Roma é uma perdição total em termos de culinária: restaurantes, lojas, sorveterias, mercados, cafés e lanchonetes ! Tudo isto faz o prazer do glutão.
No período que lá estive, em 2016, aproveitei tudo o que eu tinha direito, inclusive o direito de comprar comidas deliciosas e vinhos para curtir no nosso apartamento.
Aqui relato algumas das minha experiências, a maioria delas bem sucedida em lugares visitados por indicação de amigos experts no ramo.
Um dos restaurantes indicados em Roma, foi o pomposo Pipperno, na Juderia, onde fomos provar um prato tradicional daquela região: o Carciofo a la Judia. É uma alcachofra imersa algumas vezes em óleo fervente, uma delícia! (euros 15).
Neste mesmo restaurante, as entradas eram muito chamativas. Escolhemos prová-las ao invés de comermos o prato principal. Experimentamos o Tortino di Bacallà (bacalhau) e carciofi e patate, que estavam também muito bons (euros 13).
Repetimos uma iguaria que não existe no Brasil: o Juliene de Zucchine Fritte in Pastella (flor de aboborinha recheada com anchova e queijo empanada), outra delícia (euros 9).
Para acompanhar tudo isso, foi sugerido um vinho das Dolomitas: Omnes Dier branco, que casou bem com os pratos. Como este é um vinho do norte da Itália, próximo à Áustria, o rótulo estava escrito em alemão.
Neste restaurante, que fica próximo ao Vaticano, vimos uma cena inusitada: encontramos alguns padres, de batina, que estavam comendo e bebendo tudo que tinham direito. Parece mesmo que esta profissão tem suas vantagens.
Outra indicação de restaurante, em Roma, que tivemos, foi o Tulio, que fica perto do Palazzo Barberini (via San Nicola da Tolentino, 26), gerenciado pela família desde1950.
Logo que chegamos no Tulio, pedimos como entrada , a carciofi alla romana (alcachofra frita ).
O outro prato pedido foi uma massa al ragu bolognese
Apreciamos também o Tagliolini Gamberi e Pecorino (massa com camarão e queijo de leite de ovelha).
Para acompanhar estes pratos, pedimos o vinho Amarone Tommasi 2012, que caiu como uma luva.
Ao final da refeição, junto com o café ainda serviram cantucci, que é um delicioso biscoito com amêndoas, que combina muito bem com vinho santo.
Do outro lado do rio, com relação ao centro de Roma, existe o Trastévere, que é uma região boêmia da cidade, cheia de restaurantes alegres. Infelizmente, quando passamos por lá, já tínhamos almoçado.
A comida é mesmo uma paixão dos italianos!
Voltando do Trastevere, pelo centro histórico, encontramos um lugar charmoso para comer, onde pedi um divino melão com presunto cru. Lá conheci a garçonete Natalia, que já morou no Brasil e que está fazendo curso de Someliere.
Estivemos também no Due Ladroni, um excelente restaurante, que mereceu um artigo meu , já postado no meu blog.
Procuramos ao chegar em Roma, um restaurante que já conhecíamos: o Aldo Moro. Porém seu menu tinha mudado muito e nos pareceu muito turístico. Jantamos então em outro lugar, no restaurante Le Grotte, que ficava perto do nosso hotel e da piazza Di Spagna.
Outro lugar do qual já falei num post foi a Gelateria del Teatro, onde se pode ver o sorvete sendo preparado com produtos naturais.
Outro ponto interessante, um dos centros gastronômicos da Itália, é o Eataly, com seus deliciosos e diversos produtos italianos!
O Eataly maior fica longe do centro da cidade e é preciso pegar um metrô para chegar lá. Aproveitamos o passeio e almoçamos uma pizza muito boa!
A proprietária do apartamento que alugamos , também nos levou a conhecer um local gastronômico charmoso, o café Atelier, que fica na Piazza de Espagna. Neste local ficava o atelier de Bernini e é por isso que ali existem diversas cópias das esculturas deste artista e seus instrumentos de trabalho. Pode-se tomar um café ou um lanche e até mesmo fazer uma refeição neste atelier, com o sentimento de ter feito uma viagem no tempo e nas artes.
Enfim, depois de um mês de viagem pela Itália, voltei para o Brasil, precisando fazer um SPA para ficar em forma de novo, depois de tantas comilanças!
Ainda hoje me recordo dos divinos pratos e vinhos que apreciei e curti pela viagem!
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Beaune, coração da Borgonha. Paraiso dos Pinot Noir e Chardonnay!
Saimos de Paris e fomos para a cidade de Beaune, que fica no coração de uma das mais famosas regiões vinícolas do mundo, a Borgonha.
