Decidi escrever sobre a visita à Champanhe, como lembrança dos agradáveis momentos que lá passamos, hospedados numa pousada de um pequeno produtor da região.
Mapa da região
Da mesma forma que neste ano, naquela ocasião também era época da copa do mundo de futebol.
Neste ano de 2010, meu filho Leo irá para a mesma região em que estive, e portanto, quero ajudá-lo passando um pouco da minha experiência.
Quando decidimos ir à Champanhe pedi ao meu amigo Kaike, que já havia viajado bastante pela Europa, uma dica para me hospedar em casas da região e ele me indicou o site (http://www.gites-de-france.com/gites/fr/gites_ruraux).
Encontrei algumas dicas e lá fui para a cidade de Epernay, no coração da região de Champanhe.
Foto: Sra Nicole
Visitamos algumas hospedagens, que não nos agradaram, por não oferecerem conforto, nem privacidade e por serem dentro das casas, junto às famílias.
Passeando pela região próxima a Epernay, encontramos uma pousada ao lado da vinha e escritório do produtor da Champanhe: Marcel Richard. (http://www.vinogusto.com/en/external-url/9839/www.alaloge.com?u=aHR0cDovL3d3dy5hbGFsb2dlLmNvbQ==&ut=p).
A propriedade, denominada ”La Loge”, pertence à família Richard desde 1853, que vem trabalhando a terra desde o ano de 1945.
Foto: No meio da plantação
Quando chegamos em La Loge, Mame Nicole Richard, esposa do proprietário, nos recebeu gentilmente com uma taça de seu champanhe, e em seguida nos mostrou sua linda pousada. Cada quarto tinha uma decoração diferente e cuidadosa e feita por lea. Nós estávamos inaugurando a hospedágem.
Resolvemos ficar ali, pois as instalações eram boas e o preço bastante razoável, além de ficar praticamente dentro da plantação de uvas.
Passeamos pela vinícola, com mame. Nicole, entrando pela primeira vez em contato com um solo calcáreo, que mais parecia um giz, inclusive cheguei a usá-lo para riscar o muro com se fosse uma lousa.
Champanhe Milésime
Fomos a Épernay visitar as caves, procurando escolher uma grande e uma pequena. A pequena, Canard Duchêne, fundada em 1868, e que tinha no seu símbolo um sabre, usado para a pomposa, mas nada prática abertura das garrafas. De lá trouxemos um champanhe Brut Rose.
Foto: Síbolo da Canard Duchêne
A grande era a Castellane, cuja cave tem 9Km de galerias. Para produção do champanhe são utilizadas as cepas: Chardonay, que traz uma grande finesse ao vinho, exprimindo seus aromas de flores brancas. A pinot noir, apreciada por sua estrutura e seus intensos aromas, dão ao champanhe suas notas de frutas vermelhas. Quanto à Pinot Menier, traz seus aromas frutados e um arredondamento, conferindo rapidamente riquesa e frescor aos champanhes não Milesime.
De lá trouxemos uma bebida chamada Ratafia, um licor de champanhe, feita da uva Pinot Menier e um eau-de-vie.
Ratafia
A Ratafia deve ser servida entre 6 a 8 graus, para que se possa aproveitar ao máximo os seus aromas. Ela harmoniza bem com: melão, foi gras, queijo azul ou um patê de ervas.
Passamos também pela Moet et Chandon, com seu enorme tonel datado de 1889, e com uma adega é tão grande que, um trenzinho que é usado para levar as pessoal passearem dentro dela.
Foto: Moet et Chandon
Descobrimos que sob a cidade ficam as adegas das vinícolas, chegando a quase se encontrarem debaixo da terra.
Foto: La Brigueterie
Fomos visitar o excelente hotel e restaurante La Brigueterie, porém decidimos fazer um jantar maravilhoso, regado a champanhe rose, num restaurante mais econômico na cidade de Epernay. Seu nome é “La Cave à Champagne” (http://www.la-cave-a-champagne.com/) e fica na rua Leon Gambetta 16.
Foto: Vitrais da catedral
Dia seguinte fomos à moderna cidade de Reims, pronunciado Rams pelos franceses. Lá conhecemos a catedral Gótica, do século XIII, classificada como patrimônio Mundial pela UNESCO. Seus magníficos vitrais são de autoria de Marc Chagall As colunas tem anjos esculpidos, inclusive um de deles sorrindo.
Foto: Reims Anjos da catedral
Assistimos o jogo final da copa do mundo, entre o Brasil e Alemanha na pousada, com Mame Nicole e um Alemão também hospedado lá. Comemoramos a vitória do Brasil, brindando com uma taça de champanhe oferecido pela anfitriã.
Lá também se hospedou um Francês, que havia transferido sua indústria química da França para uma ilha da África para fugir dos altos impostos daquele pais. Ele nos explicou que havia um rigoroso controle de produção de champanhe pelo governo, com o objetivo de manter o preço do produto. Contou-nos também que o controle era tão rigoroso que não se podia plantar qualquer pé de parreira, sem prévia autorização do órgão local, e que num ano de alta produção, muitos litros de champanhe foram destruídos, para não deixar que seu preço caísse.
Foto: Mame. Nicole junto com o Empresario
Quando partimos de lá, compramos, como lembrança, uma garrafa de champanhe Marcel Richard Millesíme, da safra 1996, que degustamos num evento de jantar de harmonização em minha casa em São Paulo.
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