sábado, 21 de abril de 2012

World Wine experience 2012


Fui convidado pela World Wine para ir a uma degustação de vinhos de vários produtores. Este evento se deu em São Paulo, no dia 16/04 para a imprensa e convidados e, no dia 17, para o público (R$200,00).
Como sempre, acho estas experiências muito importantes, tanto para conhecer o mundo do vinho, como para apreciar os sabores diversos desta bebida, a um custo razoável.

A degustação ocorreu no Casa Fasano, que fica na rua Leopoldo C. De Magalhães 912, no Itaim Bibi. O lugar é muito bonito, com um teto alto e com algumas árvores plantadas em seu interior.

Percebi que no evento deste ano, havia menos produtores para mostrar seus vinhos.
Procurei conhecer alguns produtos que eu não conhecia.
Chamaram a minha atenção:

1)   Champagne Billecart-Salmon, com preços variando entre R$260,00 a branca e R$398,00 a rose. Apesar do alto preço, como é o caso das champagnes, os dois provados suscitavam uma explosão de bolhas pela boca. A rosé, além de muita perlage, tinha um sabor delicioso.

2)   Vinhos brancos leves: como os gostosos Chardonay LongRow 2008 (Australiano), por (R$55,00) e o Clare Valley Riesling, do mesmo produtor, por R$55,00.


3)   A Alemanha veio com o produtor Balthasar Ress, que produz excelentes vinhos: Rheingau Riesling Kabinet Troken, que era mais seco R$79,00; o Schloss Reinchartshausen Riesling Kabinet (R$99,00); e o delicioso Hattenheimer Nussbrunnen Riesling, de sobremesa, por R$293,00.


4)   Brancos estruturados: Apresentaram o LongRow  Riesling (Austrália), que custa R$118,00, com boa relação custo / benefício. Os Riesling de Hugel & Fils eram muito bons. Provei o Tradition (R$105,00) e o delicioso Riesling ”Jubilée” (R$240,00).

5)   Os Chablis de Domaine Laroche apresentaram no evento, desde um Chablis (R$99,00), até o excelente Chablis 1er Cru  ”Les Vailons” (R$199,00).

6)   Adorei o Bourgogne Chardonay Le Renard, da Domaines Devillard (R$105,00).

7)   Da região do Rhône, provei o gostoso Coudolet de Beaucastel (R$136,00) e o maravilhoso Châteauneuf-du-Pape (R$516,00), que é considerado um dos melhores da região.

8)   Da região de Bordeaux provei o Château Barrail du Blanc, e gostei bastante dele, pois apresenta uma excelente relação custo/benefício (R$137,00).
9)   Provei os vinhos da Château Penin: Tradition das uvas merlot (90%)  e Cabernet Franc (10%) (R$70,00) e o Natur produzido sem adição de sulfito  (R$79,00). Ambos apresentaram um bom preço para sua boa qualidade.

10)                  De Portugal provei, do premiado produtor, Quinta da Falorca (Dão), o vinho Touriga Nacional (R$180,00) e o divino Garrafeira (R$294,00).

11)                  O vinho do porto compareceu com seu produtor: Wine & Krohn. Deste provei o excelente Vintage ”Quinta do Retiro Novo” (R$167,00) e o bom Colheita (R$132,00)
12)                   Quanto aos italianos, comecei pelo Prosecco Selezione Fazano (R$130,00), com um sabor muito melhor do que aquele que achamos comumente no Brasil.

13)                   Do produtor Donnafugata, da Sicília sempre apreciei seus vinhos e aproveitei para conhecer o Lighea branco, (R$93,00) que se mostrou bem interessante.

14)                  Da região da Umbria, provei o Montefalco Rosso DOC (R$123,00) e o top da vinícola Arnaldo Caprai, O Sagrantino di Montefalco 25 Anni DOC (R$482,00), que se revelou muito intenso, devendo ficar excepcional daqui alguns anos.

15)                   Do Veneto, adorei o Amarone Classico dela Valpolicella Riserva DOC (R$574,00), da produtora Zenato. O valpolicella clássico Superiore Doc também se mostrou muito equilibrado, a um bom preço (R$90,00).

16)                   Do Piemonte provei do produtor Bava, um Barolo 2005, já bem equilibrado (R$240,00). De lá gostei mais dos vinhos do produtor Trablini: Gattinara ”Tre Vigne” DOCG (R$230,00).

17)                   A vinícola alemã Weingut Clemens Busch apresentou seus vinhos naturais magníficos, desde o Riesling ”Von Roten Schiefer” (R$108,00), até o de sobremesa botritizado Riesling ”Von Roten Schiefer” Auslese, que estava muito bom.
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23)                  Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo (Portugal): Como já estive nessa vinícola e gosto destes vinhos, confirmei minha preferência, provando os tops: Quinta Nova Touriga Nacional e o Reserva (R$290,00).

