quarta-feira, 26 de junho de 2013

Expovinis 2013


A maior feira de vinhos das Américas, denominada Expovinis Brasil é feita anualmente em São Paulo.

 O ExpoVinis Brasil é o palco onde os principais produtores nacionais e internacionais podem apresentar seus rótulos a compradores de todo o Brasil e da América Latina.


Entre 24 e 26 de abril, mais de 400 expositores desembarcaram em São Paulo para a 16ª edição do ExpoVinis Brasil, o maior salão de vinho das Américas.

O resultado: cerca de 60 mil garrafas abertas e degustadas por mais de 19 mil pessoas!


Inicialmente neste evento, participei de uma aula sobre os vinhos Bordeaux e Bordeaux Superior. Conforme o palestrante da aula, não existe uma exigência para estas denominações, ficando ao cargo do produtor, a classificação dos vinhos.

 Os vinhos degustados, tanto brancos como tintos, eram em geral, bem básicos.


Havia um grupo de produtores de Brunello de Montalcino que vieram através da Cooperativa Laspiga.


Esta foi uma excelente oportunidade que tivemos, para comparar  diversos Rossos e Brunellos de Montalcino de 11 produtores:


Bellaria, Cappana, Collelceto (www.collelceto.it), Collemattoni (www.collemattoni.it), La Serena, La Mannella (www.lamannella.it), La Rasina, Lisini, Solaria, Ventolaio e Capanna.


Os produtores muito simpáticos!


O Brunello que mais gostei foi o de Capanna (http://www.capannamontalcino.com/).
O simpático proprietário serviu um delicioso Moscadelle de Montalcino. Vendemmia Tardia (cepa Moscato). Prová-lo foi uma boa experiência, pois nunca havia provado este vinho antes.


O estande da França foi bastante amplo, abrangia a maioria de regiões e tipos de vinhos.


Gostei do Pouilly-Fumé do Domaines des Mariniers.


Do Rhône, provei os vinhos do Conte de Gallean, cujo Côtes du Rhône custa 4 euros no produtor e nós aqui pagamos por ele, um absurdo.


Como curiosidade, fui visitar o stand russo, com seus espumantes, doces para o meu gosto. O vinho interessante era um tinto bem doce, da cepa cabernet Sauvignon.


O stand grego, do produtor Cavino, também foi interessante, com seus espumantes, vinhos brancos, tintos, Ouzos, azeites e o Spirituose.
Gostei mais dos vinhos brancos.

Do Brasil, visitei a vinícola Francione, de Santa Catarina, onde tomei o Sauvignon Blanc e seus top tintos, que, aliás, são bons. Já havia provado e gostado do Chardonnay e do seu rosé.


Da África do Sul, provei o vinho M.M.M., que é feito das cepas: Malbec, Merlot e Mouvédre. Interessante vinho, cuja cepa Malbec puxa mais para o estilo da França.


De Portugal, visitei a Herdade da Malhadinha, onde provei o bom Monte da Pecegueira, que por sua vez, pegou o segundo lugar na classificação de tintos importados do evento. Provei e gostei ainda dos Syrahs.


A Itália e a Espanha também contavam com áreas de exposição na feira, onde diversos produtores de várias regiões expunham seus produtos.


Como sempre, o evento foi interessante e pôde acrescentar muito ao meu conhecimento de vinhos.

sábado, 22 de junho de 2013

Aix-en-Procence dos artistas


De Avignon partimos para Aix –En-Provence, também chamada de Aix, pelos franceses. A cidade é uma comuna da França, e foi lá que nasceu e morreu o célebre pintor Paul Cézanne.


A viagem, que até então, eu achava curta, demorou mais que o previsto e o pior, com chuva!

A cidade de Aix foi fundada em 123 A.C. por um cônsul romano, passando depois para metrópole no quarto século, com o nome de Narbonensis Secunda. Aix se tornou  Francesa apenas em 1487.

O principal objetivo da visita a Aix,  foi conhecer o Chateau Vauvernargues, ali pertinho. O chateau  Vauvernargues foi comprado em 1958 pelo famoso artista Picasso, onde lá viveu de 1959 a 1961. 

Os filhos de Picasso escolheram o parque do Chateau para fazer uma exposição de obras de Cézane, a qual pretendíamos visitar.

Ficamos frustrados também, ao descobrir que a procura pela visita ao Chateau era tão grande que, para tentar uma vaga no passeio, teríamos que chegar às 7 da manhã, do dia seguinte e contar com pessoas que desistissem...

Foi uma decepção saber que não havia possibilidade de fazer uma reserva para a visita.

Aix, a cidade que respirava arte, estava molhada com uma chuva constante, quando lá chegamos.


Aproveitamos então para conhecer a cidade de Aix e o café Les Deux Garçons. O café exibia sua excepcional decoração de consulado, da época do hotel De Gantes e que carregava tal nome pois pertencia a dois garçons que o compraram em 1840.

A memória de várias personalidades está associada a esse café, como: Mistinguett, Churchil, Sartre, Piaf, Trenet, Delon, Belmondo.


Foi lá que Cézanne passou 3 horas antes do jantar, com seu camarada do liceu Mignet, Emile Zola.

As grandes etapas da vila de Aix foram associadas à memória deste café, como os eventos da revolução de 1789, na Provence, até a criação do festival de artes líricas após a segunda guerra mundial.


A política, as artes, a literatura, a moda e os espetáculos fizeram parte deste prédio, por duzentos anos de encontros no Les Deux Garçons.


