Napoli a injustiçada pela sua fama de perigosa

Nápoles, ou Napoli (em italiano), é uma província na região da Campania e é a terceira cidade mais populosa da Itália, após Roma e Milão.

É conhecida mundialmente pela sua história, sua música, seus encantos naturais e por ser a terra natal da pizza .

O centro histórico de Nápoles é Patrimônio Mundial da UNESCO.

A cidade de Nápoles é do tipo das que a gente ama ou odeia, pois é uma cidade portuária considerada perigosa. Dizem que em Nápoles tem muitos batedores de carteira, principalmente andando de vespa e roubando os turistas, embora eu não os tenha visto.

Nápoles é uma cidade com inúmeras belezas escondidas entre as suas ruelas, além de ser próxima de várias pontos turísticos espetaculares, como Capri, Ischia e os monumentos de Pompéia e Herculano.

Perder-se pelas ruelas da cidade e descobrir as especialidades de cada uma, como a via San Gregório Armeno, repleta de presépios super legais, é um prazer!

São muito interessantes também as lojinhas com bonecos que imitam as celebridades, como o papa, políticos e jogadores de futebol.

As comidas regionais são um capítulo à parte, como a sobremesa típica de Nápoles, que adoro: o Babà al Rhum, um tipo de bolinho de pão-de-ló, em forma de cogumelo, embebido em rum. Existe também a versão em Limoncello, mas prefiro a de rum.

Algumas outras especialidades da gastronomia de Nápoles são:

Sfogliatelle, que é um tipo de croissant doce, com uma massa folhada, recheada de ricota;

Café Nocciolato, que combina café com creme de avelã;

Pizza Portafoglio, que são cortadas em 4 partes e embrulhadas em papel, para se comer na rua;

Taralli, rosquinhas salgadas  que costumam ser apreciados enquanto se toma uma cerveja;

Mozzarella de Búfala.

Um ponto imperdível da cidade é o famoso café Gambrinus, onde as pessoas podem pagar um café adicional e deixar o ticket num vaso, para aqueles que não tem dinheiro para pagarem. E assim poderem tomar o café.

Tudo de lá é de muito bom gosto, desde a louça à decoração. Nem parece que estamos na mesma cidade das ruelas e prédios de parede escura, com roupas penduradas fora, para secar.

O Café tem também um salão de chá e vitrines cheias de guloseimas, verdadeiras esculturas de cremes e frutas.

O Duomo da cidade, que fica na região central, é bonito e conta com muitas relíquias! Apesar desta catedral não ser tão exuberante como as outras da Itália, ela é muito charmosa e possui uma beleza especial.

A Galeria Humberto, com seu teto de vidro é outro lugar imperdível, quase como a Galeria Vittorio Emanuele, em Milão.

Nesta viagem ficamos hospedados em Sorrento e fomos à Nápoles de barco, o que leva por volta de uma hora.

Chegando em Nápoles de barco, já se avista um castelo enorme, junto ao mar. O Castel Nuovo.

A Piazza del Plebiscito, próxima ao castelo, é muito bonita, com um prédio semicircular e muita amplidão.

Uma visita extraordinária é a Capela de San Severo (também conhecida como Capela Sansevero de' Sangri ou Pietatella), uma capela localizada na Via Francesco de Sanctis 19.

A capela é mais apropriadamente denominada Capela de Santa Maria della Pietà e abriga trabalhos artísticos da autoria de alguns dos principais artistas italiano do século XVIII. Lá existem esculturas em mármore, que parecem vivas, entre ela, a Pudizia e o Cristo Velado. Simplesmente deslumbrantes!!!

Outro ponto interessante, que não visitei é a cidade subterrânea, que está debaixo da terra desde 470 A.C., conhecida como Napoli Sotterranea. Ela foi usada pela população para se proteger durante a guerra. Este passeio já está agendado para minha próxima visita à Nápoles.

Desta vez em que estive lá, aproveitamos para comer pizza na rua e alguns fritti, que são cones com peixes e camarões fritos.

O passeio pela cidade é muito exótico, pois podemos ver lojas com carnes  penduradas,  triperias que vendem vísceras, lojas de verduras e outras de vinho.

Pelas ruas também se ouve música napolitana e se vê ciganos dançarinos.

Nápoles foi para mim, uma experiência muito interessante e em nenhum momento me senti em perigo. Pelo contrário, preciso voltar lá para conhecer melhor tão complexa cidade!