quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Grand Tasting promovida pela importadora Grand Cru

No dia 11/08/2011 a Grand Cru promoveu em São Paulo, uma prova de boa parte de seus de vinhos, a um custo de R$180,00.
Foram apresentadas 34 mesas, chamadas por estações temáticas, representando vários países e diferentes terroirs, que ofereciam desde champagnes até vinhos brancos e tintos.
Como sempre acho estas experiências muito importantes para conhecer o mundo do vinho e seus sabores diversos, a um custo razoável.

As mesas ofereciam:
1) Champagne e Espumantes, variando os valores, de R$29,00 preço de um razoável Argentino Nocturno Brut até o maravilhoso Gosset Grand Reserve por R$290,00.

2) Vinhos brancos leves: desde o gostoso Albarinho Don Olegario (espanhol), (R$79,00), passando pelo Saint Clair Block Sauvignon Blanc (Nova Zelândia), que tem um excelente custo benefício (R$99,00), até o Henry Bourgeois Pouilly Fumé Demoiselle, que é bem gostoso, mas custa R$160,00.

3) Brancos estruturados: Apresentaram o Saint Clair Omaka Reserve Chardonnay (Nova Zelândia), que custa R$105,00, com excelente relação custo / benefício, o Amiot Guy Saint Aubin 1er Cru em Remilly (Bourgogne), excelente, bem diferente do primeiro e que custa R$265,00

4) Pinot noir: Passando do sem graça Amiot Guy Bourgogne Rouge (R$95,00), até o divino Lambrays Morey Sant Denis (R$340,00). Ao degustar estes Pinot noir, continuo com a opinião de que é muito difícil achar um bom vinho francês com um preço baixo, infelizmente.

5) Itália: Nesta mesa a coisa pegou, a escolha dos vinhos foi muito boa! O mais barato foi o Feudo Maccari Saia (117,00), da Sícilia. O mais caro foi o Ornellaia Le Serra Nuove ITG (R$290), da mesma região que o vinho mais caro da Itália, Tenuta Dell’Ornelaia (US$166 nos EUA e R$2.370 no Brasil). O vinho que mais gostei foi Talenti Brunello di Montalcino DOCG (R$220,00).

6) França: Esta mesa ofereceu vinhos mais simples e gostosos como o Delas Freres Vacqueyras (R$98,00) e também o Château Faugeres (R$324,00), que é um vinho bem melhor ,com um preço a meu ver, não justificável, pois é muito caro para a sua qualidade.

7) Espanha: Apresentou o vinho fraco, Predicador (R$98,00), e o excelente Clos Martinet (R$290,00)

8) Cepas emblemáticas: Nesta mesa estava o vinho Talenti Rosso di Montalcino DOC, simples mas interessante (R$85,00) e o leve e agradável espanhol Valtuille Cepas Centenárias (R$238,00).

9) Achados do novo mundo: Nesta mesa onde os vinhos variavam de R$45,00 a R$84,00, nenhum deles me entusiasmou.

10) Achados do velho mundo: a mesma opinião do item anterior.

11) Diamandes (Mendoza): Apresentou vinhos interessantes, desde o Perlita by Diamandes Shiraz-Malbec (R$59,00) até o bom Diamandes Gran Reserva Corte (R$88,00).

12) Escorihuela: Como já conhecia esses vinhos e não os acho muito interessantes, não os provei.

13) Doña Paula : Desde o gostoso Estate (R$58,00) até o bom Selecion de Bodega Malbec (R$160,00).

14) Cobos: Neste caso valeu a pena provar todos os vinhos nesta mesa. Ressalto o Cobos Bramare Chardonnay Marchiore Vineyard (R$160, 00)e o divino Malbec Marchiore Vineyard (R$395,00). Não esteve presente o top da vinícola, o “Único”, que custa R$890,00.

15) Pulenta Estate: Não provei estes vinhos.

16) Dante Robino: Não provei.

