sábado, 8 de maio de 2010

Viagem à St. Emillion

Como sempre tive curiosidade de conhecer a região de Bordeaux, onde são produzidos grandes vinhos da França, resolvi fazer uma viagem até lá.
Foto: San Sebastian
Fiz uma turnê pela Espanha e saindo da cidade litorânea basca de San Sebastian, prossegui em direção a Bordeaux.

Entrei pela França Basca e passei por Bayonne, cidade esta que guarda uma forte influência espanhola, inclusive ali são realizadas touradas.
Foto: Chácara
O trajeto era longo de San Sebastian a St Emillion, e por ser uma região rural, não encontrei nenhum hotel, decidindo me hospedar numa pequena chácara.
Foto: Com o dono da chácara
As instalações desta chácara eram charmosas, porém não contava com banheiro no quarto, o que é, em geral, uma exigência de brasileiro. Europeu normalmente não liga para isso, se o preço for mais em conta.

Nesta chácara tomei um lanche e um café da manhã junto à família do proprietário. No café foram servidos pães e geléias feitas no próprio sitio, o que era uma delícia.

O sitio produzia e vendia os seus produtos, como diversos confits e foies gras.

Parti no dia seguinte em direção a Bordeaux, o que não foi muito fácil, pois peguei um grande anel viário em volta da cidade e as placas de sinalização eram confusas, dificultando minha chegada ali.
Foto: Casa típica de St Emilion
Mudei de idéia e decidi então ir para St. Emilion,.

Saint Emilion é uma comuna francesa, na região da Aquitânia, no departamento Gironde.
Foto: Vinhas ao redor de St Emilion
Quando cheguei a Saint Emilion, só encontrei vaga num hotel nos arredores da cidade. O fato de ficar ali, dificultou meu acesso a cidade, o que foi compensado pois o hotel dos arredores era também mais confortável do que os da cidade.

St Emillion é uma graça de cidade medieval, com as atividades voltada à produção de vinho. As vinhas são plantadas em toda a região, chegando a aparecer nos limites da cidade.

St. Emilion fica numa montanha toda perfurada pelas adegas, onde são guardadas suas preciosidades.

Visitamos a adega da vinícola Clos dês Menuts onde se pagava para degustar suas bebidas. O valor da degustação poderia ser deduzido da compra de algum vinho.

As adegas ficavam em vários níveis. Cada nível tinha uma temperatura ambiente, sendo que, quando mais se descia, mais baixa a temperatura ficava.
Foto: St. Emilion
As melhores reservas ficavam fechadas por grades e se localizavam no último nível das adegas.

Compramos uma garrafa do Clos dês Menuts Grand Cru 1995, que abri posteriormente num jantar em minha casa.

Fiz passeios pela bela cidade, que naquele dia, especialmente, estava em festa pela comemoração de 700 anos da “Jurade” . A “Jurade” foi instituída pelos ingleses em 1199 e governava a cidade até a época da revolução francesa.
Foto: Chateau, nos arredores de St. Emilion
Era ela que controlava todos os atos cívicos, legais e administrativos da cidade, incluindo a qualidade dos vinhos.
Foto: Festa da Jurade
Eram os membros da “Jurade” que aprovavam os barris com seu grande selo, ou destruíam aqueles outros barris que não atingiam os padrões desejados.

Hoje em dia, as fronteiras da antiga jurisdição de St Emillion, delimita o território de duas apelações: Appellation Saint Emillion Protegée and Appellation Saint-Emillion Grand Cru Protegée.
Foto: Catedral de St. Emilion
À noite fui jantar no esplêndido restaurante “Hostelerie de Plaisance”, que fica no coração da cidade medieval e que só serve dois jantares por noite.

Na volta para San Sebastian, onde tomaria o avião para o Brasil, passei pelos campos coloridos de girassóis.

Fui conhecer também a França basca, com sua língua indecifrável, indo à cidade litorânea de St. Jean de Luz.
Foto: St. Paul
A pequena cidade de St. Jean é um encanto e muito sofisticada.!

Os barquinhos de pescadores coloriam a praia e a água ali era digna de pingüim.

Cheguei a San Sebastian, com sua praia límpida, cercada por calçadas onde os velhinhos aposentados passeavam.
Foto: San Sebastian
Fui também à parte medieval da cidade, onde provei as deliciosas tapas ali oferecidas.

Percebi que os espanhóis jogavam no chão, o papel que embalavam as tapas. Esta sujeira era varrida só no final do expediente.

O nome “tapa” parece que veio do fato das pessoas, que estavam com fome, dizerem que iam dar um tapa. Outra hipótese diz que, estes aperitivos por serem feitos sobre torradas, cobriam os copos de vinho e de cerveja, ou seja, tapando-os.

Descobrimos que existem 3 tipos de aperitivos na Espanha: pinchos (espetados e em geral maior que as tapas, originário do norte da espanha), tapas ( o aperitivo fica em cima do pão) e Bocadillo (sanduíches).

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