A região do baixo Pinheiros continua bombando, em termos de gastronomia. O restaurante Mica está ampliando seu espaço e outros restaurantes pequenos ,como a Casa de Ieda ,estão surgindo. Este último serve a simples e boa comida Brasileira.
Os pratos do restaurante Casa de Ieda são elaborados pela própria Ieda de Matos e seus auxiliares. Ela se baseia na culinária da Chapada Diamantina e mostra o que se come por lá.
O espaço é pequeno e tem algumas banquetas em frente à cozinha. É interessante sentar lá para ver a tranquilidade com que preparam os pratos.
A decoração tem motivos nordestinos, com artesanato da região e fotos antigas de parentes de Ieda.
O serviço é informal, mas atencioso. Os pedidos são feitos e pagos no balcão e depois levados à mesa.
De entrada provei bolinho de estudante (tapioca com queijo de coalho - 4 bolinhos por 18,00) e pirão de queijo recheado com carne de sol. Gostei mais do segundo prato.
Os pratos que provei foram: baião de dois (arroz, feijão de corda, carne de sol artesanal, queijo de coalho) que é acompanhado de farofa e molho lambão. Custa R$28,00.
Cambucu (peixe) na cama de pirão de inhame e arroz de azedinha, cujo preço é R$38,00.
Roupa Velha, que é composto de arroz vermelho com um cremoso pirão de queijo de coalho, carne de sol desfiada e uma conserva.
Os sucos são de frutas da região: mangaba, seriguela e cajá-manga custam R$8,00. Para os que não estão acostumados com estas frutas, eles são um pouco estranhos.
Tem também o Aluá, fermentado trazido da chapada, feito de abacaxi, gengibre e especiarias, com rapadura.
Os pratos tem preço bem em conta e são bem gostosos. Preciso voltar lá para provar o Godó de Banana Verde, prato consumido antigamente pelos garimpeiros da Chapada Diamantina.
Recomendo o restaurante para aqueles que querem curtir a comida brasileira, pagar pouco e não fazem questão de requintes.
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Visita à Quinta da Falorca, no Dão e seus excelentes vinhos
Conheci o simpático produtor de vinhos do Dão, Pedro Figueiredo, proprietário da vinícola Quinta da Falorca, numa degustação na ABS (Associação Brasileira de Sommelier) em São Paulo.
Como pretendia fazer uma viagem a Portugal, em 2009, aproveitei para agendar uma visita à sua vinícola, no final de setembro, com o intuito de ver ali, a minha primeira vindima.
E assim foi que o Pedro nos levou às suas plantações de uvas, onde pudemos finalmente, ver a vindima tão desejada!
Foi emocionante acompanhar os colhedores de uvas, fazendo seu trabalho, enquanto cantavam suas canções tradicionais. Infelizmente, fiquei tão emocionado que esqueci de filmar a cena!
Depois desta viagem, encontrei Pedro várias vezes em diversos eventos em São Paulo, promovidos pela World Wine.
Em 2018, 9 anos após aquela vindima, resolvi voltar à Portugal com o intuito de passear, conhecer a região do Minho e visitar vinícolas no Minho, Douro e Dão, além de regressar à Quinta da Falorca.
Então voltei desta vez a Viseu e encontrei Pedro muito ocupado com as festas da vindima deste ano na região.
Ele me convidou para ir no fim do dia, na festa pública da vindima, na cidade de Viseu, onde revi seu pai e conheci sua simpática irmã, Cláudia.
A festa foi divertida e lá comprei uma cartela, que dava direito a provar alguns vinhos de vários produtores.
Não deixei de passar na barraca de Pedro e experimentar seus deliciosos vinhos!
Depois combinamos uma visita na vinícola, para o dia seguinte.
Na manhã seguinte, Pedro veio nos buscar no hotel e partimos em direção à Quinta da Falorca. Chegamos no local e depois de passearmos por seus vinhedos, fomos à adega, que foi aberta especialmente para nós, pelo próprio Pedro, pois era feriado.
Lá, pude provar um dos meus vinhos prediletos, o Noblesse Oblige, que é feito da cepa Touriga Nacional, nos moldes dos vinhos antigos da região. Este vinho recebeu 94 pontos de Robert Parker, já no seu lançamento.
