terça-feira, 28 de julho de 2015

Izola, litoral da Eslovenia.

Ao sair de Sibenik em direção à Eslovênia, já encontrei uma dificuldade na fronteira. Como aparentemente todos passavam direto, segui o exemplo, mas tive a impressão de que alguém havia gritado da guarita. Voltei para lá e um guarda me perguntou por que eu não havia parado. Ele falou também que eu tinha que carimbar o passaporte, senão teria que pagar uma multa ao sair do mercado comum europeu. Depois de acertar minha entrada na alfândega segui.

Procurei um local no litoral, chamado Izola, que me pareceu simpático, de longe. Izola é uma antiga cidade pesqueira, no sudoeste da Eslovénia, no Adriático, na costa da península da Ístria. Seu nome se origina do italiano Isola, que significa “ilha".

Tentei chegar ao centro da cidade de carro, mas ficava dando voltas até desistir e procurar um hotel fora do centro.

Parei num local, fácil de estacionar, hotel Delfin, com boa aparência e barato (92 euros/ a diária). Descobrimos depois que ali era um local de banhos termais para idosos. Nos sentimos jovens em tal companhia.

Eu aproveitei para ir à sauna e às piscinas, para aproveitar os banhos.

Quando chegou a hora do jantar, fomos ver os pratos oferecidos no buffet e de cara, desanimamos com aquela comida cheia de ensopados com cara duvidosa.

Pelo litoral fomos andando então, até o centro daquela cidade simpática, com belas vistas de veleiros e mar.

Descobrimos naquela noite ainda, um restaurante que ficava no hotel Marina, com bela aparência. Pedimos um prato de peixe e polvo, acompanhados por batatas e cogumelos. Estava uma delicia!

Passeamos depois do jantar pela cidade singela e com poucos atrativos.




Para acompanhar pedi um delicioso vinho da região, Blarus, Sauvignon Blanc, que harmonizou bem com os pratos. Provei também o gostoso vinho Capris, da cepa Malvazija.


Voltamos a pé pelo litoral até nosso hotel e no dia seguinte partimos para Trieste, na Itália.

No dia seguinte no caminho para a Itália, parei num posto de combustível para encher o tanque. Estava tudo escrito em esloveno, o que na hora me confundiu um bocado. Mais tarde pude perceber que havia confundido as bombas e acabei colocando gasolina, em vez de diesel.

O carro, na estrada para Veneza, parecia um pouco estranho, andava mais que o normal, o que me deixou mais confuso. Até então, eu achava que o motor a diesel não funcionaria com gasolina.

No final, este engano me saiu caro, além do carro demorar em pegar em Trieste, começou a falhar pelo caminho, já na estrada. No final, o carro teve de ser guinchado até Veneza e eu gastei uns 400 euros, entre taxi e cobranças da Hertz. Uma confusão que saiu cara!

A sensação que tenho é a de que, sempre acontece algo errado quando uso a Hertz.
Só a beleza de Veneza para fazer passar o mal estar da confusão e do prejuízo!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Restaurante Aragon

Recebi a indicação de uma amiga grega, sobre um restaurante que faz um belo polvo, o Aragon Espírito Ibérico. Ele fica na al. Ministro Rocha Azevedo,1373 (fone: 3085-1877).

Resolvi provar sua culinária grega num almoço executivo.

Pedi um prato que custou R$44,00 e era assim composto: escalope de filé mignon ao molho madeira, porto e batata sautée. Acompanhava o filé, uma saladinha.

A conta ficou em R$58,30, pois tomei uma cerveja Estela.

Achei gostoso o prato, apenas com um pouco de sal a mais.

Falei de novo com minha amiga e ela me disse que o restaurante era ibérico e que o prato de polvo que ela havia citado, estava no item saladas do cardápio.

Voltei então num domingo para provar o tal polvo, pois esta indicação era coisa séria.

Fui recebido por um dos donos do restaurante, que foi muito simpático. Pedi então a ele mesmo, a salada com frutos do mar, para começar.

