domingo, 26 de julho de 2020

Riga, graciosa capital da Letônia

Saímos da cidade de Saint Petersburgo, em direção à  Riga, capital da Letônia, uma cidade encantadora.


Eu sempre quis conhecer os países nórdicos, mas eles tem a fama de serem muito caros, então a Checkout Turismo me indicou Riga, que fica também no mar báltico e é bem mais em conta e tem certas semelhanças com países nórdicos.


A Letônia já esteve sobre o domínio de várias potências, como Suécia, Alemanha e Rússia e hoje faz parte da União Européia.

Como acontece na maioria dos países, os taxis que ficam fora do aeroporto  em Riga, cobram mais do dobro do que custaria dentro do aeroporto, sem oferecer qualquer vantagem.


Ficamos hospedados no charmoso hotel, Saint Peters Boutique que fica na cidade velha, bem próximo ao centro antigo.


O hotel é muito charmoso e seu restaurante parece estar dento de uma caverna. Tudo é de muito bom gosto à um preço razoável.


Saí do hotel em direção ao centro, para jantar. A oferta de restaurantes era ampla. Muitos restaurantes tem terraços charmosos. Vários caminhos muito agradáveis nos levam à praça central, Livu.


Escolhemos o restaurante Cükgalas, que tem o nome de um prato tradicional da Letônia. É um porco, marinado no Bálsamo de Riga e mel, com batatas assadas e queijo, bem interessante! De entrada pedimos anéis de lulas. Eles ofereciam um copo de Black Balsam.


Na praça Livu ,em geral ,está montada uma feirinha, com muitas flores, das cores mais diversas e com produtos artesanais de comidas e vestimentas.


As flores também eram abundantes por todos os lados, tornando a cidade muito colorida.


Um dos prédios famosos de Riga é do gato preto, pois no seu teto, há uma escultura de um gato preto.


O país não produz vinhos e o que chamam de vinho lá é um fermentado de seiva de árvore, que tem um sabor bem duvidoso!


O que tem bastante na região é uma bebida chamada de “Black Balsam”, que é um tipo de licor, desenvolvido por um boticário. Esta bebida também não me agradou.


Por todos os lados encontramos cervejarias, pois a cerveja deve ser a bebida predileta dos letões!


A cidade é muito limpa e organizada, inclusive com uma escultura, doada pelos músicos de Bremen, na Alemanha. Ela e é baseada no conto de fadas dos Irmãos Grimm. É a representação de quatros animais: o burro, o cachorro, o gato e o galo. Dizem que passar a mão no focinho deles dá sorte, logo, os focinhos estavam todos polidos.


Um dos prédios famosos da cidade é um conjunto de 3 casas, chamado de 3 irmãos. Elas são de 3 épocas diferentes de construção da cidade e abrigam o museu de arquitetura.


O café Black Magic, que fica no centro é muito bonito e nos transporta para muitos séculos atrás.


Um dos pontos mais bonitos da cidade antiga é a casa da Irmandade das Cabeças Negras. Os prédios foram destruídos na segunda guerra e reconstruídos em 1995.


O bairro Art Nouveau é muito interessante e tem uma rua com diversos prédios deste período, inclusive um museu.


Os doces da região não são atrativos ,com exceção do strudel de cereja, que é maravilhoso! Os chocolates também são muito bons. Eu prefiro os chocolates amargos, com recheios de frutas secas.


O mercado de Riga é bem bacana, vende desde roupa até frutas, passando por peixes e outros comestíveis e conta também com restaurantes e bares. Vale a visita!


A igreja que tem o Rigas Doms, promove concertos diários e dizem ter o maior órgão do mundo.


No caminho do aeroporto existe o bairro Tielupe, muito arborizado, próximo à praia, onde tem um restaurante espetacular chamado Line 36 . Ele fica junto à areia da praia e oferece pratos descolados, à um preço bem salgado.


Neste almoço, pedimos: berinjelas e queijo de cabra caramelado, sobre folhas, tomates e azeitonas;


Lulinhas com coriander sobre folhas;


Pasta com salmão, creme e alcaparras;


Peito de pato com mostarda de mel e alcaparras.



A conta ficou em 69,50 euros, um pouco salgado para o pouco que comemos.


Aproveitamos também para ir até o mar Báltico e sentir a água gelada!


De lá, fomos para o aeroporto, voar até Tblisi, capital da Geórgia.



segunda-feira, 6 de julho de 2020

A vinícola Quinta da Gaivosa do Sr Domingos Alves de Souza, no Douro e seus vinhos especiais

Conheci o sr Domingos Alves de Souza, proprietário da vinícola Quinta da Gaivosa, da região do Douro no evento “Vinhos de Portugal" de 2017. Com sua simplicidade e mãos calejadas pelo trabalho por longo período, contou-nos suas histórias:

Ele me contou que nesta Quinta há um vinho denominado “Abandonado”, que tem um rótulo só datilografado com o nome. Ele é proveniente de umas vinhas que estavam abandonadas, devido à baixa produtividade, resultante do seu terreno rochoso e que seriam retiradas. Sr Alves resolveu então fazer um vinho com elas e então, este vem ganhando vários prêmios mundiais.

