A World Wine, importadora de vinhos do
produtor Farnese, promoveu um evento em março, onde foram degustados 9 Ediziones
do seu vinho Edizione Cinque Autoctoni.
Conta a história que, em 1538, a princesa
Margherita da Áustria casou-se com o príncipe Farnese. Ao visitarem a cidade de
Ortona, que é uma comuna italiana, na região dos Abruzos, ambos ficaram
encantados com o lugar e o clima. Decidiram então produzir ali, vinhos finos
que logo estariam nas cortes da Europa.
Os vinhos da Farnese tem a característica
de serem produzidos para agradar o cliente internacional, sendo que 90% deles
são exportados.
A vinícola possui vinhedos em duas regiões
Abruzzo e Puglia. Assim, a extração das uvas é feita da melhor forma,
combinando diferentes terroirs.
O vinho não é filtrado, o que ajuda a torná-lo
bem intenso. Todos tem uma cor vermelho granada vibrante.
O Edizione não pode ser classificado dentro
da legislação italiana, pois é um produto feito em mais de uma região.
As cepas utilizadas são: Montepulciano, Primitivo,
Sangiovese, Negroamaro e Malvasia Nera.
O vinho Edizione é o ícone da Vini Farnese,
que diferente dos Supertoscanos que usam uvas internacionais (Cabernet
Sauvignon Syrah e Merlot), decidiu produzir vinhos com cepas autóctones.
Decidiram também não usar nenhuma
denominação de origem, para não ficarem limitados.
O vinho Edizione é produzido com a fusão de
5 vinhedos das regiões de Abruzzo e Puglia.
As cepas que compõe o vinho dão diferentes
qualidades a eles: Montepulciano (estrutura e cor), Sangiovese (longevidade e
taninos), Primitivo (aromas frutados e adocicados), Malvasia Nera (amacia os
taninos) Negroamaro (estrutura e acidez).
Tal evento ocorreu apenas uma vez no Brasil
e outra no exterior, antes deste.
A World Wine vende o vinho por R$180,00,
disponibilizando somente a Edizione número 12, que tem como referência a safra
2011.
As nove Ediziones mostraram:
1)
Uma grande evolução no tempo.
As Ediziones de 1 a 4 são
vinhos bem diferentes dos vinhos das Ediziones de 5 a 9. A edizione 6 não foi
produzida, pois estes vinhos só são feitos nas melhores safras.
2)
As Ediziones 10 e 12 guardavam
uma semelhança de aromas muito presentes entre si. Já a edizione 11 era muito
diversa destas duas.
3)
As Ediziones 10, 11 e 12 apresentavam
excesso de álcool.
4)
A Edizione da qual mais gostei
foi a 6, com muita evolução e aromas de frutas secas (ameixa, damasco) e
tabaco.
5)
Acho que estes vinhos são para
guardar, pois muito jovens não demonstram a que ponto podem chegar.
6)
Com o tempo em taça, os vinhos
foram mudando de aroma, chamando a minha atenção, o número 12, que de frutas
vermelhas passou para aromas de flores.
7)
As lágrimas, principalmente dos
mais antigos, eram longas e a cor intensa dos vinhos chegava a tingir as taças.
8)
As Edizziones se mostraram
diversas entre si. Acredito que o motivo desta diversidade se dá, porque além
das qualidades de safra, são utilizadas também, diferente combinações das castas a cada ano.
Junto com os vinhos, foram servidos queijos,
frios e frutas, finalizando nosso encontro, com um delicioso risoto.
O serviço foi muito cuidadoso e educado.
Novamente a presença da Sandra, pela
Suporte Comunicação que divulga a importadora, foi muito simpática.
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