segunda-feira, 25 de abril de 2016

Os excelentes Vinnos da Weingut Künstler, Alelanha

Na mesma região de Rheingau, Alemanha, fomos visitar a Vinícola Weingut Künstler, que fica em Hocheim am Main. Esta visita foi gentilmente agendada pela importadora Decanter.

Fomos gentilmente recebidos por Gregor Breuer que nos convidou a conhecer as plantações que ficam junto à adega.

Lá encontramos várias pessoas passeando pelos vinhedos e provando as deliciosas uvas Riesling. Ele me mostrou várias áreas mais próximas ou mais distantes do rio Main. Cada área com suas características. As diversas áreas resultam no feitio de diferentes tipos de vinho.

Neste passeio, Gregor Breuer me mostrou algumas uvas, atacadas pelo Botrytis Cinerea, que poderiam produzir vinhos doces.

Fomos então para dentro do imponente prédio onde está a adega e a administração, esta última decorada com postais de um artista local cujo tema só poderia ser: vinho.

Os vinhos da Kunstler são classificados na Alemanha, pelo órgão VDP (Verband Deutscher Prädikatsweingüter), em 4 categorias, numa hierarquia crescente:

VDP Gutsweine, vinhos regionais;

Kabinett Ortsweine: vinhos de gabinete;

VDP Erste Lage: designação de vinhas de primeira classe;

VDP Grosse Lage (grand Cru), com vinhos provenientes das melhores vinhas da Alemanha. Neste caso, as melhores parcelas das vinhas são selecionadas. Com estas características, estes vinhos são expressivos e tem um potencial excepcional de envelhecimento.

Gregor nos ofereceu para degustar um total de 14 vinhos (o Brasil importa apenas 7 vinhos do produtor)


Riesling Estate Troken 2013, que apesar de ser um vinho do primeiro nível era muito agradável.


Hochheimer Herrnber 2014, é um vinho de terroir, com características marcantes


Hochhheimer Hale Kabinet Dry 2014, já apresentou uma qualidade superior.

Hochheimer Stielweg Riesling Old Vines trocken 2014, feito com uvas com aproximadamente 20 anos e baixa produção, uma delicia.


Hochheimer Stielweg - Old Vines Troken 2014, Rüdesheim Drachenstein Troken 2013 e Rüdesheim Bischofsberg - Old Vines Troken 2012. Neste caso, a intenção foi provar vinhos de 3 diferentes safras e de 3 terroires diferentes, para demonstrar o efeito da safra e do terroir nos vinhos.


Começamos então a provar os vinhos do topo da pirâmide (Großes Gewächs): Hochheimer Hölle Riesling Großes Gewächs Trocken 2014, junto com outros 2 da mesma safra, dos terroires Berg Rostland e Kirchentür.  Os vinhos deste grupo do top da pirâmide estavam bem novos e frescos, demonstrando ter um belo potencial de envelhecimento. Neste caso, a intenção foi fazer com que provassemos vinhos de 3 diferentes terroires, o que nos faz perceber a boa distinção entre os vinhos.


Provamos também o Hochheimer Hölle Riesling Großes Gewächs Trocken 2013 e os Rüdesheimer Berg Rostland Riesling Großes Gewächs Trocken das safras 2012 e 2013.  O interessante neste caso foi sentir a diferença entre estes vinhos advindos de 2 Regiões e de 2 safras distintas.


Finalmente partimos para degustar os vinhos tintos: Hochheimer Stein Spätburgunder (Pinot Noir) Großes Gewächs 2013 e o mesmo vinho de outra safra 2011, ambos estavam muito equilibrados e com bom potencial de guarda.

A grande vantagem destas degustações foi provar vinhos de diferentes terroires e de diferentes qualidades e safras.

Por fim comprei 2 Rieslings e um Spätburgunder do top da pirâmide, para trazer ao Brasil.


Características do produtor:


Desde 1648 a Weingut Kunstler tem sido um negócio familiar, com início na República Checa. Após a guerra, eles foram expulsos do país e se estabeleceram na Alemanha em 1965.


Graças à sua filosofia de compromisso com a qualidade, seus vinhos foram aclamados nas degustações, onde recebeu vários prêmios.

A vinícola é membro da VDP (Verband Deutscher Prädikatsweingüter), que é a associação dos vinhos de predicado da Alemanha. Ela recebeu 4 estrelas do crítico de vinho Hugh Johnson, para a safra 2010.


