quinta-feira, 27 de junho de 2019

Wine Day da importadora Cantu, com seus belos vinhos

A importadora Cantu fez seu Cantu Day, para apresentar a sua diversificada linha de vinhos.

Neste dia propôs um evento e na sua entrada havia uma mesa da cerveja nacional “Insana".


A primeira mesa de vinhos que visitei foi a da produtora australiana Yellow Tail.

Os americanos da Trinchero Family Estates apresentaram 4 linhas de vinhos: Sutter Home, Ménage ã Trois e Joel Gott, da Califórnia e o Nappa Cellars do Napa Valley.

A maior participação de vinhos foi a dos italianos ,com as produtoras:

Settesoli, Sicília, com um diferente Pinot Grigio e as cepas da região: Nero D’Ávola e Nerello Mascalese.

MGM Wines, com vinhos do Piemonte (Roversi) e Frisante da Pino.

Vigneti de Salento, com vinhos de cepas regionais italiana da Puglia: Negroamaro e primitivo.

Castellani com vinhos toscanos: Le Casine e Duca D’Oro.

Montesor, com vinhos do Veneto.


O Chile tinha também uma mesa, com uma farta linha de vinhos da Ventisquero.


A França estava presente, com vinhos de várias de suas regiões:


Gabart Laval, com vinhos de Bordeaux

Blasson de Bourgogne e Nuiton Beaunoy

Chateau Pourcieux, com um rosé da Provence

Veuve Devienne e Paul Luis com seus espumantes.

LGCF / Calvet,  de várias regiões da França.


A Alemanha trouxe uma boa gama de vinhos, desde seus espumantes, da Henkel, que agora representa a espanhola Freixenet, até seus elaborados rieslings.


A Argentina também esteve presente com vinhos da Suzana Balbo, excelente enóloga e as vinícolas San Telmo e The Gril Master.


Portugal trouxe vários produtores :

Opta Wines da região Dão,

Casa Santos Lima e Bons Ventos de várias regiões,

Os vinhos Verdes (da região do Minho) da Vila Nova

Casa Relvas com vinhos de várias regiões

Poças Jr, com vinhos do Douro e Porto


A Espanha também esteve presente com a Ramón Bilbao, com vinhos da Rioja e Rías Baixas


Para completar o belo evento, tivemos produtos para provar da:

Cruzília, queijos, inclusive um azul com frutas secas, que estava divino.

Bratatouille, com pastas para aperitivos, feitas por um francês que mora no Brasil.

Uma mesa com aperitivos e pães da Dona Deôla.

Tudo muito bom!

Agradeço à Cantu e CH2A de Alessandra Caselato, pelo convite!

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Santiago de Compostela, destino de peregrinos

Quando planejei a minha viagem de 2018 para Espanha, um dos principais objetivos foi o  de conhecer a cidade de peregrinação cristã, Santiago de Compostela.

Em outras viagens anteriores passei por várias cidades que faziam parte do caminho de Santiago de Compostela: Salamanca e Burgos. Estas cidades tem uma aura de tranquilidade e paz, além de acomodações e comidas especiais para peregrinos!

A cidade de Santiago fica à noroeste da Espanha, na região da Galícia e a tradição da peregrinação já remonta desde o século IX

Um dos pontos mais importantes  para o Caminho é a catedral de Santiago, de fachada barroca, onde está o túmulo de Santiago Maior, um dos apóstolos de Jesus Cristo.

Na tradição local, a visita ao túmulo de Santiago marca o fim da peregrinação, cujos percursos se estendem por toda Europa.

Santiago é também uma importante cidade universitária, pela sua universidade que foi fundada em 1495.

Santiago tem um trânsito um pouco conturbado e para entrar na cidade velha é necessário autorização especial. Assim sendo, deixamos o carro num estacionamento fora do centro histórico e saímos puxando as malas pela cidade, até o hotel.

