Soalheiro é a primeira marca do vinho tipo Alvarinho, na região de Melgaço (o ponto mais a norte de Portugal). Melgaço é a região, onde a cepa Alvarinho melhor se adapta. O terreno é protegido por um conjunto de montanhas que criam condições de chuva, temperatura e horas de sol necessárias para o melhor amadurecimento das uvas.
Uma área significativa das vinhas utilizadas na vinícola Soalheiro Clássico provém da Quinta de Soalheiro. Nesta Quinta se recorre a conceitos de produção que promovem a biodiversidade da fauna e flora local. É exclusivamente destas vinhas que nascem as uvas que vão dar origem ao Soalheiro Terramatter e ao Soalheiro Nature.
A casta Loureiro, para misturar com a Alvarinho provém regiões de Vinhos Verdes com influência atlântica, como o vale do Lima. A casta Loureiro apresenta sobretudo aromas de “lichia” e este terroir atlântico é perfeito para sua produção.
Depois de visitar vinícolas nas Rias Baixas, na Espanha e Outra no Minho, fui conhecer a Soalheiro, que é um grande produtor de vinhos verdes.
Lá chegando, juntei-me à um grupo, inclusive de brasileiros para conhecer a adega, que utiliza tanto Ovos de concreto, como cubas de Inox e grandes tonéis de madeira para fermentação de seus vinhos.
Passamos então para a sala de provas, onde experimentei:
Espumante Brut Alvarinho, produzido pelo método tradicional. Sua cor é amarela citrina, com bolhas finas e persistentes. É um delicioso espumante e o primeiro que provei do Minho.
Nature 2017, feito com a cepa Alvarinho, com 12,5% de álcool. Ele não sofre adição de Sulfito e pertence ao grupo de vinhos Naturais da Soalheiro e que não sofre filtragem. A cor e o aroma são intensos e sabor complexo.
Alvarinho Reserva 2016, com 13% de álcool e fermentado em carvalho francês. Sua cor é de um amarelo intenso. O vinho recebeu nota 94 RP para a safra 2012. Perguntei ao atendente se era um vinho de guarda e ele me serviu um outro da safra 2006, que era bem diferente mas estava bem vivo.
Oppaco, das cepas: Vinhão e Alvarinho, com 12% de álcool. É um vinho tinto agradável e persistente, o que é difícil de se obter na região.
Os outros vinhos produzidos pela Soalheiro são:
Allo Alvarinho e Loureiro. Alvarinho Dócil, com 9% de álcool, pleno de acidez e açúcar residual. Alvarinho Granit, com intenso mineral. Alvarinho Primeiras vinhas, feito com vinhas velhas. Mineral rose Alvarinho & Pinot Noir. Alvarinho Terramater. Espumante brut rose. Alvarinho aguardente bagaceira.
Terminada a visita fui presenteado com uma garrafa de 3 litros (Jéroboam), Primeiras Vinhas 2017, da cepa Alvarinho. Ele é produzido com o conceito de vinhas biológicas, de parreiras de pé franco (sem enxerto).
Depois de tanta gentileza só tenho a agradecer à Soalheiro e à Mistral que me proporcionaram esta excelente experiência!
Aproveitem as experiências que venho vivendo, enquanto procuro conhecer melhor o mundo dos vinhos. Também vou falar da gastronomia e de viagens pelo mundo, incluindo as principais regiões produtoras de vinho. Saúde! E boa leitura!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Douro interior e Peso da Régua. Região onde são produzidos alguns dos melhores vinhos do Douro
Depois de conhecer o Minho, fui para o interior do Douro para visitar as vinícolas: Croft, Niepoort e Anselmo Mendes.
Fiquei 3 dias na região, mas cheguei à conclusão que bastariam 2 apenas, pois esta região não tem muitas atrações, fora a beleza extraordinária das plantações de parreiras.
Fiquei hospedado na maior cidade da região, Peso da Régua, no hotel: Casa Nossa Sra. Do Carmo (http://www.casanscarmo.com/PT/Default.aspx), por 85 euros por dia, com café incluído. O hotel era confortável, o pessoal atencioso, mas ficava numa região distante do centro e de acesso complicado.
Peso da Régua fica no centro da região demarcada do Douro e o seu nome vem da junção de 2 localidades: Peso, ficava numa parte mais alta e era a povoação original e Régua, correspondente da parte baixa, junto ao rio.
Peso da Régua foi um grande centro de distribuição do Vinho do Porto em XIII e continua sendo um importante local de cruzamento de estradas.
