terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vinhos do Alentejo 2015

Os “Vinhos do Alentejo”, produtores e comerciantes de vinhos desta região, regressaram ao Brasil no início do mês de Setembro, para mais uma edição das provas anuais, nas quais foram representados cerca de 30 produtores da região:


    Adega Cooperativa de Portalegre
    Adega de Borba          
    Adega do Monte Branco
    Cartuxa – Fundação Eugénio de Almeida
    Casa Santa Vitória
    Cortes de Cima
    Dona Maria – Júlio Bastos
    Encostas de Alqueva
    Enoforum / CARMIM Group
    Ervideira
    Esporão
    Herdade do Gamito
    Herdade do Peso
    Herdade dos Coelheiros
    Herdade dos Cotéis
    Herdade Outeiro São Romão
    Herdade São Miguel
    José Maria da Fonseca
    Mingorra – Henrique Uva
    Monte da Ravasqueira
    Monte do Pintor
    Monte dos Cabaços, Lda.
    Mouchão
    Paulo Laureano Vinus
    Pêra-Grave
    Quinta do Mouro
    Roquevale
    Tapada do Fidalgo
    Tiago Cabaço


Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba foram os locais escolhidos pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana para a realização dos eventos. A exemplo do modelo seguido noutras edições, para além das provas livres, o programa incluiu ainda provas comentadas pelo conceituado crítico de vinhos português: Rui Falcão.


O Alentejo é a região líder no mercado nacional – quer na quota de mercado português,
tanto em volume (44,7%), como em valor (45,5%), segundo os dados ACNielsen, na categoria de vinhos engarrafados de qualidade com classificação DOC e IG.


Os Vinhos do Alentejo juntam 263 produtores e 97 comerciantes numa área total de vinha de 20 670,68 hectares, sendo que a área total de vinha aprovada para DOC Alentejano é de 14 437,15 hectares.


A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) foi criada em 1989 e é um organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regionais Alentejanos.


A Comissão também é responsável pela promoção dos Vinhos do Alentejo, no mercado nacional e em mercados-alvo internacionais. A sua atividade é financiada através da venda dos selos de garantia, que integram os contra-rótulos dos Vinhos do Alentejo.


Os pontos altos deste evento foram as 2 provas, muito bem comentadas por Rui Falcão, com os seguintes temas:


1- Uvas locais e internacionais, vinhos sem tabus, com 12 vinhos (eram 13 mas 1 ficou retido na alfândega).


2- Surpreenda-se com os vinhos brancos e rosés do Alentejo, 3 rosés e 7 brancos.


Nestas provas foi possível aprofundar o conhecimento sobre os vinhos desta região e confirmar que os vinhos, da região, em geral, são vinhos gastronômicos, isto é são melhores acompanhados por comida.


O Alentejo sofreu com a ditadura de 48 anos de Salazar, pois este promulgou uma lei que determinava que o Alentejo seria transformado no celeiro do país. Com esta medida, ele determinou que as videiras e oliveiras fossem arrancadas, dando lugar a cereais.

Apenas nas terras mais altas e piores, foram mantidas as plantações, preservando as cepas locais.

A partir de 1974, Portugal entrou no Mercado Comum Europeu, que injetou recursos para voltar à plantação de parreiras e oliveiras.

Com este incentivo, investidores de todo o mundo passaram a plantar em Portugal, trazendo então as cepas mais conhecidas do mundo. Estas experiências resultaram em sucesso de apenas 2 cepas: Syrah e Petit Viognier. As demais praticamente foram substituídas.

O Alentejo produz vinhos tintos, brancos, rosés e espumantes, sendo a maioria, vinhos de corte. Os vinhos rosés são feito apenas com castas tintas.

As 2 aulas foram muito elucidativas e mostraram que os vinhos tintos da região são vinhos gastronômicos, como já havia dito, melhores se acompanhados por refeiç.

Os vinhos foram degustados numa ordem crescente de intensidade, com gamas diferentes de preços e tipos.

Portugal é mesmo um excelente produtor e satisfaz diferentes níveis de exigência de cada consumidor.