Ficamos no simpático, acolhedor e bem localizado Parador Hostal dos Reys Católicos (http://www.parador.es/es/paradores/parador-de-santiago-de-compostela). A diária, com taxas e café, é de E$125.


Do hotel saíamos todos os dias para passear pela cidade, com sus comedores e inúmeras lojas de artesanato local.

O mais comum dos artesanatos eram as conchas, que simbolizam o caminho de Santiago. Elas são produzidas com diversos materiais.

Por todo o caminho, a gente ia encontrando peregrinos, com as mais variadas vestimentas, mochilas e cajados.

A praça da catedral é o lugar  mais concorrido, com muitas pessoas descansando de suas peregrinações.

Conhecemos nesta estadia em Santiago, um casal do Rio de Janeiro que já fez várias vezes o Caminho. Eles nos explicaram que para se obter o certificado do peregrino, é  preciso percorrer pelo menos 100 Km a pé. Quando dissemos que estávamos fora de forma, eles se mostraram solidários e sem nenhum porte atlético, mas desejosos de realizar mais do que fora, um caminho interior.

Cada peregrino tem sua história e a deste casal carioca nos deixou tocados. Depois de levar uma vida de classe média alta, com muitas conquistas, o marido teve uma doença grave e prometeu fazer o percurso caso sarrasse. E assim foi. Cumpriram a promessa e quando chegaram ao fim  ele se emocionou muito diante da  Catedral.

Um dos caminhos de Santiago leva a Finisterre, que é o cabo mais à oeste da Europa e é considerado por muitos o verdadeiro fim do Caminho, onde tem um monumento em homenagem aos peregrinos.

Diz-se que antes da viagem de Colombo em 1492, Finisterre era considerada como o ponto extremo do mundo conhecido.

Muitos peregrinos não tem muito dinheiro e procuram arrecadar fundos tocando música e fazendo shows.

Passamos nesta noite em que conhecemos o simpático casal de andarilhos,  em frente do Tapas Bar onde vimos as Navajas, que eu já tinha provado nas Rias Baixas e resolvemos experimentar algumas iguarias:

Espeto de camarão,

Tapas variadas

Para acompanhar  tudo isso, provei o gostoso vinho Albariño Vilanueva

Outro restaurante em que estivemos 2 vezes  em Santiago, foi a taberna bacana Maria Castaña, com uma garçonete muito alegre. Lá provamos:

Rãs grelhadas,

Pulpo à la Galega e os vinhos:


Vinho Grego e Monaguillo, da região de Mencia,

Vinho Summum da Ribera Sacra.

A cidade é encantadora, cheia de becos e monumentos, além de vários marcos dedicados aos peregrinos. Uma cidade de busca e esperança para aqueles que a visitam sejam religiosos ou não.

Depois desta experiências, começamos a pensar em fazer um trecho do trajeto para viver a experiência, apesar de não ser nem um pouco religião.

Depois de Santiago, fomos concluir a nossa viagem na cidade do Porto.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Entrevista com a enóloga da excelente vinícola chilena, com alma francesa, Lapostolle

A vinícola Casa Lapostolle foi fundada em 1994 pela francesa Alexandra Marnier. Esta vinícola faz vinhos tintos, brancos e rosés de grande classe e elegância, cuja inspiração são os vinhos europeus.


Com seu prestígio, em poucos anos, conseguiu aclamação da imprensa especializada, estabelecendo-se como um dos mais reputados nomes do vinho chileno.

O conhecido Michel Rolland, um dos mais célebres e influentes enólogos da atualidade é assessor da vinícola. Com seus vinhos de estirpe e sua grande consistência qualitativa, a Lapostolle é um dos grandes nomes do vinho no Novo Mundo.

A proposta de Alexandra é clara: criar vinhos chilenos notáveis misturando a experiência vitivinícola francesa ao terroir do Chile. Para isso, a Lapostolle trabalha em mais de 370 hectares de cultivo e 3 vinhedos distintos, exportando seus vinhos para mais de 60 países. Os principais mercados são: USA, Ásia (China Japão e Coreia) e na América do Sul, Brasil, seguido da Colômbia.