Mesmo sendo este um vinho da safra de 2015, ainda sem rótulo, já estava uma explosão de aromas e sabores. Pedro me presenteou com uma garrafa, colando nela, o rótulo do ano anterior, com a nova safra escrita à mão. Um vinho que ainda não havia sequer sido lançado no mercado.
Vi também o vinho Quinta da Falorca, da cepa Touriga Nacional, que não passa por barrica. Perguntei se o vinho teria vida longa. Como prova da longevidade do seu vinho, imediatamente Pedro pegou uma garrafa da safra 2002 e me deu, para eu ir provando pela viagem. Obviamente trouxe para minha adega, para provar com o tempo que ele merecia.
Ganhei também uma camiseta e um boné da sua colheita, mesmo sem poder participar dela, pois infelizmente eu partiria no dia seguinte, quando ela teria seu início.
O calor já tinha até mesmo queimado algumas uvas, embora outras estivessem muito doces. É muito difícil hoje em dia, precisar com antecedência, o período da colheita, pois ela depende muito do clima, que anda meio maluco no mundo todo.
Provamos amoras selvagens na Quinta da Falorca e conhecemos as tocas onde se escondem os coelhos.
Também conhecemos a bela coleção de cerâmicas do Sr Carlos, pai do Pedro, que conta com lindas peças do ceramista Bordallo.
Ali aprendi mais uma palavra do dicionário português. Como eu estava com o dedo machucado, Cláudia me falou: você magoou o dedo? De forma cuidadosa ela foi buscar um curativo e cuidou da minha mágoa!
Foi mesmo uma agradável manhã!
A gentileza deste grande amigo e sua doce família portuguesa me faz ter vontade de voltar a este país!
Como pretendia fazer uma viagem a Portugal, em 2009, aproveitei para agendar uma visita à sua vinícola, no final de setembro, com o intuito de ver ali, a minha primeira vindima.
E assim foi que o Pedro nos levou às suas plantações de uvas, onde pudemos finalmente, ver a vindima tão desejada!
Foi emocionante acompanhar os colhedores de uvas, fazendo seu trabalho, enquanto cantavam suas canções tradicionais. Infelizmente, fiquei tão emocionado que esqueci de filmar a cena!
Depois desta viagem, encontrei Pedro várias vezes em diversos eventos em São Paulo, promovidos pela World Wine.
Em 2018, 9 anos após aquela vindima, resolvi voltar à Portugal com o intuito de passear, conhecer a região do Minho e visitar vinícolas no Minho, Douro e Dão, além de regressar à Quinta da Falorca.
Então voltei desta vez a Viseu e encontrei Pedro muito ocupado com as festas da vindima deste ano na região.
Ele me convidou para ir no fim do dia, na festa pública da vindima, na cidade de Viseu, onde revi seu pai e conheci sua simpática irmã, Cláudia.
A festa foi divertida e lá comprei uma cartela, que dava direito a provar alguns vinhos de vários produtores.
Não deixei de passar na barraca de Pedro e experimentar seus deliciosos vinhos!
Depois combinamos uma visita na vinícola, para o dia seguinte.
Na manhã seguinte, Pedro veio nos buscar no hotel e partimos em direção à Quinta da Falorca. Chegamos no local e depois de passearmos por seus vinhedos, fomos à adega, que foi aberta especialmente para nós, pelo próprio Pedro, pois era feriado.
Lá, pude provar um dos meus vinhos prediletos, o Noblesse Oblige, que é feito da cepa Touriga Nacional, nos moldes dos vinhos antigos da região. Este vinho recebeu 94 pontos de Robert Parker, já no seu lançamento.
Mesmo sendo este um vinho da safra de 2015, ainda sem rótulo, já estava uma explosão de aromas e sabores. Pedro me presenteou com uma garrafa, colando nela, o rótulo do ano anterior, com a nova safra escrita à mão. Um vinho que ainda não havia sequer sido lançado no mercado.
Vi também o vinho Quinta da Falorca, da cepa Touriga Nacional, que não passa por barrica. Perguntei se o vinho teria vida longa. Como prova da longevidade do seu vinho, imediatamente Pedro pegou uma garrafa da safra 2002 e me deu, para eu ir provando pela viagem. Obviamente trouxe para minha adega, para provar com o tempo que ele merecia.
