De acordo com a comissão julgadora, a grande diferença encontrada, entre o evento de 2004 e o atual, foi a crescente notoriedade dos vinhos brancos portugueses, aumentando os selecionados de 3, em 2004, para 12 brancos em 4/11/2010, além de incluir 2 fortificados e 1 espumante.
Os vinhos da região do Douro e Alentejo continuam a dominar os 50 melhores vinhos de Portugal.
Os melhores vinhos eram de:
Desta forma, pude perceber que a região que apresentou a maioria dos melhores vinhos, como Douro e Alentejo, é a mais valorizada.
Alguns critérios foram definidos para selecionar os 50 melhores vinhos do evento:
1) Qualquer vinho português poderia participar do evento
2) Um máximo de 6 vinhos selecionados poderiam não estar disponíveis no Brasil (acabaram sendo 4).
3) A lista precisava representar o conjunto dos vinhos de Portugal.
4) Cada produtor poderia ter apenas 1 vinho na lista.
5) Os 50 vinhos foram divididos em duas categorias: tops e melhores compras (limitados a R$80)
Um dos objetivos do evento era incrementar o consumo de vinhos portugueses no Brasil.
Atualmente o consumo anual de vinho no Brasil é de 2 litros per capita, enquanto no Chile e Argentina é de 25 litros per capita e de 30 litros per capita na Europa.
A produção de vinhos em Portugal é dividida entre as regiões: Vinho Verde, Trás os montes, Douro, Dão, Beira interior, Beiras, Bairrada, Lisboa, Tejo, Alentejo, Península de Setúbal e Algarve.
1) Vinha Maria Teresa 2007. É um vinho de cor intensa de frutas vermelhas. O aroma é de frutas em compota. Na boca tem taninos intensos e macios, com um final corpulento. Achei o melhor vinho da degustação, só levei um susto ao receber a tabela de preços da importadora Qualimpor, seu preço é de R$1.650,00.
2) Quinta da Falorca Garrafeira old wines 2004, produzido na região de Silgueiros, sub-região do Dão. As castas usadas são: principalmente touriga nacional, tinta Roriz, sendo apenas 10% de rufete e de outras castas. Sua cor era rubi brilhante intenso. O aroma é de frutas vermelhas com toques de chocolate. Na boca ele é elegante e equilibrado, com um tanino corpulento, dando a impressão de ter longevidade. O final na boca é longo e persistente. Em minha opinião, este é o segundo melhor vinho degustado. A importação dos vinhos deste produtor é feita pela World Wine.
Foto: Pedro Figueiredo e seu pai, donos da quinta da Falorca
3) O terceiro melhor vinho para mim foi o Pêra Manca 2007. Produzido pela Fundação Eugênio de Almeida. O nome Pêra-Manca, ícone da produtora, deriva de uma formação rochosa de blocos arredondados, em desequilíbrio sobre a rocha firme. A tradição diz que este vinho remonta à idade média e que foi ele que Pedro Alvares Cabral transportou para o Brasil. É um vinho complexo e elegante, com aromas balsâmicos e de especiarias. Na boca é rico, com taninos bons, que devem melhorar com o passar do tempo. Pena que seu preço seja de R$529,75 (Adega Curitibana 2008). Na faixa dos vinhos classificados como melhores compras, gostei destes:
4) Espumante 3d Brut Nature, produzida pela Filipa Pato na região Beiras. Seu preço é de R$46,63, na Wine Store.
5) Muxagat branco 2008, da região do Douro, importado pela Épice, e produzido com a uva Rabigato
6) Sexi tinto 2008, produzido pela vinícola Fita Preta, no Alentejo. É importado pela A. Fonseca & Filhos.
O que estranhei nesta seleção foi a falta da vinícola Casa Ferreirinha, que produziu até 2000 o seu melhor vinho, Barca Velha, e ainda produz o maravilhoso vinho: Reserva Ferreirinha, importado pela Zahil por R$315,00.
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