Como eu estava sozinho em São Paulo e minha esposa não gosta muito de pratos com peixe cru, como, por exemplo o ceviche, aproveitei para conhecer o Killa novoandino (rua padre Chico 324, Perdizes, São Paulo. Fone: 2495-0324).
O nome Killa significa lua, na língua indígena quíchua, e foi escolhido devido às fortes influências da lua, nas colheitas e nas marés, força respeitada desde o império inca.
A casa tem 2 pisos, ficando a cozinha no segundo andar. Subi no segundo piso e perguntei se poderia fotografar a cozinha e eles gentilmente me permitiram.
A decoração do Killa é leve e agradável e o espaço bem distribuído nos seus 2 pisos.
A cozinha novoandina é responsável por nos trazer os sabores de mais de mil tipos de batatas, diferentes tipos de milhos e pimentas variadas, quinoa, quiwicha e outros ingredientes preparados com técnicas milenares aliadas ao preceito de alta gastronomia.
O menú do Killa é dividido em temas:
Empezando, pratos típicamente novoandinos
Y los ceviches, que são pratos democráticos da região andina, sempre mesclam: pescado fresco, limão, cítricos temperos, aromas e sabores.
Tiraditos, que é o principal ícone da influência nipônica na culinária andina.
Segundos, que usa técnicas andinas européias e asiáticas.
Me deparei com este cardápio eclético, mas logo me ofereceram o festival de ceviches, que me disseram: “Faz sucesso”.
Até o dia 8 de fevereiro estava sendo servido o festival de degustação de ceviches. Composto de taças, com três versões do prato ao custo de R$ 44,00. São oferecidas duas opções de ceviches:
O Quechua que contém: tacna, composto de peixe branco e polvo marinados em leite de tigre negro, azeitona peruana e azeite extra virgem; o el chino de atum, abacate, manga e leite de tigre com molho teriyaki e o chanchamayo de cubos de salmão com leite de tigre de caju e pimenta-de-cheiro.
O Aymara é composto de: ceviche pulenta, com lula, camarão, acelga em conserva e pimenta oriental; picantres, com salmão, atum e peixe branco marinados em leite de tigre vermelho picante e o novoandino feito de: cubos de salmão marinados no leite de tigre de quinoa e servido com pepino.
Dentre os 2 ceviches, escolhi o Aymara, por que gosto de lulas.
Georges Hutschinski é o proprietário do Killa Novoandino e o chef atual é Michael Toro Taype, de 24 anos, que desde janeiro comanda a cozinha. Disseram que não houve alterações no cardápio, repleto de pedidas atraentes.
Junto com os ceviches tomei uma Stella, que caiu bem.
De sobremesa pedi torta de chocolate y banana, feita com banana, chocolate belga, pisco e pecãs, que custou R$19,70. A torta estava boa, mas com muito gosto de banana! Talvez se fosse feita com maçã ou pera, pudesse ser mais harmônica.
Gostei muito do restaurante, tanto do ambiente, do bom ar condicionado nestes dias de calor insuportável e do serviço cordial e atencioso.
Pretendo voltar outras vezes.
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
quinta-feira, 23 de abril de 2015
domingo, 19 de abril de 2015
Restaurante Sensi
Aproveitamos um encontro com amigos, para conhecermos o restaurante Sensi (rua Gabrieli D’Annunzio 1345, campo Belo, fone: 2478-5099).
A cozinha do Sensi é tocada por Manoel Coelho, que cursou gastronomia no ICIF (Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros), no Piemonte, trabalhou no Eat e no Oggi Cucina & Vino.
O espaço é agradável e abrange uma área para eventos e aulas. No salão principal, o teto é retrátil, bom para as noites quentes.
O Sensi também conta com uma rotisseria que oferece produtos desenvolvidos pelo chef,nos quais, uiliza a técnica "sous vide" (embalagens a vácuo).
Pedimos de entrada, um delicioso vitelo tonnato, que mais parecia um rosbife de lagarto bem fino, com maionese de atum e alcaparras (R$27,00).
O meu prato principal foi um polvo mediterrâneo, cozido lentamente, acompanhado de batatas, tomates cereja, azeite e alecrim. Estava delicioso! (R$56,00).