Ganhei também uma camiseta e um boné da sua colheita, mesmo sem poder participar dela, pois infelizmente eu partiria no dia seguinte, quando ela teria seu início.
O calor já tinha até mesmo queimado algumas uvas, embora outras estivessem muito doces. É muito difícil hoje em dia, precisar com antecedência, o período da colheita, pois ela depende muito do clima, que anda meio maluco no mundo todo.
Provamos amoras selvagens na Quinta da Falorca e conhecemos as tocas onde se escondem os coelhos.
Também conhecemos a bela coleção de cerâmicas do Sr Carlos, pai do Pedro, que conta com lindas peças do ceramista Bordallo.
Ali aprendi mais uma palavra do dicionário português. Como eu estava com o dedo machucado, Cláudia me falou: você magoou o dedo? De forma cuidadosa ela foi buscar um curativo e cuidou da minha mágoa!
Foi mesmo uma agradável manhã!
A gentileza deste grande amigo e sua doce família portuguesa me faz ter vontade de voltar a este país!
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Madri é uma cidade muita alegre, cheia de vida, de museus e parques!
A primeira vez que estive na Espanha foi em 1990, quando visitei rapidamente Madrid. Voltei para lá em 2018, para conhecer melhor a cidade.
Comecei a viagem por Madrid, onde de cara já percebi um grande crescimento entre o ano de 1990 e 2018. Neste período, por exemplo, o aeroporto de Barajas cresceu tanto, que foi necessário pegar um trem, lá dentro, para mudar de ala.
O povo espanhol, apesar de ter uma aparência sisuda, sabe receber muito bem os turistas, da mesma forma que o português. O que tornou minha viagem muito agradável.
A região de Madrid foi ocupada pelo homem, desde a pré-história. Durante a ocupação da península Ibérica pelos árabes, foi construída, na região, um pequeno palácio, onde se situa atualmente o Palácio Real de Madrid.
Em torno deste palácio se desenvolveu uma povoado chamada al-Mudaina, que foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar para retomar a cidade de Toledo, dos árabes.
O reino de Castela, cuja sede era Toledo e o de Aragão, com sede em Zaragoza, se uniram, formando a Espanha. Em 1561, o rei Felipe II mudou-se para Madrid, tornando a cidade, a capital da Espanha.
A Espanha é o terceiro país viticultor mais antigo da Europa ocidental, depois da Itália e França. O vinho ali começou a ser feito na Andaluzia entre 1100 e 500 A.C Inicialmente pelos mercadores fenícios e depois pelos gregos. Os romanos chegaram em 200 A.C., transformando a viticultura essencialmente familiar, em uma indústria capaz de suprir suas legiões e a própria Roma. Este foi o primeiro mercado exportador da Espanha.
Os mouros invadiram a Espanha entre 711 e 1492, suspendendo a produção de vinhos por vários anos.
A área ao sul de Madrid constitui a D.O. dos vinhos de Madrid. Lá são cultivadas as uvas Malvar para vinhos brancos e Garnacha, para os tintos.
Ao chegar na Espanha, peguei um taxi no aeroporto de Barajas em direção a Madrid.
Ficamos hospedados no hotel Regina Madrid –(https://www.hotelreginamadrid.com/es/) O valor do apto duplo, com taxas e café foi de R$ 2.881,44, por 3 dias. Um bom hotel e bem localizado, próximo à Puerta del Sol, e o centro da cidade.
Passeamos pelo centro, pelas praças com suas fontes imponentes e pelo ”Parque del Retiro”, com seu lago deslumbrante. O parque é muito agradável, com lanchonetes e com artistas tocando por todos os lados.
O turista que quiser pode alugar barcos à remo, para passear pelo lago do parque.
Também fomos ao “Museo Nacional del Prado”, com seu imponente acervo, sendo este museu o mais importante da Espanha e um dos mais admiráveis do mundo. O Prado abriga inúmeras e valiosíssimas coleções de pinturas e esculturas.
Um dia por semana ele abre gratuitamente à partir das 17:00.