O rio Reno corre na direção norte, mudando para direção oeste na região de Rochheim. Graças a este fenômeno, as encostas do rio permitem que as vinhas ali plantadas recebam uma exposição solar ideal.

A vinícola fica junto ao rio Main, nas encostas protegidas do sol que vem do norte, pelo monte Faunus. Isto cria um microclima Mediterrâneo, onde até limões, figos e amêndoas podem ser plantadas.

Como a parte principal da produção do vinho está no cuidar do campo, a Kunstler se encarrega da cobertura vegetal das parreiras e das necessidades particulares de cada vinha, praticamente sem o uso de pesticidas.

Somente os vinhos mais finos da Alemanha recebem a denominação Erstes Gewächs, que significa “de um único terroir” e 76% dos vinhos da Kunstler são assim classificados.

Os solos arenosos nesta região aquecem muito rapidamente e, assim, proporcionam uma floração precoce e uma estação de crescimento mais longo. Um aquecimento rápido do solo promove a maturação rápida das uvas.

As vinhas da Kunstler estão plantadas em 3 regiões, onde ficam os correspondentes terroires:

Hochheim: Stein, Stielweg, Domdechaney, Kirchenstück, Höle, Reichestal e Herrnberg;

Kotheim: Weiss Erd;

Rüdesheim: Berg Hottland, Berg Roseneck, Biscofsberg e Drachenstein.

Depois desta aula sobre a região de Rheingau e seus vinhos, pude voltar contente para Rüdesheim!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Wiesbaden, cidade chique da Alemanha

Entre uma vinícola e outra na região do Reno, resolvi rever a cidade de Wiesbaden, onde fiquei hospedado em 2013, quando eu trabalhava para a General Motors.

Nesta época saí do Brasil pelo aeroporto de Viracopos, onde embarcávamos a pé num avião da Lufthansa. Quando cheguei a Frankfurt, naquela ocasião, fiquei deslumbrado de cara já com aquelas esteiras e finguers que nos levavam por aquele enorme aeroporto!

Como eu não falava alemão, um colega foi me buscar no aeroporto e me levou diretamente para Wiesbaden.

Nesta época eu era recém-formado em Engenharia e felizmente a GM pagava minhas contas lá.

Fiquei hospedado no Hotel Nassauer Hof (http://www.nassauer-hof.de/en/hotel), fundado em 1813.
Este hotel é ainda hoje um 5 estrelas do mais alto nível. Quarto enorme, colchão de plumas e temperatura ambiente controlada, além das portas e janelas duplas para não ter ruídos. O café da manhã um requinte, com tantas opções, praticamente substituía uma refeição. No banheiro, alem de aquecedor de teto, havia aquecimento no piso, e as tolhas eram muito grandes e macias e mornas.


Wiesbaden era e é uma cidade extremamente fina e uma das mais tradicionais e elegantes estâncias balnearias da Alemanha. Um oásis de bem-estar na Europa.


Uma cidade requintada e muito bonita!

Wiesbaden é a capital e a segunda maior cidade (depois de Frankfurt am Main) do estado federal alemão de Hessen.

Diversos hotéis nesta cidade dispõem de sua própria fonte termal e de outras alternativas de bem-estar, oferecendo todo tipo de luxo em banhos.

Outro motivo para ira à Wiesbaden é o desejo de desfrutar de um luxo extraordinário que a cidade oferece.

O efeito terapêutico de nada menos que 26 fontes termais ficou famoso desde a época dos romanos e fez de Wiesbaden o supra sumo da cidade balneária.

Desta outra vez, recentemente fui apenas rever a cidade e desfrutar um pouquinho de sua sofisticação.

As famosas termas Kaiser-Friedrich-Therme ficam no areal de um antigo banho turco romano. Ali encontramos um conjunto de saunas em uma área de 1.500 metros quadrados, onde o visitante é tratado como um rei. O lugar é deslumbrante com seus azulejos finamente decorados.

A Kurhaus, centro de banhos terapêuticos, fica situada em um parque maravilhoso, em estilo inglês, emoldurada por diversos prédios luxuosos.

As colunatas da Kurhaus compõem o mais longo salão de colunas da Europa, com 129 metros.

A colunata do teatro e o teatro estadual Hessisches Staatstheater, inaugurado em 1894, completam a área cultural e terapêutica de primeira qualidade de Wiesbaden.

O passeio pelo pentágono do centro histórico começa na praça Schlossplatz, com o castelo da cidade dos Duques de Nassau e o prédio mais antigo do centro da cidade, a antiga prefeitura de 1610. Ao longo da área leste do pentágono histórico fica a Wilhelmstrasse, uma elegante rua de comércio e especialmente pontos de interesse cultural.

