Acho indispensável fazer um curso sobre o assunto, como os que a ABS dão, além da visita a feiras de vinhos, que ampliam este conhecimento.
Nos dias 3 e 4 de agosto a importadora Decanter propiciou uma feira de vinhos na cidade de São Paulo.
Foram 70 produtores da Argentina, Chile, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria, África do Sul e Hungria.
Das feiras de vinhos que participei, esta foi a mais ampla, com degustação de todos os vinhos que estes produtores exportam para o Brasil e com um excelente atendimento.
Foi possível conhecer desde os seus produtos mais simples até os mais sofisticados, bem como conhecer suas diferentes “assemblages”.
Uma das interessantes experiências que vivi, foi a de conhecer os vinhos Malbec do produtor francês Domaine de Lagrezette.
Nesta oportunidade foi possível constatar a grande diferença com relação aos vinhos feitos com a mesma uva Malbec, na Argentina.
Os vinhos se apresentaram mais sutis, sem aquele corpo marcante do argentino, com um aroma e sabor mais delicados.
Outra prova interessante foi com o produtor Pendits, que apresentou o vinho Tokaj, que iniciou a produção na Hungria, há 400 anos por um capelão.
Este foi o primeiro vinho produzido com uvas botritizadas (nobremente apodrecidas), mais de 100 anos antes que os vinhos do Reno e aproximadamente 2 anos antes dos Sauternes.
Das três variedades de uvas utilizadas, cerca de 70% são das uvas Fumint, que tem a pele fina, sabor penetrante e maturação tardia, sendo muito propensa ao ataque do fungo “botrítis. São usadas ainda cerca de 25% da uva Hárslevelu, menos propensa ao fungo e mas rica em açúcar e aromas.
Estes vinhos são produzidos em duas etapas:
Primeiro as uvas Aszú, murchas afetadas pelo botrytis cinérea (fungo que ataca a uva gerando a “podridão nobre”) são colhidas bago por bago, em passagens sucessivas nas vinhas. As uvas com suco são prensadas e usadas para fazer outros tipos de vinho, inclusive um poderoso vinho base. As uvas Asxú, por sua vez, ficam armazenadas numa pilha sêca, vertendo aos poucos, sua verdadeira Eszencia, um suco com até 850b/l de açúcar, que é reverenciado como o maior tesouro da região.
Na segunda etapa, o produtor embebe as uvas Aszú, esmagadas em mosto fresco, ou vinho base parcial ou totalmente fermentadas. A fermentação começa, durando vários meses e é controlada pela combinação do teor de açúcar e da temperatura da adega. Os vinhos mais ricos e finos, por sua vez, mantêm o mais alto grau de açúcar natural e, portanto, menor teor de álcool (10,5%).
O nível de doçura é expresso pelo termo “puttonyos”, que correspondem a baldes de 20kg de uva, usados no vinhedo de “azu” adicionados a 137 litros do vinho base.
Provei o Tokaji Aszú 6 Puttonyos 2001, (deve ter mais de 150g de açúcar por litro) que se demonstrou rico, com aromas de mel e de pêssego, muito aveludado, permanecendo por longo período na boca. Seu sabor é marcante e equilibrado, não deixando que a doçura permaneça pesada, uma verdadeira obra prima! A qualidade desta iguaria tem seu preço: R$414,80, que, no entanto, guarda uma qualidade inesquecível.
Foto: Castelo de Buda
Esta experiência me lembrou uma viagem que fiz para Praga e Budapeste, quando tinha grande expectativa sobre Praga, que era muito bem falada no Brasil.
Veja o site http://www.budapestinfo.hu/en/things_to_see, onde estão vídeos com detalhes de pontos turísticos.
Foto: Ponte sobre o rio Danúbio
Praga se mostrou linda como o esperado, mas Budapeste, capital atual da Hungria foi uma surpresa maravilhosa!
Foto: Parlamento
A cidade foi fundada em 89 A.C. pelos romanos e é dividida em duas partes, pelo rio Danúbio, que se denominam: Buda e Pest.
Foto: Castelo de Buda
Seus monumentos mais famosos são o castelo de Buda e o parlamento, que é o segundo em tamanho da Europa.
Foto: Praça dos Herois
A praça mais interessante é a “Dos Heróis”, que fica na entrada do parque da cidade. Tem no seu topo a estátua do anjo Gabriel segurando a santa coroa húngara. Nas laterais existem construções arredondadas onde, entre seus pilares, estão figuras dos grandes personagens da história Húngara e acima deles, quatro esculturas emblemáticas, representando: o trabalho, o conhecimento, a cultura e a paz.
Foto: Praça dos Herois
O povo por si só já é muito bonito, enquanto os monumentos são grandiosos e as termas maravilhosas!
Foto: Piscina coberta da terma
Visitei o Spa e terma Géllert, fundada em 1918, onde aparentemente foi filmada a película “Cocoon”, com suas 13 piscinas internas e externas lindamente decoradas com azulejos.
Foto: uma das piscinas externas
Estas termas são bastante populares, sendo usadas no seu dia a dia, pela população que faz pic-nic e até joga baralho dentro das piscinas externas aquecidas.
Foto: Entrada das termas
O povo é alegre, gosta de dançar e tocar música nas suas praças, usando trajes típicos e assim preservando a tradição.
Foto: Dança na praça
Aproveitei para apreciar o prato típico da região:”Goulash”, que é um ensopado de carne apimentada pela páprica, outro tesouro húngaro, bem diferente do que o que havia provado antes na Alemanha.
Foto: Monumento no entardecer de Budapest
De volta ao Brasil descobri que os húngaros são famosos no esporte da esgrima, ganhando várias competições internacionais.
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