Fomos então ao Prado neste horário para ver grandes artistas clássicos espanhóis: El Greco, Bosch, Dürer, Rubens, Bruegel, Velazquez, Zurbaran, Goya…
Outro museu visitado, menor mas não menos interessante, foi o museu Sorolla. Um museu pequeno, mas uma graça. Fica onde era a casa do próprio artista, com jardins e fontes, o que torna muito agradável para passear e admirar suas belas obras.
Também visitamos o museu Thyssen-Bornemisza, que por sua vez, tem um acervo espetacular, de vários gênios da pintura como: Van Gogh, Picasso, Utrillo, Caravaggio, Degas e outros.
A principal praça de Madrid é a Plaza Maior, rodeada de todos os lados por edifícios de três pisos, com 237 varandas. Na parte de baixo, existem vários cafés, lanchonetes e lojas. Sua entrada pode ser feita por 9 pórticos. O pórtico mais famoso é conhecido por “arco de los cuchileros” , um restaurante que serve o cuchinillo que é um porquinho tão macio, que pode ser cortado com um prato.
Da culinária espanhola, o que mais gosto são os seus aperitivos: tapas (tampa-pratinho sobre o cálice com uma pequena porção de comida), bocadinhos (sanduiche recheado de comidas quentes ou frias) e pintxos (são tipos de tapas, do país Basco, servidos sobre um pedaço de pão com palito espetado).
Gostei também de conhecer a Taberna Los 4 Robles, que dizem ter dado origem ao 4 Cats de Barcelona.
O lugar é simples, com um teto de vitral e lá se come muito bem as porções espanholas.
No hotel nos indicaram o restaurante El Barril, que tem uma comida divina e um pessoal muito atencioso.
Enfim esta nossa segunda vinda a Madri valeu muito a pena, pois é uma cidade grandiosa, com muitos monumentos e prédios e com uma vida agitada, o que a torna uma cidade muito alegre!
Comecei a viagem por Madrid, onde de cara já percebi um grande crescimento entre o ano de 1990 e 2018. Neste período, por exemplo, o aeroporto de Barajas cresceu tanto, que foi necessário pegar um trem, lá dentro, para mudar de ala.
O povo espanhol, apesar de ter uma aparência sisuda, sabe receber muito bem os turistas, da mesma forma que o português. O que tornou minha viagem muito agradável.
A região de Madrid foi ocupada pelo homem, desde a pré-história. Durante a ocupação da península Ibérica pelos árabes, foi construída, na região, um pequeno palácio, onde se situa atualmente o Palácio Real de Madrid.
Em torno deste palácio se desenvolveu uma povoado chamada al-Mudaina, que foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar para retomar a cidade de Toledo, dos árabes.
O reino de Castela, cuja sede era Toledo e o de Aragão, com sede em Zaragoza, se uniram, formando a Espanha. Em 1561, o rei Felipe II mudou-se para Madrid, tornando a cidade, a capital da Espanha.
A Espanha é o terceiro país viticultor mais antigo da Europa ocidental, depois da Itália e França. O vinho ali começou a ser feito na Andaluzia entre 1100 e 500 A.C Inicialmente pelos mercadores fenícios e depois pelos gregos. Os romanos chegaram em 200 A.C., transformando a viticultura essencialmente familiar, em uma indústria capaz de suprir suas legiões e a própria Roma. Este foi o primeiro mercado exportador da Espanha.
Os mouros invadiram a Espanha entre 711 e 1492, suspendendo a produção de vinhos por vários anos.
A área ao sul de Madrid constitui a D.O. dos vinhos de Madrid. Lá são cultivadas as uvas Malvar para vinhos brancos e Garnacha, para os tintos.
Ao chegar na Espanha, peguei um taxi no aeroporto de Barajas em direção a Madrid.
Ficamos hospedados no hotel Regina Madrid –(https://www.hotelreginamadrid.com/es/) O valor do apto duplo, com taxas e café foi de R$ 2.881,44, por 3 dias. Um bom hotel e bem localizado, próximo à Puerta del Sol, e o centro da cidade.
Passeamos pelo centro, pelas praças com suas fontes imponentes e pelo ”Parque del Retiro”, com seu lago deslumbrante. O parque é muito agradável, com lanchonetes e com artistas tocando por todos os lados.
