segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Berlim Ocidental


Ficamos hospedados na Berlim Ocidental, que parece ser mais chique, mais moderna, mas com menos prédios históricos do que a antiga parte oriental.


Depois de admirarmos a Porta de Brandemburgo, que divide as duas partes de Berlim, fomos passear pelo Reichestag, que é um belo e imponente edifício do parlamento alemão.


Ele foi construido em 1894, foi destruído por um incêndio criminoso em 1933 e bombardeado na Segunda Grande Guerra. O Reichestag foi reconstruído atualmente com uma nova cobertura da sua cúpula de vidro.


Fizemos um passeio de barco pelo rio Spree onde pudemos ver o contraste entre as construções antigas e as mais modernas e o povo aproveitando o sol nos jardins junto ao rio.


Tentamos visitá-lo, mas não foi possível agendar pela internet esta visita, durante nossa permanência na cidade.


Saindo do Reichestag, pegamos um ônibus gratuito, que fazia um tour pela cidade, indo do Reichestag até o Zoológico, com sua entrada chinesa. Um pequeno passeio que nos dá uma visão parcial da cidade.


No caminho, vimos a magnífica “Siegessäule”, (coluna Vitória), com a estátua dourada da deusa alada da vitória. Muito bonita!


Passamos também pelo Schloss Bellevue, que é a residência do presidente da República Federal.


Descemos em frente à Kaiser-Wilheim-Gedächtnis-Kirche, uma Igreja que foi parcialmente destruída durante a Segunda Guerra e de propósito assim mantida, constituindo um silencioso lembrete dos horrores da guerra.


Por dentro, a igreja é muito bonita, decorada com mosaícos. Um deles retrata o imperador Heinrich I. Anteriormente, o mosaico era decorado com a história Imperial Alemã.


Ao lado desta igreja, construíram, onde ficava a nave principal da igreja destruida, outra, mais moderna, sóbria, mas com muito bom gosto.


Aproveitamos que estávamos perto da rua Kurfürstem, que é muito chique e por lá passeamos bastante, apreciando as vitrines das lojas finas de Berlim.


Lá, encontramos uma confeitaria muito sofisticada, onde provamos uma deliciosa torta de maçã bem diferente de um strudel e graciosamente enfeitada, acompanhada do vinho doce Kracher, da região da Burgenland. Um Beerenauslese. Este foi um programa delicioso.


No último dia em Berlim, descobrimos também que perto do hotel ficava a Ka De We (loja de departamentos do ocidente),  o maior templo de consumo da Europa. Espalhada em 8 andares ela oferece mais de 3 milhões de produtos ao consumidor.


Visitamos a ala gourmet da Kadewe que nos deixou salivando com tantas gostosuras ali expostas. Vimos mais de 1.800 queijos, 1.400 pães e doces e 200 variedades de frios.


As vitrines e pátios internos da Ka De Ve já são um espetáculo por si só!


Não resistimos às iguarias e aproveitamos para jantar uma deliciosa lagosta preparada na nossa frente, de forma simples, acompanhada de um riesling bem fresquinho.


Despedimos-nos de Berlim com a sensação de que faltou explorar melhor a cidade.

A sensação, no entanto, de segurança vivida ali, nos acompanhou por toda Alemanha!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Huguel, produtora de excelentes vinhos da Alsácia.

Quando chegamos à Alsácia, fomos direto para a linda cidade de Riquewir a fim de visitar a adega do Huguel, importante produtor de vinhos da região. A visita tinha sido agendada com a World Wine, que é a importadora deste produtor, no Brasil.

Comecei esta visita, passeando entre as plantações, onde as uvas Gewurtztraminer estavam sendo colhidas. Experimentei uma delas e pude sentir a sua doçura e seu aroma, divinos!

Os vinhedos ficavam em volta da cidade de Riquewir. Por ali vimos também outras pessoas experimentando as uvas e curtindo o local.

Paramos num ponto de onde podíamos avistar a cidade. Neste lugar pude ver um trecho de 100 m de plantação com 3 tipos diferentes de solo.

Esta variação de solo é que permite que a Huguel produza diferentes vinhos da mesma cepa, que no caso, é a Riesling.

Os rótulos de todos os vinhos Hugel apresentam um design amarelo.

Os vinhos de Hugel são divididos em grupos:


       Vinhos secos:

        Hugel Classic - vinhos de base de nível produzidos a partir de uvas compradas.
        Inclui a maioria das variedades Alsácia e algumas misturas.

        Hugel Tradição -. Vinhos de nível intermediário, a partir dos quatro uvas brancas "nobres"

        Hugel Jubilee - Nível superior vinhos secos provenientes de vinhedos próprios Hugel




       Os vinhos com açúcar residual são:

        Hommage Jean Hugel - vinhos semi-doces com menos concentração e doçura do que a faixa              Vendange tardia.

