O chefe Rodrigo Oliveira iniciou seus trabalhos no restaurante do pai, o Mocotó, na Vila Medeiros, bairro operário da zona norte de São Paulo, que tem suas raízes na cozinha sertaneja.
O início com o pai foi meio tumultuado, por diferenças de concepção a respeita da comida. A primeira coisa que Rodrigo fez foi trocar os ingredientes rústicos por outros de melhor qualidade.
Seu projeto atual e mais ousado é levar a comida brasileira para a Califórnia, através da abertura de um restaurante no local.
Rodrigo, em entrevista ao Paladar, do Estadão, reclamou daqueles que só servem só luxo. Para ele, o público já está maduro o suficiente para não ser iludido apenas com o requinte.
Ele lançou recentemente o livro “Mocotó, o Pai, o Filho e o Restaurante”, onde conta a história do restaurante fundado pelo pai hà 44 anos.
Há um tempo atrás, fui conhecer o Mocotó, naquela ocasião já famoso. Ele era então o único restaurante do grupo. Para chegar lá, na Vila Medeiros, foi uma verdadeira novela e, apesar de ser domingo e antes do meio dia, enfrentei uma espera de 1:30 até que pudéssemos sentar. Este tipo de espera, em geral, é contra meus princípios.
Na minha avaliação daquele dia, achei as entradas e aperitivos muito bons. Quanto aos pratos principais, como fui com 2 amigos radicais, os pedidos de Mocotó e Sarapatel, pouco me contentaram. Não fazem muito o meu gênero. Por estas e outras, pedi um peixe que estava meio sem graça. Em suma, a experiência, que publiquei anteriormente não foi das melhores.
Quando abriu outro restaurante deste mesmo chef, no Mercado de Pinheiros, que fica perto de casa, fui imediatamente conhecer. A nova experiência tampouco boa pois o menu era muito limitado, por conta do espaço diminuto.
Outro dia, uma amiga me convidou a participar de uma excursão, ao “Esquina Mocotó”, o terceiro restaurante do chef Rodrigo. Segundo ela, tratava-se de uma versão mais light que o Mocotó.
Lá fui eu! O restaurante “Esquina” é mais bonito que os outros e o serviço é muito bom!
Para esta excursão foi montado um menu especial que oferecia couvert, entradas, prato principal e sobremesa.
Rodrigo nos recebeu e foi muito simpático!
Pude fotografar a preparação dos pratos na cozinha que, por sua vez, é aberta para o salão.
Como couvert veio um pão de fermentação lenta, feito na casa, acompanhado de azeite e manteiga com umburama. Ele estava delicioso.
Em seguida foram servidos dadinhos de tapioca com geléia de pimenta, sempre presentes em seus estabelecimentos e a verdadeira delícia da casa!
Como prato principal, escolhi o Javali com beterrabas, coalhada e molho de cacau. O prato era muito bem apresentado e o tempero delicioso. Só não gostei da carne do javali, muito dura e gordurosa.
Para a sobremesa pedi um sorvete de uvaia que estava gostoso.
Esta última experiência já foi bem melhor que as anteriores.
Prossegui com minhas investigações e resolvi ir conhecer o quarto restaurante do chef.
Para completar o circuito então, fui conhecer o mais novo empreendimento, “Balaio”, que fica no térreo do Instituto Moreira Sales à Avenida Paulista, 2424.
Desta vez sim acertei em cheio!
Escolhi o Arroz de Linguiça Bragantina, com Costelinha e Quiabo para almoçar. O quiabo era grelhado, do jeito que gosto e o tempero muito bom! O prato além de criativo e saboroso era assentado em nossas tradições!
Por isso, pretendo voltar ao Balaio, para provar ainda os outros pratos que também prometem.
Além da comida estar ótima, este lugar é mais acessível, apesar de cheio como os outros restaurantes do grupo Mocotó.
Os restaurantes deste grupo tem o dom de utilizar produtos nacionais a baixo custo e isto em si já é uma grande ideia!
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Miolo chega na Argentina e desbrava seu quinto terroir
Grupo brasileiro adquire a Bodega Renacer, localizada em Luján de Cuyo - Mendoza, consolidando assim, sua internacionalização em uma das pri...
-
Com 10 anos, espumante que ficou submerso no mar da França chega ao mercado Objeto de desejo de colecionadores, rótulo traz luxo e exclusiv...
-
Graças à indicação de um amigo, fui conhecer em São Paulo, o restaurante MYK (abreviação de Mykonos), que fica na rua Peixoto Gomide 1972 (...
-
As experiências da Miolo em três terroirs brasileiros Do Vale dos Vinhedos, passando pela Campanha Gaúcha, até chegar ao Vale do São Francis...
Nenhum comentário:
Postar um comentário