segunda-feira, 24 de junho de 2019

Santiago de Compostela, destino de peregrinos

Quando planejei a minha viagem de 2018 para Espanha, um dos principais objetivos foi o  de conhecer a cidade de peregrinação cristã, Santiago de Compostela.

Em outras viagens anteriores passei por várias cidades que faziam parte do caminho de Santiago de Compostela: Salamanca e Burgos. Estas cidades tem uma aura de tranquilidade e paz, além de acomodações e comidas especiais para peregrinos!

A cidade de Santiago fica à noroeste da Espanha, na região da Galícia e a tradição da peregrinação já remonta desde o século IX

Um dos pontos mais importantes  para o Caminho é a catedral de Santiago, de fachada barroca, onde está o túmulo de Santiago Maior, um dos apóstolos de Jesus Cristo.

Na tradição local, a visita ao túmulo de Santiago marca o fim da peregrinação, cujos percursos se estendem por toda Europa.

Santiago é também uma importante cidade universitária, pela sua universidade que foi fundada em 1495.

Santiago tem um trânsito um pouco conturbado e para entrar na cidade velha é necessário autorização especial. Assim sendo, deixamos o carro num estacionamento fora do centro histórico e saímos puxando as malas pela cidade, até o hotel.

Ficamos no simpático, acolhedor e bem localizado Parador Hostal dos Reys Católicos (http://www.parador.es/es/paradores/parador-de-santiago-de-compostela). A diária, com taxas e café, é de E$125.


Do hotel saíamos todos os dias para passear pela cidade, com sus comedores e inúmeras lojas de artesanato local.

O mais comum dos artesanatos eram as conchas, que simbolizam o caminho de Santiago. Elas são produzidas com diversos materiais.

Por todo o caminho, a gente ia encontrando peregrinos, com as mais variadas vestimentas, mochilas e cajados.

A praça da catedral é o lugar  mais concorrido, com muitas pessoas descansando de suas peregrinações.

Conhecemos nesta estadia em Santiago, um casal do Rio de Janeiro que já fez várias vezes o Caminho. Eles nos explicaram que para se obter o certificado do peregrino, é  preciso percorrer pelo menos 100 Km a pé. Quando dissemos que estávamos fora de forma, eles se mostraram solidários e sem nenhum porte atlético, mas desejosos de realizar mais do que fora, um caminho interior.

Cada peregrino tem sua história e a deste casal carioca nos deixou tocados. Depois de levar uma vida de classe média alta, com muitas conquistas, o marido teve uma doença grave e prometeu fazer o percurso caso sarrasse. E assim foi. Cumpriram a promessa e quando chegaram ao fim  ele se emocionou muito diante da  Catedral.

Um dos caminhos de Santiago leva a Finisterre, que é o cabo mais à oeste da Europa e é considerado por muitos o verdadeiro fim do Caminho, onde tem um monumento em homenagem aos peregrinos.

Diz-se que antes da viagem de Colombo em 1492, Finisterre era considerada como o ponto extremo do mundo conhecido.

Muitos peregrinos não tem muito dinheiro e procuram arrecadar fundos tocando música e fazendo shows.

Passamos nesta noite em que conhecemos o simpático casal de andarilhos,  em frente do Tapas Bar onde vimos as Navajas, que eu já tinha provado nas Rias Baixas e resolvemos experimentar algumas iguarias:

Espeto de camarão,

Tapas variadas

Para acompanhar  tudo isso, provei o gostoso vinho Albariño Vilanueva

Outro restaurante em que estivemos 2 vezes  em Santiago, foi a taberna bacana Maria Castaña, com uma garçonete muito alegre. Lá provamos:

Rãs grelhadas,

Pulpo à la Galega e os vinhos:


Vinho Grego e Monaguillo, da região de Mencia,

Vinho Summum da Ribera Sacra.

A cidade é encantadora, cheia de becos e monumentos, além de vários marcos dedicados aos peregrinos. Uma cidade de busca e esperança para aqueles que a visitam sejam religiosos ou não.

Depois desta experiências, começamos a pensar em fazer um trecho do trajeto para viver a experiência, apesar de não ser nem um pouco religião.

Depois de Santiago, fomos concluir a nossa viagem na cidade do Porto.

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