Fui conhecer a única atração da cidade, o Museu do Vinho, que conta a história do vinho da região e tem ali, um exemplar do barco que antigamente transportava o vinho até Gaia, o Lamego.
Seguindo a sugestão do recepcionista do hotel , fomos jantar no topo da cidade, no restaurante Varandas da Régua, com vista para um belo por do sol. O dono é o Sr. Fernando muito simpático e falante.
Pedimos alheiras caseiras e Lulas grelhadas na chapa com batatas cozidas, muito bem feitas.
Na volta do restaurante, os 2 GPS do nosso carro se perderam e nos levaram à um beco, em que o carro não passava. Felizmente uma moradora da região nos ajudou a manobrar e indicou a direção do hotel.
Fui também visitar a cidade de Lamego, para ver a sua capela de Nossa Sra. dos Remédios, construída em 1.391, dedicada a São Estevão, que tornou-se um centro de peregrinação.
Para chegar ao topo ou vai-se de carro ou é necessário subir uma escadaria dupla, com 686 degraus, semelhante à de Braga.
O melhor que existe na região são as vistas do rio Douro, com seus degraus (socalcos) e muros de pedra, construídos à mão, onde são plantadas as parreiras.
Um dos restaurantes mais badalados do Douro fica na sua margem, próximo à cidade de Pinhão, o DOC. Ele tem oferece uma bela vista do rio.
Quando passamos por lá, ele estava fechado para um grupo, e não pudemos almoçar como desejávamos, mas deu para ver que os preços ali são salgados e sua cozinha moderna.
Resolvemos então almoçar em Pinhão, no Hotel Vintage House, à beira do Douro. Um belíssimo local!
Aguardamos a mesa deitados em redes entre palmeiras.
Fomos presenteados com uma entrada de camarões empanados muito gostosa.
Os pratos que pedimos foram:
Bacalhau com cebola roxa e mousse de grão de bico, compota de azeitona e molho de caldeirada
Bochecha de porco preto, confitada com purê de feijão e molho de feijoada.
Acompanhou os pratos, o espumante Raposeira, Blanc de Noirs Bruto, que estava delicioso, assim como a comida!
Além do ambiente agradável e uma bela vista do Douro, os pratos e o serviço estavam divinos!
Fiquei 3 dias na região, mas cheguei à conclusão que bastariam 2 apenas, pois esta região não tem muitas atrações, fora a beleza extraordinária das plantações de parreiras.
Fiquei hospedado na maior cidade da região, Peso da Régua, no hotel: Casa Nossa Sra. Do Carmo (http://www.casanscarmo.com/PT/Default.aspx), por 85 euros por dia, com café incluído. O hotel era confortável, o pessoal atencioso, mas ficava numa região distante do centro e de acesso complicado.
Peso da Régua fica no centro da região demarcada do Douro e o seu nome vem da junção de 2 localidades: Peso, ficava numa parte mais alta e era a povoação original e Régua, correspondente da parte baixa, junto ao rio.
Peso da Régua foi um grande centro de distribuição do Vinho do Porto em XIII e continua sendo um importante local de cruzamento de estradas.
Fui conhecer a única atração da cidade, o Museu do Vinho, que conta a história do vinho da região e tem ali, um exemplar do barco que antigamente transportava o vinho até Gaia, o Lamego.
Seguindo a sugestão do recepcionista do hotel , fomos jantar no topo da cidade, no restaurante Varandas da Régua, com vista para um belo por do sol. O dono é o Sr. Fernando muito simpático e falante.
Pedimos alheiras caseiras e Lulas grelhadas na chapa com batatas cozidas, muito bem feitas.
Na volta do restaurante, os 2 GPS do nosso carro se perderam e nos levaram à um beco, em que o carro não passava. Felizmente uma moradora da região nos ajudou a manobrar e indicou a direção do hotel.
Fui também visitar a cidade de Lamego, para ver a sua capela de Nossa Sra. dos Remédios, construída em 1.391, dedicada a São Estevão, que tornou-se um centro de peregrinação.
Para chegar ao topo ou vai-se de carro ou é necessário subir uma escadaria dupla, com 686 degraus, semelhante à de Braga.
O melhor que existe na região são as vistas do rio Douro, com seus degraus (socalcos) e muros de pedra, construídos à mão, onde são plantadas as parreiras.
Um dos restaurantes mais badalados do Douro fica na sua margem, próximo à cidade de Pinhão, o DOC. Ele tem oferece uma bela vista do rio.
Quando passamos por lá, ele estava fechado para um grupo, e não pudemos almoçar como desejávamos, mas deu para ver que os preços ali são salgados e sua cozinha moderna.
