Quando participei de uma degustação de vinhos da região do sul do Rhône, adorei o vinho Cuvée dês Cadettes, produzido pelo Chateau La Nerthe.
Mapa da região do Rhône
Decidi então ir a esta região para conhecer alguns produtores do local. Foto: Ponte de Avignon
Ficamos hospedados na cidade de Avignon, que fica bem próxima à região de Chateau-Neuf-du-Pape. Foto: Castelo do Papa, em Avignon
Tendo agendado a visita, ainda no Brasil, recebi as coordenadas da propriedade, o que facilitou muito a chegada ali, com ajuda do GPS. Foto: Entrada da vinícola
O dia estava chuvoso, mas deu para ter uma idéia da imponência e da beleza da propriedade. Foto: Uvas da vinícola
Na entrada pudemos provar algumas deliciosas uvas maduras ainda no pé. Foto: Passeio pela adega
Fomos guiados por uma bela recepcionista, pelas adegas afora. Ela foi nos dando uma explicação sobre o método de produção dos vinhos no decorrer do percurso. Foto: Porta do Chateau
A guia nos explicou que o Chateau nasceu no século XII, e que nesta época as vinhas eram plantadas no solo pedregoso do Chateau-Neuf-du-Pape. O local foi literalmente o novo castelo do Papa, pois foi o pontífice que o escolheu para ser sua residência de verão, quando a corte foi realocada para Avignon.
Foto: Adega de Alain Ducasse
A parte mais antiga da adega data de 1560 e guarda a coleção privada de vinhos destinados aos grandes restaurantes franceses, como o de Alain Ducasse. Lá também existem tanques de pedras medindo 1,2m de espessura de parede. Provamos 3 vinhos da safra 2004, sendo eles:
Chateau La Nerthe Blanc 2008
Chateau La Nerthe Rouge 2005
Cuvée dês Cadets 2008
Depois da visita, fomos à graciosa cidade de Chateau-Neuf-du-Pape, onde pudemos provar outros vinhos e outras tantas iguarias tais como queijos e produtos de charcouteries locais.
O Rhône, pode ser dividido em duas partes, norte e sul.
A região norte, que representa menos de 10% da produção total, é representada por importantes vinhas, como Cote-Rôtie, Condrieu e Hermitage.
Foto: Região Tain Hermitage
A topografia do Rhône norte é mais íngreme do que a da região sul, onde os vales são mais abertos. Foto: Região de Hermitage
Os vinhedos da região sul são expostos ao sol, em amplos terraços de pedras redondas e aquecidas pelo mesmo sol e varridos pelo vento Mistral. A uva Grenache é predominante ao sul, vindo em seguida a Grenache e Mouvèdre.
No coração da região podemos encontrar as produções de Chateau-Neuf-du-Pape, cuja maioria dos vinhos é em média boa, e podem ser bebidos depois de apenas 1 ou 2 anos da safra.
Em muitas áreas desta região são, como em Bordeaux, produzidos clássicos vinhos escuros e profundos, cada qual com sua variedade de até 13 cepas, o que lhes permite serem mais ou menos picantes.
Nesta apelação, 95% dos vinhos produzidos são tintos e tem uma graduação alcoólica de, no mínimo 12,5%.
A apelação mais comum da região sul do Rhône é a de “Cotes Du Rhône, usada genericamente pelos vinhos produzidos ao redor do rio Reno. Ali a produção pode ser três vezes maior que a da região de Beaujolais e apenas um pouco inferior à de toda região de Bordeaux.
Dentro desta apelação existe uma gama variada de qualidade e de estilo de vinho.
A denominação “Cotes de Rhône-Village tem em geral uma qualidade superior à de “Cotes Du Rhône” e tem uma das melhores relação custo/benefício da França.
A degustação de vinhos tintos do sul do Rhône da qual participei, contava com os vinhos:
1) Les Abeilles 2005, produzido na região de Côtes du Rhône, por Vins Jean-Luc-Colombo. Sua a graduação alcoólica é de 13,5%. É produzido com as uvas: Grenache, Syrah e Mouvèdre. Sua cor é púrpura intensa. O aroma é de frutas vermelhas, couro e especiarias. Na boca tem um sabor complexo, licoroso e de especiarias, com taninos sedosos. É importado pela Decanter (fone: 3074-5454) e seu preço era o de R$74,50.
2) Cuvée Terra Amata 2001, produzido na região de Côtes du Rhône-Villages, por SCA Château Signac. Sua a graduação alcoólica é de 14%. É produzido com as uvas: Grenache (50%), Syrah (40%) e Mouvèdre (10%). Sua cor é intensa de cereja. O aroma é de geléia de cerejas e floral. Na boca apresenta um corpo cheio, tendo um sabor de cerejas bem balanceado com bons taninos e um pouco de excesso de álcool. É importado pela Grand Cru (fone: 3062-6388) e seu preço era de R$87,00.
3) Gigondas 2005, produzido na região de Gigondas, por M. Chapoutier. Sua a graduação alcoólica é de 13,5%. É produzido com as uvas: Grenache (60% a 70%), Cinsault, Syrah e Mouvèdre . Sua cor é rubi. O aroma é de geléia de morangos. Na boca apresenta um ataque floral e de pimenta, com bons taninos. É importado pela Mistral (fone: 3371-3400) e seu preço era de US$59,00.
4) Vacqueyras 2003, produzido na região de Vacqueyras, por Domaine La Brunely. Sua a graduação alcoólica é de 14%. É produzido com as uvas: Grenache, Syrah e Mouvèdre . Sua cor é rubi/ púrpura. O aroma é de cerejas. Na boca sente-se frutas vermelhas, com bons taninos. É importado pela Vinci (fone: 2797-0000) e seu preço era de US$53,50.
5) Clos de L’Oratoire 2003, produzido na região de Chateau-Neuf-du-Pape, por Ogier Caves dês Papes. A safra 2006 recebeu 91 pontos da Wine Spectator. Sua graduação alcoólica é de 14,5%. É produzido com as uvas: Grenache (80%), Cinsault (5%), Syrah (10%) e Mouvèdre (5%). Sua cor é de cerejas. O aroma é de geléia de morangos. Seu sabor é de geléia de ameixas, figos e frutas escuras, apresentando um fundo de boca de boa mineralidade e traços de baunilha e coco, com bons taninos . É importado pela Expand (fone: 3847-4747) e seu preço era de R$185,00.
6) Cuvée dês Cadettes 2001, produzido na região de Chateau-Neuf-du-Pape, por Château La Nerthe. A safra 2004 recebeu 93 pontos da Robert Parker. Sua graduação alcoólica é de 14,5%. É produzido com as uvas: Grenache , Cinsault , Syrah e Mouvèdre . Sua cor é de cereja. O aroma é de geléia de morangos. Seu sabor é de frutas negras, alcaçuz e especiarias . É importado pela Grand Cru (fone: 3062.6388) e seu preço era de R$480,00
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