quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Vinicola alemã Weingut Emrich-Schönleber

Sempre gostei de vinhos!

Comecei a visitar vinícolas pelo mundo, há 13 anos, desde 2002, quando estive em Champagne e fiquei hospedado num hotelzinho da esposa de um produtor de Champagne.

Tomei aqueles vinhos azuis alemães muitas vezes na minha vida. Eu até gostava do docinho deles, mas hoje percebo como eram fracos. Recentemente comecei a provar bons vinhos alemães e a pesquisar este assunto, a fim de escrever um artigo sobre eles.


Tinha a curiosidade de conhecer melhor os vinhos produzidos nas margens do rio Reno e de seus afluentes, que ficam na Alemanha e na Alsácia (França).


Tendo como objetivo desvendar estas regiões e sua produções, visitei em 2015 seis excelentes vinícolas, sendo: 3 alemãs e 3 alsacianas.


Comecei minhas visitas pela Alemanha, com a vinícola Weingut Emrich-Schönleber. Visita agendada através de um contato que fiz direto com o produtor. A vinícola fica em Monzingen, um pouco distante do rio Reno, nas proximidades de seu afluente, o rio Nahe.

Os vinhos doa região do Nahe tem sua singularidade e personalidade, devido aos microclimas da região e a formação geológica de cada margem do rio.


Weingut Eyrich-Schonleber cultiva áreas com extremas inclinações, (até70%), o que no mínimo demanda um trabalho físico pesado.


As vinhas ali crescem em solos rochosos, num terreno difícil. Suas raízes precisam se aprofundar para encontrar nutrientes e trazê-los para as uvas que muito se estressam. Os resultados são vinhos  de intenso aroma, muita fruta, mineralização e frescor.

A vinícola possui dois excelentes terroirs: Halenberg e Frühlingsplätzchen, que são bem batidos de sol, com grande declividade e solo pobre e bem drenado. Nestes locais, as uvas são menores do que o normal e talvez, por isso, mais aromáticas. De lá, saem vinhos classificados como VDP. Gross Lage (grand crus).

A produção de vinhos, nesta região, já vem sendo feita pela família por 250 anos. Esta área hoje abrange 19 hectares, dos quais 85% são da cepa Riesling.

Esta vinícola procura fazer a mínima intervenção na fruta, tanto na hora da colheita quanto no seu processamento e também pretende que cada vinho fique com seu caráter individual.

Cheguei mais cedo do que o horário marcado e dei uma volta pela propriedade, que fica dentro da cidadela de Monzingen. Vi então um senhor apanhando maçãs do seu jardim. Descobri que ele era Werner, o proprietário da vinícola Emrich. Ele apanhou uma maçã e me ofereceu.

Em seguida, fui recebido na sala de degustação, pelo filho do proprietário, Frank, o enólogo responsável, que se mostrou desconfiado com relação às minhas intenções com aquela visita. Depois de várias vezes explicar, que meu objetivo era obter matéria para meu blog e para conhecer melhor os vinhos alemães, ele pareceu mais tranquilo. Também lhe falei que queria ver as diferenças do Riesling de diferentes terroirs e comparar os vinhos alemães com os alsacianos.

Frank iniciou a degustação, me apresentando vinhos que me surpreendiam a cada prova. Foi muito interessante ver que, da mesma cepa Riesling, podia-se fazer vinhos tão distintos. Percebi a grande diferença entre os vinhos de terroirs próximos.

Provei 8 vinhos, até a hora de provar o excelente Halenberg Riesling Brocken 2008. Um vinho branco, que com 7 anos, ainda apresentava frescor e boa evolução. Seus aromas eram marcantes e na boca, a persistência e a mineralidade eram enormes.

A vinícola possui uma vasta gama de vinhos, que vão do Troken ao Beerenausele, este último que infelizmente, custa 340 euros a garrafa.