Ficamos hospedados no Hotel de La Cloche (http://www.hotel-lacloche-beaune.com/en/)
Standard Gran Lit, sem café, que custou EUR 94,50 por noite. Era um hotel simples, mas com boa acomodação e um café da manhã farto. Ficava bem próximo ao centro de Beaune e tinha estacionamento, cobrado a parte.
Saímos para passear de noite no centro de Beaune, onde vimos um espetáculo, de imagens e luzes, projetado no prédio do Hospice de Beaune, com seu lindo telhado, que mais parece um mosaíco colorido.
Jantamos num restaurantinho do centro da cidade, onde comi um prato típico da região: escargots. Devido ao calor, pedi um gostoso vinho rosè Coteaux Bourguignons, que estava uma delícia e combinava bem com o meu prato.
No dia seguinte, fomos visitar o Hospice de Beaune que foi construído em 1443. Anteriormente ele era um hospital. A originalidade desta instituição hospitalar reside na importância e natureza do seu patrimônio, constituído por um monumento histórico, o Hôtel-Dieu do século XV.
Além do prédio ser muito bonito, ele também abriga um museu que guarda as acomodações e os instrumentos utilizados na época.
O prédio hoje é preservado em um estado excepcional de conservação. Este monumento é um testemunho raro da arquitetura civil da Idade Média.
No mesmo local, existe uma loja onde se vende os vinhos do Hospice, que vem de doações das melhores denominações da Borgonha.
Visitamos nesta mesma manhã, uma tentadora feirinha dos produtores da região, onde compramos ervas e algumas especiarias. Estas feiras, em geral, acontecem com frequência nas cidades do interior da França. A minha vontade era de levar tudo para casa, mas infelizmente não podia.
Depois fomos visitar Dijon, que é a maior cidade da região, com inúmeras lojas de sua especialidade: mostardas com todos tipos possíveis de combinações.
Passeamos também pelo centro histórico e almoçamos no centro de Dijon.
Pedimos um prato de carne com molho de mostarda e fritas, acompanhado de um delicioso Pinot Noir da Domaine Marey 2014.
Aproveitamos a volta pela Route de Vin de Bourgogne e passamos por cidadelas com nomes dos grandes terroires: Gevrey Chambertin, Vosges Romannèe, Nuits de Saint George e Aloxe Corton.
Encontramos em Aloxe Corton, o hotel onde passamos a noite, em uma viagem anterior. Um hotel simples porém com um delicioso restaurante.
Fomos também até às vinhas da Romanèe Conti, onde vimos uma placa proibindo a entrada para degustar uvas. Achei indelicado e pensei: só faltou proibirem de tirarmos fotos e olharmos para as uvas!
À noite, neste mesmo dia, apreciamos um dos meus queijos prediletos: o Brillat Savarin, no hotel.
No dia seguinte, passeamos pela praça Carnot e visitamos o museu e a Moutarderie Fallot, onde compramos mostarda ao molho de estragon e outras. Fomos também conhecer a catedral de Beuane.
O almoço então foi na Brasserie Carnot, onde me deliciei com uma sopa de cebola e foie gras acompanhado de confiture de l’oignon.
À tarde fomos visitar a vinícola de Comte Senard em Aloxe Corton. Relatarei tal visita em outro post.
Fomos conhecer o centro comercial e aproveitamos para comprar o queijo Epuisses. Tudo lá era uma tentação aos glutões!
No dia seguinte, fui visitar a adega de Joseph Drouhin e provar seus deliciosos vinhos que são importados pela Mistral.
Descobrimos na cidade, que perto de Beaune morava a artista Jurga, muito boa e escultora estimada por minha mulher. Resolvemos ir até a sua casa, onde vimos de relance o seu jardim, com várias esculturas muito interessantes.Infelizmente Jurga não estava lá.
Por sorte, à noite quando saímos para jantar, demos com um magnífico arco íris, decorando as vinhas da Borgonha. Foi um espetáculo inesquecível!
Jantamos no restaurante do hotel “Terrasses de Courton”
Pedimos como entrada um creme de beterraba.
Para variar pedi também os escargots e foie gras para minha esposa acompanhado de um vinho sucrèe (adocicado).
O prato principal foi um demi pigeon (meio pombo), com batatas dauphine.
O outro prato pedido por mim foi a bochecha de boi ao molho bourgundy com tagliatelli.
Além de toda a comilança, ainda vieram queijos variados, antes da sobremesa composta de profiteroles.
Madeleines e totelettes acompanharam o café! Uma verdadeira loucura! Uma refeição très française!
Como vinho, nesta noite, escolhi um Aloxe-Corton 2007, de Edmond Cornu.
Com os objetivos amplamente atendidos, voltamos para o hotel para descansar pois no dia seguinte iríamos viajar para a cidade de Annecy.
