quarta-feira, 6 de março de 2019

O restaurante tradicional, Vecchio Torino

Como fui convidado por minha esposa Gisela para um jantar de comemoração, onde eu quisesse ir, escolhi um restaurante que sempre admirei e já não ia há muitos anos, devido aos seus preços exorbitantes, o Vecchio Torino

O restaurante é um clássico italiano em São Paulo e fica em Pinheiros, à Rua Tavares Cabral 119 (fone 3816-0592).

O proprietário e chef é o piemontês Giuseppe La Rosa. As sobremesas, em geral , ficam a cargo de sua esposa Manuela.

Eu já sabia que a rolha era cara neste restaurante, mas ao reservar perguntei para confirmar. Sim, a rolha custa R$130,00, isto é, não é mesmo para levar vinho, a menos que este custe um absurdo. O restaurante tem uma bela adega, que já visitei no passado.

A casa começou em 1994, numa época em que o dinheiro era mais fácil que hoje . Ele foi um sucesso de saída, graças à sua excelente qualidade.

Os tempos mudaram e, nesta noite, haviam apenas 4 mesas ocupadas, uma delas por um grupo de nordestinos e nas outras por uma clientela cativa.

A decoração do local é variada com quadros  de vários estilos.

Já na entrada sentado numa mesa, estava o dono e sua esposa, acompanhando atentamente o trabalho dos garçons, muito simpáticos e atenciosos.

O couvert simples, que custa R$12,00 é composto apenas por pão e manteiga, nada de especial.

Os pratos são caros e variam de valor, desde R$85 -o Risotto al Simone até R$135 - Fileto com Paté de Foie Gras.

Pedi o Tortelloni Alla Piemontese, uma deliciosa massa fresca com espinafre, recheio de pato, molho ao sugo e queijo Fontina. Custou R$93,00

O outro prato pedido por minha esposa foi o Cansoncelli Bergamaschi al Burro e Salvia: massa fresca com recheio de lombo e alcatra, sálvia, biscoito de amaretto e uva passa, puxado na manteiga, por R$88,00

Escolhi o vinho Bueno Sangiovese italiano que custou R$210,00 , um preço que aliás está abaixo do oferecido no site da vinícola.

Conversei com o garçom sobre a descrição do rótulo do vinho que é meio estranha: diz que ele é feito em Montalcino e engarrafado em outro local. Não entendi por que ele não seria engarrafado no local de origem. Se ele fosse engarrafado em Montalcino poderia ser um Rosso de Montalcino.

O jantar transcorreu agradável, mas na hora do café, achei absurdo que o Nespresso custasse R$11,90. A cápsula, em sua loja, custa por volta de R$2,00. Acho que neste nível de restaurante devia ter uma máquina com café em grãos de qualidade. Normalmente, só tomo Nespresso em casa.

A conta total ficou em R$531,00, com a gorjeta incluída de 12%, o que para mim, apesar da qualidade dos pratos, é bem caro!

Na saída conversei com Giuseppe e sua esposa e dei parabéns pela qualidade de seus pratos .

Foi aí que descobri que, apesar  do Chef ser um piemontês, ele prefere os vinhos franceses!

Giuseppe também não curte a culinária italiana atual da Itália.

Ele me disse que já não se cozinha mais como antigamente!

Apesar do restaurante fazer pratos primorosos, não pretendo voltar tão cedo, pois acho os preços exagerados e a cozinha muito tradicional.

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