O turista que quiser pode alugar barcos à remo, para passear pelo lago do parque.
Também fomos ao “Museo Nacional del Prado”, com seu imponente acervo, sendo este museu o mais importante da Espanha e um dos mais admiráveis do mundo. O Prado abriga inúmeras e valiosíssimas coleções de pinturas e esculturas.
Um dia por semana ele abre gratuitamente à partir das 17:00.
Fomos então ao Prado neste horário para ver grandes artistas clássicos espanhóis: El Greco, Bosch, Dürer, Rubens, Bruegel, Velazquez, Zurbaran, Goya…
Outro museu visitado, menor mas não menos interessante, foi o museu Sorolla. Um museu pequeno, mas uma graça. Fica onde era a casa do próprio artista, com jardins e fontes, o que torna muito agradável para passear e admirar suas belas obras.
Também visitamos o museu Thyssen-Bornemisza, que por sua vez, tem um acervo espetacular, de vários gênios da pintura como: Van Gogh, Picasso, Utrillo, Caravaggio, Degas e outros.
A principal praça de Madrid é a Plaza Maior, rodeada de todos os lados por edifícios de três pisos, com 237 varandas. Na parte de baixo, existem vários cafés, lanchonetes e lojas. Sua entrada pode ser feita por 9 pórticos. O pórtico mais famoso é conhecido por “arco de los cuchileros” , um restaurante que serve o cuchinillo que é um porquinho tão macio, que pode ser cortado com um prato.
Da culinária espanhola, o que mais gosto são os seus aperitivos: tapas (tampa-pratinho sobre o cálice com uma pequena porção de comida), bocadinhos (sanduiche recheado de comidas quentes ou frias) e pintxos (são tipos de tapas, do país Basco, servidos sobre um pedaço de pão com palito espetado).
Gostei também de conhecer a Taberna Los 4 Robles, que dizem ter dado origem ao 4 Cats de Barcelona.
O lugar é simples, com um teto de vitral e lá se come muito bem as porções espanholas.
No hotel nos indicaram o restaurante El Barril, que tem uma comida divina e um pessoal muito atencioso.
Enfim esta nossa segunda vinda a Madri valeu muito a pena, pois é uma cidade grandiosa, com muitos monumentos e prédios e com uma vida agitada, o que a torna uma cidade muito alegre!
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Os deliciosos vinhos Chianti Riserva
Neste ano de 2018 não houve a maior feira de vinhos da América Latina, a Expovinis. No entanto, a empresa Ch2a de Alessandra Casolato trouxe para o Brasil, um grupo de produtores da região do Chianti, buscando contato com importadoras.
Além disto, ela promoveu uma Masterclass para imprensa, com o objetivo de divulgar informações sobre os vinhos Chianti.
Vou aqui fazer um resumo do que foi apresentado nesta excelente aula:
O consórcio Vino Chianti foi constituído em 1927, como realização de um grupo de viticultores das províncias de Florença, Siena, Arezzo e Pistoia e posteriormente agregou as demais províncias do Chianti.
Em 1984 a região do Chianti foi considerada uma DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). A partir desta época, o vinho Chianti passou a se submeter a exames organolépticos, por parte das comissões de degustação, instituída pela Região da Toscana. Somente após estes exames é que o Chianti pode ser engarrafado e marcado com selo de estado, que comprova sua validade.
A produção do Chianti está contida em 7 regiões da Toscana: Colli Senesi, Montalbano, Colline Pisane, Montespertoli, Colli Arentini, Rùfina e Colli Fiorentini. Em algumas destas áreas são definidas modalidades produtivas mais restritivas e requisitos especiais para o vinho.
Cada uma destas regiões tem características diferentes, como altitude, influência marítima ou continental, o que pode resultar em vinhos distintos.
As uvas básicas que podem contribuir para a formação do Chianti são: Sangiovese (mínimo de 70%), complementadas por outras uvas, podendo ainda ser: variedades brancas (10%) e Cabernet (máximo de 15%).
O vinho Chianti tem uma cor vermelho rubi, tendendo ao tom granada, ao envelhecer. O seu sabor é harmônico, encorpado, levemente tânico, com aromas intensos e notas de violeta. O vinho pode ser consumido jovem, fresco e é em geral agradável ao paladar.
