O vale do Loire (http://www.youtube.com/watch?v=Ftujgmn-C6o),
com seus 1012 Km, beira o rio mais longo da França.
De toda sua extensão, 280 Km é conhecido
como o jardim da França e o berço da língua francesa. Uma região rica pelo patrimônio
arquitetônico das sua cidades (Amboise, Angers, Blois Chinon, Orléans, Saumur e
Tours), pelos seus castelos Amboise, Chambord, Villandry e Chenonceau, além de
seus vinhos.
A paisagem do Vale do Loire e de seus
monumentos, ilustra um grau excepcional do renascimento e do iluminismo na
Europa.
Mais de 300 castelos construídos pelos reis
franceses e pelos nobres atraíram os melhores designers paisagísticos. O
próprio Leonardo Da Vinci morou o final de sua vida no castelo Clos Lucé, em
Amboise. O artista foi sepultado na capela Saint Hubert, no castelo de Amboise.
Em meados do século XVI, o centro do poder
da França se deslocou do Loire, para Paris.
A região do Loire ficou como o local, onde a maioria da realeza francesa
passava seu tempo livre. A ascensão de Luiz XV, em meados do século XVII, levou
à instalação permanente da realeza, para o palácio de Versailles. A burguesia, no entanto, continuava a renovar
ou a construir novos castelos no Loire.
Na época da revolução francesa, muitos
castelos foram destruídos ou saqueados.
Hoje em dia, os castelos são propriedades
privadas, com a maioria deles abertos à visitação. Alguns castelos foram
transformados em hotéis e albergues.
Estivemos duas vezes no Vale do Loire,
sendo que, na primeira vez ficamos na cidade de Amboise, num hotel simples.
Durante nosso almoço, num restaurante
também simples, provamos um queijo de massa mole com alho. Ele era uma delícia.
Perguntamos ao dono do restaurante, quem o produzia... e ele respondeu que a
produção era própria. Compramos um bom pedaço deste queijo e o levamos para
comer depois. Era um queijo de aroma muito forte, mas delicioso! Foi apreciado com
pão e vinho no nosso hotel.
Desta cidade, fomos visitar dois castelos:
Chambord e Chenonceaux.
O castelo de Chambord é o mais conhecido no
mundo, devido à sua arquitetura de estilo renascentista, que combina as formas medievais francesas, com
as estruturas clássicas italianas.
Apesar de ser o maior da região, ele foi
construído como pavilhão de caça de Francisco I da França. A sua arquitetura
foi sendo alterada, durante seus 20 anos de construção. A sua escadaria de duas
hélices concêntricas foi projeto de Leonardo da Vinci.
O Château de Chenonceaux também era chamado
“O castelo da 7 mulheres”, por ter sua história associada a sete mulheres de
personalidades fortes, inclusive, duas rainhas da França.
O castelo atual foi inicialmente construído
no século XIII, e incendiado em 1411, para punir o proprietário, por um ato de
sublevação.
O castelo e moinho fortificado foi reconstruído
em 1430. Ele foi erguido no século XV, e teve preservada, a torre de mensagem.
Em 1547, Henrique II deu o castelo de
presente à sua amante, Diane de Poitiers, que construiu a ponte arcada,
juntando o palácio ao outro lado do rio.
Com a morte de Henrique II, em 1559, a sua
resoluta viúva, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade,
transformando a propriedade na sua moradia predileta.
Catarina então, construiu sobre a ponte, os
seus aposentos com 60 m de extensão, por 6 m de largura.
Achei o castelo de Chenonceaux mais bonito
que o Chambord, por conta de seus jardins e do rio que passa por baixo dele. Um
belo contraste!
Na segunda vez que estivemos no Loire,
ficamos hospedados no Château Noireux, próximo à cidade de Angers. O Objetivo
desta outra viagem foi o de conhecer uma vinícola na região.
No Châteu Noireux, me sugeriram a visita à
Domaine Du Closel, que nos aceitou gentilmente.
Após a visita à vinícola Domaine Du Closel,
fomos passear pela cidade de Angers, próxima ao nosso hotel.
Angers é a capital do
departamento de Maine-et Loire, localizada a 305 Km de Paris. A região em volta
da cidade é denominada Anjou.
Em Angers, fomos almoçar no La Boudeuse, que fica na rue Montault 14,
cujas especialidades são as galettes et salades. Pedimos uma gallete de queijo
e presunto, acompanhada de uma cerveja escura. Uma boa experiência.
O centro antigo de Angers fica num morro,
com o Château du roi René no seu topo, de forma a proteger a cidade. Ele fica
num local ocupado anteriormente pelos romanos, devido à sua estratégica posição
defensiva.
Angers goza de uma rica vida cultural,
graças à suas universidades e museus. A casa da tapeçaria “Apocalipse “, tem o
maior conjunto de tapeçaria medieval do mundo.
O licor Cointreau é produzido nesta cidade,
desde 1849, feito de laranja triple sec.
Além do castelo, uma das atrações de Angers
é a Casa de Adão, que é um excelente exemplo de casa enxaimel (casa montada com hastes de madeira encaixadas, com espaços preenchidos com pedras ou tijolos), construída na
idade média.
Passeamos também pelo Museu de Belas Artes,
com seu lindo jardim florido.
Fomos a uma casa de cafés e chás, que
oferecia grande variedade de produtos de várias origens.
Antes de voltar ao hotel para jantar,
tomamos um chá, ao lado do museu de Belas Artes, onde pudemos escolher
deliciosos chás.
Na cidade de Angers encontramos também uma
loja muito interessante (Nature & Decouvert), com produtos para viagens
radicais. Equipamentos para transformar água comum em potável, binóculos,
altímetros, roupas impermeáveis e protegidas contra raio UV e uma infinidade de
equipamentos. Deliciei-me por algum tempo ali, com toda aquela parafernália.
Posteriormente, descobri que a loja pertencia a uma rede e pode ser encontrada
em várias cidades da França (http://www.natureetdecouvertes.com/).
Do vale do Loire, partimos no dia seguinte
para a Bretanha e Normandia, no norte da França.
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