sábado, 22 de junho de 2013

Aix-en-Procence dos artistas


De Avignon partimos para Aix –En-Provence, também chamada de Aix, pelos franceses. A cidade é uma comuna da França, e foi lá que nasceu e morreu o célebre pintor Paul Cézanne.


A viagem, que até então, eu achava curta, demorou mais que o previsto e o pior, com chuva!

A cidade de Aix foi fundada em 123 A.C. por um cônsul romano, passando depois para metrópole no quarto século, com o nome de Narbonensis Secunda. Aix se tornou  Francesa apenas em 1487.

O principal objetivo da visita a Aix,  foi conhecer o Chateau Vauvernargues, ali pertinho. O chateau  Vauvernargues foi comprado em 1958 pelo famoso artista Picasso, onde lá viveu de 1959 a 1961. 

Os filhos de Picasso escolheram o parque do Chateau para fazer uma exposição de obras de Cézane, a qual pretendíamos visitar.

Ficamos frustrados também, ao descobrir que a procura pela visita ao Chateau era tão grande que, para tentar uma vaga no passeio, teríamos que chegar às 7 da manhã, do dia seguinte e contar com pessoas que desistissem...

Foi uma decepção saber que não havia possibilidade de fazer uma reserva para a visita.

Aix, a cidade que respirava arte, estava molhada com uma chuva constante, quando lá chegamos.


Aproveitamos então para conhecer a cidade de Aix e o café Les Deux Garçons. O café exibia sua excepcional decoração de consulado, da época do hotel De Gantes e que carregava tal nome pois pertencia a dois garçons que o compraram em 1840.

A memória de várias personalidades está associada a esse café, como: Mistinguett, Churchil, Sartre, Piaf, Trenet, Delon, Belmondo.


Foi lá que Cézanne passou 3 horas antes do jantar, com seu camarada do liceu Mignet, Emile Zola.

As grandes etapas da vila de Aix foram associadas à memória deste café, como os eventos da revolução de 1789, na Provence, até a criação do festival de artes líricas após a segunda guerra mundial.


A política, as artes, a literatura, a moda e os espetáculos fizeram parte deste prédio, por duzentos anos de encontros no Les Deux Garçons.


Visitamos também, o atelier de Cézanne, que ficava nos arredores da cidade.

O atelier tem uma bela vista para a montagne Sainte-Victoire, que o artista tanto retratou.

Cézanne nasceu em 1839 e foi para Paris em 1861, quando não conseguiu entrar  na escola de belas artes, voltando depois para Aix, a fim de trabalhar no banco de seu pai.


Apesar de seu pai ser contra a carreira de artista, acabou autorizando Cezanne, que acabou ficando entre Aix e Paris.

Cézane trabalhou na academia Suiça, onde encontrou Pissaro, Monet e Renoir.

De 1863 a 1880, seus trabalhos foram recusados por alguns juris de artes. Somente a partir de 1886 que suas obras começaram a ser reconhecidas.


Foi em 1902 que Cézanne se instalou no seu grande atelier no campo. Ele trabalharia ali todos os dias, pendant os anos de sua vida.

Em 1906 ele ficou doente, quando resolveu pintar a natureza, durante uma tempestade, morrendo em 23/10, aos 67 anos.


O lugar é despojado, o atelier fica na parte superior da casa, onde existe também um museu, com seus materiais de pintura.

Sua casa é rodeada por um belo jardim, com várias obras de arte.


Faz parte do turismo na região, visitar locais por onde o artista passou e registrou em suas pinturas.


Na ocasião de nossa visita a Aix, o museu Granet também apresentava uma exposição denominada “Picasso – Cézanne”, com uma centena de trabalhos dos dois artistas. Muito boa por sinal!


A nossa passagem por Aix foi rápida, mas interessante e nos deu vontade de voltar a Aix e da próxima vez, nos hospedarmos por lá.

E pra terminar, uma citação retirada da exposição do museu Granet:

“Ce qui nous interesse, c’est la inquietude de Cézanne, c’est le enseignement de Cézanne, ce sont les tourments de Van Gogh...
Cest-a-dire, le drame de l’homme—le reste es faux.”
Picasso.

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