O Consórcio incluiu também, desde 2012, o Vin Santo del Chianti e a denominação Colli dell Etruria Centrale.
Dentro da região do Chianti são produzidos vinhos com várias especificações. O Chianti tradicional deve ficar pelo menos 4 meses em barrica. Para algumas regiões eles devem ficar amadurecendo de 7 a 10 meses.
O Chianti para ser Riserva deve amadurecer pelo menos 2 anos em barrica. Algumas sub-regiões exigem amadurecimento do vinho por 2 anos e 6 meses em barrica e no Coli Senese é exigido mais 8 meses em garrafa.
Quanto ao Chianti Classico, ele pertence a uma denominação separada desde 1996 e sua produção fica numa área entre Florença e Siena. Para ser um Classico, ele deve no mínimo conter 80% de Sangiovese e os 20% restante apenas em uvas autorizadas.
O Clássico está dividido em 3 tipos: Rosso, que não tem indicação de envelhecimento; Riserva, que deve amadurecer por 24 meses, incluindo 3 meses em garrafa; e o Gran Selezione, onde as uvas usadas devem ser da vinícola e amadurecem no mínimo por 30 meses, incluindo 3 meses em garrafa.
Dentro destas regiões ainda são produzidos, os Supertoscanos, Brunellos de Montalcino, Rossos de Montalcino e Montepulcianos.
Nesta apresentação foi servida a prova de 7 vinhos Chianti Riserva, de cada uma das 7 regiões, para termos uma noção das suas diferentes propriedades.
Todos os vinhos eram corretos, a maior parte deles precisava de um prato para acompanhar, aliás uma característica comum dos vinhos italianos. Para mim, se destacaram os vinhos:
O Chiante Colline Pisane DOCG Riserva 2013, da Pieve DE Pitti, que é um vinho de uma safra excelente e de uma região próxima ao mar.
O Chianti Colli Arentini DOCG Riserva Il Palazzo 2015, que estava muito redondo e equilibrado.
O Chianti Rùfina DOCG Riserva 2009, produzido por Colognole, que se mostrou um grande vinho.
O Chianti Colli Fiorentini DOCG Riserva 2006, que é produzido por Fattoria de Fiano de Ugo Bing. Ele é feito com as cepas Sangiovese, Merlot e Syrah. O vinho estava com toda sua exuberância, no ponto exato para beber. Além do produtor, a qualidade do vinho se deve a uma grande safra, que foi 2006.
Após a Masterclass, foram servidos queijos, embutidos, pães e pastas, que estavam muito boas.
Pudemos ainda trocar informações e provar vinho dos 17 produtores presentes, após a Masterclass.
O vinho doce que se destacou foi O Vin Santo 2006 da Tenuta di Artimino.
O vinho branco Tribiana da Pieve de Pitti estava espetacular! Ele é um Late Harvest seco, produzido com a uva Trebiano, de 3 localidades de um morro, com diferentes solos. Depois do evento, recebi uma garrafa de presente da proprietária da vinícola, Caterina Garrai, juntamente com um bilhete que dizia:
"Penso que o melhor para este vinho é ser doado para alguém que o amou.”
Isto foi uma grande gentileza da produtora!
Agradeço à Alessandra Casolato, que organizou muito bem este evento que, no primeiro horário, foi dedicado a poucas pessoas, uma raridade nessa ocasiões.
Além disto, ela promoveu uma Masterclass para imprensa, com o objetivo de divulgar informações sobre os vinhos Chianti.
Vou aqui fazer um resumo do que foi apresentado nesta excelente aula:
O consórcio Vino Chianti foi constituído em 1927, como realização de um grupo de viticultores das províncias de Florença, Siena, Arezzo e Pistoia e posteriormente agregou as demais províncias do Chianti.
Em 1984 a região do Chianti foi considerada uma DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida). A partir desta época, o vinho Chianti passou a se submeter a exames organolépticos, por parte das comissões de degustação, instituída pela Região da Toscana. Somente após estes exames é que o Chianti pode ser engarrafado e marcado com selo de estado, que comprova sua validade.
