terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jantar no restaurante Vito

Aproveitando a disponibilidade de um casal de amigos para jantar, resolvi tentar arriscar levá-los ao restaurante Vito, que fica na rua Pascoal Vita, 329, próximo à minha casa.


Tentei fazer uma reserva para o mesmo dia, uma vez que estávamos em plenas férias de julho, mas isto se mostrou inviável, pois o restaurante é muito procurado e pequeno.

Fui para a porta do restaurante, pouco antes de sua abertura, às 19:30hs, e consegui uma mesa para quatro pessoas, graças a uma desistência.

Já estive várias vezes neste restaurante, inclusive no seu almoço executivo, que tem o preço de R$28,00 e oferece uma entrada, um prato principal, acompanhados de um bom pão italiano com azeite.
Maltagliatti


Os pratos variam entre 6 tipos de massa, incluindo o “maltagliatti “, que é um macarrão cortado de forma irregular, todos muito gostosos!

Os molhos incluem os mais tradicionais da cozinha italiana, com adaptações feitas pelo criativo Chef André Mifano. Dentre estas, está o molho Alfredo, que não usa creme de leite, mas sim manteiga e queijo parmesão, deixando-o mais leve.

Por sinal,detesto creme de leite quando em quantidade exagerada, é usado para disfarçar pratos sem charme!

Como era de costume, iniciamos a difícil escolha do prato, pois tudo era muito bom e eu já tinha experimentado a maioria deles.

Decidimos então escolher quatro pratos diferentes, para que pudéssemos dar uma beliscada em todos:

Ravioli aperto di coda: Massa fresca de agrião, em 4 camadas, recheada com rabada, em seu próprio molho, aromatizado com ervas.

Risoto di porchetta e saba (uva com trufas): risoto de carne de porco assada, com cogumelos fresco e parmesão, com molho de saba, decorado com pururuca de porco.

Ravioli de maiale com pistache: ravióli recheado com carne de paleta suína e pistache, em molho de vinho tinto, mascarpone e cogumelos.

Ravioli de zucca alle nocciola: ravióli de abóbora, em manteiga queimada, avelã e sálvia.

A sommelière Helena Mattar, que fez curso de enologia no Cordon Bleu de Paris, teve a difícil missão de nos aconselhar um vinho que harmonizasse com a maioria dos pratos.


Sugeriu um Montepulciano d’Abruzzo, da Cantina Zaccagnini 2007, que é importado pela Ravin, onde custa R$75,00 e nos Estados Unidos US$12. Este vinho teve 90 pontos na avaliação de Robert Parker.

Por ser um vinho leve, não brigou com nenhum dos pratos, revelando-se uma ótima escolha!

Como meu amigo ainda estava com fome, pediu uma salada para completar seu prato, aliás, o que é um hábito na Itália, pedir a salada depois do prato principal.

Em outra ocasião, decidi experimentar uma das sobremesas do Vito: torta de abobrinha.

Em um papo com o André, ele me contou que esta torta era excelente, o que pude confirmar, e que ela tinha uma história.

Disse que numa época, numa vila na Itália a produção de abobrinha foi muito grande!

Os maridos quando voltavam para casa, nesta ocasião,não aguentavam mais comer abobrinha refogada... Então, suas criativas senhoras resolveram fazer uma torta doce com elas, não contando aos maridos, os ingredientes.

E o que ocorreu é que eles apreciaram muito a novidade.

Noutra ocasião, quando eu tinha voltado de uma viagem à Itália, em outra prosa com o André, ele me contou que estava para receber um livro de culinária medieval italiana e que ia estudar, para utilizá-la como base para a criação de outros pratos.

Como sempre, tive um jantar muito agradável junto aos amigos!

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