Agradeci a degustação e aula sobre os Rieslings e aproveitei para comprar 3 deles!

Nos próximos textos vou contar das minhas outras vinícolas pelas terras da Alemanha!
Me aguardem!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Amsterdam

Voltei à cidade de Amsterdam após 40 anos, que foi quando a visitei pela primeira vez. Desta vez fui para esta cidade, para explorar melhor suas ruas e seus doze museus.

Amsterdam é a cidade mais populosa dos países baixos. Lembre-se que os países baixos ficam numa região situada abaixo do nível do mar. O nome de Amsterdam vem do nome do rio Amstel.

A história de Amsterdam está intimamente ligada com a água e seus canais. Estes 165canais, que ali estão, foram criados ao longo dos séculos, para estimular o comércio e os transportes. Eles continuam a definir a paisagem da cidade e, em 2010, o anel do canal de Amsterdam foi reconhecido como património mundial da UNESCO.

Chegamos no aeroporto de Amsterdam bem no início de nossa viagem de e fomos direto para o hotel Mercure hotel Amsterdam City. Este hotel oferece boas acomodações e bom café da manhã. Sua localização, no entanto, não é boa, pois dali para o centro é longe e é preciso pegar um trem. Optei por este hotel, pois aproveitei minhas milhagens.

Saíamos cedo todos os dias e pegávamos o trem, que ficava a uns 300 m do hotel e levávamos 20 minutos para chegar no centro.

O único senão era que uma vez de volta ao hotel, tínhamos preguiça de sair de novo.

A primeira vez que visitei Amsterdam, fiz o passeio de barco pela cidade e, portanto desta vez, não repeti o programa. Até porque em geral acho meio chato estes passeios guiados de barco.

E o que fizemos, nesta segunda vez, foi andar muito a pé ao redor dos canais. Assim conhecemos bem o centro e a área do Red Light District. Nesta área existem varias casinhas com vitrines, onde prostitutas, ali expostas em poucos trajes, oferecem seus serviços.

Quando o cliente entra numa destas casas, a cortina se fecha. Os turistas até tentam tirar algumas fotos, porém os leões de chácara não permitem.

Em Amsterdam, os barcos são transportes muito utilizados. Até taxis-barco circulam por ali.

Muitas casas-barco ficam ancoradas nos canais, onde existem conexões de energia elétrica, água e até internet.

Alguns barcos particulares também circulam pelos canais.

Vimos neste fim de semana famílias e grupos de amigos passeando pelos canais, bebendo e comemorando alegremente.

Vimos também a casa mais estreita da cidade, que na realidade, é o fundo de uma casa maior.

As casas de Amsterdam têm, em geral, na sua frente, um gancho para que objetos sejam içados, pois elas não têm recuos laterais.

As pontes elevadas existem por toda parte e nós tivemos a oportunidade de ver como uma delas funcionava. Vimos uma operação durante a passagem de um barco grande.
Van Gogh pintou em seus quadros, algumas delas.

Um dos objetivos da visita à cidade era a de visitar o museu Van Gogh, cujo ingresso foi comprado sem necessidade, antecipadamente no Brasil.

Este museu é moderno e muito bonito!  Porém, já vi mais obras do meu pintor predileto, em outros museus do mundo.

Fomos também ao Rijksmuseum, que conta com obras de grandes artistas famosos da Holanda, como Rembrandt.

Neste museu existia além de quadros mais tradicionais, uma parte naval com diversos modelos dos barcos holandeses.

Queríamos muito ver o quadro da moça de brinco de pérola de Vermeer, mas descobrimos que ele está num museu em Delft. Delft é a cidade natal do pintor Vermeer. Infelizmente não tivemos tempo para visitá-la.

Perto da região dos museus, tem uma praça chamada Rembrandt Plein, onde esculturas retratam o quadro mais famoso de Rembrandt, denominado Night Watch, cujo nome real é: A companhia militar do capitão Frans Banning Cocq.