24)                  Quinta do Noval: Neste tradicional produtor de Porto, provei os bons vinhos Douro (R$290,00) e o Porto LBV (R$120,00). http://www.youtube.com/watch?v=Pgp7GfLfsd0


Provei vários outros vinhos também bons, o que confirmou a minha opinião: Quem gosta de vinhos e quer ampliar os conhecimentos  deve participar destes eventos.

sábado, 14 de abril de 2012

Nice e Cap D'Antibes

Entramos na França, pela Côtes D’Azur, chegando então à cidade marítima de Nice.

Desta vez ficamos num hotel mediano, mas muito bem localizado, em frente à praia, na Promenade Des Anglais, próximo à cidade velha. O hotel Mercure Marchè, que custou €122,00 (http://www.accorhotels.com/pt/hotel-0962-mercure-nice-marche-aux-fleurs/index.shtml), não tinha elevador, nem estacionamento. Por isto tivemos que procurar um estacionamento público, próximo e o encontramos a um custo caro.

O passeio que fizemos pelo centro da cidade velha, que ainda não conhecíamos, foi muito interessante! Ela é uma cidade muito animada e fervilhante, com restaurantes charmosos que ficam bem cheios e agitados à noite.

Vimos que, no início do dia, a cidade velha é ocupada por uma feira colorida, ao ar livre (marché des fleurs), na sua parte central. Podemos ver lindas flores e deliciosos doces de frutas glaciadas!

Aproveitei para provar algumas frutas que não existem no brasil, como um delicioso doce de damasco.
Passamos por um bar com uma charmosa destilaria antiga, onde se produzia o próprio aguardente.


Por ser uma região turística, seus restaurantes, em geral, são simples, com comidinhas básicas, e sem muita criatividade. Jantamos uma salada niçoise no restaurante Safari, indicado pelo pessoal do hotel.

O jantar foi acompanhado pelo vinho Chateau Saint Roch Les Vignes rosé. Ele tem uma bela cor salmão, aroma de pêssego e  uma característica refrescante e mineral na boca. Harmoniza bem com tapas, carnes brancas, carnes vermelhas grelhadas e queijos.

É produzido na região de Var, na região do Rhône, uma área de tradição de bons vinhos. Dizem que os gregos que vieram de Marseille, trouxeram vinhas, no século VI, para a região Korion, que hoje em dia se chama Var.

No dia seguinte fomos para a bairro ”Cimiez”, que fica numa colina, onde estão os museus Matisse e Chagal.

O Museu Matisse fica num belo prédio, dentro de um jardim, onde a população local vai passear.

O museu apresenta um acervo bem simples do artista, com gravuras e esboços.

Descemos então o morro, onde admiramos os casarões  do bairro, com seus jardins maravilhosos... uma região chique da cidade.

O museu Chagal, por sua vez, fica dentro de um jardim majestoso, e seu acervo é bem bonito, com obras de cores fortes, como o Cântico dos Cânticos.

Voltamos para velha Nice, depois, onde existem lojas de muito bom gosto.

Passeamos pelo “Promenade des Anglais” para apreciar aquele mar azul de água fria, a praia cheia de guarda sóis e de pedras.

A região do Mediterrâneo, praticamente não tem areia nas praias e a água é gelada.

Neste passeio apreciamos os chiques hotéis, inclusive o famoso Negresco com seu clube de jazz, onde, em geral, se hospedam artistas famosos. Aproveitamos para, num bar ali na calçada em frente ao mar, beber o gostoso vinho rosé  Côtes de Provence, Chateau Marguerite cru classe, produzido numa região próxima a Saint Tropez. Ele combinou perfeitamente com o pôr do sol deslumbrante que víamos.

Este vinho tem aromas de frutas vermelhas e florais. Na boca ele é leve, refrescante, combinando bem com aperitivos e sobremesas.

Aproveitamos para provar um delicioso sorvete de “marron glacê”.

Como na maioria das cidades finas da Europa, pudemos ouvir um show de música clássica e jazz, tocado no coreto. Esta praça tinha uma linda escultura de um leopardo de bronze.

Passamos também pela loja da Nespresso, onde existiam, além de cafés, pela metade do preço daqui, chocolates de todo o mundo, inclusive do Brasil (e que não existe aqui). Encontramos também uma livraria divina, que nos deu vontade de trazer para o Brasil tantos livros maravilhosos...

À noite voltamos à região velha para jantar. Desta vez fomos no restaurante “Flore” onde pedi, de entrada um divino prato de “escargots” seguido da tradicional “soup de l´ognion” (sopa de cebola) e assiette des fromages” (queijos da região).

No dia seguinte, partimos para a cidade de Saint Paul de Vence, parando no caminho para conhecer ainda Cap D’antibes.

Cap D’antibes é uma cidade litorânea, charmosa, com uma impressionante marina e iates que mais parecem verdadeiros navios. A riqueza transpira na região.