Visitamos também, o atelier de Cézanne, que ficava nos arredores da cidade.

O atelier tem uma bela vista para a montagne Sainte-Victoire, que o artista tanto retratou.

Cézanne nasceu em 1839 e foi para Paris em 1861, quando não conseguiu entrar  na escola de belas artes, voltando depois para Aix, a fim de trabalhar no banco de seu pai.


Apesar de seu pai ser contra a carreira de artista, acabou autorizando Cezanne, que acabou ficando entre Aix e Paris.

Cézane trabalhou na academia Suiça, onde encontrou Pissaro, Monet e Renoir.

De 1863 a 1880, seus trabalhos foram recusados por alguns juris de artes. Somente a partir de 1886 que suas obras começaram a ser reconhecidas.


Foi em 1902 que Cézanne se instalou no seu grande atelier no campo. Ele trabalharia ali todos os dias, pendant os anos de sua vida.

Em 1906 ele ficou doente, quando resolveu pintar a natureza, durante uma tempestade, morrendo em 23/10, aos 67 anos.


O lugar é despojado, o atelier fica na parte superior da casa, onde existe também um museu, com seus materiais de pintura.

Sua casa é rodeada por um belo jardim, com várias obras de arte.


Faz parte do turismo na região, visitar locais por onde o artista passou e registrou em suas pinturas.


Na ocasião de nossa visita a Aix, o museu Granet também apresentava uma exposição denominada “Picasso – Cézanne”, com uma centena de trabalhos dos dois artistas. Muito boa por sinal!


A nossa passagem por Aix foi rápida, mas interessante e nos deu vontade de voltar a Aix e da próxima vez, nos hospedarmos por lá.

E pra terminar, uma citação retirada da exposição do museu Granet:

“Ce qui nous interesse, c’est la inquietude de Cézanne, c’est le enseignement de Cézanne, ce sont les tourments de Van Gogh...
Cest-a-dire, le drame de l’homme—le reste es faux.”
Picasso.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os vinhos da Quinta do Pessegueiro


A World Wine (fone: 11 3383.9300) reuniu representantes do mundo vinícola para apresentar sua nova importação de vinhos, da portuguesa Quinta do Pessegueiro.


Esta empresa foi criada pelo produtor francês de moda infantil, Roger Zennier, que possui vinícola na região da Provence, França.


A Quinta do Pessegueiro teve seu início em 1991, numa área do Douro Superior, com terra xistosa e altas temperaturas.


A empresa compreende três parcelas:

Pessegueiro, com algumas vinhas de mais de 110 anos, predominando ali as cepas; Touriga Nacional (42%), Touriga Francesa (23%), Tinta Roriz (12%), Souzão (11%) w as vinhas velhas (11%).

Teixeira onde predominam as cepas: Touriga Nacional (64%0, Touriga Francesa (25%) e Tinta Cão (11%).

Afurada, onde tem a cepa Vinhosinho e Oliveiras.


Para preservar a vivacidade das paisagens do Douro, foram usadas ali, técnicas de desenvolvimento sustentável. A energia usada na produção de vinho vem de fontes de energia renovável.


A técnica de aproveitamento da gravidade, durante o processo de produção dos vinhos,  eliminou totalmente a utilização de bombas, evitando a interferência mecânica no processo.


No processo de envelhecimento do vinho, são usadas barricas de carvalho austríaco e francês.


O enólogo selecionado para cuidar da produção dos vinhos foi João Nicolau de Almeida, de família tradicional no mundo vinícola.


João Nicolau Almeida e Marc Monrose (Diretor geral de comercialização) estiveram no evento ao qual compareci, com a simpatia típica dos portugueses! Esclareceram também todos os pontos sobre os vinhos e sua preparação.

O enólogo fez formação em Bordeaux, procurando dar aos vinhos uma característica mais francesa.



Os vinhos apresentados no evento foram:


Aluzé 2010, com as cepas: Touriga Nacional (35%), Touriga Francesa (30%), Vinhas Velhas (20%) e Tinta Roriz (15%). O vinho passa por tonéis de carvalho francês por 12 a 16 meses. A sua graduação alcoólica é de 12,5% e custa R$82,00. A cor do vinho é de um rubi intenso e o seu aroma é de frutas vermelhas maduras, com toques de especiarias. Na boca apresenta taninos macios, corpo médio e um bom final. De acordo com o produtor, o vinho combina com carnes vermelhas grelhadas, guisados de coelho, massas com molho vermelho e queijos de média maturação.


Quinta do Pessegueiro 2010, com as cepas: Touriga Nacional (35%), Vinhas Velhas (32%), Touriga Francesa (25%) e Tinta Roriz (8%). O vinho passa por tonéis de carvalho francês de12 a 16 meses. A graduação alcoólica é de 12,5% e custa R$162,00. A cor do vinho é rubi com reflexos violáceos e seu aroma é de frutas negras e vermelhas maduras, com toques de especiarias. Na boca ele é encorpado, os taninos são macios e elegantes, corpo bom e final persistente. De acordo com o produtor, o vinho combina com carnes vermelhas assadas, paletas de cordeiro, massas com molho vermelho e queijos de média maturação.


Como sempre, a World Wine gentilmente serviu uma seleção de queijos, frios e pães e um delicioso risoto no fim.


Agradeço especialmente a Sandra Schkolnik, representante da Suporte Comunicação, que me convidou para este evento.


Os representantes da vinícola nos deram, no final, um exemplar do seu melhor vinho, demonstrando mais uma vez, a gentileza lusitana. 

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...