terça-feira, 15 de março de 2016

Caravana do Tejo 2016

José Santanita, diretor da Wine Senses (fone 3294-7156) iniciou, em 2013, a Caravana dos Vinhos do Tejo. Esta Caravana foi um evento criado para apresentar os vinhos do Tejo para diversas cidades brasileiras, com o objetivo de divulgar os seus produtos. Um verdadeiro road show de vinhos!. (https://www.youtube.com/watch?v=MVl_L3bV_Ig).

Em São Paulo neste fevereiro de 2016, o evento aconteceu no Consulado de Portugal.
Foram reunidos para o evento, que vem crescendo em qualidade e quantidade de vinhos, 15 produtores que ofereciam cerca de 100 vinhos brancos e tintos. (https://www.youtube.com/watch?v=FtVwubsvqkQ)

Houve também no evento, uma Master Class para imprensa.

A região do Tejo fica no coração de Portugal. Região com uma grande aptidão para a produção de vinhos. O Terroir ali logicamente sofre as influências pela sua proximidade com o maior rio português: o próprio Tejo que divide a região em 3 zonas distintas:

Bairro, que fica na margem direita do vale do Tejo. Esta região tem mais aptidão para as castas tintas.

Campo, que corresponde à região com solos mais férteis e é a mais próxima das margens do rio, onde as frequentes inundações tornam os solos mais férteis e fazem dela a zona ideal para os vinhos brancos.

Charneca, que fica na margem esquerda do Tejo, onde são produzidos tanto vinhos brancos, como tintos.

Os produtores presentes no evento foram: Adega Cooperativa Cartaxo, Agro Batoréo, Quinta da Badula, Quinta do Casal Branco, Casa Cadaval, Casal da Coelheira, Companhia das Lezírias, Encostas do Sobral, Enoport United Wines, Fiúza & Bright Quinta Casal do Conde, Pinhal da Torre, Quinta da Alorna, Quinta da Lapa e Quinta do Casal Monteiro.

Os vinhos brancos, oferecidos aos convidados, estavam bem equilibrados e com bons preços.

Este acontecimento é muito importante, pois ressalta que os bons vinhos portugueses não vem só do Douro, Dão e do Alentejo, mas de outras regiões tais como o Tejo.  O Tejo tem bons vinhos que oferecem uma boa relação custo / benefício.

Os produtores do evento foram muito cordiais, gentis como o povo português costuma ser com os brasileiros.

A maior parte dos vinhos brancos usam as castas: Alvarinho, Arinto e Fernão Pires. Em poucos casos são utilizadas as cepas estrangeiras: Sauvignon Blanc e Chardonnay.

No caso dos vinhos tintos, predominam as cepas Touriga Naciona e Alicante Bouschet. Em alguns outros vinhos são utilizadas as cepas estrangeiras: Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir, com bons resultados.

Em São Paulo, a sala, fornecida pelo consulado para este evento, era um pouco pequena e ficou bastante cheia e quente nesta ocasião.

O evento também ocorreu na parte de fora do prédio. Acredito que se pusessem alguns produtores do lado de fora da sala principal, seria melhor para a circulação de pessoas e certamente menos quente.


Alguns vinhos me chamaram a atenção:

Espumante: Casa Cadaval Tuísca 2013, da cepa Pinot Noir

Branco: Encostas do Sobral Selection (Fernão Pires, Arinto e Malvasia); Fiúza Alvarino 2014; Quinta do Casal Branco 2014 (Fernão Pires); Quinta do Casal Conde, Casal do Conde 2015 (Arinto Sauvignon Blanc); Quinta do Casal Monteiro Terra de Toros 2014 (Arinto),

Tinto: Casa Cadaval Padre Pedro Reserva 2012 (Touriga Nacional, Trincadeira, Alicante Bouchet e Merlot; Casa Cadaval Vinhas Velhas 2012 (rincadeira Preta); Casa Coelheira Mythos 2012 (Touriga Nacional, Touriga Franca, Cabernet Sauvignon); Casa Coelheira 2013 (Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Touriga Franca); Encostas do Sobral Different 2012 (vinhas velhas) e Reserva 2012 (Touriga Nacional, Touriga Franca e Trincadeira); Fiúza & Bright Touriga Nacional 2014; Quinta da Alorna Marquesa de Alorna Tinto 2012 e Reserva Tinto 2012 (Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon); Quinta do Casal Branco Falcoaria 2014 (Fernão Pires); Quinta da Lapa T. Nacional Reserva 2012 (Touriga nacional); Pinhal da Torre Quinta do Alqueive 2008 (Touriga Nacional, Syrah).


Agradeço a Santanita pelo belo evento realizado, sempre e pelo convite feito a mim!

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