Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Veneza, La Serenissima!
No ano de 2014 estive 2 vezes em Veneza. A primeira foi por meio dia, quando fiquei hospedado em Mestre, no continente, no Russott Hotel Venice por 80 euros. A segunda fiquei no hotel Papadopoli, onde usei milhas do cartão. Este último hotel ficava longe do centro e custava 270 euros.
Da primeira vez eu fui de ônibus até a estação de trem e de lá fui de barco até a praça de San Marco. Para quem quer gastar pouco em hotel, se hospedar no continente é uma boa pedida.
Na segunda vez, o hotel, que era bem agradável, ficava também próximo à estação de trem. Podíamos ir de lá ao centro de barco ou a pé, caminhada esta que levava por volta de 40 minutos.
Apesar de longa, a caminhada permitia conhecer recantos encantadores da cidade, que em geral, os turistas não vão.
O passeio de barco pelos canais nos dá uma visão maravilhosa dos prédios a beira do canal.
Eu já estive uma vez em Veneza e fui de barco até a ilha de Murano, onde pude conhecer a arte de fazer objetos de vidro, pelo processo de sopro, uma arte milenar e muito interessante.
Desta vez fomos conhecer outras ilhas, sendo, entre elas, a Giudeca, onde fica o hotel Cipriani, com diárias que começam em 1.000 euros. Lá provamos o coquetel Bellini, que foi criado pelo barman do hotel. Este coquetel é feito com prosecco e suco de pêssego.
O Cipriani fica de frente para a praça Sao Marco, do outro lado do canal e tem seu barco particular para transportar seus clientes. É um hotel sofisticado com um grande jardim! Nos jardins do hotel, vimos um cozinheiro colhendo ervas frescas na horta para o preparo da comida a ser servida ali.
Ao voltarmos pela Giudeca, encontramos um músico cego, que tocava músicas, fazendo ressoar as taças com água em níveis diferentes, como no filme de Fellini “La nave vá”.
Nesta noite, fomos também jantar no Ristorante Antico Martini. Lá comemos: salada de alcachofra e camarões, salada de caranguejo, espaguete com molho de lagosta e ricota defumada, tagliatelli com camarões e limão siciliano, junto com o vinho Perer Chadonnay, do Trentino. Ficamos tão animados que até dançamos depois na praça São Marcos!
Voltamos para o hotel de vaporetto, vendo os lindos prédios do Gran Canal iluminados. Esta foi uma noite memorável!
Veneza é um dos lugares mais lindos do mundo, uma cidade romântica e com construções maravilhosas. É uma das cidades onde se vê arte pra todo lado.
Cidade de beleza única, é uma das cidades mais invadidas por turistas (como nós) o que torna difícil tirar uma foto sem a presença de muitas pessoas.
A principal praça é a de São Marco, que é o centro da cidade. Lá ficam entre outros, o palácios, dos Doges e a Catedral da cidade, que é a Basílica e o Campanário de São Marcos. Além disto existem inúmeros bares e restaurantes, onde se pode tomar um café, um drinque e fazer refeições ao som de violinos e pianos. A pena é que os custos nestes cafés são exorbitantes!
Existe em Veneza uma ponte, chamada de Ponte dos Suspiros, que une o palácio dos Doges ao prédio ao lado. Esta ponte une o palácio à antiga cadeia, por ali passavam os prisioneiros dando seus últimos suspiros, uma vez que nunca mais voltavam com vida.
Como no resto da Itália, em Veneza temos desde excelentes restaurantes, até os de junk food.
Além da grande Praça de São Marcos,a cidade dispõe de outras praças menores, chamadas "campo" no dialecto da cidade. Exemplos são o Campo Santa Margherita e o Campo San Polo.
Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas, formadas por cerca de 150 canais numa lagoa. As ilhas em que a cidade foi construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem como alamedas.
No século XX foi construído um aterro, que servia como acesso de Veneza ao continente, por terra. Veneza é a maior cidade da Europa com áreas livres de carros.
O barco clássico veneziano é a gôndola, mas hoje em dia é mais utilizado por turistas, ou para casamentos, funerais ou outras cerimónias. A maioria dos venezianos agora viaja em barcos motorizados (vaporetti), que fazem viagens regulares ao longo das rotas principais dos canais da cidade e entre ilhas. A cidade também tem muitas embarcações privadas. As únicas gôndolas ainda de uso comum pelos venezianos são os Traghetti, onde os passageiros atravessam o Grande Canal. Os visitantes podem ainda tomar os barcos-táxis entre áreas da cidade.
Por mais de um milênio, Veneza foi capital da Sereníssima República de Veneza, cujo território, no ano da sua queda (1797), incluía grande parte do nordeste da atual Itália e da costa oriental da península, bem como das ilhas do Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, quando sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. O historiador Fernand Braudel classificou Veneza como a primeira capital econômica do capitalismo.
Veneza é ainda famosa pelos seus eventos internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de setembro, pela fabricação de vidro, pelo Carnaval, pelos cassinos e pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas luas-de-mel ali.
Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As "muralhas" de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.
Algumas vezes do ano a cidade é invadida pela maré, colocando-se uma passarela na praça São Marco, para que o turista possa transitar por lá sem se molhar. Em algumas vezes, mesmo com as passarelas, fica impossível andar em Veneza, de tão alta que fica a maré.
Veneza é uma cidade singular de beleza deslumbrante, ao meu ver, um dos lugares mais bonitas do mundo.
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