sábado, 26 de dezembro de 2009

Viagem para: Lombardia, Vêneto, Alto Adige e Áustria - Itália

Em 2007 decidi conhecer o norte da Itália. Programei uma viagem com a chegada em Milão e um passeio pela região dos lagos italianos, Vêneto, Lombardia e Piemonte. Adicionei também Parma ao roteiro, as vilas de Cinqueterre, na região da Líguria, e uma parada em Insbruck, que fica perto do Alto Adige.
 
Sou um fã incontestável da Itália, onde adoro tudo, desde o povo dos gestos exagerados, sua culinária sem igual, até cultura e as belezas naturais. Talvez a minha influência neste gostar venha do sangue de meu avô paterno, que era de Ímola, onde anualmente acontecia a corrida de fórmula um. Foi lá que Senna sofreu o acidente fatal.
Foto: no alto de Bérgamo
Quanto aos vinhos deste país, os italianos costumam dizer que são feitos para se tomar juntamente com a comida. Talvez por sua personalidade forte, muita gente não aprecie estes vinhos, quando degustados sem acompanhamento.
Foto: Milão Galeria Vittorio Emanuele
O começo da viagem em Milão foi deslumbrante! Visitamos a igreja do Duomo, a Galeria Vitório Emannuele e a Ópera. Fomos jantar em Milão num restaurante simpático onde tivemos como entrada “funghis” grelhados no azeite, acompanhados do vinho Nipozzano Riserva 2004, um Chianti Ruffina, produzido pelo Marchesi de Frescobaldi. O vinho tem uma cor rubi intensa e apresenta fragrâncias suaves de frutas escuras, como ameixas, enriquecido por especiarias.
Foto: Canais de Milão
Lá também, conhecemos uma região de canais, projetada por Leonardo Da Vinci, como um sistema de transportes. À noite fervilhava com seus inúmeros barzinhos e restaurantes debruçados sobre o espelho d’água. 
 Foto: Canais de Milão
E lá estávamos nós, á beira dos canais, no início da noite, bebendo uma taça de vinho branco da região e provando os antepastos divinos, como queijos e caponatas.
Foto: Bérgamo (salada de gamberi e rúcula)
No dia seguinte, prosseguimos viagem e passamos por  Bérgamo, uma linda cidade, com sua parte antiga no alto da montanha. Almoçamos no restaurante Baretto de San Vigilio. Foi lá que comemos como entrada um crostini com proscciuto e insalata de gamberi e rúcula espetacular! Como prato principal pedimos um Casoncelli a Bergamasca e um risoto de fiori de zucca (flor da abobrinha) bem típica da região. O  vinho escolhido foi o Ronco della Seta 2004, de cor violácia e aroma de frutas vermelhas. Um vinho de qualidade media.
 Foto: Teatro em Vicenza
Estivemos também em Vicenza, uma graciosa cidade, onde existe um teatro datado do ano de 1585, muito peculiar, com um cenário em “papier maché” e em terceira dimensão, montado para encenação do “Édipo Rei”.
O recepcionista do hotel Albergo San Raffaele, (simples, mas muito bem localizado), elogiou uma certa vinícola situada numa cidade próxima, chamada  Breganze e isto muito me interessou. Fui visitar a vinícola e acabei assistindo a uma cena inusitada. Os compradores de vinho enchiam os garrafões com uma mangueira ligada a uma bomba, parecida com uma bomba de posto de gasolina.
Com esta manipulação, a qualidade destes vinhos certamente perdia muito, provavelmente chegando a concorrer com os vinhos de São Roque, no Brasil.
 Foto: Bassano de Grappa
Visitamos em seguida a cidadezinha de Bassano de Grappa, famosa pela produção do aguardente de mesmo nome. Lá, numa padaria, comentamos com um funcionário, sobre o queijo parmegiano regiano, produzido na região de Parma. O rapaz retrucou dizendo que o parmigiano local era o melhor da Itália.
 Foto: Cidade de Andalo - mais parece a Austria
Depois deste passeio em Bassano, subimos pelo Trentino - Alto Adige, chegando ao lado das grandiosas “Dolomitas”. Era um vale com paredes de rochas descomunais que iam até Bolzano. Esta também era uma linda cidade, com belas praças e com placas de sinalização tanto em italiano, como em alemão, o que revelava a evidente proximidade da Áustria.
 Foto: Innsbruck
Aproveitamos para conhecer a cidade Tirolesa de Innsbruck, onde além de provar bons vinhos brancos austríacos, tomamos uma bebida típica da região, produzida com frutas vermelhas da Floresta Negra, chamada “johannisbeeren”, um tipo de groselha muito saborosa!
 Foto: Lago de Garda - Salò
Em seguida rumamos para o famoso Lago di Garda, e lá nos hospedamos no hotel “Villa de Capri”, situado à beira do lago, que nos presenteava com uma magnífica vista!

Foto: Lago de Garda - Vista do hotel
Jantamos ao lado do hotel, à beira daquele lago paradisíaco, no “Ristorante Casinò”, onde comemos um divino “raviolli com burro, nociolla e tartufo nero” e um “fazzoletti com mascarpone e funghi porcini".
O vinho, que harmonizou com os pratos, foi desta vez o “Costaripa Pievecroce” 2006, produzido ao sul do Lago di Garda, com a uva “Trebbiano di lugana”.  Este vinho apresentava uma cor amarela, com reflexos verdes, tendendo ao dourado. Seus aromas eram de mel e pêra madura e tinha uma boa complexidade de sabores, um vinho fresco e com persistência media.
 Foto: Sirmione - Lago de Garda
Saindo da bela cidade de Salò, fizemos um passeio de barco na florida cidade de Sirmione, passando pela vila de Bardolino, próxima à produção do vinho de mesmo nome.

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