Quando estive em Barcelona, na região da
Catalunha, me apaixonei logo de cara, pela cidade, sua arquitetura, seu povo e
sua comida.
Em Barcelona, o espanhol é mais alegre e
descontraído, dança a sardana, canta e sorri.
Antes da viagem, descobri o excelente guia
: Barcelona Petit de guia, um guia de Barcelona com tudo que é interessante por
aquelas bandas.
Chegando de avião, pegamos um trem e depois
um metro, até o centro da cidade, chegando sem querer às Ramblas. O nome “Ramblas”
vem de Riera, ou córrego de águas de chuva, que desciam das montanhas. Com o
tempo, os rios secaram e se transforaram em passeios, que hoje são as ruas
principais.
A rambla principal, denominada Barcelona,
vai da praça Catalunha até o porto, onde podemos observar o monumento a
Colombo, apontando para o mar.
Lá nos hospedamos no hotel Lloret, muito
simples, que ficava na rambla Barcelona, com um único elevador de porta pantográfica,
que não funcionava. Tivemos que subir as escadas carregando as malas.
Começamos o passeio pela praça Catalunha, em
direção à rambla Barcelona, admirando seus restaurantes, com frutos do mar
expostos no gelo, nos chamando para degustação.
Entramos no mercado, onde ficamos admirados
pela sua arquitetura e pela variedade de frutos do mar expostos e à venda:
pulpos, pulpitos, calamares e lagostas de vários tipos e cores.
Depois de passearmos muito pelo centro
velho, chegamos ao restaurante The Four Cats (http://www.4gats.com/), muito
simpático, com seus castiçais com velas escorrendo pelas laterais. Ele foi
inaugurado em 1987. Foi criado à partir da ideia do cabaré Le Chat Noir, em Paris,
onde o proprietário trabalhou. Descobrimos que em 1899, Picasso começou a
frequentar o local, onde fez sua primeira exposição. A capa do menu da casa foi
feito por Picasso.
No dia seguinte começamos o passeio pela
cidade, para admirar as inúmeras obras de Gaudi! É deste artista, o maravilhoso
clima artístico conferido aos prédios. Passamos pela: Casa Milà, casa Batlò,
Capela de Santa Coloma de Cervellò, terminando no Parque Güel, com suas obras
decoradas com cacos de azulejo e seus bichos encantadores.
Chegamos à igreja da Sagrada Família, que
mais parecia um castelo de areia, outra grande obra de Gaudí, ainda em execução
naquela época.
Passeando pela cidade velha, no domingo, em
frente à uma igreja. Vimos músicos tocando, enquanto o povo dançava a sardana.
A sardana é uma dança de rodas, típica da Catalunha. As pessoas formam círculos,
separados por grupos das mesmas idades, para que cada roda dance com diferentes
níveis de habilidade.
À noite fomos ao bar Boadas. Boadas foi um
dos grandes barman da Espanha. Um local pequeno, sem mesas com poucas banquetas
e com pessoas se cutucando para conseguir seus coquetéis no balcão. Hoje a casa
é servida pela filha do Boadas, Maria Dolores, que executa uma performance na hora
da elaboração dos drinques, jogando as bebidas de uma coqueteleira para outra
com maestria. O Boadas foi o primeiro bar de drinks de Barcelona e foi a
primeira Barwoman do mundo. (http://www.youtube.com/watch?v=zCFg9xddtcs)
Fomos também a Casa Vinçon, uma loja de
artigos com design contemporâneo, desde materiais de cozinha até produtos
tecnológicos, com extremo bom gosto (http://www.vincon.com/).
À noite, fomos jantar num restaurante no
porto, onde nos deliciamos com frutos do mar. Pedimos de entrada um presunto
cru e como prato principal, um sortido de moluscos, desde lulas até polvos. Não
sabia que existia tanta variedade destes deliciosos moluscos.
Em Barcelona ocorreu um fato pitoresco:
todo lugar que íamos, encontrávamos um cartaz oferecendo a bebida ”orchata de
chufa”, que Caetano Veloso eternizou na sua música. Acabei pedindo uma para
experimentar. Era um suco de uma fruta, chamada chufa, uma espécie de tubérculo
muito doce, tremendamente enjoativo. Acidente de turista curioso!
Os primeiros registros de povoamento em Barcelona
remontam entre 2000 a 1.500 A.C. A cidade foi fundada pelos romanos no século I
A.C., sobre o mesmo assentamento ibérico onde já haviam se instalado no ano 218
A.C.
A partir do século XVIII, Barcelona
floresceu economicamente e se industrializou, chegando no que é hoje, a bela
cidade que vi e vivi!
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