seus vinhos.
As uvas utilizadas na elaboração dos vinhos, vem de parreiras, que tem pelo menos 15 anos de idade para o seu vinho mais simples, o Sarget de Gruaud_Laruse, e 25 anos para os Chateau Gruaud Larose.
As uvas utilizadas na elaboração do vinho são: Cabernet Sauvignon (entre 57% e 67%), Merlot (entre 25% e 33%), Cabernet Franc (até 8%), Petit Verdot (até 3%) e Malbec (até 2%).
De acordo com Maisa, as uvas “malbec” deixaram de ser utilizadas na produção do vinho, por não darem resultados surpreendentes.
De acordo com a sua explicação, as videiras da maior parte do mundo sofreram uma praga chamada ”Filoxera”, que atacava as suas raízes. Os produtores de vinho tiveram então que passar a usar porta enxerto de espécies norte americanas que são resistente à praga.
O Chile ficou livre do ataque desta praga, sendo onde a uva Malbec se apresenta com toda sua potência .
Um dos melhores vinhos Chilenos, produzido pela Viu Manent é o ”Viu1”, que é produzido exclusivamente com a uva Malbec.
Finalmente, chego à conclusão de que os melhores vinhos do novo mundo podem ser consumidos, em ocasiões especiais, pois são disponíveis por aproximadamente R$400,00 ( como: Almaviva, Viu1, Borobo, Don Melchor, Seña, Chedwick e Don Maximiniano), e não deixam muito a dever aos melhores franceses, que custam acima de R$5.000,00.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Degustação de vinhos Jerez

Estive numa degustação dos diversos tipos de vinhos Jerez, produzidos na Espanha, cuja história remonta 3.000 anos.

O apresentador contou uma história que aparentemente levou ao seu processo de envelhecimento, que esses vinhos utilizam, chamado soleira.

Pesquisei esta história e encontrei uma ligação entre ela e a guerra entre a Espanha e Inglaterra:
A competição econômica e religiosa entre a Espanha e Inglaterra, no século XVI, era bem acirrada.

Esta desavença tinha de um lado a Inglaterra, comandada pela protestante rainha Elizabeth, que se opôs ao catolicismo, tornando obrigatório o comparecimento ao serviço religioso da Igreja Anglicana.

De outro lado, tinha a Espanha comandada Filipe II, que era católico.

A belicosidade teve início quando a Espanha afundou uma expedição negreira inglesa, comandada por sir John Hawkins, em 1568 no México.

A partir deste fato, sir John Hawkins e sir Francis Drake passaram a ser corsários, com o apoio da coroa inglesa, como uma maneira de quebrar o monopólio espanhol do comércio no Oceano Atlântico.

A Espanha passou a construir uma frota no porto de Cádis, região produtora do Jerez, para atacar a Inglaterra.


A Inglaterra descobriu os planos da Espanha, e atacou o porto de Cádis, de surpresa, destruindo 37 naves espanholas e saqueando a cidade.

Nesta época, a Inglaterra era o maior consumidor do Jerez, chamado na Inglaterra de Sherry.

Quando saquearam a região, levaram o estoque de Jerez para a Inglaterra, ficando com um suprimento deste produto por um longo tempo.

Com a continuação da produção de Jerez, e o mercado em baixa, os espanhóis, passaram a empilhar as barricas e inventar o processo de soleira.

O Jerez é um tipo de vinho fortificado, com a proporção de álcool variando de 15,5 a 20 graus, cuja uva Palomino é utilizada em 90% de sua produção.

Após a sua fermentação em barris e adição de aguardente vínica ele é armazenado em barris por 1 ou 2 anos.
Vinho com uma espuma chamada de flor

O vinho é armazenado nos barris no topo de uma pilha de barris.

A partir daí começa o processo de soleira, quando o vinho passará por diversos cortes (mistura).

Neste processo, o vinho é sempre consumido do barril junto ao solo (soleira).

O vinho consumido do barril soleira, por sua vez, é completado com o vinho da barrica de cima e assim sucessivamente até o barril superior onde o vinho novo é armazenado.

Cada tipo de vinho tem uma fileira, conforme o seu tipo, chamada de criadeira.

Deste processo diz-se que ”o vinho novo, de cima, aprende com o velho de baixo e o de baixo melhora ganhando o frescor do mais novo”.

Existem vários tipos de vinho Jerez, de uma classificação bastante complexa, divididos em 2 classes:

Os primeiros são finos, secos e leves e os Olorosos.

Variam desde os mais secos (Os Finos), como o tipo Amontillado, até os muito doces (Olorosos), como é o caso do tipo Pedro Jimenes.

Como são vários tipos de vinhos, e eles acompanham vários tipos de comida.

Os mais secos, ”Jerez Fino” e ”Manzanilla”, casam bem com aperitivos salgados, como azeitona, sardinha grelhada e gaspacho.

Já o mais doce, ”Oloroso”, casa bem com tortas com frutas cristalizadas e caldas de chocolate.

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...