sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Beaune, coração da Borgonha. Paraiso dos Pinot Noir e Chardonnay!

Saimos de Paris e fomos para a cidade de Beaune, que fica no coração de uma das mais famosas regiões vinícolas do mundo, a Borgonha.

Ficamos hospedados no Hotel de La Cloche (http://www.hotel-lacloche-beaune.com/en/)
Standard Gran Lit, sem café, que custou EUR 94,50 por noite. Era um hotel simples, mas com boa acomodação e um café da manhã farto. Ficava bem próximo ao centro de Beaune e tinha estacionamento, cobrado a parte.

Saímos para passear de noite no centro de Beaune, onde vimos um espetáculo, de imagens e luzes, projetado no prédio do Hospice de Beaune, com seu lindo telhado, que mais parece um mosaíco colorido.

Jantamos num restaurantinho do centro da cidade, onde comi um prato típico da região: escargots. Devido ao calor, pedi um gostoso vinho rosè Coteaux Bourguignons, que estava uma delícia e combinava bem com o meu prato.

No dia seguinte, fomos visitar o Hospice de Beaune que foi construído em 1443. Anteriormente ele era um hospital. A originalidade desta instituição hospitalar reside na importância e natureza do seu patrimônio, constituído por um monumento histórico, o Hôtel-Dieu do século XV.

Além do prédio ser muito bonito, ele também abriga um museu que guarda as acomodações e os instrumentos utilizados na época.


O prédio hoje é preservado em um estado excepcional de conservação. Este monumento é um testemunho raro da arquitetura civil da Idade Média.

No mesmo local, existe uma loja onde se vende os vinhos do Hospice, que vem de doações das melhores denominações da Borgonha.

Visitamos nesta mesma manhã, uma tentadora feirinha dos produtores da região, onde compramos ervas e algumas especiarias. Estas feiras, em geral, acontecem com frequência nas cidades do interior da França. A minha vontade era de levar tudo para casa, mas infelizmente não podia.

Depois fomos visitar Dijon, que é a maior cidade da região, com inúmeras lojas de sua especialidade: mostardas com todos tipos possíveis de combinações.

Passeamos também pelo centro histórico e almoçamos no centro de Dijon.

Pedimos um prato de carne com molho de mostarda e fritas, acompanhado de um delicioso Pinot Noir da Domaine Marey 2014.

Aproveitamos a volta pela Route de Vin de Bourgogne e passamos por cidadelas com nomes dos grandes terroires: Gevrey Chambertin, Vosges Romannèe, Nuits de Saint George e Aloxe Corton.

Encontramos em Aloxe Corton, o hotel onde passamos a noite, em uma viagem anterior. Um hotel simples porém com um delicioso restaurante.

Fomos também até às vinhas da Romanèe Conti, onde vimos uma placa proibindo a entrada para degustar uvas. Achei indelicado e pensei: só faltou proibirem de tirarmos fotos e olharmos para as uvas!

À noite, neste mesmo dia, apreciamos um dos meus queijos prediletos: o Brillat Savarin, no hotel.

No dia seguinte, passeamos pela praça Carnot e visitamos o museu e a Moutarderie Fallot, onde compramos mostarda ao molho de estragon e outras. Fomos também conhecer a catedral de Beuane.

O almoço então foi na Brasserie Carnot, onde me deliciei com uma sopa de cebola e foie gras acompanhado de confiture de l’oignon.

À tarde fomos visitar a vinícola de Comte Senard em Aloxe Corton. Relatarei tal visita em outro post.

Fomos conhecer o centro comercial e aproveitamos para comprar o queijo Epuisses. Tudo lá era uma tentação aos glutões!

No dia seguinte, fui visitar a adega de Joseph Drouhin e provar seus deliciosos vinhos que são importados pela Mistral.


Descobrimos na cidade, que perto de Beaune morava a artista Jurga, muito boa e escultora estimada por minha mulher. Resolvemos ir até a sua casa, onde vimos de relance o seu jardim, com várias esculturas muito interessantes.Infelizmente Jurga não estava lá.

Por sorte, à noite quando saímos para jantar, demos com um magnífico arco íris, decorando as vinhas da Borgonha. Foi um espetáculo inesquecível!

Jantamos no restaurante do hotel “Terrasses de Courton”

Pedimos como entrada um creme de beterraba.

Para variar pedi também os escargots e foie gras para minha esposa acompanhado de um vinho sucrèe (adocicado).

O prato principal foi um demi pigeon (meio pombo), com batatas dauphine.

O outro prato pedido por mim foi a bochecha de boi ao molho bourgundy com tagliatelli.

Além de toda a comilança, ainda vieram queijos variados, antes da sobremesa composta de profiteroles.

Madeleines e totelettes acompanharam o café! Uma verdadeira loucura! Uma refeição très française!

Como vinho, nesta noite, escolhi um Aloxe-Corton 2007, de Edmond Cornu.

Com os objetivos amplamente atendidos, voltamos para o hotel para descansar pois no dia seguinte iríamos viajar para a cidade de Annecy.

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