Visitamos duas vezes a Borgonha.
Foto: Museu do vinho
Na primeira vez, chegamos do vale do Loire bem cansados da viagem.
Fui logo à recepção de um bom hotel, quando uma francesa me examinou de cima a baixo, provavelmente não me achando digno de um hotel daquele porte.
Ela então me disse que não havia quarto disponível.
Fui logo à recepção de um bom hotel, quando uma francesa me examinou de cima a baixo, provavelmente não me achando digno de um hotel daquele porte.
Ela então me disse que não havia quarto disponível.
Resolvi continuar a procura por qualquer tipo de hospedagem, desde que fosse razoável
Encontramos um local, que parecia um motel, com quartos limpos, suficientemente bom para ficarmos por pouco tempo.
O recepcionista nos perguntou se queríamos jantar, ao que concordamos, porém sem muita expectativa.
Foto: Jantar no hotel
Os pratos, acompanhados obviamente por um vinho da região, foram:
Camarão com espinafre em molho bernaise, Salmão com caviar, Pato defumado com molho de cassis, Filet de cervo com mostarda de Dijon.
E como sobremesa:
Sorbet de menta com mousse de chocolate, Profiteroles, Queijos com nozes.
O jantar foi surpreendentemente maravilhoso, desde os vinhos até os pratos, preparados com esmero.
No dia seguinte descobrimos que estávamos dentro de uma vinícola de Corton.
Foto: Dijon
O passeio por Dijon foi maravilhoso, degustamos mostardas dos mais diversos blends, achando que a melhor delas era feita com mosto de vinho.
A região da Bourgogne é famosa pela qualidade de seus restaurantes, com seus pratos tradicionais como o filé com mostarda e o “Beuf au Bourgnone”.
Beaune foi outra surpresa para nós, uma linda cidadezinha com diversas caves que ofereciam degustação e um simpático museu do vinho.
Foto dentro da confraria, no museu do vinho
Visitamos o “Hospice de Dieu”, um prédio imponente, com o telhado colorido bem típico da região.
Foto: Região vinícola da Borgonha
Ela tem várias “appellations” e “climats” (lotes de vinhas) e cada região tem seus vinhos de sabor único e, muitas vezes as regiões são separadas, apenas por paredes de pedra.
Com a revolução francesa, as vinícolas foram tomadas das mãos das famílias nobres e da igreja, e divididas entre a população.
Apesar das muitas “Appellations”, hoje em dia existem três principais áreas vinícolas na Borgonha.
Ao norte tem a pequena cidade de “Chablis”, na região vinícola de Chablis, onde é utilizada a uva Chardonay. Os vinhos lá produzidos são bem sêcos.
Ao sul de Dijon, as vinícolas se situam numa faixa estreita, com face sul e largura de aproximadamente 5 Km e 100 Km de comprimento.
Esta região é denominada de Côte d’Or e é dividida em duas regiões distintas: Côtes de Baune e Cotes de Nuits.
Os vinhedos são divididos em quatro classes:
Os Grand Crus pertencem à primeira classe, dos quais 30 estão em produção, principalmente na Côte de Nuits.
A classificação seguinte são os premières Crus, eles são em 622 e usam o nome da comuna,em primeiro lugar, seguido pelo nome do vinhedo.
A terceira denominação é a Appellation Communale. É ela que permite que se use o nome de uma comuna. Frequentemente esses vinhos são conhecidos como vinhos de “vila”.
A quarta classificação corresponde aos vinhedos situados em regiões não muito apropriadas, podendo ser denominado apenas de Bourgogne.
Foto: Clos dês Langres
Visitamos a vinícola ”Clos dês Langres”, onde a recepção foi feita por um Jovem enólogo muito gentil.
Foto: Degustação na vinícola
Provamos vários vinhos, inclusive o Clos dês Langres, da appelation Cotes de Nuits Villages. Como a maioria dos vinhos eram da uva Pinot Noir, com tais características:
Cor rubi profundo com reflexos violácios, aromas de frutas noires, cereja e cassisNa boca o vinho é estrutrado e potente, com taninos suaves e de longa persistência.
Continuamos a viagem em direção à Alsacia.
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