segunda-feira, 24 de abril de 2017

Vale a pena conhecer a Puglia

A Puglia é uma região que fica no sul da Itália, bem no “salto da bota”.  A sua capital é Bari. O seu litoral, com 800 km de costa, é banhado por dois mares, o Mar Adriático e o Mar Jônico. (https://www.youtube.com/watch?v=Bm-R-yTwReE)

A Puglia é uma região desconhecida pela maioria dos brasileiros e ainda não invadida pelos turistas internacionais, exceção feita à cidade de Alberobelo, esta sim muito visitada.

Na Puglia, o forte é o turismo interno, principalmente no verão. Quando lá estivemos, só vimos alguns poucos brasileiros em Lecce.

As praias da Puglia estão entre as mais bonitas da Itália continental. Algumas delas tem areia fina (no mar Jonico), com seu poderoso azul turquesa e outras (no mar Adriático), de tom mais para o esmeralda, com falésias e enseadas de pedrinhas. Nas praias mais badaladas, como as de Galipoli, alguns espaços são reservados aos lidos (locais fechados com serviços disponíveis), no entanto, muitas áreas são públicas.

Come-se bem e em fartas porções na maioria dos lugares, a preços bem razoáveis, se compararmos com o resto da Itália. Alguns dos pratos regionais são os orecchiette (massa em forma de orelhinha), taralli (um biscoitinho condimentado), caldeirões de frutos do mar, ouriço, linguiças, tábuas de frios e queijos. Falando dos queijos, as mozzarelas, nesta região, são feitas de leite de vaca,  desde as defumadas, até as burratas, straciatellas (miolo da burrata) e scamorzas (parecida com o caccia cavalo).

Os vinhos da Puglia são pouco conhecidos pelos brasileiros, na sua maioria potentes, saborosos, diversificados e mais baratos que os do Piemonte e Toscana. Há excelentes vinhos tintos, principalmente Primitivos, e nas variedades: tintos, rosés e brancos, secos, doces e espumantes.


Uma das tradições da Puglia é almoçar em açougues, ou macellerias, onde se escolhe os cortes no balcão, junto com salames, azeitonas e pimentões sott' olio (em azeite de oliva).

Uma boa experiência nesta região, é se hospedar em masserias, que são antigas fortificações, transformadas em hotéis, ou mesmo em trullo, na região de Alberobelo. Os trullo são casinhas construídas de pedra, com teto em forma de cone. Dizem que no passado, elas eram construídas apenas por pedras. Desta forma, elas poderiam ser rapidamente desmontadas, se fosse o caso, para fugir dos inimigos ou dos impostos cobrados pelos donos das terras, uma espécie de acampamentos de sem terra.

A Puglia é uma região  rústica, simples, sem glamour ou frescura. Nas suas praias encontramos famílias numerosas e uma boa quantidade de imigrantes vendendo paus de selfie, roupas e toalhas. Em geral são boas pessoas e não oferecem nenhum risco à população e ao turista.

As vinhas e oliveiras são uma constante em terras puglianas e fazem parte de todos os trajetos pelos quais nos aventuramos. Estas oliveiras produzem azeites muito bons!

O lado do mar Jônico tem estradas melhores do que as do lado do mar Adriático, que tem velocidades limitadas, levando mais tempo para percorrer.

Atraídos pelo nome da dança tarantella, visitamos a cidade de Taranto, onde teve origem esta dança típica. Diz a cultura local que antigamente, quando a pessoa fosse picada pela aranha tarantula, ela deveria pular muito e dançar para se livrar do veneno.

Taranto é uma cidade mais industrial e sem grandes atrativos.

Um lugar interessante para se ir é o promontório de Gargano, porém suas praias ficam distantes do trajeto de alguém que siga para o sul. Nesta região também existe um conjunto de ilhas deslumbrantes. (https://www.youtube.com/watch?v=q_L9kKmWatE).

Pretendo retornar a esta região, para conhecer outras cidades e mergulhar naqueles mares magníficos!

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