Ficamos hospedados no Hotel de La Cloche (http://www.hotel-lacloche-beaune.com/en/)
Standard Gran Lit, sem café, que custou EUR 94,50 por noite. Era um hotel simples, mas com boa acomodação e um café da manhã farto. Ficava bem próximo ao centro de Beaune e tinha estacionamento, cobrado a parte.
Saímos para passear de noite no centro de Beaune, onde vimos um espetáculo, de imagens e luzes, projetado no prédio do Hospice de Beaune, com seu lindo telhado, que mais parece um mosaíco colorido.
Jantamos num restaurantinho do centro da cidade, onde comi um prato típico da região: escargots. Devido ao calor, pedi um gostoso vinho rosè Coteaux Bourguignons, que estava uma delícia e combinava bem com o meu prato.
No dia seguinte, fomos visitar o Hospice de Beaune que foi construído em 1443. Anteriormente ele era um hospital. A originalidade desta instituição hospitalar reside na importância e natureza do seu patrimônio, constituído por um monumento histórico, o Hôtel-Dieu do século XV.
Além do prédio ser muito bonito, ele também abriga um museu que guarda as acomodações e os instrumentos utilizados na época.
O prédio hoje é preservado em um estado excepcional de conservação. Este monumento é um testemunho raro da arquitetura civil da Idade Média.
No mesmo local, existe uma loja onde se vende os vinhos do Hospice, que vem de doações das melhores denominações da Borgonha.
Visitamos nesta mesma manhã, uma tentadora feirinha dos produtores da região, onde compramos ervas e algumas especiarias. Estas feiras, em geral, acontecem com frequência nas cidades do interior da França. A minha vontade era de levar tudo para casa, mas infelizmente não podia.
Depois fomos visitar Dijon, que é a maior cidade da região, com inúmeras lojas de sua especialidade: mostardas com todos tipos possíveis de combinações.
Passeamos também pelo centro histórico e almoçamos no centro de Dijon.
Pedimos um prato de carne com molho de mostarda e fritas, acompanhado de um delicioso Pinot Noir da Domaine Marey 2014.
Aproveitamos a volta pela Route de Vin de Bourgogne e passamos por cidadelas com nomes dos grandes terroires: Gevrey Chambertin, Vosges Romannèe, Nuits de Saint George e Aloxe Corton.
Encontramos em Aloxe Corton, o hotel onde passamos a noite, em uma viagem anterior. Um hotel simples porém com um delicioso restaurante.
Fomos também até às vinhas da Romanèe Conti, onde vimos uma placa proibindo a entrada para degustar uvas. Achei indelicado e pensei: só faltou proibirem de tirarmos fotos e olharmos para as uvas!
À noite, neste mesmo dia, apreciamos um dos meus queijos prediletos: o Brillat Savarin, no hotel.
No dia seguinte, passeamos pela praça Carnot e visitamos o museu e a Moutarderie Fallot, onde compramos mostarda ao molho de estragon e outras. Fomos também conhecer a catedral de Beuane.
O almoço então foi na Brasserie Carnot, onde me deliciei com uma sopa de cebola e foie gras acompanhado de confiture de l’oignon.
À tarde fomos visitar a vinícola de Comte Senard em Aloxe Corton. Relatarei tal visita em outro post.
Fomos conhecer o centro comercial e aproveitamos para comprar o queijo Epuisses. Tudo lá era uma tentação aos glutões!
No dia seguinte, fui visitar a adega de Joseph Drouhin e provar seus deliciosos vinhos que são importados pela Mistral.
Descobrimos na cidade, que perto de Beaune morava a artista Jurga, muito boa e escultora estimada por minha mulher. Resolvemos ir até a sua casa, onde vimos de relance o seu jardim, com várias esculturas muito interessantes.Infelizmente Jurga não estava lá.
Por sorte, à noite quando saímos para jantar, demos com um magnífico arco íris, decorando as vinhas da Borgonha. Foi um espetáculo inesquecível!
Jantamos no restaurante do hotel “Terrasses de Courton”
Pedimos como entrada um creme de beterraba.
Para variar pedi também os escargots e foie gras para minha esposa acompanhado de um vinho sucrèe (adocicado).
O prato principal foi um demi pigeon (meio pombo), com batatas dauphine.
O outro prato pedido por mim foi a bochecha de boi ao molho bourgundy com tagliatelli.
Além de toda a comilança, ainda vieram queijos variados, antes da sobremesa composta de profiteroles.
Madeleines e totelettes acompanharam o café! Uma verdadeira loucura! Uma refeição très française!
Como vinho, nesta noite, escolhi um Aloxe-Corton 2007, de Edmond Cornu.
Com os objetivos amplamente atendidos, voltamos para o hotel para descansar pois no dia seguinte iríamos viajar para a cidade de Annecy.
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