A salada era uma cama de folhas verdes com camarões, lulas e polvo, tudo isso regado por um delicioso molho. Os frutos do mar estavam no ponto e o prato muito bom. Custou R$46,00

Pedimos também, do grupo de tascas, o polvo Aragon com batatas, que estava no ponto e tinha um molho delicioso, apenas com um pouco de sal a mais e custou R$36,00.

Para acompanhar este pedido, solicitei uma taça do vinho Gregal que custou R$26,00. Era um vinho interessante. Acho caro para uma taça.

Comentei com o dono que a apresentação dos pratos ficaria melhor se fossem usados pratos maiores. Ele me disse que já tinha comprado aqueles pratos, que são até bonitos, mas que já estava pensando em trocá-los.

A conta ficou em R$147,00, que achei bem razoável para a refeição.

Pretendo voltar com minha amiga grega, lá, pois aprecio muito pratos com polvo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

As castas dos vinhos portugueses

Participei em maio de 2014 da fase II do curso de vinhos de Portugal, promovido pela Academia de Vinhos de Portugal e a Wines of Portugal.

O curso versava sobre castas dos vinhos portugueses, que são únicas e muito utilizadas nos vinhos portugueses.

A palestra foi ministrada por Rui Falcão, que é um dos mais respeitados críticos de vinhos portugueses da atualidade.

Vou procurar fazer um resumo do que aprendemos:

As cepas brancas mais usadas são:

Alvarinho, presente na região do vinho verde, sobretudo em Monção e Melgaço. O vinho desta cepa é equilibrado, de rendimento baixo, boa acidez e boa capacidade de envelhecimento. Cepa predominante em monovairetais, mas, quando em lote, ela surge associada à Trajadura, Loureiro e Arinto. O vinho desta cepa apresenta notas florais e de frutos tropicais (como maracujá, mel). Em outras regiões, fora de Monção e Melgaço, perde frescor.


Arinto, é a uva mais usada (além da região de Lisboa) aparece nos vinhos verdes, onde tem o nome de Pedernã. Resulta em boa acidez e frescor, com rendimento moderado. Ela tem potencial de envelhecimento e boa aptidão para madeira. Seu vinho apresenta notas de limão e ananás, com alguma mineralidade. Blend típico; Antão Vaz, Fernão Pires e Loureiro.

A Fernão Pires (Maria Gomes em Palmela e Tejo) é a uva mais plantada em Portugal. Ela é diferente e versátil, resultando vinhos diferentes em cada região. Na Bairrada, o vinho desta uva, se apresenta com leveza e nos dá prazer ao prová-lo.


Encruzado (uva do Dão), uma grande casta, comparada à Chardonnay. É uma uva quase completa, que apresenta volume, estrutura, peso na boca e frescor. É uma cepa de guarda. Ela é pouco aromática, sendo complementada por Malvasia e Bical para dar aroma, corpo e leveza ao vinho. Produz vinhos com alto teor alcoólicos e boa estrutura. Habitualmente é fermentada em carvalho para resultar em maior complexidade em seus vinhos. Vai bem em lote, ou sozinha e confere notas florais e minerais.


As tintas mais importantes são:

Touriga Nacional, que está espalhada por Portugal. Seu berço é o Dão, aparecendo também no Douro, Bairrada, Alentejo e Tejo. Seu rendimento é baixo. Ela apresenta taninos finos. Sua cor é concentrada e é aromática. Apresenta notas florais (violeta e acácia), frutos, com notas de pinheiro e eucalipto. Blend típico: Touriga Franca, Alfocheiro, Tinta Roriz, Baga e Trincadeira.


Touriga Franca, cepa se adaptou bem no Douro, por ser bem resistente ao calor. Deu bons resultados na safra de 2011. Rica em matéria corante, sendo mais usada em corte. Apresenta notas florais, ameixa, fruta madura. Blend típico: Touriga Nacional, Trincadeira e Tinta Roriz.