Depois de atravessarmos os muros da parte antiga da cidade, vimos uma charmosa região, com lojas chiques e graciosas. Passeamos também pelo “Marché Provençal”, um mercado que oferecia tapenades, lavandas, sais das mais diversas cores, temperos, frutas, chás e outras especiarias maravilhosas.

Visitamos uma exposição de Picasso, especialmente de suas criativas cerâmicas, num museu que fica num prédio imponente. A vista do museu era linda de frente para mar Mediterrâneo.

Os restaurantes eram charmosos e aproveitamos para almoçar uma salada verde com folhado de queijo de cabra, acompanhado de um divino vinho branco.

Passamos de novo pelos muros da cidade, indo em seguida para Saint Paul de Vence.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Passeio por Lucca, Toscana, Itália

Despois de ficar hospedado na Fatoria del Colle, onde fica a vinícola de Donatella Cinelli Colombini, me dirigi à Marema, no litoral, para visitar a terceira vinícola da família Allegrini, a Poggio ao Tesoro.

Um desencontro e a dificuldade de informações impossibilitou a visita à vinícola, me dirigindo então à charmosa cidade de Lucca, que é famosa por ser exemplo de cidade intacta da época renascentista.

Ela fica no norte da Toscana, próxima a cidade de Pizza, num fértil terreno plano, próximo ao mar Tirreno.

Dante Alighieri passou parte do seu exílio na cidade de Lucca, incluindo na Divina Comédia várias referências às grandes famílias feudais que tinham direitos administrativos e feudais sobre a região.
A cidade foi fundada pelos Etruscos tornando-se uma colônia romana em 180 A.C.
A forma retangular do centro histórico, preserva a planta romana original da cidade, sendo que a Piazza San Michele ocupa o lugar do antigo fórum.
Ficamos hospedados no bom hotel Eurostar Toscana, que custou €80,00, cuja localização fica um pouco longe do centro antigo (http://www.eurostarshotels.co.uk/eurostars-toscana.html).

A cidade fica próxima a Pizza, que não fui desta, pois quando estive lá, já vi as suas obras interessantes, que são: a sua famosa torre inclinada e o Duomo, que aliás ficam na mesma área.

Caminhamos até o centro antigo, passando por uma das portas do muro que o circunda. Estes muros estão intactos, enquanto a cidade expandiu e modernizou-se, o que não é usual para cidades da região. 


Os muros perderam a importância militar e viraram uma promenade, que circunda a cidade, servindo aos pedestres.

Como em toda a Toscana, apesar de pequena, a cidade tem um rico e sofisticado comércio, decorada com luzes, como árvore de natal. A Via Fillungo, por sua vez, conta com lojas antigas e belíssimas joalherias.
Lá encontrei uma loja de artigos de cozinha e decoração, onde adquiri mais um apetrecho do sofisticado mercado de vinho, que são bolinhas para limpar decanter.

Encontramos num mercado de rua, onde havia uma vendedora de frutas e alcachofra, uma trabalhadora simples e típica da região. Não resisti e registrei aquele momento na minha câmera fotográfica.
Basilica de San Frediano
Passamos pelo seu Duomo de San Martino, decorado no seu topo com pintura a ouro.
Duomo  di San Martino
Vimos também a igreja de San Michele in Foro, construída em 795 e reconstruída em 1070, com uma belíssima fachada, com uma série de esculturas.
San Michele in Foro
Passamos também pela igreja de San Giusto, datada da segunda metade do século XII, com uma fachada de decoração em faixas de branco e preto, na sua parte superior.

A cidade tem um palácio, Palazzio Pfanner, construído em 1667, com um belo jardim, agora convertido em museu de arte e de artefatos.
Existe também na cidade a casa do compositor Giacomo Puccini (la Bohème e Madama Buterfly) que será aberto à visitação.

O frio de outubro já começava a ficar agressivo, e ,como era fim de tarde, tentamos jantar num restaurante típico, indicado pelos habitantes locais. Como em toda Itália, este establecimento só abria às oito horas. Voltamos ao hotel, onde tomamos um lanche.
Esta situação me lembrou uma história de meu amigo Basile, quando chegou à noite em Veneza que se frustrou ao procurar um restaurante aberto. Teve então que se conformar com um hambúrguer e reclamou com o garçom o fato de numa cidade turística como Veneza, como em toda Itália, os restaurantes fecharem fora do horário das refeições. O garçom disse para ele, ”ma vede como sei bela la citá”, o que não resolveu a situação, mas o calou de imediato.

Compramos um presunto cru, peperoncinos (pimentão) com atum e um pão integral que acompanhou o vinho chiante, que ganhei num restaurante em Firenze, que era bem ácido.

Compramos também uma especialidade local, denominada ”bucelliato di Lucca”, uma rosca com passas e um forte tempero de anis.

No dia seguinte partimos para Nice, que fica na França, na Cote D ‘Azur.
Trabalho de Gisela Furquim, baseado na vendedora de alcachofra.

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