17) Humberto Canale: Já tomei e gostei do Reserva Pinot noir (R$89,00).

18) Zorzal: Não provei.

19) Viñha Altarir (Chile): Bons vinhos, ficando na faixa de R$139,00 a R$290,00

20) Leyda / Tabali : Não provei

21) Santa Rita: Desde o bom Medalha Real (R$77,00) até o maravilhoso Casa Real (R$290,00).

22) Matetic: Estavam lá desde o bom Sauvignon Blanc (R$59,00) até o delicioso Syrah (R$290,00).

23) Koyle: Achei os vinhos bem básicos.

24) Pizzorno (Uruguai): Não provei.

25) Castellroig (Itália): Não provei.

26) Brancaia: Esta mesa apresentou uma vertical, da safra 1994 a 2008 (R$342,00). Este é um excelente produtor da região de Chianti, que produz um vinho com a mesma classe dos supertoscanos.

27) Produttori del Barbaresco: Não provei.

28) Fattoria San Pancrazio:Não provei.

29) Bodegas Camoiña (Espanha): Não provei.

30) Bordeaux Tradition (França): Não provei.

31) Matarromera (Espanha)

32) Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo (Portugal): Como já estive nessa vinícola e gosto dos vinhos, confirmei minha preferência, provando os tops: Quinta Nova Touriga Nacional e o Reserva (R$290,00).

33) Quinta do Noval: Neste tradicional produtor de Porto, provei os bons vinhos Douro (R$290,00) e o Porto LBV (R$120,00).

34) Allegrini (Itália): Provei o gostoso Poggio al Tesoro Mediterra Toscana ITG (R$89,00) e o ótimo La Poja ITG (R$390,00).

sábado, 13 de agosto de 2011

Degustação de vinhos da Grand Cru

De tempos em tempos a importadora Grand Cru promove degustações de seus vinhos, com a presença de representantes das produtoras.

Neste caso foram: Matetic Vineyards, do Chile e Silverado Vineyards dos EUA.

A Matetic está localizada no vale de rosário, uma subdivisão do vale San Antônio, a 120 Km de Santiago.

Suas videiras ficam numa encosta bem batida de sol, e numa região de clima e topografia propícias à plantação tanto de uvas propícias à produção de vinhos tintos como brancos.


Os primeiros 90 hectares são plantados em solos orgânicos, e produzem 100% de uvas de forma narural, sem agrotóxico.

O clima da região é do tipo mediterrâneo temperado, com forte influência marítima, com temperaturas flutuando em até 20graus durante o dia.

Foram degustados 3 vinhos:

- Equilíbrio Coastal Sauvignon Blanc 2010. Cor límpida e clara, com reflexos esverdeados. Aroma mineral, com notas de frutas cítricas, com notas de ervas e pimenta verde. De corpo médio, com uma acidez refrescante e um bom sabor. Minha avaliação dá uma nota 88. Graduação alcoólica: 13,5%. Seu preço é R$59,00. Harmoniza com ostras, queijo de cabra e sushi.

- Corralillo Winemaker’s Blend 2007. Uvas: Merlot 44%, Cabernet Franc 30% e Malbec 26%. Cor profunda e brilhante, com toques violáceos. Aroma intenso de frutas vermelhas. De bom corpo, tem um tanino intenso e persistente. Este vinho recebeu 91RP e minha avaliação dá uma nota 88. Graduação alcoólica: 14,5%. Seu preço é R$85. Harmoniza com carnes grelhadas, e queijo parmesão.

- Equilíbrio Matetic Syrah 2008. Cor vermelha intensa, com toques violáceos. Aroma de violetas, tabaco, figos e blackberries. É um vinho elegante e sedoso no paladar, com um tanino redondo e persistente, apresnta um mix de frutas. Minha avaliação dá uma nota 91. Graduação alcoólica: 14,5%. Seu preço é R$140,00. Harmoniza com carnes grelhadas, caças, queijo maturados.

