quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Visita à Quinta da Falorca, no Dão e seus excelentes vinhos

Conheci o simpático produtor de vinhos do Dão, Pedro Figueiredo, proprietário da vinícola Quinta da Falorca, numa degustação na ABS (Associação Brasileira de Sommelier) em São Paulo.

Como pretendia fazer uma viagem a Portugal, em 2009, aproveitei para agendar uma visita à sua vinícola, no final de setembro, com o intuito de ver ali, a minha primeira vindima.

E assim foi que o Pedro nos levou às suas plantações de uvas, onde pudemos finalmente, ver a vindima tão desejada!

Foi emocionante acompanhar os colhedores de uvas, fazendo seu trabalho, enquanto cantavam suas canções tradicionais. Infelizmente, fiquei tão emocionado que esqueci de filmar a cena!

Depois desta viagem, encontrei Pedro várias vezes em diversos eventos em São Paulo, promovidos pela World Wine.

Em 2018, 9 anos após aquela vindima, resolvi voltar à Portugal com o intuito de passear, conhecer a região do Minho e visitar vinícolas no Minho, Douro e Dão, além de regressar à Quinta da Falorca.

Então voltei desta vez a Viseu e encontrei Pedro muito ocupado com as festas da vindima deste ano na região.

Ele me convidou para ir no fim do dia, na festa pública da vindima, na cidade de Viseu, onde revi seu pai e conheci sua simpática irmã, Cláudia.

A festa foi divertida e lá comprei uma cartela, que dava direito a provar alguns vinhos de vários produtores.

Não deixei de passar na barraca de Pedro e experimentar seus deliciosos vinhos!

Depois combinamos uma visita na vinícola, para o dia seguinte.

Na manhã seguinte, Pedro veio nos buscar no hotel e partimos em direção à Quinta da Falorca. Chegamos no local e depois de passearmos por seus vinhedos, fomos à adega, que foi aberta especialmente para nós, pelo próprio Pedro, pois era feriado.

Lá, pude provar um dos meus vinhos prediletos, o Noblesse Oblige, que é feito da cepa Touriga Nacional, nos moldes dos vinhos antigos da região. Este vinho recebeu 94 pontos de Robert Parker, já no seu lançamento.

Mesmo sendo este um vinho da safra de 2015, ainda sem rótulo, já estava uma explosão de aromas e sabores. Pedro me presenteou com uma garrafa, colando nela, o rótulo do ano anterior, com a nova safra escrita à mão. Um vinho que ainda não havia sequer sido lançado no mercado.

Vi também o vinho Quinta da Falorca, da cepa Touriga Nacional, que não passa por barrica. Perguntei se o vinho teria vida longa. Como prova da longevidade do seu vinho, imediatamente Pedro pegou uma garrafa da safra 2002 e me deu, para eu ir provando pela viagem. Obviamente trouxe para minha adega, para provar com o tempo que ele merecia.

Ganhei também uma camiseta e um boné da sua colheita, mesmo sem poder participar dela, pois infelizmente eu partiria no dia seguinte, quando ela teria seu início.

O calor já tinha até mesmo queimado algumas uvas, embora outras estivessem muito doces. É muito difícil hoje em dia, precisar com antecedência, o período da colheita, pois ela depende muito do clima, que anda meio maluco no mundo todo.

Provamos amoras selvagens na Quinta da Falorca e conhecemos as tocas onde se escondem os coelhos.

Também conhecemos a bela coleção de cerâmicas do Sr Carlos, pai do Pedro, que conta com lindas peças do ceramista Bordallo.

Ali aprendi mais uma palavra do dicionário português. Como eu estava com o dedo machucado, Cláudia me falou: você magoou o dedo? De forma cuidadosa ela foi buscar um curativo e cuidou da minha mágoa!

Foi mesmo uma agradável manhã!

A gentileza deste grande amigo e sua doce família portuguesa me faz ter vontade de voltar a este país!

Um comentário:

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