Pudemos ainda visitar a casa onde Rembrandt viveu! Uma casa pequena, com vários andares, móveis e objetos do grande mestre! Conservada como era antigamente. Nela está seu atelier com suas tintas e cadinhos, o que nos faz voltar no tempo na história da Arte!

Andando pelas ruas, descobrimos um charmoso bar especializado em genebras. Genebra ou Zinebra é uma aguardente composto de zimbro, uma bebida destilada que teve sua origem nos Países Baixos. Degustei alguns tipos desta bebida e recebi uma aula do proprietário sobre ela.

Algumas coisas mudaram muito na cidade. A principal praça Dam Square antigamente era repleta de hippies. Hoje o que vemos são muitos turistas.

Nesta praça visitamos o Gran Hotel PKrasnapolsky (imigrante polonês), com seu belo restaurante coberto de vidro.

Amsterdam é uma cidade onde as drogas rolam soltas e são liberadas. Existem diversas casas que vendem maconha e existe ali também o museu da maconha.

Passeando pelos canais, fomos até o Café de Jaren, onde apreciamos um lanche num dos terraços mais bonitos da cidade e vimos o pôr do sol sobre o canal. Um local muito agradável.

A culinária holandesa não é a minha predileta. Os holandeses comem muita fritura, salsicha, linguiça, batata e arenque, um peixe que não aprecio. As cervejas, no entanto são bem agradáveis,

Apesar de a Holanda ser um dos maiores exportadores de queijos, o que mais encontramos foi o queijo Masdam. Masdam com pimenta, mostarda, raiz forte e outros temperos. Estes queijos temperados atraíam os turistas que passavam e degustavam pedacinhos oferecidos.

A cidade é muito civilizada e conta com estacionamentos especiais para carros elétricos, com ponto de recarga.

As bicicletas circulam por toda a cidade, com ciclovias, em geral, nas duas calçadas da rua. Há também semáforo para as bicicletas. Os pedestres desacostumados tem que tomar muito cuidado para não serem atropelados por elas.

Os estacionamentos de bicicletas são enormes! Não sei como os donos conseguem encontrar suas bikes. Dizem que ocorrem muitos roubos de bicicletas e elas devem ser sempre trancadas.

A estação central de trem é muito bonita com vários bares ao seu redor.

Gostei muito de voltar a esta cidade com seu povo alegre e educado e muitas obras de arte!

Amsterdam merece ser ainda visitada uma outra vez!





Os museus de Amsterdam são:

Rijksmuseum é um dos museus maiores e mais populares de Amsterdam. Sua vasta coleção exibe arte icônica e uma grande variedade de artefatos que refletem mais de 800 anos de história holandesa e global, incluindo pinturas de cair o queixo de artistas tais como Rembrandt, Van Gogh e outros incríveis ​​ holandeses.

Stedelijk é o maior museu holandês dedicado à arte e design moderno e contemporâneo. A coleção contém peças extraordinárias de arte de artistas de renome mundial, incluindo um grande número de obras de grandes artistas holandeses do século XX.

Van Gogh é um dos museus mais visitados do mundo, atraindo visitantes de todos os cantos do globo. Naturalmente, isto é, em grande parte, devido ao fato dele abrigar a maior coleção de obras de Vincent Van Gogh - mais de 200 pinturas, 500 desenhos e 700 cartas. Originalmente inaugurado em Museumplein, em 1973, o Museu Van Gogh foi ampliado e modernizado ao longo dos anos, garantindo-nos uma verdadeira exposição de ponta.

Anne Frank, Hermitage, A Casa de Anne Frank em Prinsengracht 263 em Amsterdã é o lugar onde ela viveu escondida com sua família, há mais de dois anos, durante a Segunda Guerra Mundial. Agora convertida em um museu, contém uma exposição que fala sobre a perseguição dos judeus durante a guerra, bem como sobre a discriminação.

