Participei da degustação de vinhos Toscanos,
das produtoras Ruffino e Cal d’Orcia, trazidos pela importadora Franco-Suiça.
O Somellier Phillipe Germa fez, nesta
ocasião, uma ampla explanação sobre as propriedades das duas produtoras, que
incluem terras no Friuli e na Toscana.
Phillipe nos disse que as duas empresas
produzem vinhos com o máximo de cuidado. As colheitas e a seleção das uvas é
manual, sendo fermentadas em barris de inox, com controle de temperatura,
passando em seguida para o envelhecimento em barrica.
A Ruffino é uma empresa tradicional, que
iniciou em 1870, conseguindo premiação já em 1895, tornando-se fornecedora da
corte italiana em 1910.
O proprietário da Ruffino é o sr. Cinzano,
que vendeu a Cinzano para o grupo que produz o Carpano. Ele é proprietário de
uma das melhores vinícolas do Chile, que produz um único vinho, o premiado Erasmo,
de corte tipicamente Bordalês. Um vinho que passa 18 meses em barrica de
carvalho francês e que recebeu a mais alta pontuação do Descorchados do Chile,
94, apesar da discordância de alguns críticos.
Além dos vinhos típicos da Toscana, na
propriedade la Solataia, a Ruffino produz vinhos da uva Chardonay.
Os vinhos que degustei neste encontro
foram:
Chianti DOC 2011, da Ruffino, com 13% de
álcool. É um vinho leve, bom para beber sem compromissos. Custa R$60,00
Nearco de Sant’Antonio 2005, da Cal
d’Orcia, com 14,5% de álcool. Ele é feito com as uvas Merlot (50%), Cabernet
Sauvignon (30%) e Syrah (20%). É um vinho muito intenso, com um tanino bem
agressivo e pode ser tomado desacompanhado de alimento. Talvez com mais guarda
ele venha a suavizar. Custa R$182,00.
Riserva Ducale Chianti Classico DOC 2007,
com 13,5% de álcool. Eu já havia provado meia garrafa deste vinho, em Firenze e
achado muito intenso. Este, no entanto, me pareceu mais leve. Custa R$152,00.
Brunello di Montalcino 2006, da Cal
d’Orcia, com 14% de álcool. Este já é um vinho mais interessante, que necessita
de mais uns anos de guarda antes de abrir. Custa R$278,00.
Brunello di Montalcino 2005, da Ruffino,
com 14% de álcool. Achei este o melhor vinho da noite, devendo melhorar ainda,
com mais tempo de guarda. Custa R$278,00.
O dono da importadora nos disse que os dois
produtores são bem tradicionais. Estes vinhos de guarda devem melhorar muito
com o tempo.
Esclareceu ainda que a Ruffino foi comprada
por um grupo de norte americanos jovens, que devem introduzir modernizações nos
processos de produção.