segunda-feira, 15 de abril de 2013

Degustação vertical dos vinhos Edizione


A World Wine, importadora de vinhos do produtor Farnese, promoveu um evento em março, onde foram degustados 9 Ediziones do seu vinho Edizione Cinque Autoctoni.


Conta a história que, em 1538, a princesa Margherita da Áustria casou-se com o príncipe Farnese. Ao visitarem a cidade de Ortona, que é uma comuna italiana, na região dos Abruzos, ambos ficaram encantados com o lugar e o clima. Decidiram então produzir ali, vinhos finos que logo estariam nas cortes da Europa.

Os vinhos da Farnese tem a característica de serem produzidos para agradar o cliente internacional, sendo que 90% deles são exportados.


A vinícola possui vinhedos em duas regiões Abruzzo e Puglia. Assim, a extração das uvas é feita da melhor forma, combinando diferentes terroirs.

O vinho não é filtrado, o que ajuda a torná-lo bem intenso. Todos tem uma cor vermelho granada vibrante.


O Edizione não pode ser classificado dentro da legislação italiana, pois é um produto feito em mais de uma região.


As cepas utilizadas são: Montepulciano, Primitivo, Sangiovese, Negroamaro e Malvasia Nera.


O vinho Edizione é o ícone da Vini Farnese, que diferente dos Supertoscanos que usam uvas internacionais (Cabernet Sauvignon Syrah e Merlot), decidiu produzir vinhos com cepas autóctones.


Decidiram também não usar nenhuma denominação de origem, para não ficarem limitados.


O vinho Edizione é produzido com a fusão de 5 vinhedos das regiões de Abruzzo e Puglia. 


As cepas que compõe o vinho dão diferentes qualidades a eles: Montepulciano (estrutura e cor), Sangiovese (longevidade e taninos), Primitivo (aromas frutados e adocicados), Malvasia Nera (amacia os taninos) Negroamaro (estrutura e acidez).


Tal evento ocorreu apenas uma vez no Brasil e outra no exterior, antes deste.


A World Wine vende o vinho por R$180,00, disponibilizando somente a Edizione número 12, que tem como referência a safra 2011.


As nove Ediziones mostraram:

1)   Uma grande evolução no tempo.
As Ediziones de 1 a 4 são vinhos bem diferentes dos vinhos das Ediziones de 5 a 9. A edizione 6 não foi produzida, pois estes vinhos só são feitos nas melhores safras.

2)   As Ediziones 10 e 12 guardavam uma semelhança de aromas muito presentes entre si. Já a edizione 11 era muito diversa destas duas.


3)   As Ediziones 10, 11 e 12 apresentavam excesso de álcool.

4)   A Edizione da qual mais gostei foi a 6, com muita evolução e aromas de frutas secas (ameixa, damasco) e tabaco.

5)   Acho que estes vinhos são para guardar, pois muito jovens não demonstram a que ponto podem chegar.

6)   Com o tempo em taça, os vinhos foram mudando de aroma, chamando a minha atenção, o número 12, que de frutas vermelhas passou para aromas de flores.

7)   As lágrimas, principalmente dos mais antigos, eram longas e a cor intensa dos vinhos chegava a tingir as taças.

8)   As Edizziones se mostraram diversas entre si. Acredito que o motivo desta diversidade se dá, porque além das qualidades de safra, são utilizadas também,  diferente combinações das castas a cada ano.

Junto com os vinhos, foram servidos queijos, frios e frutas, finalizando nosso encontro, com um delicioso risoto.

O serviço foi muito cuidadoso e educado.

Novamente a presença da Sandra, pela Suporte Comunicação que divulga a importadora, foi muito simpática. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Do Brasil para Luxemburgo, Tenuta Foppa & Ambrosi

Tenuta Foppa & Ambrosi estreia neste mercado com exportação de 600 garrafas   Os ‘guris’ que começaram a elaborar vinho no porão de casa...