        Vendange Tardive - Vinhos de colheita tardia

        Sélection de Grains Nobles - Vinhos de uvas atacadas por Botrytis




Terminada a divertida aula, fomos para a sala de degustação.

Lá, passamos a provar uma vasta gama de vinhos:

Pinot Gris Jubilee 2008 e 2009, produzido com uvas selecionadas do grand cru Sporen, rico em argila. Mesmo com 7 anos, o vinho se apresentou com cor clara e muita estrutura. Os aromas eram de frutas maduras: abricot, pêssego e lima. E também de manteiga e brioche. Preenche bem a boca com seu corpo aveludado e persistência longa. Foi interessante a prova destes 2 vinhos para ver que anos diferentes produzem vinhos diversos. Gostei mais da safra 2008.

Gewurztraminer 2012 e 2009 Jubilee, que tem origem no grande terroir de Sporem e utilizam uvas provenientes de videiras mais antigas.  São vinhos de grande complexidade, profundos, suaves e com explosivos aromas. Conforme o produtor, estes vinhos ganham complexidade à partir do 8 anos, com muita longevidade. Tem cor intensa e profunda e lágrimas longas,
São vinhos que podem ser guardado por décadas.

Gewustraminer 2007 Vendage Tardive vem  do terroir Sporen também. É um vinho cativante, com muita fruta, aromas de lichia, manga, maracujá, flores brancas e especiarias. É um vinho doce, mas não é enjoativo, devido ao perfeito equilíbrio que ele estabelece entre doçura e acidez. É um vinho para ser bebido sozinho, ou acompanhado de um foie gras, ou queijos azuis e tortas de frutas. Deve também ser um vinho a ser apreciado por décadas.

Pinot Gris 2008 Vendage Tardive, ainda com uma cor jovem, tem toques esverdeados, sem sinais de oxidação. O vinho é delicado e untuoso, com aromas de pêssego, doces de frutas cítricas, marshmallow e um fundo de madeira queimada. Na boca ele estava delicioso, não muito doce, graças à sua estrutura. Apesar de delicioso, achei-o ainda muito novo, devendo ainda evoluir bastante com o tempo.

Riesling Selection de Grains Nobles 2009. Este vinho é raro. O bouquet deste vinho é excepcional, com frutas maduras, gengibre, maçã assada e mel de acácia. Na boca ele se mostrou divino, untuoso, com um suave toque licoroso. Este vinho foi um verdadeiro “gran finale”.

Um pouco da história da Huguel:

Videiras foram cultivadas na Alsácia por mais de 2.000 anos, e trouxeram grande prosperidade para a região, particularmente na Idade Média.

Graças à vizinha rio Reno, na época a mais importante artéria de comunicações na Europa, os vinhos da Alsácia foram exportados para a Holanda, Bélgica, Escandinávia e para a Inglaterra, onde foram particularmente apreciados.

A empresa Huguel foi fundada em Riquewihr em 1639, por Hans Ulrich Hugel, um suíço que deixou seu país de origem, durante as Guerra dos Trinta Anos.

Como logotipo, eles usam um brasão da família que foi esculpido em 1672, para decorar a porta de uma casa construída em Riquewihr, por um dos filhos de Hans Ulrich.

Em 1902, Hugel & Fils, que foi então administrado por Frédéric Emile Hugel, mudou-se para sua atual localização no centro de Riquewihr.

Na segunda metade do século 20, Jean Hugel desempenhou um papel de liderança na Hugel & Fils, bem como na indústria de vinho da Alsácia em geral. Jean Hugel & Fils e Hugel foi pioneira na reintrodução de vinhos de colheita tardia na Alsácia.

Embora Hugel tenha sido pioneira em vinhos doces na Alsácia, apenas vinhos claramente marcados como vinhos de colheita tardia ou cuvées especiais têm açúcar residual perceptivel.
Os vinhos da gama regular são sempre secos.

Agradeço a maravilhosa visita e recepção que tive na Huguel, assim como o atencioso funcionário que gentilmente me orientou!  Agradeço também à World Wine por ter me proporcionado esta experiência!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dresdem, pérola da Alemanha

Depois de conhecermos Berlim, partimos para Dresden, uma cidade da Alemanha, capital do estado da Saxônia. Localiza-se nas margens do rio Elba. Dresden tem uma longa história como capital e residência real dos Reis da Saxônia e é possuidora de extraordinária cultura e esplendor artístico.

Ficamos hospedados no bom hotel Hilton Dresden –An der Frauenkirche 5, 01067, Dresden. (http://www3.hilton.com/en/hotels/sachen/hilton-dresden-DRSHITW/index.html) com uma diária de E$ 120,00.

A localização do hotel é perfeita, fica bem no centro da cidade antiga, o que nos permitiu visitar os pontos principais a pé.

Caminhamos por todo o centro, em diversas horas do dia e ficamos deslumbrados com várias visões daquela maravilha em horários diferentes.