A apresentação do representante da Silverado foi divertida, enquanto a Matetic tem uma forte preocupação com o meio ambiente, a Silverado só cuida de não ferir a natureza devido ao fato de seu proprietário gostar de pescaria na região.

Apresentou 2 vinhos:

- Silverado Estate Cabernet Sauvignon 2006. Uvas: Cabernet Sauvignon 85%, Merlot 10%, Petit Verdot 3% e Cabernet Franc 2%. Cor escura de cereja. Aroma intenso de frutas vermelhas, com um fundo de especiarias. Inicialmente tem um sabor de ameixa madura, com toques de vanila e madeira. Tem boa acidez. Este vinho recebeu a nota 89RP, tendo na minha avaliação dá uma nota 89. Graduação alcoólica: 14,6%. Seu preço é R$260,00 (US$46 nos EUA). Harmoniza da mesma forma que o Corralillo.

- Silverado Solo Cabernet Sauvignon 2005. Cor rubi. Aroma exuberante de cereja madura, especiarias, tabaco e ameixa preta. De corpo intenso, tem um sabor intenso de suco de frutas, com um tanino forte e persistente. Este vinho recebeu a nota 95RP, tendo avaliação dá uma nota 92. Graduação alcoolica: 14,9%. Seu preço é R$490,00 (US$90 nos EUA). Harmoniza com carnes grelhadas, cordeiro, queijo e risoto de fungui.

A Silverado é uma propriedade fundada por um dos filhos de Walt Disney.

Como constatei, a filosofia do povo norte-americano ainda parece ser imediatista quanto ao meio ambiente. Os EUA é um dos países mais poluidores e um dos que mais sofre com as diversidades do meio ambiente, como furacões enchentes.

Podemos ver que os vinhos da América do Sul tem um preço mais razoável do que os dos EUA e Europa, para uma qualidade praticamente do mesmo nível.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Almoço no Due Cuochi Cocina

Aproveitando as férias de julho, quando os restaurantes badalados costumam ter vaga, fui almoçar no Due Cuochi, que fica na rua Manoel Guedes 93 (fone 3078-8092).

O restaurante é tocado por dois chefs, Paulo Barros (que veio da La Vecchia Cuccina) e Ida Frank. Daí vem o nome Due Cuochi, que significa dois chefs.

O estabelecimento ganhou o prêmio de melhor restaurante Italiano em 2009, da revista “Quatro rodas”, e outro prêmio de 2006 a 2009, da revista “Veja São Paulo”, entre outros.

Fui para o local, pouco antes das 12:30 hs, baseado na minha experiência de que ele fica lotado após esta hora, mas graças às férias, continuou tendo vaga até às 13h.

Como a sua cozinha é excepcional, e o seu preço ainda é razoável, já estive lá algumas vezes.

Minha experiência em São Paulo mostra que se gasta pouco mais neste nível de restaurante, do que em outros mais simples.

Seu cardápio é baseado na culinária italiana moderna e inclui pratos como o ravióli recheado com maçã e shimeji ao molho de gorgonzola doce.

Fiquei um bom tempo ali,na escolha do prato, pois o cardápio era extenso e cheio de iguarias, desde massas até as carnes (inclusive de caça) e frutos do mar.

Escolhi o prato de rigatone ao molho leve de creme e funghi porcini, que por sinal veio preparado divinamente!

O vinho foi mais difícil de escolher, sua carta mais parecia uma bíblia, recheada de maravilhas, com preços razoáveis, até os mais caros tais como: Brunellos, Barolos e Supertoscanos. A carta contém, na sua maioria, vinhos italianos.

Como eu estava só, optei por meia garrafa, o que limitou minha procura. Arrisquei um Chiante Tosca 2008, da Tenuta Valdipiata, que é importado pela Zahil (fone: 3071.2900), onde custa R$36,00. Este vinho mostrou-se razoável, inclusive quanto à harmonização com o prato. Caso houvesse disponibilidade, em meia garrafa, teria optado por um Chardonnay do Alto Adige.