Minha esposa escolheu o risoto de camarão, mascarpone e limão siciliano, que embora gostoso, tinha o camarão um pouco mole. (R$52,00).
Meus amigos pediram ainda uma cotoleta alla milanese, costeleta de porco à milanesa com rúcula, tomate confit e lascas de parmesão. (R$53,00).
Como sobremesa pedimos um bolo mousse de chocolate, coberto com chocolate crocante e calda de morango. Delicioso!
Os vinhos foram trazidos pelo grupo, como um festival de novas experiências para vivenciarmos! Vale dizer que a rolha, gentilmente, não foi cobrada.
Começamos com um vinho branco, do tipo laranja (proveniente de uvas que ficam mais tempo em contato com a casca), que alguns não conheciam: Dettori Bianco, da Sardenha. Foi uma boa experiência, o vinho era bem aromático e extremamente seco. A maioria não gostou.
Vinho Tomaresca, produzido pelo grupo Antinori. É um Chardonnay da Puglia, que apresentou boa mineralidade e frescor.
O melhor vinho da noite foi um Finca Mirador 2008, da Achaval Ferrer, da cepa Malbec. Parece que este vinho convenceu um amigo que, em geral, tem preconceito com Malbec.
A noite foi muito agradável, por estar com amigos e pela experiência com o restaurante que oferece preços honestos, compatíveis com a qualidade dos produtos.
A cozinha do Sensi é tocada por Manoel Coelho, que cursou gastronomia no ICIF (Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros), no Piemonte, trabalhou no Eat e no Oggi Cucina & Vino.
O espaço é agradável e abrange uma área para eventos e aulas. No salão principal, o teto é retrátil, bom para as noites quentes.
O Sensi também conta com uma rotisseria que oferece produtos desenvolvidos pelo chef,nos quais, uiliza a técnica "sous vide" (embalagens a vácuo).
Pedimos de entrada, um delicioso vitelo tonnato, que mais parecia um rosbife de lagarto bem fino, com maionese de atum e alcaparras (R$27,00).
O meu prato principal foi um polvo mediterrâneo, cozido lentamente, acompanhado de batatas, tomates cereja, azeite e alecrim. Estava delicioso! (R$56,00).
Minha esposa escolheu o risoto de camarão, mascarpone e limão siciliano, que embora gostoso, tinha o camarão um pouco mole. (R$52,00).
Meus amigos pediram ainda uma cotoleta alla milanese, costeleta de porco à milanesa com rúcula, tomate confit e lascas de parmesão. (R$53,00).
Como sobremesa pedimos um bolo mousse de chocolate, coberto com chocolate crocante e calda de morango. Delicioso!
Os vinhos foram trazidos pelo grupo, como um festival de novas experiências para vivenciarmos! Vale dizer que a rolha, gentilmente, não foi cobrada.
Começamos com um vinho branco, do tipo laranja (proveniente de uvas que ficam mais tempo em contato com a casca), que alguns não conheciam: Dettori Bianco, da Sardenha. Foi uma boa experiência, o vinho era bem aromático e extremamente seco. A maioria não gostou.
Vinho Tomaresca, produzido pelo grupo Antinori. É um Chardonnay da Puglia, que apresentou boa mineralidade e frescor.
O melhor vinho da noite foi um Finca Mirador 2008, da Achaval Ferrer, da cepa Malbec. Parece que este vinho convenceu um amigo que, em geral, tem preconceito com Malbec.
A noite foi muito agradável, por estar com amigos e pela experiência com o restaurante que oferece preços honestos, compatíveis com a qualidade dos produtos.
sábado, 11 de abril de 2015
Korčula, Croacia.
Após visitarmos Dubrovnik, cidade mais ao sul da Croácia em que estivemos, começamos o nosso caminho de volta para a Itália.
Seguimos em direção à cidade de Split, que seria a nossa próxima parada e hospedagem.
Perguntei no hotel, ao sair, se a ilha de Korčula era longe, pois tinha a intenção de visitar a vinícola Korta Katarina, que pertence a um norteamericano e cujos vinhos são importados pela Decanter. Ele me falou que Korcula ficava pertinho.