Naquele dia, sr Domingos estava muito contente, pois lhe mostraram uma revista, com ele na capa. Ele, apesar da idade, é considerado um pioneiro do Douro Moderno.

Quando planejei uma viagem à Portugal para 2018, marquei uma visita à Quinta da Gaivosa, onde fui recebido por Catarina, que é a nora do sr. Domingos, que estava trabalhando no campo, no período da colheita.

Catarina me levou à conhecer a vinícola, que é muito moderna, dentro de um prédio todo em concreto aparente. No fundo fica a antiga adega, que hoje é a casa do sr. Domingos.


Bem na entrada existe um corte no solo, que mostra o seu tipo de solo, quase impenetrável pelas videiras.

Conheci também Thiago, filho do sr Domingos, que estava trabalhando na vindima e me mostrou alguns detalhes da adega.

Entre eles havia um lagar computadorizado, onde o processo, que simula a pisa a pé, é programado num computador, transformando o processo tradicional, num sistema mecânico, não perdendo, no entanto, a qualidade do processo.


Depois de visitar a moderna adega, fui convidado a degustar alguns dos vinhos da vinícola:

Entre eles provei o delicioso Quinta da Gaivosa e alguns Portos.

O Porto que me chamou a atenção foi o Tawny 20 anos, vinho de muita história, pois resulta da mistura de vinhos produzidos por 3 gerações: Thiago, seu pai e o avô.

Agora apresento um breve histórico do caminho trilhado pelo sr. Domingos:

A produção de vinhos é uma tradição familiar para Domingos Alves de Sousa: o seu pai (Edmundo Alves de Sousa) e avô (Domingos Alves de Sousa) tinham já sido vitivinicultores do Douro. Mas Domingos Alves de Sousa abraçou a princípio um outra carreira. Tendo-se licenciado em Engenharia Civil, não resistiu porém ao duplo apelo (da terra e do sangue), e abandonou a sua actividade em 1987 para se dedicar em exclusivo à exploração das quintas que lhe couberam em herança e a outras que posteriormente adquiriu, nas quais tem vindo a executar um trabalho modelar de emparcelamento e de reestruturação das vinhas. A evolução da sua actividade vitivinícola reveste-se de aspectos interessantes, quase paradigmáticos e merece um pouco de história.

Durante muito tempo foi fornecedor das conhecidas e prestigiadas companhias Casa Ferreirinha e Sociedade dos Vinhos Borges. Mas os problemas que afectaram o sector nos finais da década de 80, que tiveram como consequência um aumento exagerado dos custos de produção, e em especial a catastrófica colheita de 1988, levaram-no a questionar a rentabilidade das suas explorações.E foi esse questionar o ponto de viragem.Tal como muitos outros viticultores durienses, afectados pela recessão em que a Região Demarcada se debatia, voltou-se para a valorização das "sobras" do Vinho do Porto, ou seja, o vinho de pasto do Douro, até então tradicionalmente subalternizado em relação ao vinho generoso.

Claro que esta mudança radical de atitude exigia mais do que simples boa vontade e desejo de vencer: exigia formação técnica e profissional. Frequentou assim cursos de viticultura e enologia e, munido desse lastro, lançou mãos à obra na reestruturação das suas vinhas e, decidido a trilhar o seu próprio caminho de produtor-engarrafador, construiu na sua Quinta da Gaivosa a adega onde daí em diante vinificaria a produção das restantes Quintas.

Efectuadas algumas experiências com diversas castas, seleccionou as que se revelaram mais aptas a produzir os melhores vinhos de Denominação de Origem Douro, e com elas produziu e lançou no mercado, em meados de 1992, aquele que seria o seu primeiro vinho: o Quinta do Vale da Raposa branco 1991, que desde logo cativou os apreciadores e mereceu as melhores referências. Era o início de um percurso recheado de sucessos que se arrastou até aos dias de hoje, e de que amanhã com certeza ainda iremos ouvir falar.

A qualidade e carácter singular dos vinhos da família Alves de Sousa tem sido amplamente reconhecida, com distinções e menções nas mais aclamadas publicações nacionais e internacionais.

O prestígio internacional conquistado tem também um paralelo muito especial em Portugal com destaque para os prémios “Produtor do Ano” em 1999 e novamente em 2006 atribuídos pela “Revista de Vinhos”, tornando-se o primeiro na história a receber por duas vezes a mais importante e prestigiada distinção para um Produtor de Vinhos em Portugal.

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...