As butiques, galerias e cafés, dois museus de reputação internacional encontram-se também nessa rua: o Museu de Wiesbaden, com arte dos séculos XII a XXI e um importante acervo de história natural, e a associação de arte Nassauischer Kunstverein, que se especializou em arte contemporânea.

No lado leste da Wilhelmstrasse foi criado, em 1860, o parque Warmer Damm, e um pouco mais ao leste impera a mansão Söhnlein-Villa, chamada também de "Casa Branca" por ter sido construída seguindo o exemplo de Washington.

É também na Wilhelmstrasse que acontece aquela que é considerada a maior festa de rua da Alemanha, um evento que todos os anos garante um clima descontraído regado a champagne.

O bairro em torno da rua Goldgasse, das praças Kranzplatz e Kochbrunnenplatz tem um ambiente que é uma espécie de Wilhelmstrasse em miniatura.

A arte de viver bem dos habitantes de Wiesbaden reflete-se também na grande oferta de teatro, literatura e música das mais variadas formas. Todos os anos, companhias de alta qualidade encontram-se no teatro Hessisches Staatstheater para o Festival Internacional de Maio, e o Festival de Música Rheingau transforma toda a região em torno de Wiesbaden em um grande palco de concertos de verão.

Finalmente, o castelo Schloss Freudenberg, no bairro de Dotzheim, oferece uma programação cultural especial, enquanto a gastronomia da cidade garante alegrias gastronômicas.

Outro ponto interessante desta cidade é uma bela igreja russa, com 5 cúpulas douradas, construída em 1855 no alto de uma montanha.

Uma atração badalada, mas meio sem graça, a meu ver, é o maior relógio cuco do mundo, construído por um negociante em 1946.

O Cassino local atrai muita gente. Pessoas famosas como Dostoyevski, Richard Wagner tentaram sua sorte neste local.

A igreja Market, com suas 3 naves, e um florido jardim, é também um belo monumento góticoda cidade.

Gostei muito de rever Wiesbaden, depois de mais de 40 anos!

A cidade continua deslumbrante, com sua beleza e finesse inigualáveis!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Restaurante Tian

Aproveitei um dia que estava no Itaim, para conhecer o almoço executivo do restaurante de culinária contemporânea asiática Tian, que fica na rua Jerônimo da Veiga 36 (fone2389-9399).

O objetivo do Tian é o de aproximar o brasileiro, da cultura asiática.
O Tian reinterpreta os alimentos da cozinha asiática, de maneira moderna e utiliza temperos leves e aromas marcantes. Os pratos deste restaurante são baseados nas receitas dos países da Tailândia, Japão, China, Filipinas, Vietnã e Coréia.

A chef do Tian é Marina Pipatpan, de origem Tailandesa, que nasceu em família hoteleira e tem formação em Marketing e Organização de Eventos. Precurssora da cozinha asiática no Brasil, há mais de 30 anos ficou conhecida pelo catering de eventos e por suas tradicionais receitas da Ásia. Sempre em busca de conhecimento, percorreu diversos países, estudando técnicas e receitas com chefs renomados. Fundou o restaurante Mestiço e depois de quase uma década, resolveu unificar o estilo de vida que comporta sua essência, às experiências gastronômicas vividas nos países da América e Europa. Atualmente, criou junto com Cyro Sá, um novo conceito de restaurante, tanto na culinária contemporânea e sofisticada, quanto no estilo de servir. A familiaridade com os ingredientes e receitas passadas de geração em geração, somada às experiências vividas ao redor do mundo, garantem seu amor pelo trabalho e a autenticidade do Tian Restaurante.

O almoço executivo do Tian tem um bom preço, de R$36,00, para uma entrada, prato principal e sobremesa.

Eu acho inteligente e criativo, quem consegue, com os custos Brasil, servir pratos gostosos a um preço bem razoável! Esta deve ser, ao meu ver,  a nova tendência.

O salão do Tian é bem iluminado, com uma decoração agradável e o serviço atencioso.

De entrada escolhi uma saladinha que estava saborosa.

Como prato principal, pedi um frango grelhado acompanhado de legumes e um molho bem temperado.

Para a sobremesa, pedi uma fatia de abacaxi, que estava doce.

No final das contas, o almoço ficou em R$45,10, incluindo uma água.
Preço justo para o que foi servido!

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