O controverso bombardeio que Dresden sofreu na Segunda Guerra Mundial, em 1945, matou cerca de 35 mil pessoas. Quarenta anos de RDA mudaram a face da cidade dramaticamente. Desde a reunificação Alemã, Dresden tem sido um importante centro cultural politico e econômico na parte este da República Federal Alemã.

Os sonhos megalomaníacos do príncipe Augusto, o forte, fizeram de Dresden uma das cidades mais charmosas de toda a Alemanha. Foi ele quem mandou erguer, nos séculos 17 e 18, alguns dos monumentos mais glamourosos da arquitetura germânica, como o Zwinger, o Palácio Residenz e as igrejas de Frauenkirche e Hofkirche. Muito do que Augusto construiu, no entanto, veio abaixo durante a II Guerra. Alguns monumentos foram reerguidos décadas depois, mas vários outros acabaram sepultados para sempre. Ainda assim, Dresden faz jus ao título de Florença do Elba, devido ao farto conjunto de belezas artísticas e naturais que ganham um brilho todo especial no verão.

Dresden tem um centro histórico compacto, repleto de jóias arquitetônicas do barroco e do rococó. Ficamos encantados com a beleza dos prédios que foram reconstruídos dos escombros, depois dos bombardeios da Segunda Guerra:

1. Frauenkirche e Neumarkt Praça. A Frauenkirche, que é uma igreja protestante monumental foi construída entre 1726 e 1743, reduzido a ruínas em fevereiro 1945 e reconstruída a partir da década de 1990. Na praça Neumarkt circundante, as casas triangulares típicas barrocas foram reconstruídas secção por secção. Depois de mais de meio século, o novo centro da cidade velha voltou a existir.

2. Procession of Princes. Atrás do Palácio Real, o Fürstenzug, ou Procession of Princes, liga Neumarkt e Schlossplatz quadrados. O mural de 101 metros revestido com porcelana Meissen descreve os governantes da Casa de Wettin em uma procissão.

3. Palácio Real. Este edifício renascentista foi construído no século 15 como um novo centro de poder para os príncipes e reis saxões. Após a sua destruição na Segunda Guerra Mundial, em 1985, o edifício começou a ser reconstruída como um complexo de museus para Staatliche Kunstsammlungen Dresden. (Foto de Kolossos).

4. Sanctissimae Catedral Trinitatis. Esta catedral, também conhecida como o Tribunal Igreja Católica, é encontrada entre Schlossplatz e Theaterplatz, e é o maior edifício eclesiástico da Saxônia. Foi construída por Chiaveri entre 1738 e 1754, em estilo barroco. Desde 1980, tem sido a catedral da diocese Dresden-Meissen.

6. Zwinger Palace. Este edifício é o mais importante do período barroco tardio, o Zwinger é uma obra composta de arte que combina a arquitetura com escultura e pintura. Desenhado e construído entre 1710 e 1728, hoje o prédio abriga a Pinacoteca dos Mestres Antigos, o Gabinete Real de Matemática e instrumentos físicos e a coleção de porcelana.

Este foi um dos complexos que mais nos impressionou, com seu jardim central e sua grandiosidade.

7. Brühl Terraço, às margens do Elba com seus jardins de recreio. É conhecido como a "Varanda da Europa". A partir do terraço você pode acessar a Academia de Arte, a Fortaleza e o Albertinum.

8. Ouro Horseman. Este monumento foi construído a partir 1732-1734 e mostra eleitor Friedrich I, mais conhecido como Augusto, o Forte, montando em um cavalo, vestido com trajes antigos. Desde então, ele brilhou em glória renovada com cerca de 500 gramas de folha de ouro. Ao pé da ponte Augustusbrücke, o Golden Horseman aponta o caminho para o Inner Neustadt, e simultaneamente a nordeste para o reino da Polónia, cuja coroa Augusto, o Forte ganhou em 1697. (Foto de  Christian Koehn (fragwürdig)).


9. Pfunds Dairy. Fundada em 1880 pelos irmãos Pfund, este laticínios é conhecida como a "mais bela loja de laticínios do mundo". Azulejos pintados à mão decoram as paredes, piso e balcão de vendas com criaturas fabulosas, elementos florais e motivos da indústria de laticínios.


10. Blue Wonder. Esta ponte de aço foi uma das primeiras da Europa. Representou uma conquista tecnológica impressionante na época. Esta é a razão da ponte Loschwitz ganhar o apelido de "Blue Wonder". "Blue" refere-se a sua cor, que, de acordo com uma história, ela assumiu depois de ter sido originalmente pintadas de verde. Desde 1893, a ponte liga áreas residenciais exclusivas de Loschwitz e Blasewitz, atraindo muitas críticas sobre sua aparência. (foto de: By Brücke-Osteuropa).

Dresden é uma cidade arrebatadora, estupenda, pois ela reúne, num pequeno espaço, obras arquitetônicas, esculturas, obras de arte, fontes e catedrais magníficas! Talvez esta cidade tenha sido o ponto alto da nossa visita à Alemanha!


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