Hermitage: O Hermitage de Amsterdam é a versão holandesa da Ermida, mundialmente famoso em São Petersburgo, Rússia. Localizado nas margens do rio Amstel, o Hermitage Amsterdam é um espaço de exposição e centro de educação cultural, com foco na história e na cultura russa.

Museu da Cidade, O Museu Amsterdam oferece uma coleção de exposições e de itens que recontam a história convincente da capital holandesa, desde os seus primeiros desenvolvimentos, através da onda do crescimento na Idade de Ouro até o presente.

Science Center Memo, lugar onde as crianças podem experimentar brincadeiras, ciência e tecnologia durante todo o dia. O museu está situado em um edifício verde inclinado inconfundível, localizado no meio da cidade Eastern Docklands.

Marítimo, Construído em 1656, o antigo armazém naval nacional já foi usado pela marinha holandesa para guardar velas, cordas, armas e munições. Desde 1973, tem sido o lar do Museu Marítimo Nacional.

Olho, Aberto na Primavera de 2012, o edifício do Olho já é um dos ícones modernos de Amesterdam. Situado na margem norte do Rio IJ, em frente à Estação Central, contém cinema, museu de cinema, café e restaurante. É um local de destaque

Espuma: A espuma é um museu de renome internacional, que exibe todos os gêneros de fotografia ao lado de um canal bonito. Tem uma ampla variedade de obras e funciona como um hub criativo, onde os fotógrafos podem se reunir e participar de fóruns e os simpósios.

Rembrandt House, Durante o auge da sua carreira, o renomado artista holandês Golden Age Rembrandt Harmenszoon van Rijn viveu nesta casa localizada no centro de Amesterdam. Agora é  um museu dedicado à sua vida e sua obra.

Tropen: Tropenmuseum de Amsterdam (Museu dos Trópicos) é um dos principais museus etnográficos da Europa. Entre sua rica coleção permanente, que reflete a história colonial da Holanda e suas exposições temporárias vivas, os visitantes podem vislumbrar o passado, o presente e o futuro das culturas não-ocidentais ao redor do globo.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Os vinhos alsacianos da Paul Blanck

Os vinhos de Paul Blanck

Philippe Blanck é descendente de um austríaco que iniciou a produção de vinhos da sua família,  quando adquiriu vinhas na Alsácia em 1610.


Em 1846, Jacques Philippe Blanck foi premiado com uma medalha, como reconhecimento do seu trabalho, como produtor de vinhos.

Daí, ele iniciou uma história de sucesso de seus vinhos alsacianos.

As vinhas da Domaine abrangem hoje 86 acres, donde são extraídas as uvas para fazer desde vinhos mais simples até 5 grand crus e 4 lieux-dits (Lieu-dit é "lugar dito"... é um nome usado para qualificar um pequeno lugar geográfico ou topográfico. Esses nomes são o fruto da historia, de uma tradição, de um elemento natural (uma arvore, uma pedra, um riozinho, um cruzamento de vias de comercio, um lugar onde animais se encontram, uma fonte, um bosque, uma vista, etc”.)
No caso dos vinhos da Alsacia, o termo lieux dit é usado para especificar uma apelação de origem, um TERROIR).

Até 2011 nenhum lieux dits eram considerados "Grands Crus".  Em 2011, muitos foram considerados Grands Crus.

Do total da área de vinhas da Domaine, 30 acres produzem Grand-Crus, 30 acres Lieux-dits e Grand Crus e 26 acres de vinhos normais.

O mercado dos vinhos de Paul Blanck está assim distribuído: 20% são consumidos na França e o restante exportados. Dos vinhos exportados, 50% fica na Europa, 20% vão para os Estados Unidos e 10% vão para a Ásia.

Os vinhos são muito influenciados pelas áreas de terroir que representam 2/3 do total de
220.000 garrafas produzidas na vinícola por ano.