E assim fomos para lá, por um caminho cheio de curvas, pela península de Peljesac.
O caminho era todo cercado por plantações e por pequenas vinícolas. Demoramos mais que o previsto e quando chegamos ainda no continente, em Oberic, vimos uma grande vinícola. Sem reparar bem naquele local, passamos direto. Depois de atravessar para Korčula de balsa, descobri que a Korta Katarina ficava mesmo em Oberic e não em Korčula. Cancelei a visita. Devia ser aquela que tínhamos visto mesmo antes. Pena!
Durante a travessia para a pequena ilha, já pudemos ver que, o mar de águas cristalinas e a própria ilha eram um encanto. Korčula é a ilha mais populosa da Croácia, com 47 km de extensão. Dizem que foi nesta cidade que nasceu Marco Polo.
Chamada de jóia da Dalmácia, a ilha de Korčula é dividida na localidades de Korčula, Vela Luka (no extremo oeste), Blato, Lumbarda (no extremo leste), Racisce, Kneže, Zrnovo, Pupnat, Čara, Smokvica, Orebic, Loviste, Viganj e Trpanj.
Segundo uma lenda, a ilha foi fundada pelo herói troiano Antenor no 12º século AC, que também era conhecido como o fundador da cidade de Pádua.
Chegando à ilha, tivemos certa dificuldade para estacionar o carro, mas acabamos achando um estacionamento próximo ao centro antigo da cidade.
A cidade é cercada de grossos muros do século 13, reforçados por torres e bastiões feitos pelos venezianos.
A principal entrada da cidade se dá pelo Portão da Terra que é fortificado pela torre Revelin e por um canal que, posteriormente, foi substituído por uma escadaria.
As ruas em Korcula são estreitas e foram construídas de forma radial, para diminuir o impacto do vento Bora, que é um vento seco e frio, que venta no mar Adriático, durante o inverno.
Em frente à praça principal fica o monumento local mais visitado da cidade, a Catedral de São Marcos, que é do século 13. A habilidade dos escultores locais, daquela época, fica evidente na construção daquela porta, onde dois leões guardam a sua entrada, com finas colunas em espiral e uma luneta com a figura de São Marcos.
Depois de passear pelas ruelas, apreciando a vista do mar, percorremos uma estreita via, onde nos deparamos com um restaurante “Nonno Konoba”. O pequeno local estava cheio de pessoas saboreando pratos convidativos. Resolvemos almoçar lá.
Pedimos um prato de aperitivos, que mais parecia uma aquarela: rúcula, tomatinhos, polvo, anchovas, patê de peixe, queijos e pães, tudo isso acompanhado por uma taça de vinho rosé.
Impressionado com o prato e serviço, fui cumprimentar o chef, que se revelou uma figura muito simpática e apaixonada pelos vinhos da ilha. Ele se chamava Adrian!
Contei para ele que eu escrevia num blog e num jornal do Brasil, sobre vinhos viagens e restaurantes e aí sim começou a festa.
O gentil chef abriu vários vinhos locais para eu provar e foi falando entusiasticamente sobre as qualidades dos vinhos locais.
Infelizmente a festa teve que ser interrompida, por que teríamos que atravessar toda a ilha ainda naquele fim de tarde, para pegarmos, em Vela Luka, a última balsa que sairia na direção de Split.
Pedi a conta e ele gentilmente se recusou a cobrá-la, me convidando a voltar outra vez à ilha para, em sua companhia, visitar as vinícolas. Este encontro foi fabuloso!
Com pesar nos despedimos e partimos para o outro extremo da ilha, chegando em cima da hora a Vela Luka, para a travessia em direção à cidade de Split. Curiosamente, a frequência da balsa é muito baixa.
A travessia que levou 3 horas custou 500 kunas (R$250,00). Era cara, mas a outra alternativa seria fazer todo o trecho de volta de carro, o que seria muito demorado e cansativo.
Pretendo voltar à Korčula e visitar as vinícolas com aquele meu amigo, simpático Adrian!
Seguimos em direção à cidade de Split, que seria a nossa próxima parada e hospedagem.