Resolvemos então almoçar em Pinhão, no Hotel Vintage House, à beira do Douro. Um belíssimo local!
Aguardamos a mesa deitados em redes entre palmeiras.
Fomos presenteados com uma entrada de camarões empanados muito gostosa.
Os pratos que pedimos foram:
Bacalhau com cebola roxa e mousse de grão de bico, compota de azeitona e molho de caldeirada
Bochecha de porco preto, confitada com purê de feijão e molho de feijoada.
Acompanhou os pratos, o espumante Raposeira, Blanc de Noirs Bruto, que estava delicioso, assim como a comida!
Além do ambiente agradável e uma bela vista do Douro, os pratos e o serviço estavam divinos!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Os excelentes vinhos do Porto da Taylors e minha visita à adega em Vila Nova de Gaia.
O vinho do Porto é um dos grandes vinhos clássicos europeus, sendo a sua história tão antiga como fascinante. Um dos aspectos interessantes do Vinho do Porto é a sua variedade de estilos, cada um com os seus próprios sabores e aparências distintas.
As primeiras informações de vinho sob o nome de "vinho do Porto” foram registadas em 1678.
Apesar do vinho ser produzido no interior do país, nas vinhas do Alto Douro, ele deve o seu nome à cidade costeira do Porto de onde é tradicionalmente exportado.
Até meados do século XX, o vinho era transportado pelo rio Douro em barcos especiais, conhecidos por barcos rabelos. O vinho era então descarregado nas caves das casas de vinho do Porto, na Vila Nova de Gaia, em frente ao centro histórico da cidade do Porto. Aí o vinho era envelhecido, loteado (misturado), engarrafado e finalmente expedido.
Muitos dos produtores mais antigos e conhecidos, como a Taylor’s ou a Croft, são de origem inglesa ou escocesa e, ao longo de grande parte da história do vinho do Porto, a Grã-Bretanha foi de longe o seu maior mercado.
A Taylor’s é uma das mais antigas casas que se dedicam exclusivamente ao vinho do Porto, fundada em 1.692.
O vinho do porto é um vinho fortificado, isto é: no processo de sua fermentação (onde o açúcar das uvas é transformada em álcool), atingi-se a dosagem de açúcar ideal, acrescenta-se aguardente vínico.
O aguardente vínico é um destilado da uva, e neste caso tem aproximadamente 77% de álcool.
Um dos aspectos fascinantes do vinho do Porto é a sua variedade, com os seus próprios sabores característicos, desde o intenso frutado Reserva ou um LBV (Late Bottled Vintage), à opulência e complexidade de um Tawny de idade ou a imponência sublime de um Porto Vintage.
O vinho do Porto é produzido na acidentada zona montanhosa do Alto Douro, no nordeste de Portugal, uma das mais antigas e belas áreas vitivinícolas do mundo onde se faz vinho há pelo menos dois mil anos. Em 1756, as vinhas do vinho do Porto no Douro tornaram-se a primeira área vitivinícola no mundo a ser legalmente demarcada.
As uvas, principalmente de variedades específicas como a Touriga Nacional, a Touriga Francesa ou a Tinta Barroca (por volta de 30 cepas) são cultivadas nas encostas íngremes e rochosas que margeiam o rio Douro e os seus afluentes. Muitas das vinhas mais antigas, agora classificadas como Patrimônio Mundial, estão plantadas em socalcos estreitos, apoiados por muros de pedra construídos à mão.
Apesar de poderem ser plantadas separadamente, as diferentes castas são normalmente vindimadas e fermentadas juntas. Cada casta contribui com o seu caráter particular – tais como os intensos sabores a frutos do bosque, os delicados aromas florais, as exóticas notas a especiarias ou os aromas silvestres e resinosos.
No processo tradicional, que continua a ser utilizado para fazer os vinhos das próprias quintas da Taylor´s, as uvas são depois colocadas em grandes tanques de granito chamados "lagares”, onde são pisadas a pé.
A primeira etapa da pisa a pé denomina-se "corte” e consiste em esmagar as uvas, que nesta fase ainda são relativamente sólidas, para assim libertar o sumo e a polpa das peles.
Quando cerca de metade do açúcar natural do sumo da uva for transformado em álcool pela fermentação, o enólogo dá o sinal para dar início ao processo de fortificação. A pisa a pé termina e as peles começam a subir à superfície do lagar onde formam uma camada sólida. O vinho que está fermentando, sob esta camada de peles, é retirado do lagar e transferido para uma cuba. À medida que o vinho em fermentação é transferido para a cuba, vai lhe sendo adicionado uma aguardente vínica muito limpa e jovem.
