sábado, 11 de abril de 2015

Korčula, Croacia.

Após visitarmos Dubrovnik, cidade mais ao sul da Croácia em que estivemos, começamos o nosso caminho de volta para a Itália.

Seguimos em direção à cidade de Split, que seria a nossa próxima parada e hospedagem.

Perguntei no hotel, ao sair, se a ilha de Korčula era longe, pois tinha a intenção de visitar a vinícola Korta Katarina, que pertence a um norteamericano e cujos vinhos são importados pela Decanter. Ele me falou que Korcula ficava pertinho.

E assim fomos para lá, por um caminho cheio de curvas, pela península de Peljesac.

O caminho era todo cercado por plantações e por pequenas vinícolas. Demoramos mais que o previsto e quando chegamos ainda no continente, em Oberic, vimos uma grande vinícola. Sem reparar bem naquele local, passamos direto. Depois de atravessar para Korčula de balsa, descobri que a Korta Katarina ficava mesmo em Oberic e não em Korčula. Cancelei a visita. Devia ser aquela que tínhamos visto mesmo antes. Pena!

Durante a travessia para a pequena ilha, já pudemos ver que, o mar de águas cristalinas e a própria ilha eram um encanto. Korčula é a ilha mais populosa da Croácia, com 47 km de extensão. Dizem que foi nesta cidade que nasceu Marco Polo.

Chamada de jóia da Dalmácia, a ilha de Korčula é dividida na localidades de Korčula, Vela Luka (no extremo oeste), Blato, Lumbarda (no extremo leste), Racisce, Kneže, Zrnovo, Pupnat, Čara, Smokvica, Orebic, Loviste, Viganj e Trpanj.

Segundo uma lenda, a ilha foi fundada pelo herói troiano Antenor no 12º século AC, que também era conhecido como o fundador da cidade de Pádua.

Chegando à ilha, tivemos certa dificuldade para estacionar o carro, mas acabamos achando um estacionamento próximo ao centro antigo da cidade.

A cidade é cercada de grossos muros do século 13, reforçados por torres e bastiões feitos pelos venezianos.

A principal entrada da cidade se dá pelo Portão da Terra que é fortificado pela torre Revelin e por um canal que, posteriormente, foi substituído por uma escadaria.

As ruas em Korcula são estreitas e foram construídas de forma radial, para diminuir o impacto do vento Bora, que é um vento seco e frio, que venta no mar Adriático, durante o inverno.

Em frente à praça principal fica o monumento local mais visitado da cidade, a Catedral de São Marcos, que é do século 13. A habilidade dos escultores locais, daquela época, fica evidente na construção daquela porta, onde dois leões guardam a sua entrada, com finas colunas em espiral e uma luneta com a figura de São Marcos.

Depois de passear pelas ruelas, apreciando a vista do mar, percorremos uma estreita via, onde nos deparamos com um restaurante “Nonno Konoba”. O pequeno local estava cheio de pessoas saboreando pratos convidativos. Resolvemos almoçar lá.

Pedimos um prato de aperitivos, que mais parecia uma aquarela: rúcula, tomatinhos, polvo, anchovas, patê de peixe, queijos e pães, tudo isso acompanhado por uma taça de vinho rosé.

Impressionado com o prato e serviço, fui cumprimentar o chef, que se revelou uma figura muito simpática e apaixonada pelos vinhos da ilha. Ele se chamava Adrian!

Contei para ele que eu escrevia num blog e num jornal do Brasil, sobre vinhos viagens e restaurantes e aí sim começou a festa.

O gentil chef abriu vários vinhos locais para eu provar e foi falando entusiasticamente sobre as qualidades dos vinhos locais.

Infelizmente a festa teve que ser interrompida, por que teríamos que atravessar toda a ilha ainda naquele fim de tarde, para pegarmos, em Vela Luka, a última balsa que sairia na direção de Split.

Pedi a conta e ele gentilmente se recusou a cobrá-la, me convidando a voltar outra vez à ilha para, em sua companhia, visitar as vinícolas. Este encontro foi fabuloso!

Com pesar nos despedimos e partimos para o outro extremo da ilha, chegando em cima da hora a Vela Luka, para a travessia em direção à cidade de Split. Curiosamente, a frequência da balsa é muito baixa.

A travessia que levou 3 horas custou 500 kunas (R$250,00). Era cara, mas a outra alternativa seria fazer todo o trecho de volta de carro, o que seria muito demorado e cansativo.

Pretendo voltar à Korčula e visitar as vinícolas com aquele meu amigo, simpático Adrian!

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