De qualquer forma, saí satisfeito com o almoço, que como sempre, estava muito bom e com serviço impecável!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jantar no restaurante Vito

Aproveitando a disponibilidade de um casal de amigos para jantar, resolvi tentar arriscar levá-los ao restaurante Vito, que fica na rua Pascoal Vita, 329, próximo à minha casa.


Tentei fazer uma reserva para o mesmo dia, uma vez que estávamos em plenas férias de julho, mas isto se mostrou inviável, pois o restaurante é muito procurado e pequeno.

Fui para a porta do restaurante, pouco antes de sua abertura, às 19:30hs, e consegui uma mesa para quatro pessoas, graças a uma desistência.

Já estive várias vezes neste restaurante, inclusive no seu almoço executivo, que tem o preço de R$28,00 e oferece uma entrada, um prato principal, acompanhados de um bom pão italiano com azeite.
Maltagliatti


Os pratos variam entre 6 tipos de massa, incluindo o “maltagliatti “, que é um macarrão cortado de forma irregular, todos muito gostosos!

Os molhos incluem os mais tradicionais da cozinha italiana, com adaptações feitas pelo criativo Chef André Mifano. Dentre estas, está o molho Alfredo, que não usa creme de leite, mas sim manteiga e queijo parmesão, deixando-o mais leve.

Por sinal,detesto creme de leite quando em quantidade exagerada, é usado para disfarçar pratos sem charme!

Como era de costume, iniciamos a difícil escolha do prato, pois tudo era muito bom e eu já tinha experimentado a maioria deles.

Decidimos então escolher quatro pratos diferentes, para que pudéssemos dar uma beliscada em todos:

Ravioli aperto di coda: Massa fresca de agrião, em 4 camadas, recheada com rabada, em seu próprio molho, aromatizado com ervas.

Risoto di porchetta e saba (uva com trufas): risoto de carne de porco assada, com cogumelos fresco e parmesão, com molho de saba, decorado com pururuca de porco.

Ravioli de maiale com pistache: ravióli recheado com carne de paleta suína e pistache, em molho de vinho tinto, mascarpone e cogumelos.

Ravioli de zucca alle nocciola: ravióli de abóbora, em manteiga queimada, avelã e sálvia.

A sommelière Helena Mattar, que fez curso de enologia no Cordon Bleu de Paris, teve a difícil missão de nos aconselhar um vinho que harmonizasse com a maioria dos pratos.


Sugeriu um Montepulciano d’Abruzzo, da Cantina Zaccagnini 2007, que é importado pela Ravin, onde custa R$75,00 e nos Estados Unidos US$12. Este vinho teve 90 pontos na avaliação de Robert Parker.

Por ser um vinho leve, não brigou com nenhum dos pratos, revelando-se uma ótima escolha!

Como meu amigo ainda estava com fome, pediu uma salada para completar seu prato, aliás, o que é um hábito na Itália, pedir a salada depois do prato principal.

Em outra ocasião, decidi experimentar uma das sobremesas do Vito: torta de abobrinha.

Em um papo com o André, ele me contou que esta torta era excelente, o que pude confirmar, e que ela tinha uma história.

Disse que numa época, numa vila na Itália a produção de abobrinha foi muito grande!

Os maridos quando voltavam para casa, nesta ocasião,não aguentavam mais comer abobrinha refogada... Então, suas criativas senhoras resolveram fazer uma torta doce com elas, não contando aos maridos, os ingredientes.

E o que ocorreu é que eles apreciaram muito a novidade.

Noutra ocasião, quando eu tinha voltado de uma viagem à Itália, em outra prosa com o André, ele me contou que estava para receber um livro de culinária medieval italiana e que ia estudar, para utilizá-la como base para a criação de outros pratos.

Como sempre, tive um jantar muito agradável junto aos amigos!

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