A produção do Chianti está contida em 7 regiões da Toscana: Colli Senesi, Montalbano, Colline Pisane, Montespertoli, Colli Arentini, Rùfina e Colli Fiorentini. Em algumas destas áreas são definidas modalidades produtivas mais restritivas e requisitos especiais para o vinho.
Cada uma destas regiões tem características diferentes, como altitude, influência marítima ou continental, o que pode resultar em vinhos distintos.
As uvas básicas que podem contribuir para a formação do Chianti são: Sangiovese (mínimo de 70%), complementadas por outras uvas, podendo ainda ser: variedades brancas (10%) e Cabernet (máximo de 15%).
O vinho Chianti tem uma cor vermelho rubi, tendendo ao tom granada, ao envelhecer. O seu sabor é harmônico, encorpado, levemente tânico, com aromas intensos e notas de violeta. O vinho pode ser consumido jovem, fresco e é em geral agradável ao paladar.
O Consórcio incluiu também, desde 2012, o Vin Santo del Chianti e a denominação Colli dell Etruria Centrale.
Dentro da região do Chianti são produzidos vinhos com várias especificações. O Chianti tradicional deve ficar pelo menos 4 meses em barrica. Para algumas regiões eles devem ficar amadurecendo de 7 a 10 meses.
O Chianti para ser Riserva deve amadurecer pelo menos 2 anos em barrica. Algumas sub-regiões exigem amadurecimento do vinho por 2 anos e 6 meses em barrica e no Coli Senese é exigido mais 8 meses em garrafa.
Quanto ao Chianti Classico, ele pertence a uma denominação separada desde 1996 e sua produção fica numa área entre Florença e Siena. Para ser um Classico, ele deve no mínimo conter 80% de Sangiovese e os 20% restante apenas em uvas autorizadas.
O Clássico está dividido em 3 tipos: Rosso, que não tem indicação de envelhecimento; Riserva, que deve amadurecer por 24 meses, incluindo 3 meses em garrafa; e o Gran Selezione, onde as uvas usadas devem ser da vinícola e amadurecem no mínimo por 30 meses, incluindo 3 meses em garrafa.
Dentro destas regiões ainda são produzidos, os Supertoscanos, Brunellos de Montalcino, Rossos de Montalcino e Montepulcianos.
Nesta apresentação foi servida a prova de 7 vinhos Chianti Riserva, de cada uma das 7 regiões, para termos uma noção das suas diferentes propriedades.
Todos os vinhos eram corretos, a maior parte deles precisava de um prato para acompanhar, aliás uma característica comum dos vinhos italianos. Para mim, se destacaram os vinhos:
O Chiante Colline Pisane DOCG Riserva 2013, da Pieve DE Pitti, que é um vinho de uma safra excelente e de uma região próxima ao mar.
O Chianti Colli Arentini DOCG Riserva Il Palazzo 2015, que estava muito redondo e equilibrado.
O Chianti Rùfina DOCG Riserva 2009, produzido por Colognole, que se mostrou um grande vinho.
O Chianti Colli Fiorentini DOCG Riserva 2006, que é produzido por Fattoria de Fiano de Ugo Bing. Ele é feito com as cepas Sangiovese, Merlot e Syrah. O vinho estava com toda sua exuberância, no ponto exato para beber. Além do produtor, a qualidade do vinho se deve a uma grande safra, que foi 2006.
Após a Masterclass, foram servidos queijos, embutidos, pães e pastas, que estavam muito boas.
Pudemos ainda trocar informações e provar vinho dos 17 produtores presentes, após a Masterclass.
O vinho doce que se destacou foi O Vin Santo 2006 da Tenuta di Artimino.
O vinho branco Tribiana da Pieve de Pitti estava espetacular! Ele é um Late Harvest seco, produzido com a uva Trebiano, de 3 localidades de um morro, com diferentes solos. Depois do evento, recebi uma garrafa de presente da proprietária da vinícola, Caterina Garrai, juntamente com um bilhete que dizia:
"Penso que o melhor para este vinho é ser doado para alguém que o amou.”
Isto foi uma grande gentileza da produtora!
Agradeço à Alessandra Casolato, que organizou muito bem este evento que, no primeiro horário, foi dedicado a poucas pessoas, uma raridade nessa ocasiões.
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