Após as vindimas, o vinho permanece na adega no Douro, onde repousa até à primavera do ano seguinte, quando é transportado para as caves da empresa em Vila Nova de Gaia para envelhecer, ser loteado e engarrafado.
Antes de ser levado para as caves, cada vinho é avaliado, decidindo-se a qual estilo de vinho do Porto será destinado. O vinho é então colocado em cascos ou cubas, conforme o caso, para começar o seu processo de envelhecimento. O vinho do Porto, por ser fortificado e ter notável potencial de envelhecimento, pode permanecer em madeira por muito mais tempo do que a maioria dos outros vinhos. Isso significa que pode ser envelhecido de diferentes formas e por diferentes períodos para produzir uma ampla gama de estilos.
Em 2018 fui conhecer as caves da Taylor’s, em Vila Nova de Gaia, numa área onde se tem uma vista esplendorosa do Porto e do rio Douro.
Fui recebido por Ana Margarida Morgado, relações públicas da empresa. Por sinal, muito gentil.
Iniciamos a visita pela área onde ficam armazenados e envelhecendo os vinhos, com uma infinidade de barricas, de várias capacidades.
No final desta área, existe um enorme tonel cheio de vinho.
Passamos em seguida, por outra área, onde vários documentos contam a história da Taylor’s.
Depois fomos convidados para a degustação dos vinhos. Lá provamos:
Chip Dry Port, um vinho branco, seco, apropriado a ser servido como aperitivo. Sua principal casta é a Malvasia Fina. Este é um vinhos amarelo palha, muito fresco e agradável.
LBV 2013 que consiste numa seleção de vinhos do Porto tintos encorpados e de excelente qualidade, provenientes de um único ano. O Late Bottled Vintage, como sugere o nome em inglês, é engarrafado mais tarde, permanecendo em madeira entre quatro a seis anos. É um vinho de cor intensa e aroma de frutas negras e alcaçuz. Os taninos estavam aveludados e apresentava notas de chocolate e bela persistência na boca.
O Tawny 10 anos é feito pela mistura de vinhos de várias idades, que resultam numa média de 10 anos. É um vinho opulento e elegante e combina notas de madeira com ricos aromas de fruta madura.
Vintage 2016 é um vinho produzido apenas nas grandes safras. Sua cor é púrpura, com intenso aroma de frutas silvestres, com notas de maçã, ameixa e framboesa. É um vinho elegante e potente, de boa acidez e equilíbrio.
Depois de terminada a degustação e encerrada a visita, recebi ainda de presente da Margarida, um Porto Towny 10 anos, com uma bela embalagem.
Depois de tanta gentileza, só posso agradecer à Taylor’s, na pessoa de Ana Margarida e à Qualimpor por me proporcionar esta especial visita!
https://youtu.be/X5pt9i0CFKM
As primeiras informações de vinho sob o nome de "vinho do Porto” foram registadas em 1678.
Apesar do vinho ser produzido no interior do país, nas vinhas do Alto Douro, ele deve o seu nome à cidade costeira do Porto de onde é tradicionalmente exportado.
Até meados do século XX, o vinho era transportado pelo rio Douro em barcos especiais, conhecidos por barcos rabelos. O vinho era então descarregado nas caves das casas de vinho do Porto, na Vila Nova de Gaia, em frente ao centro histórico da cidade do Porto. Aí o vinho era envelhecido, loteado (misturado), engarrafado e finalmente expedido.
Muitos dos produtores mais antigos e conhecidos, como a Taylor’s ou a Croft, são de origem inglesa ou escocesa e, ao longo de grande parte da história do vinho do Porto, a Grã-Bretanha foi de longe o seu maior mercado.
A Taylor’s é uma das mais antigas casas que se dedicam exclusivamente ao vinho do Porto, fundada em 1.692.
O vinho do porto é um vinho fortificado, isto é: no processo de sua fermentação (onde o açúcar das uvas é transformada em álcool), atingi-se a dosagem de açúcar ideal, acrescenta-se aguardente vínico.
O aguardente vínico é um destilado da uva, e neste caso tem aproximadamente 77% de álcool.
Um dos aspectos fascinantes do vinho do Porto é a sua variedade, com os seus próprios sabores característicos, desde o intenso frutado Reserva ou um LBV (Late Bottled Vintage), à opulência e complexidade de um Tawny de idade ou a imponência sublime de um Porto Vintage.
O vinho do Porto é produzido na acidentada zona montanhosa do Alto Douro, no nordeste de Portugal, uma das mais antigas e belas áreas vitivinícolas do mundo onde se faz vinho há pelo menos dois mil anos. Em 1756, as vinhas do vinho do Porto no Douro tornaram-se a primeira área vitivinícola no mundo a ser legalmente demarcada.