Perguntei no hotel, ao sair, se a ilha de Korčula era longe, pois tinha a intenção de visitar a vinícola Korta Katarina, que pertence a um norteamericano e cujos vinhos são importados pela Decanter. Ele me falou que Korcula ficava pertinho.
E assim fomos para lá, por um caminho cheio de curvas, pela península de Peljesac.
O caminho era todo cercado por plantações e por pequenas vinícolas. Demoramos mais que o previsto e quando chegamos ainda no continente, em Oberic, vimos uma grande vinícola. Sem reparar bem naquele local, passamos direto. Depois de atravessar para Korčula de balsa, descobri que a Korta Katarina ficava mesmo em Oberic e não em Korčula. Cancelei a visita. Devia ser aquela que tínhamos visto mesmo antes. Pena!
Durante a travessia para a pequena ilha, já pudemos ver que, o mar de águas cristalinas e a própria ilha eram um encanto. Korčula é a ilha mais populosa da Croácia, com 47 km de extensão. Dizem que foi nesta cidade que nasceu Marco Polo.
Chamada de jóia da Dalmácia, a ilha de Korčula é dividida na localidades de Korčula, Vela Luka (no extremo oeste), Blato, Lumbarda (no extremo leste), Racisce, Kneže, Zrnovo, Pupnat, Čara, Smokvica, Orebic, Loviste, Viganj e Trpanj.
Segundo uma lenda, a ilha foi fundada pelo herói troiano Antenor no 12º século AC, que também era conhecido como o fundador da cidade de Pádua.
Chegando à ilha, tivemos certa dificuldade para estacionar o carro, mas acabamos achando um estacionamento próximo ao centro antigo da cidade.
A cidade é cercada de grossos muros do século 13, reforçados por torres e bastiões feitos pelos venezianos.
A principal entrada da cidade se dá pelo Portão da Terra que é fortificado pela torre Revelin e por um canal que, posteriormente, foi substituído por uma escadaria.
As ruas em Korcula são estreitas e foram construídas de forma radial, para diminuir o impacto do vento Bora, que é um vento seco e frio, que venta no mar Adriático, durante o inverno.
Em frente à praça principal fica o monumento local mais visitado da cidade, a Catedral de São Marcos, que é do século 13. A habilidade dos escultores locais, daquela época, fica evidente na construção daquela porta, onde dois leões guardam a sua entrada, com finas colunas em espiral e uma luneta com a figura de São Marcos.
Depois de passear pelas ruelas, apreciando a vista do mar, percorremos uma estreita via, onde nos deparamos com um restaurante “Nonno Konoba”. O pequeno local estava cheio de pessoas saboreando pratos convidativos. Resolvemos almoçar lá.
Pedimos um prato de aperitivos, que mais parecia uma aquarela: rúcula, tomatinhos, polvo, anchovas, patê de peixe, queijos e pães, tudo isso acompanhado por uma taça de vinho rosé.
Impressionado com o prato e serviço, fui cumprimentar o chef, que se revelou uma figura muito simpática e apaixonada pelos vinhos da ilha. Ele se chamava Adrian!
Contei para ele que eu escrevia num blog e num jornal do Brasil, sobre vinhos viagens e restaurantes e aí sim começou a festa.
O gentil chef abriu vários vinhos locais para eu provar e foi falando entusiasticamente sobre as qualidades dos vinhos locais.
Infelizmente a festa teve que ser interrompida, por que teríamos que atravessar toda a ilha ainda naquele fim de tarde, para pegarmos, em Vela Luka, a última balsa que sairia na direção de Split.
Pedi a conta e ele gentilmente se recusou a cobrá-la, me convidando a voltar outra vez à ilha para, em sua companhia, visitar as vinícolas. Este encontro foi fabuloso!
Com pesar nos despedimos e partimos para o outro extremo da ilha, chegando em cima da hora a Vela Luka, para a travessia em direção à cidade de Split. Curiosamente, a frequência da balsa é muito baixa.
A travessia que levou 3 horas custou 500 kunas (R$250,00). Era cara, mas a outra alternativa seria fazer todo o trecho de volta de carro, o que seria muito demorado e cansativo.
Pretendo voltar à Korčula e visitar as vinícolas com aquele meu amigo, simpático Adrian!
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