domingo, 31 de março de 2019

Os bons vinhos da chilena Garcés Silva

A Mistal me convidou para um evento, junto a um grupo de Sommeliers de restaurantes, a fim de provar o s vinhos chilenos da vinícola da Garcés Silva, cujo vinho mais conhecido é o Amayna.

A vinícola é uma pequena butique, localizada no Vale de Leyda, próximo a Casablanca que é uma das regiões vinícolas mais frias do Chile. Isto acontece por que ela está muito próxima do Pacífico (14 Km) e sofre diretamente o efeito das correntes de Humbold, que vem da Antártida.

Esta região é ótima para a produção de Pinot Noir e de Sauvignon Blanc. O Amayna Sauvignon blanc recebeu 91 pts. de James Suckling, na safra 2011.

Outro destaque da vinícola é seu Pinot noir, um tinto intenso, mas com elegância e equilíbrio. Ele foi indicado por Steven Spurrier como o melhor tinto do novo mundo.

Os últimos lançamentos da vinícola são os vinhos da linha Boya, inclusive um Pinot Noir, que na safra 2015 recebeu 95 ptos. da revista Decanter. Outro vinho Boya é o Syrah, classificados com 91 pts. pela revista Descorchados. O vinho Sauvignon Blanc recebeu 92 pts. da Wine & Sprits na safra 2015. A linha Boya tem também um rosé, fino e perfumado, com uma cor que mais lembra os rosados da Provence. Elste rosé recebeu 90 pts. da Descorchados para a safra 2016.

Os vinhos Boya são feitos num estilo mais leve do que os Amayna e revelam influências da fria e marítima região de Leyda. Eles não passam por barrica.

A proprietária da vinícola, Maria Paz Garcés Silva fez neste evento, uma apresentação da vinícola e nos contou que sua região é tão próxima do Pacífico, que se nós provássemos as uvas    locais, sentiríamos o sal na sua pele.

Apesar de não ter certificado de orgânica, a Butique produz seus vinhos de forma orgânica, procurando interferir o mínimo possível no meio ambiente.

A Bodega foi construída em níveis, para que o transporte, da uva e do vinho, seja feito por gravidade, o que preserva os aromas e a potência dos vinhos.

O terreno, por sua vez, conta com alguns tipos de solo: granito em decomposição (coberto por carbonato de cálcio), pedras aluviais pequenas, granito alterado e carbonato de cálcio.

Começamos a degustação deste evento provando o Amayna Sauvignon Blanc 2017, com 14,5% de álcool. Ele tem um aroma de frutas tropicais e cítricas e um toque mineral. Gostei muito deste vinho, inclusive porque ele não tem aquele aroma herbáceo que a maioria dos Sauvignon da América do Sul apresentam. Custa US$44,90.

Boya Chardonnay 2015, um vinho fresco, com aromas de pera e frutas tropicais e com toques cítricos. Ele é bem equilibrado na boca e tem boa acidez. O vinho custa US$32,50.

Boya Rosé 2016, da cepa Pinot Noir, com 12,5% de álcool. Um vinho com notas de frutas silvestres e toques minerais. Ele custa US$32,50.

Amayna Sauvignon Blanc Barrel Fermented 2011, com 14,5 % de álcool. Ele tem aromas de frutas tropicais maduras como manga e com toques de baunilha. Tem também uma bela acidez e boa persistência. Custa US$69,90.

Amayna Pinot Noir tem 14,5 % de álcool. Na boca tem uma bela textura, elegância e persistência. Custa US$64,90.

Boya Syrah 2015, com 13 % de álcool. No nariz ele traz frutas vermelhas, com notas de violeta. Seus taninos são macios e conta com boa acidez. Custa US$32,50.

O nome Boya, vem da boia do mar, devido à proximidade que os vinhedos tem do mar.

Maria Paz contou-nos também que o nome Amayna vem do verbo amainar, neste caso ela quer dizer o tempo que amaina logo após a tormenta.

Aprendi coisas novas neste evento e desde já agradeço à Mistral pelo convite, para melhor conhecer o vinho chileno.

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