Os vinhos provados neste evento foram:

Rosés:

Ciranda Rosé 2013, da Monte da Ravasqueira, com as cepas: Touriga Nacional e Cabernet Sauvigno É importado pela Mistral (R$52,33).

Alentejo Rosé 2014, da Adega Monte branco, com as cepas: Aragones e Touriga Nacional. É importado pela Magnun

Monte da Ravasqueira 2013,da Monte Ravasqueira, com as cepas: Touriga Nacional e Syrah. É importado pela Vinci (R$82,22)

Quanto aos brancos foram:


Dom Rafael Branco 2013, da Herdade Mouchão, com as cepas: Touriga Nacional e Cabernet Sauvigno. É importado pela Adega Alentejana.

Tiago Cabaço Vinhas velhas, da Tiago Cabaço Wines, com as cepas: Tantão Vaz, Arinto e Roupeiro. É importado pela Adega Alentejano. Gostei muito deste vinho.

Monte dos Cabaços Colheita Selecionada Branco 2012, da Monte dos Cabaços, com as cepas: Arinto, Antão Vaz e Roupeiro. É importado pela Adega Alentejana.

Paulo Laureano Vinhas Velhas 2013, da Paulo Laureano Vinus, com as cepas: Arinto, Antão Vaz e Fernão Pires. É importado pela Adega Alentejana.

Regia Colheita Branco 2013, da, com as cepas: Arinto, Antão Vaz, Perrum e Siria. É importado pela Porto a Porto. É um vinho interessante, pois tem uma oxidação provocada pelo produtor.

Dona Maria Amantis Reserva Branco 2012, da, com as cepas: Viognier. É importado PPS.


Cartuxa Branco 2013, da Fundação Eugênio Almeida, com as cepas: Arinto e Antão Vaz. É importado pela Adega Alentejana.


Quanto aos tintos foram eles:


H.P. Trinca Bolotas 2013, da Herdade do Peso (Sogrape), com as cepas: Alicante Bouchet, Touriga Nacional e Aragonês. É importado pela Zahil (R$90,00).

Cortes de Cima 2011, da Cortes de Cima, com as cepas: Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Aragonês, Syhah Petit Verdot. É importado pela Adega Alentejana.

Adega de Borba Premium Tinto 2012, da, com as cepas: Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Trincadeira e Cabernet Sauvignon. É importado pela Adega Alentejana. É um vinho austero e denso.

Conde D ‘Ervideira Reserva Tinto 2011, da Mingorra, com as cepas: Alicante Bouchet, Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon. É importado pela Caves Santa Cruz (R$158,76).

Terras d’uva Grande Escolha Tinto 2011, da, com as cepas: Alicante Bouchet, Touriga Nacional e Syhah É importado pela Devinum.

Zagalos tinto 2010, da Quinta do Mouro, com as cepas: Arinto, Alicante Bouchet, Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon. É importado pela Epice.

Poliphonias Signature Tinto 2011, da Tapada do Fidalgo, com as cepas: Alicante Bouchet  e Petit Verdot. É importado pela Adega Alentejana.

Tinto da Talha Grande Escolha 2009, da Roquevale, com as cepas: Alicante Bouchet e Touriga Nacional. É importado pela Adega Alentejana. É um vinho tradicional, com elegância e rusticidade, muito delicado, gostei.

Esporão Prunet Selection 2011, da, Esporão com as cepas: Alicante Bouchet, Aragonês e Syhah. É importado pela Qualimpor.

Herdade São Miguel Reserva Tinto 2011, da, com as cepas: Alicante Bouchet, Alicante Bouchet e Cabernet sauvignon. É importado pela RJU. Gostei muito.

José de Souza Mayor 202, da, com as cepas: Grand Noir, Trincadeira e Aragonês. É importado pela Decanter (R$176,00). É um vinho muito complexo, excelente!


Por tudo isso e por este evento incrível, do qual tive o privilégio de participar, agradeço à A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Cristina Neves, pelo convite para este evento, que muito acrescentou à minha experiência sobre vinhos portugueses!

Até breve!






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