Dos vinhos produzidos, 9 são Grand Cru, 4 Lieux-Dits e 5 Les Nectars (Vendages Tardives e Sélections de Grains Nobles) outros são vinhos normais.

O produtor diz que a completa expressão de um dado terroir requer a intervenção humana, a qual vem do conhecimento dos solos e do clima local,  uma experiência baseada na paciente observação e respeito às vinhas.

Enfatiza também, que cada terroir é único e que o homem sempre procurou uma ligação com sua terra.

As vinhas encontram sua expressão em 3 origens: o solo, que dá seu estilo, o clima que dá seu shape e o homem que dá seu trabalho na vinha, na adega e na garrafa para dar o espírito e o equilíbrio ao vinho. (Jacques Puisais, famoso enólogo).

O solo é um dos maiores fatores que impactam a qualidade de um vinho: o cobre dá cor e intensidade ao vinho, o calcário dá volume, o magnésio, a harmonia, o silício, a finura e a potência e a argila, suavidade e fermentação.

A maioria das garrafas desta vinícola utilizam screw caps. A vinícola acredita que, por meio delas, fecham melhor as garrafas, garantindo a qualidade do vinho.

Os vinhos são divididos em 3 categorias: os varietais, os vinhos de terroir e os vinhos do tempo.


Os Terroirs estão espalhados por 8 vilas produzindo uma diversidade de vinhos. Eles são:

Lieux-dits: Altembourg, Partergarten, Rosenbourg


Na classe dos Varietais temos 2 tipos: os Clássicos e as Especialidades.

Os vinhos clássicos são os primeiros vinhos e são os mais aromáticos, com uma bela expressão do que cada variedade de uva pode oferecer. Eles oferecem o seu melhor em até 5 anos de consumo.

Dentro dos Clássicos temos Riesling, Pinot d’Alsace, Pinot Gris, Pinot noir e Gewurtztraminer.

Dentro das Especialidades temos: Velhos Sylvaner, vinhos velhos Auxerrois, Muscat d’Alsace, Crémant d’Alsace (espumante) e Chacellas.

Os varietais  esquecidos representam uma pequena parcela da produção. Eles recebem o mesmo cuidado que os Grand Crus. São vinhos surpreendentes e raros para serem apreciados.

Os vinhos de Terroir são divididos em 2 categorias:

Os crus: (lieux-dits renommés): Rosenbourg Riesling, Patergarten Riesling, Partergarten Pinot Gris e Altembourg Gewurztraminer.

Nestes vinhos podemos perceber notas cítricas, especiarias, tabaco, salinidade que  preenchem a boca. Vinhos que harmonizam com cozinha autêntica e de qualidade.

Os Grand Crus: Schlossberg Riesling, Furstentum (Riesling, Pinot Gris, Gewurztraminer Old Vines ou F Pinot Noir).Os Wineck-Schlossberg (Riesling ou Pinot Gris), Sommemerberg Riesling
Mambourg Gewurtztraminer.

Os Grand crus são expressão do terroir e revelam o conhecimento que aqueles que o produzem tem do solo e do clima e da experiência de gerações.

Os Nectars são divididos em 2 categorias: 

Vendages Tardives: o Pinot Gris de Altembourg e o Gewurtztraminer da Furstentum.

E as Seleções da Grãos Nobres, Furstentum: Pinot Gris, Riesling ou Gewurtztraminer.

Os vinhos muito Doces: As uvas botrytizadas são colhidas à mão, escolhidas com muito cuidado. Uvas que concentram acidez e açúcar. Estes vinhos são produzidos apenas nas melhores safras.

Os vinhos da Seleção de Grãos Nobres de Paul Blanck São: Pinot Gris Furstentum, Riesling Furstentum e Gewurtztraminer Furstentum.

Os vinhos de Paul Blanck tem sido reconhecido por várias revistas especializadas como: The Wine Guides, Le Guide des Meilleurs Vins de France e Guide Bettane et Desseauve.

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