As uvas, principalmente de variedades específicas como a Touriga Nacional, a Touriga Francesa ou a Tinta Barroca (por volta de 30 cepas) são cultivadas nas encostas íngremes e rochosas que margeiam o rio Douro e os seus afluentes. Muitas das vinhas mais antigas, agora classificadas como Patrimônio Mundial, estão plantadas em socalcos estreitos, apoiados por muros de pedra construídos à mão.
Apesar de poderem ser plantadas separadamente, as diferentes castas são normalmente vindimadas e fermentadas juntas. Cada casta contribui com o seu caráter particular – tais como os intensos sabores a frutos do bosque, os delicados aromas florais, as exóticas notas a especiarias ou os aromas silvestres e resinosos.
No processo tradicional, que continua a ser utilizado para fazer os vinhos das próprias quintas da Taylor´s, as uvas são depois colocadas em grandes tanques de granito chamados "lagares”, onde são pisadas a pé.
A primeira etapa da pisa a pé denomina-se "corte” e consiste em esmagar as uvas, que nesta fase ainda são relativamente sólidas, para assim libertar o sumo e a polpa das peles.
Quando cerca de metade do açúcar natural do sumo da uva for transformado em álcool pela fermentação, o enólogo dá o sinal para dar início ao processo de fortificação. A pisa a pé termina e as peles começam a subir à superfície do lagar onde formam uma camada sólida. O vinho que está fermentando, sob esta camada de peles, é retirado do lagar e transferido para uma cuba. À medida que o vinho em fermentação é transferido para a cuba, vai lhe sendo adicionado uma aguardente vínica muito limpa e jovem.
Após as vindimas, o vinho permanece na adega no Douro, onde repousa até à primavera do ano seguinte, quando é transportado para as caves da empresa em Vila Nova de Gaia para envelhecer, ser loteado e engarrafado.
Antes de ser levado para as caves, cada vinho é avaliado, decidindo-se a qual estilo de vinho do Porto será destinado. O vinho é então colocado em cascos ou cubas, conforme o caso, para começar o seu processo de envelhecimento. O vinho do Porto, por ser fortificado e ter notável potencial de envelhecimento, pode permanecer em madeira por muito mais tempo do que a maioria dos outros vinhos. Isso significa que pode ser envelhecido de diferentes formas e por diferentes períodos para produzir uma ampla gama de estilos.
Em 2018 fui conhecer as caves da Taylor’s, em Vila Nova de Gaia, numa área onde se tem uma vista esplendorosa do Porto e do rio Douro.
Fui recebido por Ana Margarida Morgado, relações públicas da empresa. Por sinal, muito gentil.
Iniciamos a visita pela área onde ficam armazenados e envelhecendo os vinhos, com uma infinidade de barricas, de várias capacidades.
No final desta área, existe um enorme tonel cheio de vinho.
Passamos em seguida, por outra área, onde vários documentos contam a história da Taylor’s.
Depois fomos convidados para a degustação dos vinhos. Lá provamos:
Chip Dry Port, um vinho branco, seco, apropriado a ser servido como aperitivo. Sua principal casta é a Malvasia Fina. Este é um vinhos amarelo palha, muito fresco e agradável.
LBV 2013 que consiste numa seleção de vinhos do Porto tintos encorpados e de excelente qualidade, provenientes de um único ano. O Late Bottled Vintage, como sugere o nome em inglês, é engarrafado mais tarde, permanecendo em madeira entre quatro a seis anos. É um vinho de cor intensa e aroma de frutas negras e alcaçuz. Os taninos estavam aveludados e apresentava notas de chocolate e bela persistência na boca.
O Tawny 10 anos é feito pela mistura de vinhos de várias idades, que resultam numa média de 10 anos. É um vinho opulento e elegante e combina notas de madeira com ricos aromas de fruta madura.
Vintage 2016 é um vinho produzido apenas nas grandes safras. Sua cor é púrpura, com intenso aroma de frutas silvestres, com notas de maçã, ameixa e framboesa. É um vinho elegante e potente, de boa acidez e equilíbrio.
Depois de terminada a degustação e encerrada a visita, recebi ainda de presente da Margarida, um Porto Towny 10 anos, com uma bela embalagem.
Depois de tanta gentileza, só posso agradecer à Taylor’s, na pessoa de Ana Margarida e à Qualimpor por me proporcionar esta especial visita!
https://youtu.be/X5pt9i0CFKM
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