Nesta Expovinis de 2016, além de fazer contatos e provar uma diversidade de vinhos, participei de uma palestra sobre os vinhos Chianti.
Depois da apresentação do presidente do Consórcio Vino Chianti, ele mesmo passou a palavra para o Dr. Arthur de Azevedo, que fez uma explanação sobre a região do Chianti. Sobre esta região ele nos contou:
O consórcio constituiu-se em 1927, como realização de um grupo de viticultores das províncias de Florença, Siena, Arezzo e Pistoia, que posteriormente agregou as outras províncias do Chianti.
Posteriormente, em 1984, a região foi considerada uma DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). A partir desta época, o vinho Chianti passou a se submeter a exames organolépticos, por parte das comissões de degustação instituída pela Região da Toscana. Após superado estes exames é que o Chianti pode ser engarrafado e marcado com selo de estado, que comprova sua validade.
As uvas básicas que contribuem para a formação do Chianti são: Sangiovese (mínimo de 70%), complementadas por outras uvas, podendo ser: variedades brancas (10%) e variedades Cabernet (máximo de 15%).
O Chianti tem uma cor vermelho rubi, tendendo ao tom granada, ao envelhecer. O seu sabor é harmônico, encorpado, levemente tânico, com aromas intensos e notas de violeta. O vinho pode ser consumido jovem, fresco e é em geral agradável ao paladar.
O Consórcio também inclui o Vin Santo del Chianti.
Mais de 3.800 produtores, de diferentes áreas e tipologias, fazem parte do Consórcio.
A área de produção do Chianti é constituída por territórios delimitados por lei, e ficam num ambiente caracterizado por um sistema de colinas, com grandes terraços e vales, atravessados por rios.
Terminada esta explanação, pudemos degustar 9 vinhos Chianti Riserva, de vários produtores, das safras 2001 a 2013, na ordem inversa de data, de várias regiões e produtores.
Todos os vinhos estavam bons e equilibrados. Pude perceber a evolução de cada um dos vinhos. O vinho de 2001 ainda tinha potencial de envelhecimento.
Provamos o vinho Chianti DOCG Reserva 2007, do produtor Domenico Capello, considerado um vinho de safra excepcional. Ele não passa por barrica e é vendido somente no produtor, sendo 95% para os americanos.
O vinho que mais gostei foi o Chianti Rufina DOCG Reserva 2004, ainda que apresentasse potencial de envelhecimento. Este vinho infelizmente não é exportado para o Brasil.
Antigos Chianti
Após a apresentação, o representante da região terminou o evento com estas palavras:
“O vinho é a expressão do suor de seu produtor.”
Agradeço à CH2A, de Alessandra Casolato, pela oportunidade de participar do evento e da palestra, por sua vez, muito elucidativa que ampliou meus conhecimentos sobre os vinhos.