domingo, 6 de setembro de 2020

Visita à vinícola espanhola Marques de Riscal

Participei de um degustação vertical do vinho Marques de Riscal, com a presença de um de seus proprietários.



Nesta ocasião nos contaram a história de que convidaram o arquiteto Frank O. Gehry ,(famoso por obras como o Museu de Bilbao e ganhador do Pritzker Prize -um tipo de prêmio Nobel de arquitetura), para projetar a sede da Marques de Riscal.



E assim, o arquiteto argumentou que só sabia produzir obras de porte, o que não seria razoável para uma adega.



Os proprietários sabiam que ele havia nascido no Canadá em 1929 e abriram algumas garrafas daquela safra.

Depois de vários goles, argumentaram com ele de que se eles podiam produzir um vinho da safra de seu nascimento, ainda em perfeitas condições… ele também poderia fazer um projeto cabível para o porte de sua adega.

No entusiasmo do efeito do vinho, o arquiteto concordou em levar a frente esta empreitada.



Como já era esperado, a obra ficou de porte grande, sendo então transformada no maravilhoso prédio de um hotel.



A pequena cidade de El Ciego se tornou movimentada com um hotel daquele porte. 



Quando visitamos Bilbao, no Pais Basco, na Espanha, ficamos impressionados com a obra do Museu projetado por este famoso arquiteto.

Suas formas e brilhos eram maravilhosos, tornando uma cidade sem encantos aparentes, num maravilhoso cartão postal.



Região bastante tumultuada da Espanha, a região Basca é marcada pelos movimentos separatistas. As placas de sinalização na cidade são escritas tanto em espanhol, como num idioma que mais parece a língua grega.

De lá, partimos para a região Basca da França. Uma região uma tranqüila, bem diferente da Espanha.

Em 2017 estive na Rioja e resolvi conhecer a vinícola Marques de Riscal.



De longe já podíamos ver aquele espetacular prédio do hotel e um movimento intenso de visita à vinícola.



Participei de um grupo para fazer a vista à cantina, que por sinal, é muito organizada.



Na entrada da cantina, conheci um equipamento que nunca tinha visto antes. Um separador de uva computadorizado, que detecta as uvas defeituosas reconhecidas por sensores e assopradas para fora da caixa das selecionadas.

Tudo dentro da vinícola é de última geração, extrema limpeza ,organização e tecnologia.



A fermentação dos vinhos brancos é feita em tanques de inox, enquanto a dos tintos em grandes tonéis de Carvalho.https://www.blogger.com/blog/post/edit/5703537396728336850/5001949398114370337#  



A sala dos tonéis de envelhecimento fica em túneis antigos, escavados sob a terra.



Depois da visita foram servidos 2 vinhos, que são importados no Brasil pela Interfood (f: 2602-7255) .

Marques de Ríscal Rueda Verdejo 2016, branco. Elaborado com a uva verdejo,  com a graduação alcoólica de 13%. É um vinho bem fresco, com cor amarelo esverdeada. O aroma é de ervas e frutas como papaia, melão e pera. Na boca é bem cítrico, fresco e untuoso, com um final redondo.

Marques de Ríscal Reserva 2013, tinto. Elaborado com as uvas Tempranillo (90%) e outras (10%), de parreiras com mais de 15 anos. É um vinho com cor de cereja. O aroma é complexo, de fruta madura e especiarias . Na boca é fresco e leve, com taninos suaves e redondos, com boa persistência. O vinho harmoniza com presunto cru, queijos bem curados e carne vermelha.



Depois desta realização do sonho de ver a obra do arquiteto e visitar a vinícola, aproveitamos o resto do dia para conhecer as pequenas cidades da região.

Quanto aos vinho, que eu já conhecia há muito tempo, foi muito agradável  ter tido a oportunidade de prová-lo e conhecer todo o processo e o  cuidado usado na sua elaboração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mais vinhos gaúchos nos restaurantes de Porto Alegre

Sebrae RS e Abrasel RS colocam pequenas vinícolas do Estado e restaurantes da capital frente a frente para ampliar a presença de rótulos reg...