Tinta Roriz, uma cepa ibérica. Está espalhada por todo Portugal, principalmente no Douro, Dão e Alentejo. Ela envelhece bem e se dá bem com madeira. Dá bons vinhos longe do mar. Notas de ameixa e frutos silvestres. Blend típico: Trincadeira (Alentejo) e Touriga Nacional e Trincadeira (Douro).


Trincadeira (Tinta Amarela no Douro), aparece no Dão, Douro, Alentejo,Tejo e Lisboa. No Alentejo ela é comparada como uva do Piemonte. Produz vinhos possantes, com taninos firmes e boa acidez. Dá notas de amora, ameixa, chocolate, pimenta e ervas aos seus vinhos. Blend típico: Tinta Roriz (Alentejo), Alicante Bouschet, Castelão e Touriga Franca no Douro.


Baga que é a cepa que melhor se dá na Bairrada e Dão. Amadurece mais tarde. Produz vinhos cheios, robustos e ricos em tanino, com potencial de envelhecimento. Muito usada para produção de espumantes. Notas de groselha, amora, pimenta e fumo. Blend típico: Touriga Nacional e por vezes internacionais. Na Bairrada origina blends monovarietais compostos por Bagas de diferentes tipos de solo, com o objetivo de incrementar a harmonia e complexidade ao vinho.

Castelão, uma cepa mais simples, mas que produz vinhos agradáveis.

Este curso durou um dia e nos ajudou a conhecer melhor as principais cepas portuguesas!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Trogir, ilhota da Croácia

Saímos de Split e fomos conhecer a cidade de Trogir, uma cidade histórica e um porto da Croácia, na costa oriental do mar Adriático. A cidade fica a 27 km de Split, no condado de Split-Dalmácia. A estradinha para chegar lá é litorânea, com um intenso tráfego!

Trogir foi fundada por colonos gregos da ilha de Vis no século III A.C. e tornou-se um grande porto na época romana.

Trogir possui 2.300 anos de tradição. Sua rica cultura foi influenciada pelos gregos, romanos e venezianos. A cidade reúne palácios, igrejas, torres, fortalezas, todos numa pequena ilha, inscrita em 1997, na lista do Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

A cidade constitui o complexo românico-gótico mais bem preservado do Adriático e, possivelmente, da Europa Central.

O centro medieval de Trogir, cercado por muralhas, inclui um castelo e torre preservados e uma série de residências e palácios dos períodos românico, gótico, renascentista e barroco. O edifício mais grandioso é o da igreja de São Lourenço, cujo portal principal ocidental é uma obra prima de Radovan e tem o trabalho mais significativo do estilo romanesco-gótico na Croácia.

Trogir fica numa ilha, ligada ao continente, por uma ponte. Ela é pequena, é pode ser conhecida em poucas horas.

Estacionamos bem pertinho do centro e fomos passear pela cidadela. Paramos num restaurante à beira mar, onde cadeiras de balanço, cobertas por guarda-sóis, permitiam os clientes apreciarem um aperitivo, admirando a paisagem. A curiosidade deste restaurante era o seu banheiro, simples e pequeno, mas decorado de forma “almodovariana”, com pinturas sugestivas e coloridas na parede.

Percorremos toda a cidade, pelos seus labirintos floridos, com lojas de artesanato, até chegarmos ao forte, que fica na ponta da ilha.

Os barcos ancoram junto à cidade, para levar os turistas a visitar as diversas ilhas da região. Como estávamos de passagem, só pudemos admirá-los.

Ainda em Trogir, paramos numa loja de vinhos, onde perguntei a respeito de importação dos vinhos croatas. O simpático proprietário me disse que as vinícolas na Croácia, em sua maioria são pequenas, com dificuldades para exportar. Comprei ali, um vinho sugerido pelo vendedor: Zlatan Plavac, com as uvas da variedade Plavac Mali, que amadureceram em várias vinhas nas encostas viradas a sul da ilha de Hvar.

Após a passada por Trogir, continuamos nossa viagem em direção a Sibenik.

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...