Criada em Cunaco (Vale de Colchagua), próximo à cidade de Santa Cruz, a vinícola Lapostolle guarda um grande destaque para as duas joias da casa, os vinhos tintos: Casa e Cuvée Alexandre (Carmenère e Merlot). O Casa é produzido com as uvas Syrah, Merlot, Le Rouge, Petit Verdot e Carmenère.

Além da vinícola em Cunaco, a Lapostolle possui outras duas vinícolas no Chile: Vinícola Atalayas (Casblanca), a oeste de Santiago e Las Kuras, 100 km ao sul de Santiago.

Atalayas de Casablanca fica à 27,5km do mar e 76 km a oeste de Santiago, onde tem plantado lotes de Chardonnay e Pinot Noir, num total de 43,3 ha. Lá são produzidos os vinhos: Casa Chardonnay, Cuvée Alexandre Chardonnay e Pinot Noir e Cuvée Alexandre Syrah.

A Las Kuras, é a propriedade responsável pelo cultivo de 32 hectares da uva Cabernet Sauvignon, 59 hectares da Sauvignon Blanc e 35 hectares da uva Syrah, em uma área com solo rochoso de boa drenagem, que no passado já abrigou o leito de um rio. Neste local são feitos os vinhos: Casa Sauvignon Blanc, Casa Cabernet Sauvignon e Casa.

Cada bodega fica em um terroir diferente, próprio para cada cepa. Em Casablanca, onde é mais frio e tem boa amplitude térmica, a Chardonnay e o PN são as uvas que mais se adaptam.

Em Cachapoal, as cepas que se dão melhor são:  Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Syrah.
Na região de Colchagua, onde são feitos os vinhos: Cuvée Alexandre, Lapostolle e Borobo, as cepas cultivadas são: Carmenère, Merlot, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah.


O vinho Cuvée Alexandre é produzido em Colchagua, com as cepas: Carmenère (85%) e Cabenet Sauvignon. Este vinho, da cepa Merlot, foi o escolhido pelo editor da Wine Entusiast e por 10 anos recebeu mais de 90 pontos. Os vinhos monocastas da cepas: Cabernet Sauvignon, Carmenère, Pinonot Noir e Chardonnay também tem sido muito bem pontuados


O vinho Borobo tem o nome derivado de Bordeaux e Borgonha, devido ao seu blend misto de cepas e regiões: Syrah (25%), Pinot Noir (de Casablanca), (26%), Carmenère (15%) e Merlot (10%), ambas do Vale de Colchagua.

Os vinhos Clos Apalta tem recebido prêmios, como o 2005 que recebeu 96 pontos da Wine Expectator. O vinho da cepa Carmenère, para mim é talvez o melhor vinho desta cepa do Chile.


Os vinhos da Lapostolle são produzidos, desde 2006 e os responsáveis tratam os vinhedos de forma orgânica e biodinâmica. Além disto as propriedades tem sistemas de minimizar o consumo de energia e conservação de água, com tratamento biológico. A bodega é construída em níveis para se ter a menor manipulação do vinho durante o processo de produção.


A Lapostolle tem também um local para Wine Tourisme, o Clos Apalta Residence, Com vista para os vinhedos de Apalta e as montanhas que os rodeiam. As 4 casinhas do complexo são de muito luxo, supridas por um restaurante de pratos chilenos, com utilização de verduras da própria horta. Conta ainda com uma sala de degustação.

As informações me foram transmitidas através de uma conversa com Andrea Leon, Enóloga da vinícola, que é muito simpática e esclarecedora.

Agradeço à Mistral, à Sofia Carvalhosa e à Andrea por me propiciar esta bela experiência e a oportunidade de ter estes esclarecimentos.


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